O ZOMBADOR QUE SE TORNOU EVANGELISTA (2)

Disse o néscio no seu coração: Não há Deus (Salmo 14:1).

A cidade inteira ouviu acerca do plano de Ralph. No domingo a igreja estava lotada. O pregador falou sobre o texto acima: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”.

No final do sermão, ele falou sobre a crucificação do Senhor Jesus Cristo. “o Filho de Deus foi pregado na cruz como um criminoso. Ele foi alvo de zombarias. Depois um soldado romano veio e furou o lado do Senhor Jesus. Sangue e água fluíram da ferida. E isso se tornou um precioso sinal para os crentes de todas as épocas. O sangue que fluiu de seu lado nos mostra que Cristo morreu pelo pecado. O pecador pode ser limpo pelo sangue.”

O sermão terminou assim. Todos os olhos estavam fixos em Ralph. Mas ele não se moveu. O pregador estava prestes a anunciar o hino final quando Ralph Newman se levantou de repente e saiu gritando em direção ao altar: “Ó Deus, me perdoe! Eu sou aquele soldado, aquele pecador! Eu crucifiquei o Senhor Jesus, porque eu o odiei!”. Houve um silêncio mortal. Então o órgão começou a tocar. Mais tarde vi o pregador falando com Ralph.

Daquele dia em diante, Ralph se tornou um homem transformado. Pouco tempo depois ele se mudou para Londres. Quando fui me despedir, lhe perguntei o que havia causado aquela espantosa mudança.

Ele disse que havia sido profundamente afetado pela descrição da crucificação do Senhor Jesus. Quando ouviu sobre o soldado que perfurou o lado do Senhor e o sangue que nos purifica do pecado, ele teve uma visão de todos os pecados de sua vida. E Ralph não menosprezou nenhum deles. Ele confessou sua culpa diante de Deus e creu na obra do o Senhor Jesus, Aquele mesmo Senhor Jesus do qual antes tanto escarnecia.

(concluído)

O ZOMBADOR QUE SE TORNOU EVANGELISTA (1)

Quereis vós porventura fazer-vos também seus discípulos? (João 9:27).

Há muitos anos, em uma cidade inglesa conheci Ralph Newman, que mais tarde se tornaria um pregador. Naquela época aproveitávamos ao máximo nosso tempo livre. Com mais alguns companheiros, costumávamos frequentar salões de dança, onde Ralph era sempre o líder. Vivíamos apenas para diversão; Deus e seus mandamentos não importavam nem um pouco para nós.

Certa noite, as pessoas estavam comentando no hotel da cidade acerca do novo pregador que ali chegara. “Ele parece ser um bom homem”, disse Rendall, o fabricante de carroças.

– Você disse ‘um bom homem’? Está ficando religioso? – exclamou Newman.

– Nós poderíamos visitar uma das reuniões dele.

– O que você disse? Eu, Ralph Newman, em uma igreja?! Não me faça rir!

Newman se tornou cada vez mais irado, proferindo impiedades horríveis sobre o pregador. Mas seu amigo permaneceu calmo e disse: “É fácil insultar uma pessoa pelas costas. Mostre seu ímpeto indo à reunião; e depois dela diga ao pregador o que pensa dele!”.

Ralph hesitou. Será que ele ousaria atacar publicamente um homem que toda a cidade respeitava? Seus amigos já zombavam dele: “Ralph, você não parece tão bravo quanto diz que é”. Ele não podia mais aguentar aquilo. “Está bem! Se vocês forem comigo à reunião no domingo, eu vou dizer na cara desse pregador que ele prega um monte de baboseiras religiosas que nem ele mesmo acredita. Concordam?” Nem todos os seus amigos ficaram contentes com a proposta, mas por fim concordaram em acompanhá-lo.

(continua)

OS CÂNTICOS DE MOISÉS

Então cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor, e falaram, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. (Êxodo 15:1)

Então Moisés falou as palavras deste cântico aos ouvidos de toda a congregação de Israel… Engrandecei a nosso Deus. Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são (Deuteronômio 31:30); (Dt 32:3-4).

O primeiro cântico de Moisés celebra a vitória de Deus ao libertar Seu povo da escravidão e das mãos do inimigo. O segundo celebra Sua fidelidade e bondade manifestas em meio à desobediência e incredulidade do povo.

No primeiro cântico, vemos nosso inimigo destruído – Cristo “participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hebreus 2:14). Quando vemos nossos inimigos, o diabo e seus anjos, sentenciados e a nós mesmos como ressurretos com Cristo, também poderemos nos regozijar no Senhor. Quanto mais claramente percebemos a graça de Deus, mais inteligente e pleno será nosso louvor.

No segundo cântico, Deus é celebrado por haver realizado uma obra perfeita, onde tudo é fidelidade de Sua parte. Mas, infelizmente, o povo se corrompeu e esqueceu do Senhor! E isso também acontece conosco, pois é tão comum nos orgulharmos quando somos colocados pelo próprio Deus em uma posição de liderança, nos desviando dEle pelo engano do nosso coração, para exaltar a nós mesmos à custa da fidelidade a Cristo.

Temos grande alegria por faltar tão pouco tempo para aquele magnífico evento quando Deus certamente será glorificado, e quando Seu povo terá plena consciência da perfeição de seus caminhos. Mesmo da vergonha de nossas loucuras e desvarios, Deus extrairá louvor para Si próprio. Nada poderá manchar ou desfigurar sua glória!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 REIS

(Leia 2 Reis 25:1-17)

E se apressem e levantem o seu lamento sobre nós; e desfaçam-se os nossos olhos em lágrimas, e as nossas pálpebras destilem águas (Jeremias 9:18).

Exasperado pelo espírito rebelde dos reis de Judá, Nabucodonosor sobe pela terceira vez contra Jerusalém, a cerca e a subjuga depois de um sítio de mais de um ano. E dessa vez não houve piedade para a cidade orgulhosa. Começando com o templo, ela foi totalmente destruída pelo fogo. Os muros são demolidos, os habitantes são levados para o cativeiro. Zedequias sofre as cruéis conseqüências de sua obstinação. Poucas pessoas são deixadas no país.

Então os caldeus descarregam seu ódio contra o templo, o que para eles simboliza o espírito de resistência dos judeus. Não satisfeitos em queimá-lo, eles o despedaçam e levam os poderosos pilares de bronze, o mar e suas bases, e o restante dos utensílios sagrados. Por que os versículos 16 e 17 repetem os detalhes da decoração dos pilares exatamente no momento em que eles desaparecerão? Sem dúvida, é por uma razão bem dolorosa: para o povo seria a última visão de um objeto amado ao qual o coração deles estaria ligado até o final! Quão belos esse pilares eram, símbolos da estabilidade e força que a partir daquele instante o Senhor estava retirando de um povo desobediente e rebelde (1 Reis 7:21).

UMA PROCLAMAÇÃO MUNICIPAL

Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus (Romanos 13:1).

Um documento interessante foi descoberto nos arquivos da cidade de Mulhouse, leste da França.

“Nós, da prefeitura e do conselho de Mulhouse, informamos a quem possa interessar, seja leigo ou clérigo, que um cristão está vinculado à Palavra de Deus, que não pode esperar salvação exceto pela mesma Palavra, e que é sua responsabilidade conduzir sua vida em conformidade com a doutrina que ela contém. Uma vez que a verdade do evangelho foi revelada a nos com mais força e clareza, nos devemos dar graças com todo nosso coração ao nosso Salvador Jesus Cristo, por quem esta graça nos foi concedida.

“Uma vez que, como cristãos, nos sentimos obrigados a observar a Palavra de Deus e a salvaguardar a unidade cristã tanto quanto possível para que o amor e harmonia floresçam entre nós, temos decidido unanimemente e desejamos, após madura deliberação, que nossos sacerdotes e clérigos ensinem somente o evangelho e a doutrina de Cristo, ou tudo o que está contido no Antigo e Novo Testamentos, e que se refreiem de qualquer ensino que não está em conformidade com as Sagradas Escrituras. Portanto, o fruto da Palavra divina aumentará abundantemente e em toda a sua diversidade.

“Que cada um de nós possa aquiescer com tais regulamentações.

“Decretado e selado nessa quarta-feira, após o Dia de São Tiago, no ano de 1523.”

CRIADO DE MANEIRA DIFERENTE

E se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor; e sabei que o vosso pecado vos há de achar (Números 32:23).

Durante nossa vida, muitas questões surgem e sofremos para encontrar as respostas certas. No mundo de hoje, as possibilidades de respostas são imensas.

Porém, existem certos temas que ninguém, a não ser Deus, pode nos dar a solução correta; e um desses temas é a vida após a morte. O que segue a morte? Muitas pessoas tentam explicar a morte como algo somente natural. Assim como na natureza, toda a vida chega ao fim – cada folha murcha, plantas e animais definham e morrem. O raciocínio decorrente é que as pessoas também têm o mesmo destino. Então ignoram o pensamento do porvir. Mas o ser humano foi criado por Deus de maneira completamente diferente das outras criaturas, isto é, como uma “alma vivente”, recebendo dEle o “fôlego da vida” (Gênesis 2:7). Portanto, não é algo ‘natural’ para os seres humanos.

Precisamos perguntar a Deus sobre essa questão; pois só o Autor da vida pode nos responder com plena autoridade. E para tal, ele nos deu a Bíblia, o registro de sua santa Palavra, na qual aprendemos que a morte entrou na criação através do pecado. Mas Deus quer seu povo com ele no céu. Então, o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio a este mundo como Homem e suportou o castigo de Deus devido ao pecado, em sua morte expiatória na cruz, “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Se você não fizer assim, ou seja, se você não buscar conhecer Deus enquanto você está vivo, e preferir ignorar a Palavra de Deus, saiba que o seu pecado vai achá-lo aqui e na eternidade.

O PAPEL DAS ESTRELAS

Então [Deus] o levou [Abraão] fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. (Gênesis 15:5)

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo (Filipenses 2:15).

Saia de casa em uma noite estrelada e olhe para o céu: nosso grande Criador crivou a abóbada celeste com uma multidão de estrelas, que formam parte da luz que ele nos deu. Da mesma forma, Deus também colocou os cristãos nas trevas morais deste mundo para brilharem “no meio de uma geração corrompida e perversa”.

Uma estrela é um objeto celestial, e este é o verdadeiro caráter dos crentes: eles nasceram de Deus e, portanto, pertencem ao povo celestial (1 Coríntios 15:40-48). Portanto, convidam as pessoas a olharem para cima e lembrar que há um Deus sábio e todo-poderoso, infinito como o universo, um Deus de quem receberam a vida, e diante de quem um dia terão de prestar contas.

Desde a antiguidade, uma estrela é um guia para os que estão perdidos em seu caminho: ela serve como uma espécie de bússola. Pense na estrela que conduziu os magos do oriente até o menino Jesus. Os perdidos deste mundo necessitam de pontos de referência que lhes mostrem a direção correta para o Salvador.

A posição das estrelas no céu serve como relógio ou calendário. Elas sinalizam o período do ano e o da noite. Os crentes também têm a responsabilidade de lembrar as pessoas de que “a noite é passada, e o dia é chegado” (Romanos 13:12).

DE QUE FONTE VOCÊ BEBE?

E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba (João 7:37).

o último dia era o clímax da festa dos judeus. O Senhor Jesus falou à multidão: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”. Não era a água derramada cerimonialmente naquele dia que poderia trazer salvação e paz com Deus, mas ele mesmo, o Filho de Deus. Ele é a fonte que pode saciar a sede da alma. Porém, existe um obstáculo à satisfação desejada: é a inimizade para com Deus, essência da natureza humana. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Romanos 8:7).

Deus é santo e justo; o homem é pecador e corrupto, quando age de acordo com sua própria vontade, ele despreza Deus. Deus é luz e está na luz; o homem é e está nas trevas (1 João 1:5; João 3:19-20).

o obstáculo que nos impede de bebermos da fonte da vida é o pecado que habita em nós. E o Senhor Jesus veio exatamente para nos salvar de nossos pecados (Mateus 1:21; 1 João 3:5).

Os que reconhecem sua culpa diante dEle, confessam seus pecados, creem no Senhor Jesus e em sua obra de redenção podem obter perdão. Isso aniquila a barreira, e desbloqueia o caminho para a Fonte da vida eterna.

O que a filosofia e as religiões deste mundo não são capazes de fazer foi realizado pelo Filho de Deus. E ainda hoje o clamor do Senhor Jesus pode ser ouvido: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”.

COMO A ROSA DE KEITH

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2:17).

Como podemos entender a afirmação acima, ou seja, que Adão morreria no dia em que comesse do fruto da árvore com o fato de que a própria Bíblia registra que ele viveu 930 anos?

Meu amigo Keith colheu uma rosa de seu jardim e a colocou em um vaso. Era uma flor maravilhosa, bela e perfumada. Keith trocava a água do vaso diariamente. No terceiro dia, alguém que foi visitá-lo comentou que ela parecia recém-colhida. Pouco depois, as pétalas começaram a se curvar, imperceptivelmente. Logo uma delas caiu. Ainda era a mesma bela flor. Porém, o processo se acelerou e as pétalas caíram uma depois da outra. Agora a bela rosa estava murcha, sem pétalas e sem nenhum sinal de vida.

Então vem a pergunta: quando a rosa morreu? Quando ficou murcha? Quando a primeira pétala caiu? Ou já estava morta quando o visitante a elogiou? Sem dúvida de que a rosa morreu quando foi separada do talo e a seiva parou de fluir.

Não é diferente com seres humanos. Somos como a rosa de Keith. Adão morreu quando o pecado o separou de Deus. É por isso que todos estão “mortos em ofensas e pecados” (Efésios 2:1) desde que o pecado entrou no mundo. No entanto, por meio do novo nascimento “da água e do Espírito” (João 3:5, 16) a morte eterna é mudada em vida. O Senhor Jesus é o único meio de escaparmos da “Segunda morte”, uma existência eterna separada de Deus, em julgamentos terríveis (Apocalipse 20:14-15).

PODER INFINITO

E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra (Mateus 28:18).

Que poder é o do Senhor Jesus! Ao Seu mandar, as ondas calam, demônios fogem aterrorizados, a morte devolve suas presas! O Príncipe das trevas tem ‘poder’, mas não ‘todo o poder’; ele é poderoso, mas não onipotente. Ele não está livre para fazer o que quiser. Teve de obter permissão para afligir Jó (Jó 1:12; Jó 2:6); seus agentes, demônios e espíritos imundos, tiveram de ter permissão para entrar na manada de porcos (Marcos 5:12-13); e teve de “pedir” para cirandar Pedro (Lucas 22:31), mas o Senhor intercedeu por Seu discípulo.

Irmãos, quantas vezes não existe nada entre nós e Satanás a não ser a graça de Deus? A chave de Satanás cabe perfeitamente no cadeado de nosso coração, mas há Um mais forte que o impede de entrar. O poder do adversário atiça a chama, mas a onipotência do Senhor apaga o fogo. Hoje você está sentindo a força de alguma tentação interna ou externa? Olhe para ele que tem o poder de tornar Sua graça suficiente para você. Ele que tem o poder absoluto age com ternura, e gentilmente lidera seus fracos, cansados e sobrecarregados redimidos. Nada é grande ou insignificante demais para ele!

Nossos interesses, presentes e futuros, não podem estar em melhores mãos que as dEle. Podemos exultantemente descansar em Sua humanidade e confiar na onipotência de Sua Divindade. Podemos depositar nossa confiança em Sua perfeita sabedoria quanto aos caminhos que ele nos conduz. Sua vontade sempre será o melhor!

Seu infinito amor, poder, sabedoria são garantias infalíveis de que seus propósitos serão cumpridos. Suas promessas jamais falharão!

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