TRÊS PALAVRAS DE EXTREMA IMPORTÂNCIA

E os sacerdotes e os levitas se purificaram, e purificaram o povo, as portas e o muro (Neemias 12:30).

Temos em Neemias 12 três palavras de grande importância para nós: Dedicação (v. 27); Purificação (v. 30); Consagração (v. 47).

O que tais palavras significam para nós em nossa vida cristã diária? Se elas tinham um sentido profundo nos tempos de Neemias, como deveriam significar mais ainda para nós que vivemos o fim dos tempos!

A palavra dedicação significa, de modo prático, render-se a algo ou à alguém. Romanos 12:1 apresenta um quadro bem nítido de dedicação: “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. O remanescente dedicou os muros de Jerusalém a Deus. Muros falam sobre proteção e separação do que está fora, e temos que dedicar nós mesmos e os muros dentro de nós a Deus.

Agora vem a palavra purificação, que é limpar o que está sujo, corrompido – algo que é feito apenas pelos filhos de Deus nascidos de novo. Estamos em um mundo de pecado, e onde quer que estejamos, o que quer que escutemos ou vejamos, tudo no mundo tem o poder de nos contaminar. Portanto, a Palavra de Deus, como água, nos purifica. Isso está ilustrado em João 13. Quando nosso Senhor lavou os pés de seus discípulos, ele disse a Pedro: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo” (João 13:8). Vemos aqui o quanto a purificação é imprescindível. Somos purificados “com a lavagem da água, pela palavra” (Efésios 5:26). Antes de qualquer coisa, os sacerdotes e levitas se purificavam. É isso que temos de fazer antes de tentar purificar outros.

Nossa última palavra é consagração. Isso significa “estar separado”, ou “santificado”. Temos de estarmos separados do mundo e santificados para Deus, a fim de realizarmos sua vontade. Consagração também é sinônimo de santidade. O próprio Deus nos ordena em Levítico 20:7: “Santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus”.

UMA GERAÇÃO SEM VERGONHA NA CARA!

Publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos (Isaías 3:9).

o que o profeta Isaías relatou sobre seus contemporâneos tem se tornado uma prática comum atualmente. Nada é muito indecente ou pervertido demais para que não possa ser mostrado na mídia. O público em geral se acostumou com isso e aceita tudo com naturalidade. Deus também?

Em relação ao povo daquela época, Deus disse: “Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por caminho, que não é bom, após os seus pensamentos; povo que de contínuo me irrita… Estes são fumaça no meu nariz, um fogo que arde todo o dia” (Isaías 65:2,3,5). Portanto, é uma ignorância afirmar que Deus tolera a violação de seus padrões hoje só porque ele parece não intervir.

A razão para o silêncio de Deus é bem diferente. Vivemos na era da graça, que já está chegando ao fim. O caminho para Deus ainda está aberto para todos, sem distinção, contanto que não escondamos nossos pecados, mas os confessemos abertamente a Deus. “o Senhor… é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (2 Pedro 3:9-10).

O modo como os habitantes de Sodoma falavam abertamente sobre seus pecados era a prova que Deus não tinha lugar em seus pensamentos. As pessoas hoje acreditam que Deus está morto ou inerte, e isso fica evidente pelas palavras e pelas ações delas. Analise apenas a programação da televisão, o conteúdo das revistas e jornais, os filmes, os desenhos animados… A Palavra da boca de Deus é: “Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos”. E Deus ordena a seus filhos: “Salvai-vos desta geração perversa” (Atos 2:40).

QUE REPOSTA HORRÍVEL!

Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite (Cânticos 5:2).

O coração da noiva ansiava pelo seu amado; contudo, há uma falta de energia, uma inclinação para o sossego e o conforto que a conduziram à negligência e à preguiça. Isso é visto no contraste entre o estado dela e o do seu amado; ele está fora, trabalhando à noite, enquanto ela está reclinada sobre sua cama!

Essa condição da alma é sempre resultado de se sucumbir aos engodos do mundo, e jamais é vista com indiferença pelo amado. Não, ele ama Seu povo demais para permitir que continuem assim, e imediatamente procura despertá-los de sua inatividade. Ele fica à porta e bate (Apocalipse 3:20)!

As próprias palavras de carinho que ele usa certamente foram calculadas para despertar as afeições do coração da noiva, pois expressam o quanto ela é preciosa para ele. Como ela poderia recusar tal pedido? Sua resposta trai o segredo. Ela estava despida, e limpa, e não queria se sujar de novo (v. 3). Ela estava ocupada consigo mesma, com seu próprio conforto, pois responder ao apelo do amado implicaria sacrifício e gasto de energia. Infelizmente, quantos de nós perdemos o contato com Cristo pelo mesmo motivo. Que resposta horrível ao doce chamado do amado!

Como a noiva, estamos confortáveis demais e esquecemos que nossa obrigação é estar com os lombos cingidos e com nossas lâmpadas cheias de óleo (Lucas 12:35). Mas o Senhor jamais Se impõe sobre nossa vontade. Quando percebe que a porta permanece fechada, ele se retira. Temos de aprender que a comunhão e a intimidade do Senhor somente são possíveis para quem tem um coração disposto!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes (Tito 1:9).

(Leia 1 Crônicas 11:1-14)

Os longos anos de sofrimentos e exílio terminaram para Davi. Seus direitos ao trono são reconhecidos por todo Israel. Ele toma posse da fortaleza de Sião, tão exaltada nos salmos (por exemplo, no Salmo 87:1-3) e que nos fala sobre a graça real. Mas ele não habitaria lá sozinho. Os homens de fé que haviam andado nos desertos e montanhas, vivendo nos antros e cavernas (mas dos quais o mundo não era digno), agora morariam com ele para sempre nessa cidade (Neemias 3:16; Hebreus 11:16,38). Queridos filhos de Deus, conseguimos vislumbrar no horizonte a maravilhosa cidade de ouro para a qual Jesus nos está conduzindo? Que essa esperança nos fortaleça em nossa caminhada cristã e nas batalhas da fé!

O valente Eleazar lutou contra os filisteus para preservar um campo de cevada. Ele nos lembra aqueles servos do Senhor que têm de batalhar a fim de prover comida espiritual para o povo de Deus. Alguns tiveram de se envolver em sérias controvérsias com os inimigos da verdade. Devemos ser gratos a eles e estar dispostos a defender a sã doutrina que esses heróis preservaram (Judas 1:3).

VOCÊ CRÊ OU ACREDITA?

A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem (Hebreus 11:1).

Ainda posso ouvir meu professor me perguntando: “Onde fica Nápoles?”. Como não estava bem certo, respondi hesitante: “Acredito que fica na Itália”. A resposta foi contundente: “Acreditar é para questões de igreja; você tem de saber”.

De certa forma ele estava correto. Acreditar obviamente está relacionado a questões religiosas, mas não se resume apenas a isso. Quem crê tem de agir e viver na fé em todos os lugares e em todo tempo, não somente quando está na igreja, mas também em casa, no trabalho, no cotidiano. Quem limita a crença à igreja torna sua fé inútil e morta. Uma fé viva é o poder dinâmico que envolve todos os aspectos da vida de um crente.

Contudo, meu professor quis dizer algo diferente. Quis enfatizar a diferença entre crer e saber de fato. Ele deduziu a partir da minha resposta o quão inseguro eu estava. Geralmente usamos as palavras “crer” ou “acreditar” quando expressamos incerteza. “Será que vai fazer sol hoje?” – “Ah, eu creio que sim.” Existe claramente uma dúvida nessa resposta.

O uso bíblico da palavra “crer” expressa exatamente o oposto: uma confiança firme e inabalável. Quando dizemos que cremos em Deus e em sua Palavra, a dúvida está fora de questão. Porque confiamos nele, sabemos com certeza que ele cumpre suas promessas e que o que ele diz é verdadeiro. Deus jamais decepcionou ou enganou alguém.

Se você tem dúvidas, incertezas ou inquietações em seu coração, você deve se refugiar em Deus e em sua Palavra. Crer em Deus é abrir mão de nossas próprias crenças e inseguranças e confiar nele inteiramente.

A QUEM VOCÊ OUVE?

Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era (Tiago 1:23-24).

Diz-se que na entrada do templo de Apolo, em Delfos, estavam entalhadas as seguintes palavras: “Conhece-te a ti próprio”. Todos os que iam ao templo deveriam estar preparados para ouvir o oráculo de Apolo pronunciar a verdade sobre eles mesmos, por mais severa que fosse. Por isso, poucas pessoas se aventuravam a entrar.

Em geral não vemos a nós mesmos como realmente somos, e isso é um fato. Não gostamos de enxergar nossas falhas. É por isso que tantas pessoas escolhem permanecer ignorantes em relação à Palavra de Deus. Eles temem olhar nesse “espelho”. No entanto, ao contrário do oráculo de Apolo em Delfos, a Bíblia é a verdade, pois nos mostra os pensamentos do Deus vivo.

A maioria apenas imagina como os outros os avaliam. E para terem certeza, fazem testes ou procuram psicólogos. Quando se comparam aos demais, ou ficam satisfeitos consigo mesmos ou sucumbem à depressão. Fora da luz de Deus, o autoconhecimento só gera morte, porque a sabedoria humana não produz vida para nosso espírito.

O que temos de fazer é ouvir o que o Deus vivo – que nos conhece como ninguém – tem a dizer sobre nós: “Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo” (Isaías 1:6). Este é o diagnóstico divino. E certamente não é nada agradável. No entanto, o autoconhecimento debaixo da luz de Deus é o primeiro passo na estrada para salvação (Salmo 36:9). O segundo passo é o arrependimento; o terceiro consiste em crer no Senhor Jesus. E então a opinião dos homens já não terá o mesmo peso esmagador de antes.

UM RELACIONAMENTO JAMAIS DISPONÍVEL ANTES

Se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei (João 20:15).

Maria Madalena não mencionou nenhum nome ao suposto jardineiro; ela falou sobre “ele”, pois em sua mente estava claro sobre quem ela falava. E acrescentou: “Eu o levarei”, esquecendo que, como mulher, seria quase impossível fazer isso. O profundo amor de Maria comoveu o coração do Senhor Jesus. O Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas e depois a retomou, a chamou pelo nome: “Maria!”. Sua voz, tocando o coração dela como nenhuma outra poderia tocar, lhe era tão familiar que imediatamente ela soube que era o Senhor, Aquele que pensava estar morto. E estava diante dela e falava com ela. Que júbilo tomou conta de seu coração tão enlutado pouco tempo antes!

O Senhor lhe pediu que transmitisse uma mensagem para seus discípulos, a quem chamou de “meus irmãos” (v. 17). Foi uma mensagem jamais dada a qualquer mortal. O Senhor Jesus deixava claro que, quando ele subisse ao seu Pai, um novo relacionamento estaria disponível para a humanidade: o do Pai celestial com filhos redimidos pelo sangue de seu Unigênito.

Você tem experimentado na prática esse maravilhoso relacionamento com Deus, para o qual fomos trazidos? Não é nada menos que do que o próprio Cristo desfruta. Seu Deus é nosso Deus; seu Pai é nosso Pai! Pensamos tão pouco nisso! O mundo visível que nos cerca obscurece a glória de nossa posição como filhos de Deus. Que perda para nós! E como desonramos nosso querido Senhor com nossa superficialidade e indiferença!

CABEÇA DO CORPO

Cristo é a cabeça da igreja (Efésios 5:23).

O Senhor Jesus é a Cabeça do Corpo – assim é seu relacionamento com a Igreja. E como ele é a Cabeça do Corpo? Não simplesmente por ser o Primogênito de toda a criação, nem por ser ele o Criador de tudo. Nem o fato de ser o Sustentador de tudo que existe, ou o Herdeiro de todas as coisas, tudo isso não lhe dá condições suficientes de ser chamado a Cabeça do Corpo.

A marca distintiva é que o Senhor Jesus é “o princípio e o primogênito dentre os mortos” (Colossenses 1:18). Ele não é apenas o Primogênito dos mortos, mas dentre eles. Ele é o Primogênito tirado de entre os mortos, bem como a Cabeça e o Herdeiro de toda a criação subsistente. Portanto, ele ressuscitou estabelecendo um novo estado de coisas, abolindo o que havia sido destruído pela vaidade e pela morte através do primeiro pecador, Adão.

O Senhor Jesus aniquilou o poder daquele que tinha o poder da morte – palavra tão terrível para o coração humano, certamente estranha à mente e ao coração de nosso Pai, mas uma inflexível necessidade que sobreveio por causa da rebelião. Onde o pecado conduziu o homem, a graça conduziu o Senhor Jesus. E a glória de sua Pessoa O capacitou em graça e obediência a descer aos abismos jamais penetrados antes; e a sair vitorioso não somente de um mundo culpado e hostil, mas dos domínios da própria morte (e que morte)!

E ressuscitou dos mortos, e é o Início de uma nova ordem como a Cabeça, assim a Igreja é seu Corpo – fundamentado no Senhor Jesus, morto e ressurreto. Tudo o que existiu antes de sua morte e ressurreição foi definitivamente cumprido nele. Aqueles que creem nisso podem entender o que permanecia como um segredo selado nos tempos do Antigo Testamento.

DIFERENTES, MAS COM ALGO EM COMUM

Porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos 3:22-23).

Será que podemos simplesmente colocar cidadãos respeitáveis na mesma categoria que os criminosos? É claro que não! Nem a Bíblia diz tal coisa. É claro para todos que existem consideráveis diferenças na maneira em que as pessoas conduzem suas vidas. Não nos comportamos da mesma maneira porque não somos iguais. Porém, em um aspecto de fato não há diferença: diante de Deus todos somos pecadores. É isso o que esse versículo afirma.

Vamos fazer uma comparação bem simples. Imagine que há varias bebidas. Um copo de cerveja não é a mesma coisa que um copo de água. Café e chá também são diferentes. Misture um pouco de veneno em cada copo e então todos terão uma coisa em comum: serão venenosos e, portanto, não poderão mais ser ingeridos.

Essa é a nossa condição. Mesmo tão diferentes, temos algo em comum: todos pecamos. Agimos conforme nossa vontade, ignorando a Deus por completo. Tudo em nós rejeita Deus e suas leis. E isso é resultado de um poder dentro de nós que a Palavra de Deus chama de pecado.

Mas, glórias a Deus! Ele não nos abandonou à própria sorte. O texto continua: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:24). Quem coloca sua fé em Cristo é liberto dessa condição e justificado por Deus “gratuitamente”, pois Deus deu seu próprio Filho para pagar o preço de nossa redenção.

UM PARADOXO DIVINO

Quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão (Isaías 53:10).

Aqui o profeta Isaías predisse a grande obra da redenção e os resultados que se seguiriam. Ele declara: “Quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade”. Para o homem natural, a morte elimina qualquer possibilidade de haver descendência; mas pela morte esse maravilhoso Homem assegurou Sua posteridade. O próprio Senhor falou: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (João 12:24). Portanto, ele assegura Sua posteridade – uma posteridade espiritual – composta por um grande exército de redimidos escolhidos de todas as nações, que por fim cantarão o novo cântico: “Foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Apocalipse 5:9).

E também lemos: “Prolongará seus dias”. A morte que acaba com os dias do homem caído se torna o meio de prolongar os dias deste Homem perfeito. Que aparente paradoxo! A ressurreição é a gloriosa resposta para este paradoxo! Deus não tem prazer algum em que o homem permaneça sobre a sentença de morte, menos ainda que permaneçamos em nossos pecados e sejamos julgados por eles. Vemos o Senhor Jesus sendo entregue por nossas ofensas e ressuscitando para nossa justificação. Ele afirma: “Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:17-18). O salmista escreveu: “Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente” (Salmos 21:4). Só o Senhor Jesus poderia da morte gerar vida e posteridade para sempre!

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