NÃO PERCA O PRAZO

Clamaram ali: Faraó rei do Egito é apenas um barulho; deixou passar o tempo assinalado (Jeremias 46:17).

No livro de Êxodo, a Bíblia relata como Deus interveio para libertar seu povo do Egito. Mas Faraó resistiu com toda a força. Então Deus enviou uma série de pragas para afligir a terra, e o Faraó estava consciente do motivo delas. Repetidamente ele declarou: “Pequei”. Mas não mudou sua atitude e continuou resistindo. Então chegou o momento em que Deus disse: “Basta!”. A oportunidade dada ao rei do Egito passara. Faraó estava perdido – definitivamente.

Em nossos dias também existem tempos “assinalados”. Se um advogado perde o prazo dos processos, as consequências são sérias. Se deixamos de fazer pagamentos no dia estabelecido, temos de arcar com despesas extras.

Em nossa vida Deus marca anos ou tempos aceitáveis (Isaías 49:8 e Isaías 61:2), ou seja, oportunidades únicas para que o conheçamos e nos rendamos a ele. Se negligenciarmos esses períodos, nossa vida aqui segue mais ou menos igual. Porém, as consequências serão trágicas na eternidade.

Na Bíblia, Deus afirma: “Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hebreus 3:7-8). Quem ignora esse chamado hoje, um dia terá de ouvir: “Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23).

Deus é um Deus de graça. Ele deu seu Filho por amor de nós e agora nos convida a nos rendermos ao Senhor Jesus Cristo, enquanto vivemos neste mundo. “Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação” (2 Coríntios 6:2). Não perca a sua chance. “Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus” (2 Coríntios 5:20).

UMA TESTEMUNHA INVOLUNTÁRIA

E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior (1 João 4:14; 1 João 5:9).

Simão de Cirene estava retornando de seu trabalho nos campos. Ao se aproximar de Jerusalém viu um estranho ajuntamento. Três condenados carregavam cada um a sua cruz. Dois eram ladroes, mas quem era o terceiro? O Senhor Jesus, sentenciado injustamente, vítima voluntária em obediência ao Seu Deus.

Simão estava decidido a continuar sua jornada para casa, mas de repente os soldados o agarraram e o forçaram a carregar a cruz do Senhor. E então ele foi forçado a seguir a procissão, e assim teve a oportunidade de ouvir o Senhor Jesus consolar as mulheres que O seguiam em prantos. O que Simão relatou sobre esta experiência ao chegar em casa? Alexandre e Rufus, seus dois filhos, sem dúvida ficaram impressionados ao ponto que mais tarde pelo menos Rufus foi contado entre os discípulos (Marcos 15:21; Romanos 16:13).

Um centurião romano supervisionava o horripilante trabalho de seus soldados. As horas passaram, e a multidão continuava a zombar do Senhor Jesus. E algo começou a ocorrer no íntimo do centurião. A inscrição da cruz O descrevia como “Rei dos judeus”. As palavras que ele proferiu na cruz, as trevas repentinas, o brado “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”, o terremoto, enfim tudo isso causou um impacto profundo no coração daquele soldado – tão calejado pela brutalidade do serviço – que o fez exclamar: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus” (Marcos 15:39).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 REIS

(Leia 2 Reis 21:1-18)

Manassés… cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém… E fez o que era mal aos olhos do SENHOR (2 Reis 21:1-2).

Ezequias foi o rei mais fiel de todos desde o tempo de Davi. Seu filho, Manassés, seria o mais ímpio. “Prosseguiu em fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocar à ira” (v. 6). E, além de todos os outros crimes, aqui se acrescenta a responsabilidade de ser filho do piedoso Ezequias, que dissera: “O pai fará notório aos filhos a tua fidelidade” (Isaías 38:19). Se nas Escrituras apenas estivesse registrado este capítulo falando sobre Manassés, poderíamos afirmar com toda a certeza que ele estaria perdido por toda a eternidade. Mas o segundo livro de Crônicas (33:12-13) nos conta sobre o final da história desse rei e nos ensina que a graça de Deus tem a última palavra. Quem poderia imaginar que tal homem iria se arrepender, orar e receber perdão? De fato, os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos. Nossa salvação não depende na maneira pela qual nos comportamos. É resultado da incomparável graça do Deus de amor. Porém, o que fizemos antes de nossa conversão é tido como abominável diante de Deus. Paulo se autodenominou o principal dos pecadores por ter perseguido a igreja. Mas acrescentou: “Por esta mesma razão me foi concedida misericórdia, para que em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade” (1 Timóteo 1:16).

SIGA AS NORMAS E ESCAPE DA DEMOLIÇÃO!

Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo (Atos 16:31).

Havia uma lei em certa cidade da África ordenando que todas as edificações ao longo das principais rodovias tinham de ser construídas de alvenaria e ter pelo menos dois pavimentos. Recentemente, as autoridades disseram que tais prédios não se encaixavam no padrão e tinham de ser reconstruídos. Todos foram então condenados, e marcados com grande “X” vermelho. Alguns donos começaram a reconstrução imediatamente; outros não fizeram nada; outros ainda pintaram sobre o “X”, fizeram reparos, e plantaram flores para melhorar o aspecto. Eles esperavam que tudo ficaria bem, conforme o tempo passasse, e talvez que a destruição nem viesse.

Mas certo dia, sem qualquer notificação, o governo enviou uma grande máquina para demolir todos os prédios marcados com o “X”. Os que foram reconstruídos escaparam ilesos, pois estavam dentro das normas. Mas as propriedades que foram pintadas, reformadas e embelezadas vieram abaixo.

Assim é com a maioria das pessoas. A Bíblia afirma que todos pecaram e não atingem as santas exigências de Deus. O “X” vermelho da condenação está marcado sobre cada pessoa. Muitos pensam que podem melhorar suas vidas fazendo boas obras, sendo caridosos, frequentando reuniões religiosas e orando. Esperam que tais atitudes sejam suficientes para escaparem da destruição vindoura. Outros ignoram a advertência ou nem mesmo acreditam que a condenação virá. Além disso, que Deus seria tão mesquinho a ponto de condenar ‘boas pessoas’?

Mas Deus tem um justo padrão. Ele tem de punir o pecado, e uma vez que todos nascem pecadores, todos têm de ser punidos com a eternidade no inferno. Contudo, Deus também providenciou uma solução que não viola seu justo padrão. Jesus Cristo morreu na cruz e levou sobre Si a punição por nossos pecados. Se você se arrepende, confessa seus pecados, e se rende ao senhorio de Cristo, Deus irá lhe perdoar, e lhe dará a vida eterna, ao invés da condenação eterna.

O julgamento divino certamente virá! Creia no Senhor Jesus Cristo e você será salvo.

LEPRA

E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; e levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós (Lucas 17:12-13).

Lepra é uma doença terrível. Ela é mencionada nos dois Testamentos, e ainda existe hoje. Deus usa a lepra como símbolo bíblico do pecado e seus efeitos na vida das pessoas.

Como a lepra, o pecado é contagioso. Todos nascemos inteiramente contaminados com ele, afetamos e somos afetados pelos nossos pecados e pelo pecado dos outros. Vivemos em uma atmosfera de impiedade que nos influencia em maior ou menor grau.

A lepra se espalha pelo corpo. Nos tempos bíblicos não havia cura. A sentença era a morte. Os pecadores vivem em um mundo sem esperança, inimigo de Deus, e condenado ao terror da ira divina.

Por causa do perigo da contaminação, os leprosos eram excluídos da sociedade humana. Comparando-a com o pecado, cada um também sofre individualmente, pois todos estão separados de Deus.

Existe uma Pessoa que não apenas cura a lepra, mas que também nos liberta do pecado. “o sangue do Senhor Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” e “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1:7 e 9).

FÉ ABALADA; FÉ RENOVADA

Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem… Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram (Lucas 24:16 e 31).

Que revelação para os dois discípulos que iam para Emaús após a Páscoa! eles estavam em Jerusalém no momento da crucificação e, portanto, se encontravam bastante tristes porque Aquele em quem haviam depositado todas as suas esperanças quanto à redenção de Israel tinha morrido. Eles tinham ouvido dizer que a tumba onde o corpo do Senhor fora depositado estava vazia, mas ninguém o vira.

Agora estavam na jornada de cerca de onze quilômetros de volta pra casa. O Senhor Jesus conhecia a angústia deles e não os deixaria sofrer desnecessariamente. “O mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles” (v. 15), mas eles não o reconheceram. Contudo, o Senhor Jesus ajustou o foco deles ao que as Escrituras diziam sobre o Cristo: que ele deveria sofrer todas essas coisas para que entrasse em sua glória (v. 26).

Foi somente quando o convidaram para ficar na casa deles e participar da refeição que puderam perceber quem os acompanhava. O Senhor tomou o pão, deu graças e o partiu, e assim eles o reconheceram. Embora tenha desaparecido imediatamente, a fé daqueles dois discípulos foi reacendida. Eles retornaram no mesmo instante para Jerusalém a fim de contar aos outros esta maravilhosa experiência.

Querido leitor, você já passou por alguma situação que abalou sua fé? Perceba que o Senhor prometeu estar sempre conosco, até o fim dos tempos (Mateus 28:20). E irá lhe consolar, ajudar você e atrair sua atenção para ele mesmo, e você vai experimentar “que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Salmo 34:8).

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5-6).

A ARCA DE DEUS

Pararam, pois, os sacerdotes, que levavam a arca, no meio do Jordão, em pé, até que se cumpriu tudo quanto o Senhor mandara Josué dizer ao povo (Josué 4:10).

Olhamos nosso Senhor nas alturas, e exclamamos: “Verdadeiramente não há água no Jordão para nós!”. O cristianismo surge da morte, da ressurreição e da ascensão do Senhor Jesus. Para nós, a nova criação é todo aquele que está em Cristo, o qual está à destra de Deus nas alturas. O caminho para a nossa Canaã (os lugares celestiais) é através do Senhor Jesus ressurreto dos mortos e elevado aos céus.

Grandes e pequenos, todo tipo de gente passou na força da arca. Maravilhoso pensamento para nós! Não é por nossa própria força, nem por nosso nível de fé, mas por nosso Pai pelo qual, na Pessoa do Filho, entramos nos lugares celestiais. Cada redimido nele é abençoado com os privilégios celestiais. Canaã pertence a cada redimido, e todos “em Cristo”, estão lá, somente por conta do que ele fez e pelo que ele é. Tais coisas não são boas ou muito grandes para serem verdade até para o menor e mais fraco filho de Deus; elas são a herança comum de todos os santos.

“E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus” (Efésios 1:19-20). A medida do poder é divina. Jamais podemos lançar mão de nossa fé, ou sentimentos, ou inteligência para tentar medir essa obra. A medida está fora de nós.

Nossas instruções espirituais são para observarmos a abençoada Arca do Pai, o Senhor Jesus Cristo. Para o redimido, a libertação da escravidão do velho ego tem de ser aprendida; mas a coisas celestiais, a nova criação, a vida com Cristo e as bênçãos que estão nele são aprendidas somente ao olharmos para ele que ressuscitou e foi elevado aos céus.

O PELOTÃO DE EXECUÇÃO

Ele [Deus] disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: o Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem (Hebreus 13:5-6).

Eduardo estava na prisão injustamente acusado de um crime que não cometera. Pior: sua sentença foi prisão perpétua. Ninguém acreditava na inocência dele. Todas as noites os soldados chegavam e chamavam alguns nomes. Depois se ouviam tiros. Era o pelotão de execução. Eduardo tinha apenas 21 anos, e não queria morrer. Certa noite ele percebeu que um pequeno livro intitulado “Novo Testamento e Salmos” caiu do bolso de seu colega de cela. Ao acaso ele abriu no salmo 23 e leu: “o Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (v. 1). Havia de fato um Deus que se importava com ele? Sua atenção foi capturada pelo livro, o qual passou a noite inteira lendo. Pela manhã, um rapaz confiante se ajoelhou para falar com Deus com toda a simplicidade. Ele compreendia que se tivesse de morrer, o Senhor Jesus estaria ao seu lado. “Meu Salvador era inocente quando morreu na cruz; ele pagou por meus pecados. Eu vou encontrá-Lo e vou me alegrar por toda a eternidade” – pensou.

Quando os guardas o chamaram, ele ficou em pé e recitou o Salmo 23 para criar coragem. “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum” (v. 4). No entanto, ele foi informado da prisão do verdadeiro autor dos crimes que lhe eram atribuídos. Eduardo estava livre! Maravilhado, se lembrou daquele fantástico livrinho. Deus o libertou tanto da prisão dos homens quanto do cárcere do pecado.

CONTRASTE ABSOLUTO

Porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento (Lucas 22:37).

Ele, o Santo Filho de Deus, foi contado com os transgressores? É inimaginável o contraste entre o justo Servo de Deus, que sempre fez coisas que agradavam ao Pai (João 8:29) e os que rejeitaram os mandamentos de Deus desde o princípio!

“Transgressores” são os que deliberadamente ignoram ou substituem a vontade declarada de Deus por sua própria vontade pecaminosa, ou seja, pelo próprio pecado: “pecado é iniquidade” (1 João 3:4). Você pode imaginar um julgamento humano mais errôneo que contar o Filho de Deus, que se tornou Homem, entre os pecadores? Diante de Pilatos, os judeus enfatizaram: “Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos” (João 18:30). Os romanos consentiram com o mesmo julgamento ao crucificá-Lo entre dois ladrões.

No entanto, as próprias palavras do Senhor Jesus demonstram que ele consciente e voluntariamente se submeteu aos procedimentos humanos, e que esta era a vontade de Deus. Ele era o Servo que compreendeu totalmente que tinha de restituir o que jamais havia roubado. Sabia que tinha de sofrer, ser rejeitado e morrer para nos redimir do pecado.

Porém, mesmo sabendo de antemão de todas essas coisas, Sua alma ficou tão atribulada a ponto de Seu corpo suar grandes gotas como de sangue. Mas também em meio a tamanha agonia, ouvimos o Senhor dizer em perfeita devoção: “É chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos” (Marcos 14:41-42).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 REIS

(Leia 2 Reis 20:12-21)

E Ezequias lhes deu ouvidos [aos emissários do rei de Babilônia] e lhes mostrou toda a casa de seu tesouro, a prata, e o ouro, e as especiarias, e os melhores ungüentos, e a sua casa de armas, e tudo quanto se achou nos seus tesouros; coisa nenhuma houve que lhes não mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio (2 Reis 20:13 e 17).

Tendo vencido duas provações, o pobre Ezequias sucumbe ao terceiro – exatamente pelo fato de este não ter a aparência de provação! O que poderia ser mais lisonjeiro do que importantes mensageiros do rei da Babilônia? Eles vieram com cartas e presentes para Ezequias. Que pena que ele não apresentou esta carta diante de Deus! Quanto aos presentes, ele se sentiu constrangido e como que obrigado a agradar esses estrangeiros. Quão perigosas para o cristão são essas cortesias do mundo! Elas freqüentemente encontram eco na vaidade de nosso coração! Essa não era uma oportunidade de Ezequias falar com tais homens sobre a bondade e o poder do Senhor que por duas vezes o livrou? Não era uma oportunidade de levá-los a conhecer a casa do seu Deus? Em vez disso, ele lhes mostrou sua própria casa e seu arsenal – que tinha sido totalmente inútil contra Senaqueribe -, e seus tesouros, dos quais o Senhor agora dizia que nada seria deixado. “Que viram em tua casa?”. Uma pergunta séria! O que os visitantes vêem em nossa casa; sobre o que conversamos com eles? É sobre tesouros de que nos orgulhamos, mas que perecerão? Ou é sobre Ele, o Dono e Senhor de tudo o que existe no mundo?

Ezequias admitiu que merecia o julgamento. E depois disso, a vida do fiel rei chega ao fim.

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