VOCÊ NÃO SABE QUANDO, MAS PODE DECIDIR HOJE

Não sei o dia da minha morte

(Gênesis 27:2).

As vítimas do ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center imaginavam que teriam um dia rotineiro pela frente quando acordaram na manhã de 11 de setembro de 2001. Aparentemente era um dia normal de trabalho como qualquer outro. Não havia motivo para ser diferente. No entanto, em questão de horas milhares de pessoas cruzariam a linha da eternidade. E a estrutura de centenas de famílias seria abalada. E o mundo inteiro também seria.

Passar da vida para a morte, do temporal para o eterno pode ocorrer em segundos.

Como é trágico quando uma vida é cortada tão bruscamente! A pergunta que temos de fazer é se cada um de nós está preparado para o próprio funeral, quando chegar o momento. Temos de tomar providências para que os que sobreviverem a nós não tenham falta de nada material. Mas isso não é suficiente. E nem é o principal. Estamos a um fio de cabelo da eternidade, e Deus nos concedeu o tempo neste mundo para que decidamos onde iremos passá-la.

As opções são apenas duas: eternidade de descanso e júbilo no céu ou tormento eterno no inferno. Isso não é fantasia humana; é determinação de Deus. Nosso destino após a morte é traçado quando escolhemos a quem iremos servir neste mundo; é apenas a consequência disso. Se você crê em Jesus Cristo e em sua obra, confessa seus pecados e se arrepende deles, e entrega sua vida em rendição ao Senhor Jesus, você já desfruta do céu aqui mesmo, e depois que morrer, desfrutará do Senhor sem limites. Mas se você ignora o Filho de Deus e continua vivendo para si mesmo, ainda que seja bastante religioso, seu deus – seu próprio coração enganoso e desesperadamente corrupto (Jeremias 17:9) – o levará ao inferno. “Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus” (Salmo 9:17).

Você não sabe o dia da sua morte, mas hoje lhe foi concedida a oportunidade de decidir a quem você irá servir e, como resultado, onde irá passar a eternidade!

ONDE NÃO HÁ ESPAÇO PARA A CRUZ?

Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo

(Gálatas 6:14).

Havia influências e forças agindo na igreja da Galácia que tentavam acrescentar à cruz de Cristo a observação da lei de Moisés como requisito para a salvação. O apóstolo Paulo lhes advertiu seriamente contra as pessoas que afirmavam isso. E revelou os verdadeiros motivos desses falsos mestres: eles não queriam ser “perseguidos por causa da cruz de Cristo” (Gálatas 6:12). Se os gálatas procurassem refúgio no judaísmo para escaparem da perseguição, então os falsos mestres poderiam se orgulhar de terem atingido seu alvo.

O apóstolo se opõe a isso afirmando: “Longe esteja de mim gloriar-me”. De fato, quem conhece o Senhor Jesus como Salvador e contempla a grandeza da sua obra de redenção não tem possibilidade alguma de se gloriar, a não ser nele. O apóstolo também acrescenta: “a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, coroando seu argumento declarando exatamente a mesma coisa que os falsos mestres procuravam tirar da fé cristã. Quem se glória na cruz de Cristo não encontra a aprovação do mundo. Isso é uma ofensa para os incrédulos, pois os condena. A cruz é um lugar onde o “velho homem”, nossa natureza pecaminosa, encontra sua sentença de morte (Romanos 6:6).

O processo da autocrucificação não é fácil muito menos indolor. É por isso que as mentes religiosas sempre inventaram todo tipo de artifício para evitar a cruz. Aí se incluem as boas obras, os “sacrifícios” pela fé, as febris atividades supostamente feitas em nome de Deus, e tantos outros recursos da religião. Tudo isso provém da mesma fonte que fez Pedro repreender o Senhor Jesus: “E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso”. E qual foi a resposta do Senhor? “ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mateus 16:22-23). Nas “coisas dos homens”, e de Satanás também, não há espaço para a cruz de Cristo!

ALIMENTANDO-SE DE CRISTO

… onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará

(João 12:26).

Todo verdadeiro servo é enviado da presença imediata do Senhor, com toda sua santidade e toda sua graça. Por isso, o servo é chamado a ser santo e gracioso, o reflexo da graça e santidade do caráter divino. Para ele ser assim, deve não apenas partir da presença do Senhor, mas permanecer ali, em espírito, continuamente. Só o homem espiritual pode compreender o significado dessas duas coisas. A fim de agir pelo Senhor no exterior, eu preciso estar com ele interiormente, sempre na presença de meu Senhor.

O Senhor Jesus disse a respeito de si quer era aquele “que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (João 3:13). Muitos fracassam neste ponto. Há o perigo de se sair da solene e sossegada presença divina em meio do alvoroço do mundo e do excitamento do laborioso serviço. Devemos nos precaver disso. Se perdermos esse sagrado tom espiritual que é expresso em “pé descalço”, nosso serviço logo se tornará infrutífero. Se eu permitir meu serviço estar entre meu coração e meu Senhor, este será de pouco valor.

Só podemos servir o Senhor Jesus eficazmente à medida que desfrutamos de comunhão com ele. É quando o coração dá ênfase a suas poderosas atrações que o serviço mais aceitável é realizado em seu nome; também não há ninguém que possa compartilhar o Senhor Jesus com novidade e de modo frutífero a outros, se não estiver se alimentando dele no secreto de sua alma. De fato, a pessoa pode pregar um sermão, fazer orações, escrever um livro e passar por toda a rotina do serviço exterior e, contudo não estar ligado a ele. Aquele que o apresentará a outros deve estar ocupado com o Senhor Jesus por si mesmo.

DA MESMA MANEIRA

Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia

(Romanos 11:32).

Com essa observação o apóstolo Paulo descreve o relacionamento do povo de Israel com outras nações. Ele já havia mostrado aos seus leitores como os judeus não tinham aproveitado os privilégios divinos que lhes foram concedidos. O coração deles se esfriou para com Deus, o culto era meramente formal, e, por fim, rejeitaram o Messias enviado por Deus, o Senhor Jesus Cristo, e o mataram.

A medida da incredulidade deles se completou; agora estavam no mesmo nível das nações gentias que não criam em Deus desde o início. E para todos só existe um único caminho para a salvação: o Senhor Jesus.

Hoje a situação da cristandade é a mesma. A doutrina cristã tem sido conhecida por quase dois mil anos, e o Nome do Senhor é proclamado pelo mundo inteiro. Existem muitos templos cristãos e atividades cristãs. A pergunta é: quanto disso provém da fé verdadeira, e quanto provém do ritualismo religioso?

Uma religião não pode jamais substituir a fé verdadeira. Uma vida de acordo com os princípios divinos é preferível a uma vida dissoluta, porém, uma pessoa piedosa precisa do Senhor Jesus da mesma maneira e na mesma intensidade que um pecador declarado. Sem ele, está perdida.

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).

CRISTO TOTALMENTE EM NÓS

Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles

(Hebreus 2:10).

Foi pela graça de Deus que Cristo provou a morte por todos (v. 9). A graça perfeita e a perfeita obediência encontramos nEle. Quando Cristo veio para fazer a vontade de Deus, a majestade de Deus precisava ser demonstrada. E eu poderia afirmar sem qualquer dúvida que a vontade de Deus, Sua justiça, Seu amor, Sua majestade foram totalmente satisfeitas pela morte de Cristo, sim, muito mais que se todos nós morrêssemos como castigo por nossos próprios pecados. Em antecipação a isso, ele disse: “Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo; e como me angustio até que venha a cumprir-se!” (Lucas 12:50). Seu amor não poderia fluir plenamente até então.

Nas palavras “Porque convinha” encontramos o caráter de Deus; enquanto na expressão “muitos filhos” encontramos os objetos de Seu amor. Ele não poderia nos levar à glória em nossos pecados. No batismo de João, Cristo Se identificou com o remanescente fiel de Seu povo terrestre Israel. Sua associação foi com os santos.

Cristo, em tudo o que ele é, agora se identifica conosco na totalidade da vida divina, a partir do momento em que nos arrependemos, em que nosso coração está disposto a se quebrantar. Isso é tão verdade agora quanto será quando manifesto em glória. Os discípulos de Cristo – o qual foi chamado de “amigo dos publicanos e pecadores” (Lucas 7:34) – são, em figura, os ilustres da Terra (Salmo 16:3)!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

Como trarei a mim a arca de Deus?

(1 Crônicas 13:12).

(Leia 1 Crônicas 13:1-14)

Um maravilhoso desejo nasce no coração do novo rei: restaurar a arca ao seu lugar de honra em Israel e envolver todo o povo nesse evento. Tudo parece encaminhar-se da melhor maneira possível. A alegria é unânime. Infelizmente, um único (mas importantíssimo) detalhe foi ignorado, e isso foi o suficiente para matar Uzá, com grande consternação para todos. Em resultado dessa desgraça repentina, a alegria no coração do rei se transformou em um sentimento de temor, e o desgosto tomou o lugar das ações de graças.

A Palavra declara que os levitas deveriam carregar a arca sobre os ombros, e isso não foi feito. Talvez por total ignorância! Eles fizeram o melhor que podiam porque não sabiam agir devidamente. Mas não faz diferença, o rei – que possuía a cópia do livro da Lei – e também os levitas – responsáveis por ensiná-la – deveriam conhecer o mandamento acerca desse assunto (Deuteronômio 17:18; Dt 31:12). Ambos eram indesculpáveis. Nós, que temos a Bíblia em nossas mãos, somos responsáveis por andar e servir ao Senhor de acordo com o ensino que ela contém.

A arca é levada à casa de Obede-Edom e permanece na casa daquele homem por três meses.

ONÉSIMO

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação

(2 Coríntios 5:17-18).

Onésimo era um escravo pertencente a um cidadão de uma cidade da Turquia, onde existia uma igreja cristã. Seu dono era um cristão fiel, chamado Filemom. Onésimo não era cristão, e não suportava mais viver como escravo, e fugiu. Para evitar a perseguição, foi para Roma, distante quase 1500 quilômetros, onde se misturou a uma enorme multidão de escravos foragidos.

No centro dessa confusa e fervilhante cidade, Deus encontrou Onésimo e o guiou para um lugar onde certamente jamais planejou ir: encontrar um prisioneiro bem avançado em idade, o apóstolo Paulo. Por meio dessa proximidade, Onésimo se converteu e se rendeu a Cristo (Filemom 1.10).

Embora Paulo tenha se apegado muito a Onésimo, ele o enviou de volta ao seu dono com uma carta de recomendação, a epístola a Filemom. Aqui está algo inédito: um escravo fugitivo retornando voluntariamente ao seu dono. Onésimo serviria Filemom como se estivesse servindo o próprio Cristo. Filemom perdeu um escravo, mas recebeu no lugar um irmão. Essa foi uma obra do amor de Deus.

O assunto desta carta era significante no período em que ela foi escrita. Osimples fato de sua existência nos mostra como Deus está interessado em cada um de nós da maneira como nos encontramos e como nos ama pessoalmente. Com sua doçura e afeição, a epístola a Filemom nos dá uma prática lição de amor fraternal e de perdão.

SALVO POR QUEM ANTES REJEITAVA

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos

(Atos 4:12).

Um conde que estava seriamente doente pediu a um pregador que o visitasse para falar de assuntos religiosos. Mas enfatizou que não queria ouvir nada sobre o Senhor Jesus Cristo. “Posso lhe falar sobre Deus?”, perguntou o pregador. O conde concordou. Então o pregador falou sobre o amor de Deus, e o conde gostou muito e solicitou outra visita.

Na segunda visita, o pregador falou sobre a sabedoria de Deus, sua onipotência e onisciência. Na terceira, o assunto foi a santidade e justiça de Deus: “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça” (Romanos 1:18). Desta vez, a consciência do conde foi tocada; ele percebeu que não podia encarar Deus da maneira como estava.

Nesse ponto, o pregador parou de visitar o conde, que logo o chamou de volta, pois se encontrava em profunda angústia. A primeira pergunta que fez ao pregador quando este apareceu foi: “Há salvação para mim?”

– É claro que há! Mas aí eu teria que falar sobre Cristo, o Senhor.

A esta altura, o aristocrata já estava preparado para ouvir a mensagem da cruz, do “Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).

E aquele homem creu no evangelho e foi salvo pelo mesmo Senhor Jesus Cristo que tanto rejeitou!

AS FRUSTRAÇÕES SÃO LIÇÕES IMPORTANTES

E ele [Moisés] cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam

(Atos 7:25).

Embora Moisés tenha sido criado na corte de faraó, ele não se esqueceu de seu povo nem de sua linhagem. Sentia o sofrimento de seu povo debaixo da opressão do Egito. E pensou que estivesse fazendo a coisa certa quando foi ajudar um de seus irmãos que estava sendo maltratado, e acabou matando um egípcio. Mas ficou frustrado, porque os israelitas não confiaram nele, e Moisés decidiu fugir.

Até nos surpreendemos pelo fato da fuga de Moisés do Egito não ser mencionada em Hebreus 11, onde lhe é dado um lugar de honra entre os heróis da fé. Ali vemos o que motivava Moisés a sair com o povo anos mais tarde: “Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível” (Hebreus 11:26-27).

Moisés aprendeu a aceitar o amargo desapontamento devido à constatação de que seu próprio povo não desejava sua ajuda. Mas também precisou aprender que não podia salvar Israel em sua própria força. O importante é: em seu coração ele já havia se separado do Egito, e em seu espírito já deixara aquela terra há muito tempo. Mesmo que Moisés soubesse muito pouco acerca de Cristo, a epístola aos Hebreus coloca suas experiências no nível do “vitupério de Cristo”. E sofreu, como Cristo sofreria no futuro, o desprezo de Israel.

Para os crentes, as frustrações são lições imprescindíveis na escola de Deus. Elas servem para libertar os seus das cadeias do mundo e trazê-los ao ponto de nada mais esperar de si mesmos; ao contrário, depositar todas as expectativas nele.

SERVINDO SEM RECLAMAR

E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada

(Lucas 10:41-42).

Até mesmo entre os cristãos, o serviço pode se tornar tedioso, se a motivação adequada não for ativada. Isso é visto em Marta, que sem dúvida recebeu alegremente o Senhor Jesus em sua casa. Enquanto Maria, sua irmã, sentou-se aos pés do Senhor Jesus para ouvir sua palavra, Marta estava atrapalhada com muito serviço. Concentrada em suas atividades, ela estava sobrecarregando a si mesma. Como é melhor ter um espírito tranquilo, não importa quanto trabalho possa haver! Mas a irritação dela cresceu até o ponto insustentável.

El não só criticou sua irmã: ela culpou o Senhor por não se importar que Maria a deixasse fazer tudo sozinha. Isso não deixa claro que um espírito murmurador é de fato sempre contra o Senhor? Pois ele está acima de todas as coisas, e ao reclamarmos, expressamos nossa indignação por ele não estar cuidando de nós adequadamente. O Senhor não aceitou a reprovação de Marta, apesar de ser gentil ao censurá-la por estar tão preocupada e atribulada.

Muitas coisas ocupavam sua mente e suas mãos, mas uma única coisa era realmente importante. Todo o serviço dela significava mais para o Senhor que a genuína submissão do coração dela? A disposição de ouvir atentamente o próprio Senhor é vital se quisermos de fato servi-Lo da forma correta, com um espírito calmo e submisso. Maria havia escolhido a boa parte que não podia ser tirada dela jamais. Ele não disse “a melhor parte”, pois não há necessidade de comparação com outras coisas; a boa parte é sempre a boa parte: ela é simplesmente positiva e não comparativa. Não temos de nos comparar com outros; basta que façamos o que é bom segundo os padrões de Deus. Marta evidentemente aprendeu essa lição, pois ela serviu mais tarde sem reclamação (João 12:2).

TEXTOS MAIS RECENTES

Pular para a barra de ferramentas