PRÓXIMOS E TRANSFORMADOS

Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor

(2 Coríntios 3:18).

Somos ensinados aqui que os crentes são trazidos à mesma presença da glória do Senhor, e que agora O contemplamos com a face descoberta. Portanto, nossa posição corresponde à de Moisés quando sua face brilhou, após descer do monte (Êxodo 34:34-35). Deus “que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (2 Coríntios 4:6).

Por Cristo ter expiado nossos pecados em Seu corpo na cruz, Deus pode agora, em justiça e em graça, nos conceder um lugar onde podemos contemplar sem véu a glória de Cristo. Não é suficiente saber que nossos pecados estão perdoados e que agora somos filhos de Deus. Ele também quer que saibamos que somos trazidos a Sua presença e que não há nada entre nós e a glória do Senhor. A visão dessa glória enche nossa alma? Estamos conscientes que ocupamos este lugar de proximidade e que cada raio da glória tem um tremendo poder transformador?

O próprio Cristo é a fonte de nosso poder e, portanto, tem de ser o Centro de toda nossa vida. No caso de Estevão, quando viu a glória de Deus e o Senhor Jesus de pé ao lado de Deus (Atos 7:55), ele foi fortalecido e olhou acima das circunstancias, conseguindo até orar por aqueles que o estavam assassinando. Quando Cristo está diante de nós, recebemos poder; mas se nosso olhar está desviado ou bloqueado, caímos e fracassamos.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

O SENHOR fez rotura em nós, porque o não buscamos segundo a ordenança

(1 Crônicas 15:13).

(Leia 1 Crônicas 15:1-24)

Que tenhamos a coragem de reconhecer nossas falhas diante de Deus e dos homens. “Pois, visto que não a levastes na primeira vez, o SENHOR, nosso Deus, irrompeu contra nós, porque, então, não o buscamos, segundo nos fora ordenado’’ (v. 13), Davi declara aos levitas encarregados de trazer a arca. E, dessa vez, todas as precauções são tomadas “segundo a palavra do SENHOR”. Que cena alegre e digna de louvor! Note o papel que Obede-Edom desempenhou em tudo isso. Ele poderia ter sido egoísta e reclamar quando viu a arca deixando sua casa. Com essa partida ele não perderia uma fonte de bênçãos (13:14)? Porém isso nem lhe passou pela mente. A bênção devia ser compartilhada com o todo Israel, e ele mesmo, um levita dos filhos de Coré, se uniria aos porteiros (v. 18), cantores (v. 19) e porteiros da arca (v. 24). Portanto, a arca não lhe foi tirada completamente. Ao ser fiel no pouco, recebeu o muito (Lucas 16:10). Por ter conduzido bem a própria casa, Deus confiou a Obede-Edom uma posição de responsabilidade em Sua casa (1 Timóteo 3:4-5). Quenanias, chefe dos levitas, era o professor de música, “porque era entendido nisso” (v. 22). Isso nos traz à memória as palavras do apóstolo Paulo: “Cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente” (1 Coríntios 14:15).

DEUS FALA… VOCÊ ESCUTA?

Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR!

Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho

(Jeremias 22:29; Hebreus 1:1).

Deus, nosso Criador, não deixa sua criação à própria mercê. Ele fala com suas criaturas. Não deveríamos, pois, ouvi-Lo com a maior atenção?

Deus falou com o povo de Israel por meio de seus profetas, mas quase ninguém lhes deu ouvidos. Depois, falou por meio de seu Filho, Jesus Cristo. Ele é a mensagem final de Deus para a humanidade. Suas palavras expressam perfeitamente o pensamento de Deus, enquanto sua vida demonstra perfeitamente a vontade de Deus. Deus jamais foi manifestado tão claramente, nem sua glória brilhou com tanto fulgor neste mundo quanto o foi por meio do Senhor Jesus Cristo.

Não foi somente a vida do Senhor Jesus que revelou Deus, mas também sua morte.

A cruz de Cristo expôs a mente e o coração de Deus ao mesmo tempo. Ali se encontraram dois clímaxes: o amor de Deus, que sacrificou seu próprio Filho, e o ódio do homem, que O assassinou sem motivo. Ali a propiciação foi feita pela justiça de Deus a favor humanidade da iníqua. Na cruz, onde a rebelião humana chegou ao ápice, Cristo se sujeitou totalmente à vontade de Deus. A cruz foi simultaneamente a vitória de Cristo e a derrota de Satanás. O pecado se manifestou plenamente ali, mas ali também o amor de Deus engoliu o pecado, concedendo perdão e nova vida aos pecadores.

Deus nos fala hoje pela Bíblia. Ele Se dirige a nós direta e pessoalmente. Você O está ouvindo?

JESUS É A ÚNICA CHANCE

Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida

(1 João 5:12).

Certa vez estava entregando folhetos perto de casas para idosos. Naquele dia havia uma equipe se preparando para gravar cenas de um filme para televisão chamado “A Segunda Chance”.

“Posso lhe entregar um folheto?” – perguntei para o diretor, estendendo-lhe um texto cujo título era “Você conhece o Senhor Jesus Cristo?”. E acrescentei: “Isso também fala sobre chances. Jesus Cristo é a única chance para o perdido ser salvo, e passar da morte para a vida”. O homem me deu um olhar confuso, mas aceitou o folheto. Distribuí textos também para a equipe dele.

Não existe outra chance de vir a Deus a não ser por Jesus Cristo, que afirmou sobre Si mesmo: “Eu sou o caminho” (João 14:6).

Essa chance tem de ser agarrada nesta vida. E Deus nos concede o tempo mais que suficiente para isso. Ele nos fala por meio de seus servos, da Bíblia, das circunstâncias, da natureza, etc. “Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem, para desviar a sua alma da perdição, e o iluminar com a luz dos viventes” (Jó 33:29-30).

Não dá mais chances na eternidade para quem deixa a oportunidade passar. Está ordenado que morramos apenas uma vez, e depois enfrentemos o juízo (Hebreus 9:27). Não há uma segunda vida, uma segunda chance. “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24). A porta da graça ainda está aberta a todos.

PREGUIÇA: ALGO INACEITÁVEL E INDIGNO DE UM CRISTÃO

O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece

(Provérbios 10:4).

A expressão “mão displicente” se refere à preguiça, à falta de iniciativa e à irresponsabilidade. Além disso, como cristãos somos referenciais de zelo e profissionalismo para o mundo, portanto, a preguiça é algo inaceitável, desprezível e indigno para quem proclama o nome de Cristo. A consequência será desonra para Deus e pobreza para nós.

Por outro lado, a mão de quem é diligente enriquece. Uma atitude diligente é reconhecível pela persistência, confiabilidade e realidade demonstradas em qualquer trabalho realizado. Diligência é uma virtude altamente louvável. E Provérbios 22:29 afirma: “Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior”.

Todos os que são “membros do corpo de Cristo” (1 Coríntios 12:18) têm uma tarefa a cumprir. Cada um de nós é responsável diante de Deus por realizar o que lhe foi confiado pelo Senhor e a ele terá de prestar contas. Os serviços são muito variados: alguns são vistos por todos, porém os mais importantes são feitos “nos bastidores”, fora dos olhares humanos. O que conta de fato é a dedicação e os motivos com que cumprimos as ordens de Deus.

Façamos nossos trabalhos cotidianos, quaisquer que sejam, “como para o Senhor”. Ao contrário do que a maioria pensa, a obra de Deus não se restringe somente ao que se faz quando nos reunimos como congregação. Quer você seja uma dona de casa, um profissional liberal, um lixeiro, estudante, enfim, você pode estar realizando a obra de Deus em sua esfera de atuação e manifestando o reino de Deus através de seu trabalho diligente. A alegria de ouvir o Senhor Jesus dizer: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei” compensará todo esforço (Mateus 25:23)!

O PROFETA E SUAS PROFECIAS

Palavra do SENHOR, que veio a Miquéias… Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, e tudo o que nela há; e seja o Senhor DEUS testemunha contra vós, o Senhor, desde o seu santo templo. Porque eis que o SENHOR está para sair do seu lugar, e descerá… Por isso lamentarei, e gemerei, andarei despojado e nu; farei lamentação como de chacais, e pranto como de avestruzes. Porque a sua chaga é incurável

(Miquéias 1:1-3, 8-9).

Miquéias era um profeta de Judá, um contemporâneo de Isaías e Oséias durante seu ministério. Durante este período ele tanto previu como viu o reino do norte sucumbir aos conquistadores assírios e Judá em profunda dificuldade com seu cruel poder pagão. Mas enquanto os assírios estão em destaque na sua profecia, ele viu além disto: o Senhor Deus tinha uma contenda com seu povo e lidaria com ele em juízo. Quer seja naquele tempo, agora ou na tribulação que em breve há de vir, a mensagem de Miquéias é surpreendentemente relevante.

Lendo esta profecia cuidadosamente, é claramente visto que a mensagem que Deus deu afetou Miquéias profundamente. Enquanto o povo e seus governantes prosseguiam em seus caminhos pecaminosos, negligentes ao que Deus estava dizendo a eles, Miquéias lamenta e mostra claramente o seu profundo pesar pela condição deles. Os profetas de Deus não eram prognosticadores profissionais, mas santos homens de Deus que sentiam ardentemente o que sobreviria ao seu povo. O apostolo Pedro nos diz que eles, “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir”. Eles não entenderam a plenitude do significado do que estavam profetizando, mas mesmo assim queriam (1 Pedro 1:10-12). Quão profundamente somos afetados por aquilo que entendemos da Palavra de Deus?

DEUS OU DESTINO?

Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá

(Salmo 139:9-10).

Um perito em cargueiros que transportam veículos escreveu um artigo em uma publicação especializada. O primeiro parágrafo começa assim: “No tribunal e em alto-mar estamos nas mãos de Deus – este é um ditado antigo, e não serve apenas para advogados e marinheiros. O certo é que todos estamos sujeitos ao destino, e é igualmente verdadeiro que não devemos fazer nada para tentar o destino”.

É óbvio que devemos fazer o possível para prevenir acidentes. Isso não é nada novo. No Antigo Testamento Deus já tinha ordenado que todo telhado tivesse um parapeito. Mas por que o autor do artigo foi tão arrogante a ponto de citar Deus e depois afirmar com tanta veemência que estamos sujeitos ao ‘destino’?

Quem fala de destino, oportunidade, acaso, coincidência está atribuindo a um princípio ou poder impessoal algo que pertence ao próprio Deus vivo. Há um poder infinitamente maior que a lei da causa e efeito. Os seres humanos não têm responsabilidade moral alguma diante de um princípio impessoal da vida, por exemplo, o ‘destino’. Mas diante de Deus todos temos!

Você prefere acreditar em ‘destino’, ‘carma’, ‘sorte’? Ou confiar no Deus que “domina eternamente pelo seu poder” (Salmo 66:7)?

DURANTE A NOITE INTEIRA

Dá ordem a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei do holocausto; o holocausto será queimado sobre o altar toda a noite até pela manhã, e o fogo do altar arderá nele

(Levítico 6:9).

Isso é tão lindo! O holocausto queimava “toda a noite até pela manhã”. Na escuridão da noite, quando Israel dormia ou murmurava, o doce aroma do sacrifício estava subindo diante de Deus. E também não podemos comparar esse momento, no qual o Senhor Jesus não está mais visível, com uma noite escura e aterradora? Mas breve raiará a Brilhante Estrela da Manhã! Durante a longa, escura noite em que a ruína do “falso cristianismo” se torna cada vez mais evidente e o fracasso do povo do Senhor está por toda parte, é maravilhoso pensar que o aroma do sacrifício está tão fresco diante de Deus quando no momento em que é oferecido. Isso também não se aplica a nos individualmente? Sim! Se no coração nos afastarmos do Senhor e voltarmos para as coisas do mundo, nossa aceitação diante de Deus muda? Não, pois o aroma suave do sacrifício de Cristo, pelo qual somos aceitos diante de Deus é inalterável.

A aceitação do crente nunca muda, mas nossa capacidade de desfrutar dele sim. Embora falhemos e nos afastemos do Senhor, e nosso coração esfrie e se torne duro como pedra, e embora o falso cristianismo se espalhe igual câncer, o holocausto será queimado toda a noite!

Que o Senhor nos permita conhecer cada vez mais profundamente a fantástica obra do Senhor Jesus sobre a cruz. Por toda a eternidade este será o tema de nosso louvor, porque as riquezas da cruz jamais se esgotarão. O mesmo maravilhoso Salvador irá ocupar nosso coração completamente e fará surgir gratidão de nossos lábios e adoração de nosso coração. Que o Senhor nos conceda desfrutar disso agora mesmo!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

Assim se espalhou o nome de Davi por todas aquelas terras; e o SENHOR pôs o seu temor sobre todas aquelas gentes

(1 Crônicas 14:17).

(Leia 1 Crônicas 14:1-17)

A glória e a prosperidade de Davi chegaram aos ouvidos dos reinos vizinhos. Alguns, como Hirão e seu povo, buscaram o favor e a amizade do rei de Israel; outros, como os filisteus, não abaixaram as armas. Notemos que, segundo a característica especial de Crônicas, aqui não há menção da associação nada digno de Davi com Aquis (1 Samuel 27-29), exceto pela discreta referência em 1 Crônicas 12:19.

O vitorioso sobre Golias então dispara um ataque contra os filisteus em dois estágios, não sem antes ter consultado ao Senhor em ambas as ocasiões. Enfatizemos novamente essa atitude de humildade. A confiança de Davi não está em sua própria capacidade de liderar o exército; ele não se apóia em sua experiência militar ao decidir as melhores táticas a serem adotadas. Quando o Inimigo “sobe a nossa busca” (v. 8), nossa primeira reação é perguntar a Deus qual é a estratégia para derrotá-lo. Não confiemos em nossa sabedoria. Antes de enfrentar o Inimigo, na verdade antes de qualquer outra decisão, peçamos orientação e ajuda ao Senhor Jesus. A maioria de nossas derrotas nas mãos de nosso grande Adversário acontece simplesmente porque esquecemos de buscar o conselho do Senhor.

VOCÊ CRÊ DE FATO NA RESSURREIÇÃO DE CRISTO?

Pois quê? julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?

(Atos 26:8).

Há certo tom de surpresa na pergunta que o apóstolo Paulo fez ao rei Agripa. Para ele, Paulo, a ressurreição era algo tão real e fundamental e ele se surpreendia quando os outros duvidavam disso. Ele mesmo tinha visto Cristo, o Ressurreto, sobreexcelente em glória, e este encontro se tornou a base de seu serviço e da comissão divina que recebeu.

Por que ainda hoje se considera incrível que Deus possa ressuscitar os mortos, mesmo entre os que carregam o Nome daquele que ressuscitou dentre os mortos? Talvez porque seja algo totalmente alheio a nossa própria experiência. Observação e experimentação são as bases de nosso conhecimento humano. Tais fatores caracterizam e também limitam nosso pensamento. Para transcender esse horizonte temos de conhecer Deus e ter em mente que ele é o Criador de tudo o que vemos e do que não vemos.

A ressurreição do Senhor Jesus Cristo é, de fato, um dos eventos históricos mais bem testificados que existem. A maioria dos eventos reconhecidos da História antiga baseia-se na tradição de alguns historiadores. A ressurreição de Cristo foi testemunhada por grande número de pessoas! Paulo escreveu aos Coríntios: “Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também” (1 Coríntios 15:6).

E Paulo vai além: “Se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé… Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Coríntios 15: 13-14 e 19). Porém, glórias a Deus!, “de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15:20).

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