O PAI QUE SE DELEITA NO FILHO

E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mateus 3:17).

Olhando para Seu maravilhoso caminho neste mundo, vemos o Senhor Jesus, um Homem entre os homens, no qual Deus teve prazer. Ouvimos o Senhor Jesus dizer: “Eu faço sempre o que lhe agrada” (João 8:29). Em meio a um mundo de pecadores, quem, a não ser ele – a Divina Pessoa e o Homem perfeito, poderia proferir tais palavras? Outros podem afirmar: “Desejamos fazer as coisas que agradam a Deus”, mas somente o Filho pôde declarar: “Eu faço sempre o que lhe agrada”. A Pessoa que falou isso deve ser o Filho de Deus ou um impostor. Os judeus claramente entenderam a mensagem; mas, infelizmente, se recusaram a reconhecer o Senhor Jesus como a Pessoa Divina; mas foram compelidos a acusá-Lo de impostor, pois disseram ao Senhor Jesus: “Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?” (João 8:48), e pegaram pedras para matá-Lo.

A fé, contudo, se deleita na glória de Deus, e em ver que “o Verbo se tornou carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14). Rastreando suas pegadas neste mundo, por fim, vemos um Homem no qual Deus se deleitou. Os homens fazem sua própria vontade; ele procurava somente a glória de Seu Pai. Pense no Homem que em Sua curta permanência nesta terra – trinta e três anos – jamais fez uma coisa para servir a Si mesmo, poupar a Si mesmo, exaltar a Si mesmo, mas cada instante de Sua vida foi exatamente como Deus quis.

Se essa abençoada Pessoa pôde dizer que fazia sempre o que agradava ao Pai, o Pai pôde, com grande júbilo, justificar tais palavras, pois após mais de trinta anos oculto em Nazaré, os céus se abriram sobre ele, e a maravilhosa voz do Pai foi ouvida: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

(Leia 1 Crônicas 5:1-26)

Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente (Hebreus 13:8).

O capítulo cinco fala sobre os filhos de Rúben, de Gade e da meia tribo de Manassés. Mais preocupadas com o próprio bem-estar do que com a posse da terá prometida, essas tribos se estabeleceram do outro lado do Jordão. A falta de fé, de perseverança e sua visão materialista estão claramente demonstradas. Mas aqui (com exceção do versículo 25, cuja inclusão é necessária para a compreensão da história), é comovente perceber como a Palavra de Deus novamente reconta apenas as boas coisas que são possíveis dizer sobre elas. Em especial são enfatizadas a coragem e a confiança dessas tribos.

O coração de Deus é sempre o mesmo. Falando com o Pai sobre Seus temerosos discípulos, que iriam abandoná-Lo poucos momentos depois, o Senhor Jesus pôde dizer: “Eles têm guardado a tua palavra… e creram que tu me enviaste” (João 17:6-8). Esse é o amor de nosso querido Salvador! Ali, no lugar onde vemos somente ruínas e miséria, Ele descobre algo que O agrada! Antes de julgarmos, antes de expormos nossas críticas, lembremos a maneira que o Senhor fala dos Seus na ausência destes. E imitemos o perfeito Exemplo!

EXERCÍCIO INÚTIL

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor (1 Coríntios 13:13).

Certa mulher com a qual conversei me disse que fazia exercícios espirituais: meditação e soul-searching*. Além disso, guardava uma hora de absoluto silêncio. O tema de seus exercícios estava em 1 Coríntios 13, o capítulo do amor. Um teólogo, líder do grupo onde estava inserida, recentemente havia dado uma palestra na qual ela anotara a seguinte afirmação: “Encontramos fé nos muçulmanos, esperança nos judeus, e amor nos cristãos”. O que dizer sobre isso então?

Qualquer fé que não tenha por fundamento o Senhor Jesus de Nazaré e sua obra realizada na cruz não tem nenhuma utilidade diante de Deus. Precisamos de segurança no que se refere à eternidade. Uma religião que não reconhece o Salvador Jesus Cristo como Filho de Deus não pode oferecer isso, pois despreza sua obra de redenção: única garantia da salvação.

Os judeus têm uma esperança, sim: eles aguardam o Messias prometido no Antigo Testamento. Mas quando ele veio, O crucificaram. Desde então não há qualquer esperança baseada na lei de Moisés. Em tempos futuros, um remanescente da nação olhará para Aquele “a quem traspassaram” (Zacarias 12:10) com arrependimento e pranto. Por causa da graça de Deus, eles serão salvos.

O amor do qual 1 Coríntios 13 fala não é encontrado automaticamente nos que se dizem cristãos. Nem pode ser alcançado por qualquer técnica, esforço, ou ensino. Ele só é vivido em um íntimo relacionamento com Deus, Fonte de onde emana. Mas o amor de Deus está derramado no coração dos que creem no Redentor, Jesus Cristo, pelo Espírito Santo (Romanos 5:5). Sem tal amor, toda atividade cristã é meramente como “o metal que soa ou como o sino que tine” (1 Coríntios 13:1).

*Análise da alma (tradução livre): exercício espiritual no qual se procura esquadrinhar pensamentos, motivações, sentimentos profundos com o objetivo de autoconhecimento.

CONFESSAR E DEIXAR

O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia (Provérbios 28:13).

O versículo de hoje se aplica a todos: aos crentes que por não vigiarem caíram no pecado, e aos pecadores que não desfrutam de qualquer relacionamento com Deus, mas que desejam conhecê-Lo.

É verdade que Deus nos perdoa somente quando confessamos nossos pecados diante dEle com sinceridade e arrependimento. Enquanto tentarmos esconder ou minimizar nossos atos ou intenções, jamais prosperaremos nem teremos paz de espírito.

Agora não é tão difícil admitir nossos erros usando palavras. Mas temos de ir à raiz do pecado e arrancá-la. Isso pode significar que teremos de evitar lugares que frequentávamos, exterminar hábitos pecaminosos, e reaprendermos a viver. Não temos de apenas confessar o pecado, temos de “deixá-lo”, isto é, fugir de tal pecado e de tudo o que pode nos levar a cometer o mesmo erro novamente.

Apenas uma cura radical desse tipo nos permitirá alcançar misericórdia. Em Lucas 15, lemos sobre o filho pródigo: “E, tornando em si…” – ele reconheceu o motivo para a miséria em que estava e fez o que era preciso: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti”.

Nós temos de dar essa meia-volta, nos afastando do pecado e nos aproximando da Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

A GRAÇA CONCEDIDA A JÓ – E A NÓS!

Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? (Jó 1:9-10).

O livro de Jó relata um fato histórico; ele não é uma ficção ou alegoria. Existiu mesmo um dia na vida de Jó em que Satanás, o “acusador dos irmãos” (Apocalipse 12:10), desafiou a declaração do próprio Deus que havia dito que Jó era um homem justo, íntegro e que se desviava do mal. Satanás sugeriu que a razão para o temor de Jó era apenas o benefício material que ele obtinha das bênçãos de Deus. Se Deus permitisse que a saúde de Jó fosse tocada, então se veria qual a verdadeira base da piedade dele. Este foi o argumento de Satanás. Deus escolheu não permanecer em silêncio diante de tamanha mentira. Se lermos o livro inteiro para saber o que aconteceu no final, descobriremos como a graça de Deus triunfou sobre a iniquidade de Satanás.

Em certo sentido, a história de Jó se aproxima mais da doutrina da graça no Novo Testamento que os outros livros do Antigo Testamento. Isso revela que sua absoluta graça é a única esperança para a benção do homem. E esse é o profundo significado da redenção que Cristo obteve legalmente na cruz.

Nem uma das pessoas mencionadas na bíblia que conheceu a Deus por meio de Cristo, ama ou teme a Deus simplesmente por causa de bênçãos ou vantagens terrenas. Unicamente pela fé tais pessoas viram a glória de Deus na face de Jesus Cristo e unicamente pela fé elas venceram Satanás e o mundo. E cada um de nós é objeto da mesma graça, pela qual qualquer desafio das trevas é vencido e Deus recebe a glória através de nós.

CONSTRUINDO UMA FAMÍLIA CRISTÃ

Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma… E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te (Deuteronômio 11:18-19).

A construção de uma família cristã começa com a Palavra de Deus sendo impressa no coração e na mente dos cônjuges. É através do caráter dos pais que os filhos conhecerão o amor de Deus e a salvação por meio de Jesus Cristo. Os pais são o modelo do caminho de Deus. É isso o que está implícito na instrução “Atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos” (v.18). A discrepância entre o que os pais fazem e o que dizem é a maior barreira para ensinar as crianças no caminho de Deus!

Ensinar nossos filhos tem de ser uma parte integrante de nossas conversas, e não se limitam apenas à “igreja” ou ao “altar familiar”. É comum os pais separarem assuntos espirituais e não-espirituais em suas conversas. Consequentemente, as crianças se tornam bilíngues, ou seja, falam tanto a língua do mundo quanto a da igreja e aprendem a manter a Palavra de Deus separada de suas vidas cotidianas.

A família foi planejada para refletir as marcas da Palavra de Deus, tanto dentro quanto fora, tanto nos umbrais quanto nas portas (v. 20). Desperdiçamos muito esforço tentando fazer com que nossa família pareça cristã aos olhos dos outros, mas quando a imagem exterior não corresponde à realidade interior, os filhos deixarão seu comportamento “cristão” em casa quando saírem. Contudo, se os pais cuidarem dos “umbrais” e “portas”, os filhos crescerão com um caráter proveniente da Palavra de Deus. Eles demonstrarão as verdades de Deus ao mundo, e as repassarão às próximas gerações.

AINDA PROCURANDO

Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19:10).

Que razão moveu o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, a vir para este mundo como o Homem a quem os perdidos recorrem?

Ele tanto amou a nós e ao Pai que seu coração doeu em ver como o pecado fez surgir uma muralha intransponível entre ambos. Ele não quis deixar a raça humana à própria sorte, colhendo o fruto maldito de suas escolhas. Foi por isso que ele veio.

Por ser o Filho de Deus, o pecado Lhe era absolutamente alheio e, exatamente por esse fato, ele era o único Homem que poderia quebrar essa muralha. Deus viu o estado de completa perdição e trevas que suas criaturas vivem. E já no jardim do Éden anunciou a vinda do Salvador, que iria restabelecer a comunhão do homem com Deus – ao custo de sua própria vida.

O Senhor Jesus Cristo cumpriu essa tarefa. Ele veio ao mundo como Homem e procurou o perdido que reconhecia a necessidade de um Salvador. E encontrou muitos que expuseram sua vida arruinada, confessaram seus pecados e se renderam ao Senhor.

Após sua morte na cruz e sua ressurreição, ele voltou para o céu. Mas o Senhor Jesus ainda continua procurando. Pela Palavra, o apelo ressoa: “Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:20-21).

E ele ainda encontra todos os que confessam sua culpa e desejam conhecê-Lo.

TRÊS GRANDES VERDADES

Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão (Isaías 53:10).

Três grandes verdades aparecem claramente nas palavras acima ditas pelo profeta Isaías. Primeiro, é revelado que Deus tem Seu prazer; segundo, que o prazer de Deus irá prosperar; terceiro, que o prazer de Deus irá prosperar na mão de uma Pessoa – o Senhor Jesus Cristo.

Desde o princípio da história humana, Deus teve o Seu prazer, o qual não prosperou nas mãos dos homens. Todas as coisas foram criadas para o prazer de Deus, porém, o pecado desfigurou a criação. Em Noé, Deus estabeleceu o governo para restringir o mal no mundo; mas logo o prazer de Deus foi posto de lado, pois o homem que foi designado para governar outros falhou em governar a si mesmo. A lei foi dada para regulamentar a conduta dos homens para com Deus e para com seus próximos, mas desde o início os homens quebraram a lei, fazendo um bezerro de ouro. Deus estabeleceu os sacerdotes para interceder pelos homens culpados; e os sacerdotes falharam, oferecendo falso incenso. Deus estabeleceu a realeza, e os reis levaram o povo à idolatria. Deus enviou profetas para chamar o povo de volta para Si mesmo, e o povo apedrejou os profetas. Ele colocou o governo do mundo nas mãos dos gentios, e eles usaram seu poder para se exaltar. Por fim, Deus enviou Seu Filho, e os reis da terra e os líderes dos judeus se ajuntaram contra o Senhor e Seu Ungido. Eles pregaram o Messias na cruz!

O prazer do Senhor evidentemente não prosperou nas mãos dos homens. No entanto, as palavras do profeta permanecem com toda a força da inspiração divina; e assim, o prazer do Senhor certamente irá prosperar, pois já está nas mãos de um Homem – Cristo.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

(Leia 1 Crônicas 4:21-43)

Porém tu, ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em beneficência, tu os não desamparaste (Neemias 9:17).

Ainda entre os filhos de Judá, após reis e pessoas ricas e honradas como Jabez, vemos simples artesãos (vv. 14, 21-23). Eles eram artífices que trabalhavam com linho e tecidos, oleiros e jardineiros. A situação deles era muito humilde, mas os privilégios que tinham eram grandes, pois “moravam ali com o rei para o servirem”. É melhor evitarmos buscar uma posição elevada para nós neste mundo, se o Senhor não nos chamou expressamente para isso. Entre o povo de Deus não há muitos “sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento” (1 Coríntios 1:26; Jeremias 45:5). Toda posição importante necessariamente traz consigo responsabilidades absorventes, que em geral deixam pouco tempo para o Senhor, Sua Palavra e Seu serviço. Portanto, tenhamos cuidado de não escolher ocupações que nos impeçam de habitar com o Rei, nem de fazer Sua obra.

A tribo de Simeão foi objeto de severo julgamento por causa da violência de seu cabeça (Gênesis 49:5-7) e da idolatria em Baal-Peor (Números 25:14). Mas aqui, de acordo com o propósito do livro, são mostrados os bons resultados alcançados pela graça. Essa tribo alargou suas fronteiras e conquistou brilhantes vitórias.

DEUS E NÓS

Disse o néscio no seu coração: Não há Deus (Salmo 14:1).

Deus é o Criador do universo. A criação não é resultado de uma cadeia de ocorrências aleatórias nem o produto de algum tipo de desenvolvimento misterioso. É o resultado da vontade e do poder do santo e amoroso Deus vivo.

Deus é o Pai de toda a humanidade. Isso no sentido de que ele é o “Pai dos espíritos” de cada pessoa já concebida neste planeta (Hebreus 12:9), e deseja um relacionamento individual com todos nós. A Palavra de Deus afirma que há “um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Efésios 4:6). Portanto, Deus não é uma força ou poder impessoal. O Deus vivo Se revelou por meio do Senhor Jesus Cristo. Ele vive eternamente, é santo e está acima de todos. E é amor (1 João 4:8).

Deus deseja salvar toda a humanidade. Isso só é possível através do Senhor Jesus Cristo. Recebemos a vida natural para que possamos buscá-Lo e conhecê-Lo. Os que são conduzidos ao arrependimento pela “bondade de Deus” (Romanos 2:4) e colocam sua fé no Senhor Jesus Cristo são perdoados e alçados a uma posição inimaginável de honra e glória: filhos de Deus (João 1:12)! Por isso, “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (Atos 17:30).

Deus é o Juiz de toda a humanidade. E ele é absolutamente justo, pois julgará “cada um segundo as suas obras” (Apocalipse 20:13). Hoje o Senhor Jesus é Salvador, Redentor, Advogado, mas um dia será Juiz. Sua ressurreição, testemunhada por muitos de sua época e enfatizada pela Palavra de Deus, O elevou ao trono de julgamento. Mas “Deus nosso Salvador… quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:3-4), pois ele mesmo declarou: “Não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis? (Ezequiel 33:11).

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