Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca (Hebreus 11:7).

O exemplo de Noé deve servir de encorajamento para todos os pais e mães. Nos capítulos 5 a 7 de Gênesis parece que a ordem para construção da arca foi dada a Noé alguns anos antes do nascimento de seu primeiro filho. Portanto, a decisão de Deus de acabar com a raça humana já havia sido tomada naquele período, e Noé sabia disso. Será que alguma vez ele ficou hesitante ou até mesmo temeroso de se casar e criar filhos em um mundo cheio de violência e crime? Embora Noé acreditasse não apenas no que Deus dissera sobre o julgamento, ele também cria na promessa concernente à salvação de sua família.

Noé agiu em concordância com a palavra de Deus. E e sua mulher tiveram três filhos em um mundo já sentenciado pelo próprio Deus à destruição por meio do dilúvio. E foi o único homem entre todas as pessoas daquela época do qual Deus disse que era justo, e o único que andava com Deus. Além disso, em um ambiente no qual a impiedade era tão grande que despertou a ira divina, Noé educou seus filhos de tal maneira que eles voluntariamente o ajudaram em todo o processo de construção e manutenção da arca. E encontrou esposas para eles, que também os acompanharam voluntariamente no embarque na arca.

Que encorajamento para nós que educamos filhos para o Senhor neste mundo moderno! Louvado seja Deus porque não existe somente um homem justo ou uma só família equilibrada na terra. E nos deu Jesus Cristo, seu Filho, o Justo, no qual muitos foram feitos justos (Romanos 5:19). E por isso não temos de temer pelo futuro de nossos filhos, ainda que a sociedade esteja desmoronando. A cruz de Cristo é nossa arca!

O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; assim o meu coração salta de prazer, e com o meu canto o louvarei (Salmos 28:7).

Estou certo que, assim como nós, o rei Davi enfrentou muitas dificuldades e até mesmo perigos que ameaçavam a vida, e frequentemente sentia que ele não tinha a força e a coragem para enfrentar mais um dia em virtude de todos os seus problemas. Porém ele achava força e o consolo que também nos capacita a continuar avançando.

Inspirado por Deus, ele compartilha seus achados nos Salmos, no citado acima e no Salmo 55:22, onde ele diz: “Lança o teu cuidado sobre o SENHOR, e ele te susterá”. É através da oração que nos aproximamos do Senhor e podemos perceber a sua força para resolver cada problema que enfrentamos.

Para Deus não importa quão longa seja a oração ou onde é feita – pode ser no trabalho, viajando, ou na cama. Talvez a oração mais curta nas Escrituras seja a de Neemias 2:4. O rei Artaxerxes perguntou a Neemias o que o estava incomodando e o que queria. Então Neemias orou “ao Deus dos céus” para saber o que dizer ao rei, e Deus respondeu a ele. E Daniel, quando estava para ser lançado na cova dos leões, não diz nas Escrituras que ele orou, mas acredito que tenha orado. Ele confiou na força de Deus lançando sobre ele seus problemas, e Deus “fechou a boca dos leões” (Daniel 6:22). Nós também precisamos levar os nossos fardos ao Senhor e deixa-los ali.

Precisamos compreender que às vezes a resposta de Deus é “NÃO!” Paulo orou três vezes a fim de que o espinho em sua carne fosse removido, e a resposta negativa, contudo encorajadora foi: “A minha graça te basta” (2 Co 12:9). Nós também podemos ser encorajados se lembrarmos de que Deus tem um propósito em todas as coisas (Rm 8:28) e que, nas tribulações, devemos ser pacientes (Rm 5:3-5).

Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê (João 1:45-46).

Filipe estava convencido que o Senhor Jesus era o Messias, o Redentor de Israel. Ele simplesmente tinha de contar essa notícia a Natanael, que era um cético. Jesus de Nazaré? Nazaré é uma cidade da Galiléia, no norte de Israel. Essa cidade não tinha uma boa reputação. Natanael sabia disso porque era de lá também.

Jesus de Nazaré? Ele supostamente era o Salvador, o caminho para Deus? Isso exigia uma boa dose de convencimento! Filipe achou uma solução simples para inspirar confiança em seu amigo. E o convidou para ir e ver.

Quando Natanael acompanhou Filipe, descobriu que o Senhor já o tinha visto e sabia tudo sobre ele. Aquilo realmente o convenceu, a ponto de reconhecer o Senhor Jesus como Filho de Deus, o Rei de Israel.

Você também não quer vir e ver para ser convencido? Leia os evangelhos. Você poderá observar como o Senhor se relacionou com as pessoas, por que ele é o Filho de Deus. Ele conhece nosso anseio por liberdade e alegria. Ele conhece nosso coração atribulado e tudo o que guardamos para nós mesmos. E em seu perfeito amor e bondade o Senhor Jesus satisfaz nossas necessidades.

Mas ele também conhece nossa vontade obstinada, pecaminosidade e perdição, e mesmo assim não nos rejeita. Ao invés disso, nos chama para que Lhe entreguemos essas cargas mortais. Então só nos resta vir e ver!

Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá (Lucas 12:37).

O Senhor propositalmente não nos disse o tempo em que ele virá, mas tem declarado muitas vezes, em termos nada incertos, que ele virá. De fato, no Antigo Testamento, vez após vez a vinda do Messias de Israel é prometida. A primeira vinda já aconteceu. Pois ele veio como prometido, nascido de uma virgem em Belém. Além disso, Isaías profetizou: “Não tinha beleza nem formosura e, olhando nós [Israel] para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos” (Isaías 53:2).

Essa profecia se cumpriu? Certamente! Pois “era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos” (Isaías 53:3). Mais veemente ainda é a revelação de Sua morte substitutiva pelos pecadores: “Foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido” (Isaías 53:8). E maravilhosamente Sua ressurreição dentre os mortos está claramente implícita no versículo 11: “ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito”.

Tudo isso foi esplendidamente cumprido na vinda do Senhor Jesus a este mundo e em Seu andar aqui por cerca de 33 anos. Uma vez que assim foi, não pode haver dúvida da verdade de que ele virá novamente. Mas não virá para sofrer a terrível agonia que sofreu ao Se entregar por nossos pecados. Por causa dessa obra perfeitamente realizada, ele voltará para levar todos os seus santos para a presença de Seu Pai, mais uma vez no surpreendente caráter de Servo, que se cinge e serve os que redimiu por meio do derramamento de Seu sangue. E então vai estabelecer o reino milenar neste mundo no caráter de Rei.

Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei (Salmo 132:14).

(Leia 1 Crônicas 15:25-29 e 1 Crônicas 16:1-6)

Os versículos 24 e 25 do Salmo 68 aludem à festa que está acontecendo diante de nossos olhos aqui: “Viu-se, ó Deus, o teu cortejo, o cortejo do meu Deus, do meu Rei, no santuário (o cortejo do Filho de Deus representado pela arca)… Os cantores iam adiante, atrás, os tocadores de instrumentos de cordas”. Porém, é mais precisamente no Salmo 132 que podemos entrar na mente de Davi nessa ocasião solene. A entrada da arca em seu descanso estava inteiramente de acordo com o mais profundo desejo do coração do rei (Salmo 132; 3-5, 8).

Que possamos maravilhar-nos ao pensar no descanso celestial no qual o Senhor Jesus entrou. Ao contemplar a cena deste capítulo, note quão além vão as promessas divinas do belo Salmo 132: “Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de júbilo exultarão os seus fiéis” (Salmo 132:16; compare com 1 Crônicas 15:17, 28). “Abençoarei com abundância o seu mantimento e de pão fartarei os seus pobres” (1 Crônicas 16:3 e Salmo 132:15).

Cada redimido do Senhor é chamado para expressar sua alegria e louvor agora mesmo, sem esperar pelo tempo do descanso celestial. Nesse mundo possuímos um centro de reunião: Cristo. Estamos aqui para ministrar, recordar, agradecer e louvar (v. 4) tanto ao Pai quanto ao Filho.

Procura apresentar-te a Deus aprovado (2 Timóteo 2:15).

Jamais será suficiente ou satisfatório sentar e ler a Bíblia como outro livro qualquer. Podemos encher nosso intelecto com conhecimento bíblico e recitar várias passagens das Escrituras de cor, e ainda assim não termos uma única gota de energia espiritual ou de unção do Espírito Santo. As Santas Escrituras estão associadas intimamente à nossa condição espiritual e moral, nosso andar diário, hábitos e decisões. Deus nos deu sua Palavra para que seus pensamentos transformassem nosso caráter, determinassem nossa conduta e orientassem nosso estilo de vida. Portanto, se a Palavra de Deus não tem influência ou poder sobre nós é estupidez pensar que temos o conhecimento espiritual verdadeiro. Esse tipo de coisa apenas infla nosso orgulho e nos engana. Declarar a verdade apenas da boca para fora sem deixá-la transformar nossa consciência é pecado de hipocrisia, tão comum hoje em dia.

Sem dúvida alguma, o Senhor usa tanto a ministração oral quanto a escrita para instruir e edificar seus filhos. Mas é preciso muita cautela quanto ao uso que fazemos da chamada “literatura cristã”. Temos de saber identificar a voz do Senhor para não fazermos uso inadequado desse precioso dom.

A comida saudável para nós é fresca, viva, poderosa e efetiva para nos moldar à imagem de Cristo. Ela opera em nosso coração e ilumina nossa vida. Assim podemos crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. A Bíblia é a voz de Deus falando conosco. Nunca esqueçamos disso!

E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete (Gênesis 5:3).

o primeiro homem, Adão, foi criado à imagem de Deus. Mas tal imagem, que Adão representaria na criação, foi terrivelmente desfigurada pelo pecado. Ao invés de revelar o caráter de Deus em suas multiformes qualidades, o homem perverteu tudo. O resultado da transgressão do mandamento de Deus foi a vinda da doença e da morte sobre a raça humana.

Dessa maneira Adão se tornou pai de uma raça caída e pecadora. Ele gerou um filho “à sua semelhança, conforme a sua imagem”, ou seja, um pecador. Uma vez que a raiz do pecado, a inclinação à independência de Deus tem sido transmitida de uma geração a outra, a morte que a acompanha também alcança a todos. “A morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12).

A ideia que as crianças têm uma natureza pura e são corrompidas pela sociedade é totalmente errada. As crianças não são puras, seres imaculados. Todos os pais, sem exceção, descobrem com grande rapidez essa semente do mal em sua descendência.

Não há esperança para esse quadro tão sombrio? Em sua Palavra, Deus nos mostra a possibilidade de um novo nascimento, pelo qual somos transformados à “imagem de seu Filho” (Romanos 8:29). Porém isso não significa reencarnação, mas o dom de uma vida incorruptível tanto aqui quanto na eternidade. E isso é concedido aos que creem em Jesus Cristo e se rendem a ele.

E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã

(Êxodo 3:1).

Todos os que desejam conhecer a Deus mais intimamente têm de estar no deserto e ali permanecer por algum tempo, antes de prosseguir rumo a desafios maiores. Ali Moisés aprendeu coisas que iam além da compreensão dos mais talentosos sábios do Egito. Segundo os padrões humanos, quarenta anos gastos apascentando ovelhas no deserto pode parecer um desperdício irreparável de tempo. Mas ali Moisés estava com Deus, e nenhum tempo gasto com Deus pode ser classificado como desperdício.

Temos de entender que atividades não são as únicas coisas que caracterizam os servos de Cristo. Há um tempo de trabalhar, mas há um tempo de aprender. Isaías 50:4 nos diz: “ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem”.

Ouvir atentamente é um aspecto da atividade do servo que não pode ser negligenciado. E tem de passar tempo todos os dias na presença de seu Senhor, a fim de conhecê-Lo melhor e de saber o que ele realmente deseja. Nossos ouvidos e língua estão conectados em vários sentidos: se meu ouvido está fechado às coisas espirituais e minha língua está solta para dizer o que quiser, então será inevitável que eu falarei muitas coisas inconvenientes.

“Não erreis, meus amados irmãos… Todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar” (Tiago 1:16 e 19). “A carne para nada aproveita” (João 6:63). Portanto, precisamos manter nossos ouvidos espirituais abertos e a língua bem quieta – essa rara e preciosa arte que Moisés tanto exercitou no deserto. Isso o capacitou a receber instruções poderosas para enfrentar faraó e os poderes malignos do Egito. Os métodos da escola de Deus são surpreendentes!

E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu, e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, o carro de Israel, e seus cavaleiros!

(2 Reis 13:14).

Se Eliseu trabalhou na obscuridade por aproximadamente meio século com nada digno de registro, então por que deveríamos desanimar quando marcas exteriores de sucesso nos são negadas? Lembre-se, nós estamos engajados numa boa obra, a obra do Senhor!

Então entra no aposento o jovem rei idólatra com as palavras, “o carro de Israel, e seus cavaleiros!” O significado para Jeoás do que disse sem dúvida tinha um significado diferente para Eliseu. Isso deve ter parecido familiar para o coração de Eliseu, trazendo boas e agradáveis recordações. Sem dúvida ele lembrou-se de quando Elias fora arrebatado e da sua capa que dele caíra (2 Reis 2:12-14). Essa foi uma abençoada lembrança para um profeta moribundo. Pouco se percebe quão preciosas e poderosas lições têm sido ensinadas pelo que acontece nos quartos de hospitais e nos leitos de morte.

Assim, às vezes, a palavra falada, mesmo por homens ímpios, tem servido para despertar pecadores ou trazer conforto para crentes. Também, tenhamos o cuidado de não usar frases religiosas familiares sem considerarmos o que elas querem dizer. Poucos pecados endurecem tanto o coração como o faz a hipocrisia e o papagaiar chavões religiosos. Que o que dissermos nunca passe dos limites de nossa própria experiência!

Depois de uma longa e cansativa labuta, o velho profeta seria retirado de cena, mas não com carros de fogo e cavaleiros como um sinal para os espectadores, como foi o caso de Elias. Seu último ato tinha sido de fé e poder, e assim seria o de Eliseu. Ele profetizou vitória sobre a Síria e isso aconteceu depois de sua morte (vv. 22-25).

O Senhor sempre honrará a fé de seus santos na hora da morte.

Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade (Marcos 5:33).

Essa mulher esteve doente por 12 anos e gastara uma fortuna com médicos e tratamentos. Ninguém foi capaz de ajudá-la. Agora estava ali, cercada por uma multidão que seguia o grande Mestre, o Senhor Jesus Cristo. Todos queriam saber que ele faria ou diria na ocasião. Será que presenciariam milagres e maravilhas?

A mulher, muito doente, forçou o caminho entre as pessoas para chegar mais perto do Senhor Jesus, sua última esperança. Por fim, ela ficou bem atrás dEle. Em contraste com os demais, ela acreditava que o Senhor Jesus poderia curá-la. sua fé não foi frustrada, pois mal ela tocou as vestes dEle, já sentiu a cura fluindo em seu corpo. Como seu coração deve ter se alegrado!

Então o Senhor fez algo que a surpreendeu. Ele virou-se e perguntou: “Quem me tocou?” (Marcos 5:31). Foi uma pergunta estranha, uma vez que as pessoas o apertavam de todos os lados. A maioria estava ali por pura curiosidade, sem necessidade urgente ou sem fé. Essa mulher, contudo, tinha vindo a ele, crendo em seu poder, e foi curada. Quando o Senhor Jesus olhou em volta, procurando entre a multidão, ela confessou e se ajoelhou diante dEle, tremendo. Ela lhe disse tudo, sem omitir coisa alguma. E como foi encorajada pelas palavras do Senhor: “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal” (Marcos 5:34).

O Senhor Jesus Cristo é agora o Homem no céu. Hoje todos podem tocar no Senhor Jesus e serem curados e libertos do fardo do pecado. Mas é necessário ter fé, como a daquela mulher; caso contrário, você será como a multidão que só viu o milagre, sem experimentá-lo.