Sou mulher e por isso vou escrever sobre essa comédia romântica, certo? Não! Vou escrever sobre esse filme porque ele é muito mais do que comédia romântica (aliás, nem curto esse gênero). Questão de Tempo é um filme inteligente, lindo e sensível que faz qualquer um refletir em sua vida, independente da fase em que ela se encontra. Solteiro, enrolado, casado (com ou sem filhos), enfim… prepare-se para deixar aflorar uns sentimentos que muitas vezes se perdem no caminho da insensibilidade do nosso cotidiano.
O longa conta a história do Tim (Domhnall Gleeson) e seus relacionamentos: com seu primeiro amor, seu grande amor e sua família. Permeando sua história há o grande segredo da família contado por seu pai (Bill Nighy – que está fabuloso nesse filme) de que todos os homens da família são viajantes no tempo. Ele só precisa se concentrar num lugar escuro e pensar em um momento da vida que já viveu. Sim! Ele precisaria ter vivido algo. Como diz seu pai: “Nós não podemos matar o Hitler ou pegar a Helena de Troia.”.
Como jovem, o que o Tim mais quer é encontrar uma namorada e viver um grande amor e ele usa esse artifício pra se dar bem com a garota pretendida, mas logo se dá conta de que a viagem no tempo não é suficiente para conseguir tudo para ele, além de provocar consequências inesperadas.
A história do filme é romântica mas não é melodramática como a maioria dos filmes americanos com seus enroscos onde torcemos para o casal ficar junto no final. A história deles é linda e dá certo logo de cara! E também não se trata de uma ficção científica, mesmo porque eles pouco se preocupam em explicar a viabilidade dessa situação curiosa. “Questão de Tempo” é um filme que trata dos problemas que acontecem com a maioria de nós em muitos momentos de nossa vida e de como nós preferimos fugir a encará-los.
Como o próprio cartaz do filme pergunta: “E se cada momento da vida viesse com uma segunda chance?” O que você faria com ela?
Aproveite que esse filme tem no Netflix e se programe para assistir!