Os que se apartam de mim serão escritos sobre a terra; porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas (Jeremias 17:13).

Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor (Jeremias 22:29).

Que urgência e súplica podemos sentir na mensagem de Deus por meio do profeta Jeremias! Glórias a Deus que ainda existem pessoas dispostas a ouvir sua voz e obedecer a sua Palavra. A indiferença e a impiedade estão aumentando de maneira alarmante. A conclusão de Romanos 3:18 é uma descrição perfeita da humanidade hoje: “Não há temor de Deus diante de seus olhos”. A maioria, inclusive os que se dizem ‘cristãos’, viram as costas para ele, pensando que não há qualquer efeito dessa escolha. Mas a estupidez humana tem um preço altíssimo: “Serão escritos sobre a terra”. O que é escrito na areia ou no solo desaparece rapidamente sem deixar vestígio. Da mesma maneira, tais pessoas logo cairão no esquecimento, desprezados não apenas por outros, mas pelo próprio Deus para quem decidiram virar as costas e endurecer o coração.

Certo homem, ao receber o importante título de uma universidade norte-americana, fez questão de mencionar em seu discurso de agradecimento: “Permitam-me adicionar uma declaração de fé pessoal: Estou convicto de que a pior doença de nosso tempo é o afastamento de Deus. Criamos deuses substitutos para nós mesmos aqui neste mundo, e por isso causamos o nosso próprio colapso”.

Volte-se para o Senhor Jesus Cristo, confesse seus pecados a ele, creia no que ele fez na cruz por você. Assim seu nome será escrito no Livro da vida, do qual ninguém é capaz de apagá-lo, e não no pó da terra!

E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores (Lucas 7:13).

Mesmo antes do Senhor se aproximar dos portões da cidade de Naim, ele já sabia da intensa dor daquela mãe que pranteava seu único filho. Ninguém na grande multidão do cortejo fúnebre podia ajudá-la nem lhe oferecer consolo genuíno. Só o Senhor da vida e da morte podia fazer isso!

O Senhor Jesus, que vê nossas lágrimas, pois também chorou sobre Jerusalém e diante do túmulo de Lázaro. E foi tomado de compaixão por aquela mãe. Tal compaixão ficou evidente em muitas outras ocasiões nos evangelhos. O Filho de Deus era integralmente Homem e ele conhecia o coração dos humanos. Por amor e bondade, nosso misericordioso Salvador disse à viúva: “Não chores”.

Essas palavras saíram da boca dAquele que um dia irá enxugar as lágrimas dos homens (Apocalipse 21:4). Elas nos mostram seu poder e grandeza como Filho do homem. E parou diante do esquife, o tocou e ordenou ao morto: “Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o a sua mãe” (vv.14-15).

Como é reconfortante saber que nosso Senhor demonstrou tamanha medida de amor para uma mulher viúva! Em toda a Palavra de Deus existem promessas especiais de consolo, proteção e sustento para viúvas e órfãos. E em Tiago 1:27 existe também uma declaração registrada para cada um de nós: que visitemos os órfãos e as viúvas em sua tribulações, ou seja, que demonstremos na prática o mesmo amor e cuidado que o Senhor Jesus demonstrou aqui!

Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; não permitirá jamais que o justo seja abalado (Salmo 55:22).

Sabemos que a ansiedade sobre o que pode nos acontecer no futuro nos rouba a alegria do presente e a força para o amanhã. John Wesley, grande evangelista e pregador inglês, certa vez disse que no momento em que se preocupasse e se afligisse estaria blasfemando de Deus. Ele acreditava que a preocupação é uma forma de incredulidade, uma espécie de prática ateísta.

Mesmo concordando com John Wesley e com as exortações das Escrituras sobre não estar ansioso, contudo, muitos filhos de Deus experimentam grandes fardos que causam estresse e ansiedade. Há situações que acontecem na vida de um redimido que tentam até a fé mais forte para que ceda ao desânimo e à ansiedade.

O salmista nos exorta a lançar nosso cuidado sobre o Senhor. A palavra “cuidado” usada aqui poderia ser traduzida como “a parte designada a você”. No hebraico literalmente significa “dom”, isto é, aquilo que foi dado a você. O dom que nos foi concedido, nossa “sorte na vida”, pode ser severas dificuldades ou problemas que Deus em sua providencia permite que venham sobre nós. O salmista está nos dizendo o Senhor tem nos dado esse dom para que o devolvamos a ele. Temos de lançá-lo sobre ele, pois o próprio Deus no-lo deu para nossa bênção e sua glória.

Ele irá nos sustentar. O pronome ele é enfático neste texto. Isso significa que somente ele e nenhum outro irá nos suster, nutrir, e providenciar para nós o que for necessário em cada situação. Ao citar o Salmo 55:22, o apóstolo Pedro ainda acrescenta: “porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5:7).

E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer (Jeremias 18:3-4).

Quão verdadeira e exata é esta ilustração que Deus nos deu sobre a vida humana! Do pó da terra Deus formou o homem à sua imagem (Gênesis 1:27; 2:7). Muitas pessoas negam essa verdade; sustentam que tudo, inclusive elas mesmas, surgiram do nada através de leis naturais. A Palavra de Deus contradiz isso veementemente. Ela nos mostra que Deus criou o homem para que este pudesse conhecê-Lo e amá-Lo.

No entanto, o pecado arruinou o vaso. O homem agora não é nem sombra do que foi criado para ser. Sua natureza se tornou corrompida, seu corpo e deformado pela degeneração e morte. Essas são algumas trágicas consequências dele ter obedecido Satanás, o mentiroso desde o começo. Mas o propósito de Deus não pode falhar. Ele providenciou uma cura através da qual ele é glorificado mais que na criação: ou seja, a obra de redenção, a obra de seu amor. Na plenitude do tempo, essa obra foi realizada por seu amado Filho na cruz do Calvário, para a glória do Pai.

E um dos resultados dela será a ressurreição dos corpos daqueles que morreram na fé. A partir desse “corpo abatido” ele fará um corpo glorioso (Filipenses 3:21) para todos os que creram na obra da salvação que seu Filho realizou.

Não oferecereis sobre ele incenso estranho. (Êxodo 30:9).

Três coisas foram proibidas de serem usadas sobre o altar de incenso. Primeiro: incenso estranho. O incenso oferecido tinha de ser feito exatamente de acordo com as instruções divinas; nenhum outro seria aceito. Olhando para isso como um emblema, somos ensinados que nada exceto a fragrância de Cristo é aceitável a Deus em adoração. Qualquer coisa além de Cristo é “coisa estranha”, e será rejeitada.

Segundo: nenhum sacrifício queimado, nenhum sacrifício de carne, e nenhuma oferta de bebida poderiam ser oferecidas sobre esse altar. Isso seria confundir o altar de ouro com o de bronze, e consequentemente esquecer nossa verdadeira posição sacerdotal. Seria o mesmo erro agora se, quando reunidos em adoração, tomarmos nosso lugar na cruz, ao invés de atravessarmos o véu rasgado. Muitas almas têm involuntariamente caído nesse engano. O resultado é que jamais conhecem a alegria de serem trazidas a Deus em virtude da obra de Cristo; e, portanto, não podem ocupar sua real posição de sacerdotes.

Terceiro: Levítico censura o uso de fogo estranho. Tinha de ser o fogo de Deus – fogo vindo do céu, de diante do Senhor (Levítico 9:24). Aplicando isso aos redimidos, a lição é que eles podem adorar somente pelo Espírito de Deus. Fervor natural e emoções naturais, humanas seriam, neste sentido, “fogo estranho”.

Tanto o fogo quanto o incenso tinham de ser divinos para serem aceitáveis sobre o altar de ouro. Hoje, em um tempo no qual há tantas coisas apelando aos sentidos humanos na adoração a Deus, os cristãos fariam muito bem se introjetassem tal verdade no coração. Que cada cristão possa aprender que tudo o que não vem de Deus é abominação aos seus olhos!

(Leia 1 Crônicas 3:1-14 e 1 Crônicas 4:9-10)

Jabez invocou o Deus de Israel… E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido (1 Crônicas 4:10).

Há outra razão para o registro de tais genealogias: quando o Messias viesse, a pergunta “De quem ele é filho?” precisaria necessariamente de uma resposta incontestável. Ao voltar na linha do tempo, vemos Deus separando os seguintes homens do meio da raça humana: a família de Abraão; a partir dele a tribo de Judá e mais tarde ainda, do meio dessa tribo, a linhagem real de Davi. Esse e o tema do capítulo três. E podemos analisar com que cuidado e atenção Deus seguiu, de geração a geração, a linha que resultaria na aparição de “Jesus, que se chama o Cristo” (Mateus 1:16).

A breve história de Jabez, que era mais honrado que seus irmãos, está incluída na lista dos filhos de Judá. Sentindo o peso do arrependimento por causa do pecado, esse homem clama para que o Senhor remova o mal do caminho. A oração dele é respondida. Consideremos os quatro pedidos que ele fez e o imitemos em sua ousadia: 1º) para desfrutarmos de abundantes bênçãos espirituais; 2º) para que nossa compreensão seja aumentada e nosso coração seja preenchido com sabedoria; 3º) para que a “mão do Senhor” esteja sobre tudo o que fizermos e 4º) para sermos guardados do pecado e da tentação (Mateus 6:13).

E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos magistrados e potestades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer. Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar (Lucas 12:11-12).

Após passar um longo período na prisão, um cristão chinês finalmente foi trazido a julgamento.

– Você ainda acredita no cristianismo?, perguntou o juiz com ironia.

– Eu não creio no cristianismo, mas…

O juiz o interrompeu, surpreso: “Você não crê mais no cristianismo?”

– Eu creio no Senhor Jesus Cristo, em uma Pessoa, não em uma religião.

Já com raiva, o juiz retorquiu: “O senhor poderia parar de fazer joguinhos de palavras, por favor?”

– O senhor me entendeu mal. Vocês podem fechar templos, colocar os cristãos na prisão, e até mata-los. Vocês podem proibir qualquer religião e queimar Bíblias. Mas não podem tocar no Senhor Jesus Cristo. Ele vive para sempre, e ele vive em meu coração. E ninguém pode removê-Lo daqui. Se me matarem, Eu estarei com ele por toda a eternidade.

Essa distinção não deveria nos surpreender. A religião cristã é cheia de rituais, alguns interessantes mesmo. É organizada por pessoas, influenciada por ideias sócio-culturais e marcada por erros e fraquezas humanas. A fé cristã, por outro lado, é um relacionamento genuíno e pessoal com o Deus vivo. Isso inclui conhecer e crer no Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, confiando nele, O amando e vivendo para ele.

Como qualquer religião, o cristianismo atrai sentimentos religiosos e promove simples melhorias religiosas na vida de seus adeptos. Porém, “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:12-13). Crer no Senhor Jesus Cristo é nascer de Deus, cujos resultados práticos jamais podem se comparar às religiões humanas!

É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam (Hebreus 11:6).

Infelizmente, é bastante comum que pais e filhos nem sempre tenham o mesmo ponto de vista; mas esperamos que a seguinte situação seja pura conjectura: imagine uma criança que jamais experimentou o amor de seus pais. Um dia ela lhes pergunta: “Vocês são realmente meus pais? Vocês dizem que são, mas não conseguem provar”.

Os pais procuram e apresentam a certidão de nascimento, a qual registra os detalhes necessários. A criança diz: “Isso não é prova. Vocês podem ter me adotado no hospital. Aqui diz que vocês têm um filho, mas ainda não sei se sou eu!”.

Será que um exame definitivo como o de DNA mudaria alguma coisa no relacionamento da criança com seus pais? Absolutamente não! o que faltava era amor e confiança. Sem a confiança mútua, sem respeito e amor nada poderia alterar a convivência deles.

Há pessoas que afirmam: “Se Deus me desse uma prova de que ele existe, eu creria nele totalmente”. Porém, onde não existe confiança nenhuma prova tem valor.

Quando não há confiança em Deus, não é porque Deus falhou em mostrar seu amor pela humanidade. O relacionamento de confiança em Deus foi quebrado pelo homem por causa do pecado. Deus, por outro lado, provou e prova seu amor de infinitas maneiras. Em especial, quando seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, morreu na cruz por nossos pecados com o objetivo de estabelecer um “novo e vivo caminho” (Hebreus 10:20) para nos relacionarmos com Deus.

E [o bom samaritano] cuidou dele (Lucas 10:34).

O amor do samaritano que resgatou o homem atacado por ladrões o moveu a ajudá-lo, atando suas feridas, levando-o à uma hospedaria, mas foi além desse ponto. O amor o fez demonstrar um interesse, cuidado e serviço posteriores.

O Senhor Jesus lida da mesma forma com os seus. Sua bondade flui livremente, e uma bênção sucede outra como elos de uma longa corrente. Aquela pessoa que foi redimida e está sob o cuidado amoroso e a proteção do Redentor e Bom Pastor têm milhares de oportunidades de exclamar em adoração: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida” (Salmo 23:6).

O bom samaritano ficou outra noite na hospedaria com o homem que salvara. Embora tivesse se atrasado muito ao ajudar, socorrer e transportar o ferido, ele não partiu imediatamente, mas procurou se certificar da situação da vítima.

O que nosso fiel e amado Senhor fez por nós após cumprir a obra da redenção? ele partiu deste mundo e retornou imediatamente ao Pai, abandonando seus discípulos? De jeito nenhum! ele permaneceu mais quarenta dias, reunindo o rebanho disperso, confortando os enlutados, enxugando as lágrimas e sarando as feridas do coração deles, e lhes ensinando para a nobre missão de proclamarem seu Nome.

Quando Cristo deixou esta terra, ele enviou o Espírito Santo como Consolador e Mestre (João 14:16 e 26; João 16:13) para ajudar os crentes com seu poder e dons. Quão gracioso o Senhor é! ele é o mesmo hoje e cuida para que nada nos falte. Vamos agradecê-Lo por seu amor sem medida.

Examinai tudo. Retende o bem (1 Tessalonicenses 5:21).

Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu (Hebreus 10:23).

Firmar-se é essencial ao nosso andar espiritual tanto quanto ao nosso andar físico. Contudo, há coisas que necessitamos deixar para trás, coisas que são verdadeiros empecilhos para nossa liberdade como cristãos. Obviamente, isso inclui as coisas absolutamente pecaminosas da cultura moderna e amoral que tentam invadir nossa vida. Além disso, existem coisas que não são danosas em si mesmas e que podem ser até úteis e boas, como entretenimento e lazer saudáveis. Porém, se percebermos que isso está atrasando nosso progresso rumo à maturidade nas coisas do Senhor, também devemos deixá-las. E então substituí-las por atividades espirituais mais úteis.

Três coisas nas quais você deve se firmar:

1. A Palavra de Deus. Hoje entre os cristãos há uma tendência para enfatizar a experiência, cujo foco é sempre o ego. Não há nada de errado em buscar viver uma vida cristã agradável e com propósito, desde que seja centrada em conhecer, compreender e obedecer à Palavra de Deus.

2. A comunhão com os irmãos. Salvação tem um aspecto tanto coletivo quanto individual. Deus nos reúne com outros cristãos para nos fortalecer em nossas fraquezas e nos ajudar quando as tentações nos ameaçam. Somos um único corpo (1 Coríntios 12:27)!

3. Um estilo de vida piedoso. Infelizmente, muitos hoje cumprem a profecia de Judas , ou seja, são “homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (v. 4). A advertência de 1 Pedro 1:16: “Sede santos, porque eu sou santo” não é antiquada nem utópica.

Não deixemos que as verdades sobre a misericórdia e o amor de Deus nos ceguem para a sua santidade!