O REINO DE DEUS

O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho (Marcos 1:15).

O evangelista Marcos resume a pregação de Jesus Cristo laconicamente com estas Suas palavras. Era uma mensagem incomum e inspiradora. Não é de admirar que as pessoas ficassem excitadas com isso!

Com a vinda de Cristo, o reino de Deus era para ser visto na terra. Seria um reino em que Jesus Cristo seria o rei. O povo judeu esperava isso, e a espera pelo Messias era parte da fé de algumas pessoas naquele tempo.

No entanto, como as coisas estavam, as pessoas não podiam entrar nesse reino de Deus. Elas precisavam se submeter a uma fundamental mudança em seus caminhos, a saber, arrependimento. Muita culpa que os incriminava havia arruinado sua relação com Deus, de modo que Ele pudesse continuar Seus propósitos com eles. Isso foi provado quando Jesus Cristo, Seu Filho a quem Ele enviou, veio ao mundo: Ele sofreu rejeição, indiferença e ódio, sem que Ele desse qualquer ocasião para isso. Assim, a introdução do reino terreno de Deus em Israel, foi adiada para uma data posterior.

Ademais, nada mudou desde então. A maioria das pessoas ainda rejeitam a Jesus Cristo, como fizeram no passado. E, assim como naquela época, a obstinação e as injustiças bloqueiam o caminho.

No entanto, Deus é bom: Ele assegura que a mesma mensagem seja pregada ainda hoje. O que é necessário é uma volta completa para Ele e fé em Jesus Cristo, que morreu na cruz pela culpa dos pecadores perdidos. Quem tomar posse disso por fé, vai se tornar mais do que um cidadão do reino de Deus, vai se tornar um filho de Deus.

OS FILHOS AMAM, MESMO SEM ENTENDER TUDO

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto (Romanos 8:28).

Deus “examina os corações” (v. 27). Ele vê dois grupos de pessoas nesta Terra. Um consiste de Seus inimigos. Embora procure conquistá-los, eles ainda não estão reconciliados com Ele “pela morte de seu Filho” (Romanos 5:10).

O outro grupo é composto por pessoas que em si mesmas não eram melhores: também eram inimigas de Deus e culpadas diante dEle. Mas através da fé em Jesus Cristo, foram justificadas e têm paz com Deus. Agora, “o amor de Deus está derramado” em seus corações por meio do Espírito Santo (5:1 e 5).

Dessa maneira, os redimidos se tornam capazes de amar a Deus com sinceridade, e assim o fazem (1 João 4:19).

Os filhos de Deus conscientemente desfrutam de um relacionamento com Ele, marcado pelo amor, no qual se sentem seguros. Mesmo que sofrimentos graves venham sobre eles e comecem a se perguntar pelo que orar, os verdadeiros redimidos sabem que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem”.

Isso não significa que os cristãos sempre sabem o motivo de determinadas tribulações lhe ocorrerem. Mas eles têm experimentado o amor de Deus e confiam nEle para realizar Seus propósitos em todas as adversidades. Na verdade, Deus vai produzir bênção e benefício para eles a partir das situações adversas.

Deus tem Seus propósitos com aqueles a quem chama para fora do mundo e faz Seus filhos. Ele está acima de todas as circunstâncias da vida, e conduz todas as coisas em segredo, mesmo as situações mais precárias, as quais servirão ao Seu propósito eterno para com Seus filhos e trabalharão em conjunto para o bem deles na sua vida de fé.

DIZ O INSENSATO: “NÃO HÁ DEUS!”

Em Deus está a minha salvação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza e o meu refúgio estão em Deus (Salmo 62:7).

O homem não pode viver sem algum tipo de fé: ele deve acreditar em algo. Se ele se recusa a acreditar no único e verdadeiro Deus, então ele se torna impressionável por qualquer religião de concepção humana. Ele procura aquela que melhor corresponde às suas inclinações. Muitas pessoas brincam com os movimentos religiosos do Oriente. Para muitos isso certamente é o fascínio pelo que é exótico e desconhecido.

Outros buscam um caminho de salvação que lhes poupa de admitir seu próprio estado de perdição e fraqueza. Eles são atraídos pela idéia de autorredenção ou auto-aperfeiçoamento.

Agora, será que essas pessoas encontram descanso interior, paz de coração e paz com Deus? Como isso pode ser possível, se a pessoa quer se autorredimir ou se livrar de seu estado obscuro, por assim dizer?

Outros que abandonaram o único verdadeiro Deus se voltaram para o ateísmo. Esta é também uma forma de religião que as pessoas usam para apaziguar a sua consciência. Mas eles se expõem a superstição e anarquia. Se a obstinação do homem tornou-se seu deus, então, consequentemente, seu cativeiro sob o poder de Satanás se tornará evidente. E quando os mais grosseiros pecados tornarem-se “socialmente aceitáveis”, inquietação, desespero e um inevitável abatimento afetarão profundamente muitas pessoas tolas que dizem: “Não há Deus!” (veja Salmo 14:1).

Podemos encontrar descanso e paz só com Aquele que nos convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei… e encontrareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11:28-29). É o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, que fala. Ele ainda recebe pecadores.

COMECE O DIA COM ORAÇÃO E COM A PALAVRA DE DEUS

Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei. Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei (Salmo 63:1; 5:3).

Como é que começamos o nosso dia? Se todas as manhãs, antes das tarefas diárias terem início, nós conscientemente nutrirmos uma relação espiritual com o Senhor através da leitura da Sua Palavra e da oração, sentiremos o efeito santificador durante todo o dia. Se começarmos o dia sem Ele, então vamos experimentar o fracasso e a derrota. De manhã, o dia diante de nós é como uma folha de papel em branco. O Senhor deseja escrever as primeiras palavras nela, por assim dizer, e, assim, deixar a Sua marca durante todo o dia. As obrigações do dia e os problemas que surgem são inúmeros. Onde mais poderíamos obter a força e a sabedoria necessárias se não no Senhor?

Como os israelitas no deserto, é preciso se alimentar de nosso Senhor, o verdadeiro maná, o “pão do céu” (João 6:32-33). Se regularmente observarmos Seu caminho, Seus princípios e Sua mente em todas as circunstâncias, vamos encontrar direcionamentos claros para nós mesmos.

Como é importante, então, olhar para Ele todas as manhãs, de modo que nos tornemos conscientes da Sua proximidade e presença durante todo o dia. Isso resultará em uma vida de santo temor debaixo de Seus penetrantes olhos, fazendo o que Lhe é agradável. Se este for o desejo genuíno de nosso coração, iremos de fato viver a promessa do Senhor de que Ele estará conosco (Josué 1:5).

A OFERTA GRATUITA

E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida (Apocalipse 22:17).

Fui convidado para organizar um programa de consulta para trabalho para um centro de recrutamento de empregados. O programa era de graça. Foram enviados convites para 800 jovens que procuravam estágios. Mais de 100 recusaram, alguns vieram para uma entrevista. Quantos realmente estavam interessados, permaneceu desconhecido.

Esta situação faz-me lembrar da oferta gratuita da graça de Deus para todos que buscam: Ele concede um lugar no Seu coração e no discipulado do Senhor Jesus. No entanto, muitas pessoas, ainda que reconheçam a necessidade de reorientar a sua vida, recusam: falta de interesse, falta de tempo, nenhum desejo, inconveniente – estas são as razões ou desculpas dadas. Contudo, o apelo de Deus para voltarem ao Redentor, Jesus Cristo, assegura um lugar para cada um. No entanto, muitos vêm, mas há obstáculos a superar, principalmente no círculo de amigos ou parentes: “Você vai ter que desistir de muita coisa”, ou “Você não será capaz de ir aqui ou ali”. Estes são os argumentos utilizados para convencer a não aceitar a oferta de Deus. Quem permanece firme e supera os obstáculos, agindo com propósito, vai aprender que existem cristãos cuja vida de fé não é um caminho cheio de tropeços, como mandamentos e proibições. Descansando na informação que a Bíblia dá sobre questões de fé, aprendemos que Cristo aceita todos e concede muito: cada um que O busca terá, juntamente com o perdão dos pecados, um mestre e Senhor que cuida dos assuntos de Seus seguidores, com paciência, amor e sabedoria, como nenhum empregador terreno faz.

JESUS, O VENCEDOR DE SATANÁS

Jesus de Nazaré… andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo (Atos 10:38).

Desde o início de Seu ministério, o Senhor Jesus teve confrontos com Satanás, porém sempre se mostrou firme, inclusive nas mais difíceis circunstâncias (Mateus 4:1-11). Enquanto Eva cedeu ao tentador por não crer na palavra de Deus, o Senhor Jesus resistiu ao diabo, citando-a três vezes. Nenhum ataque do diabo prevaleceu contra Ele. Desde Seu nascimento até o fim de Sua vida de homem na Terra, Cristo sempre esteve isento, livre de todo mal. Não faz parte do fracasso generalizado da humanidade nem dos cativos de Satanás, a quem chama de “valente” (Marcos 3:27). Por Sua obediência ao Pai, o Senhor Jesus não permitiu que o diabo tivesse qualquer direito ou legalidade sobre Ele. O inimigo foi “manietado”, amarrado, e assim já não pode se opor ao seu vencedor.

Então, o Senhor Jesus pôde “entrar em casa do homem valente e furtar os seus bens” (Mateus 12:29). Jesus Cristo veio e habitou entre os homens, a quem Satanás mantinha escravizados, para curar “a todos os oprimidos do diabo”.

Mais tarde, na cruz do Calvário, o Senhor conquistou a vitória definitiva e decisiva sobre o mal. Feriu a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). E logo o expulsará do céu (Apocalipse 12:9-10) e o trancará no abismo (20:3) durante Seu reinado de paz na Terra. Para concluir, no final dos tempos, Cristo lançará Satanás no lago de fogo (20:10).

Essas são as etapas da vitória de nosso grande Libertador.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós (Josué 3:5).

(Leia 2 Crônicas 29:1-19)

Embora não seja mencionado no livro de Crônicas, chegamos ao ponto em que o Senhor, por intermédio do rei da Assíria, tira as dez tribos de Israel da terra deles. Acaz deu razões suficientes ao Senhor para fazer o mesmo com Judá. Contudo, a graça tem outro recurso invisível. Tal recurso é um rei fiel: Ezequias. Pela providência de Deus, ele escapa dos horrendos sacrifícios de crianças a Moloque, aos quais seus irmãos foram submetidos (28:3; 2 Reis 23:10). Ele é “um tição tirado do fogo” (Zacarias 3:2). Podemos imaginar o quanto esse jovem sofreu no infame reinado de seu pai, pois, desde o primeiro dia no trono, sem nenhuma perda de tempo, ele começou uma operação-limpeza com a ajuda dos sacerdotes e levitas, mencionados aqui pelo nome. Ele a iniciou no primeiro dia do primeiro mês do primeiro ano (vv. 3 e 17)! Queridos leitores, se ainda não fizeram isso, comecem a purificar o coração de vocês sem demora. Escancarem as portas porque o Rei da Glória deseja entrar. Removam e eliminem a imundície acumulada sob o reinado do príncipe das trevas. Santifiquem-se para o Senhor Jesus Cristo. Ele quer habitar em nós agora e para sempre.

PALAVRAS QUE SÃO ESPÍRITO E VIDA

Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores (Lucas 15:18-19).

Por favor, não suspire e diga: “A parábola do filho pródigo de novo! Já não ouvimos o suficiente?”

As parábolas do Senhor Jesus Cristo não são a sala de jogos dos bem-intencionados moralistas. Elas são ilustrações da vida cotidiana que nos comunicam verdades espirituais. Somente o Filho de Deus poderia falar desta forma, pois Ele sabia que era assim. “As palavras que eu vos disse são espírito e vida” (João 6:63). E elas lidam adequadamente com as questões.

A questão aqui é que ninguém que pretende colocar as coisas em ordem com Deus pode deixar de reconhecer que é um pecador que precisa de perdão. Isso pode parecer duro, mas quem está sujo, necessita se lavar.

Se você acredita nas recentes estatísticas, a geração mais jovem hoje é mais inclinada a acreditar no sobrenatural – algo como Deus – do que os mais velhos, cujos pensamentos se centram muito mais no materialismo.

O Senhor Jesus Cristo ensina que o caminho para Deus passa pela consciência da pessoa: “Eu pequei”. Quem vir a Deus desta maneira será recebido, como o filho pródigo, que não precisou ir até o ponto de dizer: “Faze-me como um dos teus trabalhadores”.

DOM ESPIRITUAL NÃO É HOLOFOTE

Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja (1 Coríntios 14:12).

Quem deseja os dons espirituais jamais deve perder de vista o objetivo destes dons: a edificação da Igreja. Os coríntios não tinham falta de nenhum dom; no entanto, a condição deles não manifestava a glória do Senhor. Isto aconteceu em parte devido ao fato de não fazerem uso adequado de seus dons.

Quando os crentes se reúnem para ouvir a Palavra de Deus, o Espírito Santo tem sempre em mente a edificação deles. O Senhor não concede um dom para ser um holofote para seu possuidor, mas “para o que for útil” (1 Coríntios 12:7), para a bênção e crescimento espiritual dos outros. Edificação compreende tudo o que serve para aprofundar nossa compreensão da verdade e aproximar os crentes cada vez mais do Senhor Jesus. Qualquer ministração que fortalece a nossa fé, aumenta o nosso conhecimento da vontade de Deus, conforta nosso coração ou afeta nossa consciência é edificação. O objetivo é que “cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:15). Para atingir este propósito, os dons devem ser usados sob a orientação do Espírito Santo e para a glorificação do Senhor.

A edificação da Igreja significa muito para Deus. Isto pode ser visto na exposição detalhada que Paulo dá aos coríntios nos capítulos 12 a 14. Que benção é quando todos têm consciência de sua responsabilidade, servem os seus irmãos com aquilo que o Senhor lhes deu, e não enterram seu talento na terra (Mateus 25:18), mas utilizam seu próprio dom para a edificação da Igreja.

O PERFEITO SACRIFÍCIO

Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas (João 10:11).

Com abnegação incomparável um homem desconhecido sacrificou a sua vida há alguns anos em Washington, USA, a fim de salvar cinco outros passageiros após a aeronave cair no gelado rio Potomac.

As testemunhas oculares desse ato de misericórdia foram os membros da tripulação do helicóptero de resgate que pairava acima, o qual ia receber os sobreviventes que flutuavam no rio. Os pilotos viram como um homem de meia-idade entregou um salva-vidas para outra pessoa. Foi dado a ele um sinal para indicar que era o próximo da vez; no entanto, ele passou para outro o meio de seu resgate.

Depois que cinco pessoas haviam sido resgatadas desta forma, o homem afundou nas águas do rio, sem ninguém para socorrê-lo. “Eu nunca vi alguém tão pronto para se sacrificar”, disse um dos pilotos do helicóptero. “Eu admito que as lágrimas brotaram em meus olhos, e eu acredito que ele as mereceu. Ele era um homem nobre e um verdadeiro herói”.

É realmente comovente que um homem se sacrifique por cinco pessoas; mas muito mais deveríamos nos comover com o fato de que no Calvário Alguém esteve pronto para morrer por todos. Cristo, o Justo, morreu pelos injustos, por você e por mim. Um Homem perfeito, imaculado tomou sobre Si a nossa culpa. Que resposta você dá a Ele, o Filho de Deus? Ele tornou-se Homem, de modo a sacrificar-Se pelos outros. Ainda hoje, Ele está esperando por você.

“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5:15).

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