O EXEMPLO DE ELEAZAR

Eleazar… entre os três valentes que estavam com Davi quando provocaram os filisteus… Este se levantou, e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar a mão pegada à espada (2 Samuel 23:9-10).

Deus está desafiando maridos e pais a se tornarem poderosos homens de Deus. Eleazar é um exemplo para nós nas três virtudes que se seguem:

1) Eleazar era fiel. Nós homens temos a responsabilidade de sermos fiéis a nossas esposas, de sermos fiéis aos nossos filhos, educando-os, e também de sermos testemunhas a todos os não salvos. Não existe nenhuma área da vida que não requeira fidelidade. “Requer-se… que cada um se ache fiel” (1 Co 4:2). A fidelidade é sempre uma característica de um poderoso homem para Deus.

2) Eleazar era destemido. Diferente dos outros, ele combateu os filisteus. Muitos homens nos dias de hoje têm ficado cansados da batalha, têm desistido, e não têm cuidado fielmente de suas famílias. Quanto mais próximos vivermos do Senhor, maior será a nossa coragem de destemidamente lutar e vencer os nossos desafios. Faz-se necessário um homem corajoso para ser um homem poderoso para Deus.

3) Eleazar era lutador. Sua mão grudou na espada – ele não deixaria sua arma. Muitos homens têm perdido sua batalha, se tornado desencorajados e deixado cair suas armas e desistido. Não Eleazar!

A batalha pela família é ferrenha, mais intensa que nunca. O inimigo é implacável. Seu alvo é desarmar e derrotar os homens de Deus no lar, e ele usa toda tática à sua disposição. Não podemos nos render, desistir ou nos entregar! Devemos ser fiéis, destemidos e tão valentes e lutadores que nunca desistiremos!

Pais, sejam homens poderosos para Deus!

O BANQUEIRO E O FAZENDEIRO

Mas a nossa cidade está nos céus (Filipenses 3:20).

Pouco antes da deflagração da Segunda Guerra Mundial, o ditador italiano Mussolini publicou um decreto que proibia os italianos de emigrarem para os Estados Unidos.

Nesse tempo, dois italianos de nascimento, mas que moravam nos EUA, estavam na Itália para uma visita. O primeiro era um bem conceituado banqueiro que falava o inglês fluentemente e podia se orgulhar de ter relacionamento com pessoas influentes tanto na vida profissional quanto na pessoal. O outro se tornou um fazendeiro, falava inglês com dificuldade, e a cultura norte-americana ainda era estranha para ele.

Após o decreto de Mussolini ambos fizeram todos os esforços para retornarem o mais rápido possível aos EUA, mas a permissão foi concedida somente a um deles: surpreendente e ironicamente ao fazendeiro. Ele havia se naturalizado norte-americano e, portanto, o decreto do ditador não podia afetá-lo. O banqueiro optou por continuar com sua nacionalidade italiana e teve de permanecer na Itália. Seus protestos, riqueza, relacionamentos, conhecimento da língua inglesa não serviram para nada.

E assim também é com o que se refere à cidadania do “reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 1:11). Podemos viver uma vida correta e irrepreensível, manter comunhão com cristãos, dominar o vocabulário bíblico, ter muitos “tesouros” em boas obras. Mas nada disso é passaporte para o céu.

Nós nos tornamos cidadãos dos céus apenas pelo novo nascimento, ou seja, quando cremos no Senhor Jesus e na obra que ele realizou na cruz do Calvário. Quando abdicamos de nossa “cidadania” deste mundo e nos rendemos ao seu senhorio. Então decreto algum, seja da morte, do pecado ou do diabo tem qualquer efeito sobre nós.

EXPLICAÇÃO DE HEBREUS 2

Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação. E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu. E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo (Hebreus 2:11-14).

O versículo 12 é uma citação do Salmo 22:22, onde o Senhor Jesus na ressurreição toma o lugar de líder do louvor de seus irmãos. Nossos cânticos deveriam, portanto, sempre estar de acordo com ele. O Senhor venceu a morte por nós; e se nossa adoração expressar incerteza e dúvida, ao invés de alegria e segurança na redenção, não haverá harmonia, mas discordância com a mente de Deus.

Cristo assumiu a postura de Homem dependente aqui no mundo. Há duas consequências de nossa associação com ele: ele se revestiu de nossa humanidade para que pudesse morrer; e também passar por tentações e vencê-las. Nós estávamos mortos pelo pecado; então Cristo veio e enfrentou todo o poder de Satanás e da morte, destruindo aquele que tinha o poder da morte. Por Sua morte ele fez propiciação pelo pecado.

Os sentimentos da alma dele, as tentações de Satanás estavam diante dEle no Jardim do Getsêmani: “A minha alma está cheia de tristeza até a morte” (Mateus 26:38). E foi por causa do poder de Satanás que ele declarou: “Esta é a vossa hora e o poder das trevas” (Lucas 22:53). Tudo isso já estava predito pelos profetas e fazia parte de seus sofrimentos anunciados.

Após o conflito com Satanás ter acabado, Cristo tomou o cálice que estava nas mãos do Pai. Os que foram enviados para prendê-Lo ficaram impotentes e caíram no chão; mas ele Se entregou voluntariamente, e bebeu até a última gota do cálice da ira de Deus.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto

(Salmo 32:1).

(Leia 1 Crônicas 18:1-17; 20:4-8)

Os capítulos 18, 19 e 20 tratam das guerras de Davi. Eles agrupam os feitos que no segundo livro de Samuel estão separados por diversos eventos da história do rei. Nós já os analisamos anteriormente, e não há diferenças significativas entre os dois relatos. Existe apenas uma exceção: o total silêncio observado no começo do capítulo 20 sobre o terrível pecado de Davi e suas trágicas conseqüências. Nem o escandaloso caso de Urias, nem o pecado de Amon seguido de seu assassinato, nem a conspiração de Absalão, nem o papel criminoso desempenhado por Joabe encontram lugar no livro de Crônicas. É assim que a graça age. “Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto” diz Davi no Salmo 32. Querido leitor, você já teve essa experiência?

Davi triunfa sobre os filisteus, os moabitas, os sírios, os edomitas e novamente sobre os filhos de Amom (cap. 19 e 20). Todos os inimigos tradicionais de Israel foram subjugados, uma figura do momento em que Deus subjugará todas as coisas a Cristo e colocará Seus inimigos como estrado dos pés de Seu Filho (Hebreus 1:13; 2:8).

RELIGIÃO NÃO É A MESMA COISA QUE FÉ

Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim; em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens

Arrependei-vos, e crede no evangelho.

(Marcos 7:6-7; 1:15).

Temos de abrir mão de nossa personalidade para vir a Deus e nos envolver totalmente com uma religião ou seita?

Jesus Cristo tomou uma posição bem firme e radical contra as formas e tradições religiosas. Ele não reprovou os pecadores, mas sim os líderes religiosos que impediam as pessoas de virem a Deus.

Como Deus, que formou as pessoas com tamanha variedade de sentimentos, características e habilidades desprezaria essa riqueza?

Todos podem se achegar a Deus como estão, não para encontrar uma mera religião, mas ter um relacionamento vivo com ele. A fé cristã não é uma coleção de dogmas, regras e mandamentos de homens. É a revelação de Deus por meio de claros e definitivos fatos, particularmente a vida, morte, e ressurreição do Senhor Jesus Cristo, que veio para tornar seu amor conhecido por nós. As formas religiosas podem facilmente estar associadas à morte espiritual, ao passo que a fé no Senhor Jesus Cristo significa liberdade, vida real oferecida para todos livremente.

Fé não é credulidade, ingenuidade cega. A verdadeira fé não tem nada relacionado à superstição ou fanatismo. É um ato de obediência consciente e voluntária a Deus. Não é uma questão de simplesmente aceitar algumas informações, mas de estar convicto do que Deus é e de se render a ele.

A ACEIRO DE DEUS

Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas? (Isaías 33:14).

Ainda posso lembrar uma apresentação sobre a República do Congo (antigo Zaire), especialmente as figuras que foram mostradas sobre os devastadores incêndios florestais. O palestrante parecia já ter experimentado aquelas chamas.

Após ter falado sobre as causas e efeitos dos incêndios florestais em geral, ele continuou: “Os aldeões têm um simples e efetivo meio de se proteger do fogo. Eles fazem um aceiro, ou seja, limpam uma faixa de terra, tirando ou queimando toda vegetação. Dessa forma, o fogo não se alastra, pois não há o que queimar. Mas quem deseja ser salvo do fogo que se aproxima tem de estar dentro do aceiro, onde o fogo já fez seu dano. Não há outra possibilidade de encontrar segurança”.

Ele usou esse convincente fato como uma ilustração para fazer seus ouvintes pensarem: “A Bíblia compara o fogo com o julgamento de Deus, o qual pode ser evitado se um pecador se refugia onde o julgamento divino já fez sua obra, ou seja, na cruz do calvário. Ali o Senhor Jesus Cristo foi punido por Deus pela culpa de outros. Todo o que crê nisso e se apodera dessa verdade pela fé está eternamente seguro e preservado do julgamento que virá sobre todo o mundo, o qual se aproxima com velocidade e fúria impressionantes. Mas quem se recusa a crer no Filho de Deus será consumido pelas chamas inextinguíveis do inferno. Esse é o lugar que espera os que não quiseram ‘entrar no aceiro’ a tempo”.

aceiro: limpeza destinada a impedir acesso do fogo a cercas, árvores, casas etc., mediante roçada, carpa, desobstrução.

UM INDICADOR INFALÍVEL

Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3:1-3).

O mundanismo é o melhor indicador do estado espiritual de uma pessoa; melhor até que um pecado grosseiro aos olhos humanos. Um pecado desses pode acontecer repentinamente, sendo consequência de uma tentação ou de algo não premeditado. E quem o comete pode depois odiar, se arrepender e abandonar o pecado. Mas quem se sente confortável com os prazeres e atividades do mundo, claramente demonstra seu estado espiritual. Portanto, João faz a seguinte distinção: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15).

Muitos que se acham cristãos estão mortos nas distrações e alegrias dos prazeres, lícitos e ilícitos, que o mundo oferece porque jamais morreram na cruz de Cristo, não sabem o que é vida ressurreta, e a imagem que têm de Cristo é parecida com uma porta de emergência que os livrará do inferno, após uma vida inteira dedicada a este mundo. Que tragédia!

A Palavra de Deus é bem clara: quem ama o mundo, não importa quão religioso seja, não tem o amor do Pai em si. E, portanto, quem não ama o Pai não ama o Filho que ele enviou (João 8:42).

Os cristãos apenas terão poder sobre o mundo se tiverem morrido e ressuscitado com Cristo. E sendo assim não sentirão a necessidade de mergulharem nas distrações, prazeres ou recreação do mundo.

A CEIA DO SENHOR

[O Senhor Jesus disse], fazei isto em memória de mim… Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha (1 Coríntios 11:24, 26).

A Ceia do Senhor deveria ser considerada como uma recordação solene e preciosa de Cristo, não como um “meio de graça” para levantar o nosso saturado espírito e afastar o nosso cansaço. Quando chegamos com essa visão, então temos Cristo em vista como um meio para um fim e não como o fim em si mesmo.

O mal neste estado de coisas é o fato de Cristo não estar diante de nossa alma, mas antes a nossa necessidade na qual ele é o canal de provisão. Naturalmente, há uma medida de verdade nesta visão da Ceia do Senhor – será que podemos vir a ele sem achar refrigério? Mas, as suas palavras, “fazei isto em memória de mim”, não tem um significado mais profundo que simplesmente faça “isto para o reestabelecimento de sua força”? Não é a lembrança de Cristo algo para ser muito mais e diferente de meramente o que podemos obter dela?

Devemos observar que é a presença do Cordeiro que era sacrificado que provoca a adoração dos anciãos, eles que são a figura dos santos glorificados em Apocalipse 5. A adoração deles não é premeditada ou arranjada de antemão, mas é um derramar-se de seus corações que não pode ser contido, que ocorre na presença dAquele que os redimiu para Deus pelo seu sangue. Ao olharmos de volta para o Cordeiro sacrificado, é claro que olhamos do outro lado da ressurreição, mas a visão de Alguém que nos amou e entregou-Se por nós inspirará uma resposta espontânea de adoração de nossos corações. Celebramos morte, mas morte passada, morte que é vista ser a consequência de um amor vivo, inexaurível, inesgotável, insondável, incomensurável.

ARMADILHA MORTAL

Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? (Mateus 16:26).

Vamos analisar por um momento o que significa ganhar o mundo inteiro: ter meios para possuir todas as coisas deste mundo e desfrutar o respeito de todos. No entanto, qual seria a utilidade disso se o preço for a perda da alma?

Há várias coisas que julgamos importantes e fazemos o máximo esforço para alcançá-las ou mantê-las, como se fossem a razão da vida. Entre elas não estão apenas bens materiais, prosperidade financeira, sucesso. Felicidade, reputação e independência podem ser igualmente essenciais para nós.

De qualquer modo, nada se iguala ao valor de nossa alma. Normalmente tal valor é subestimado; poucas são as pessoas que realmente conseguem perceber o incalculável valor da própria alma!

Quantos passaram pela dolorosa experiência de conquistarem tudo só para descobrir que nada disso satisfaz. Quanto mais possuímos mais lutamos para possuir. De onde vem tal insatisfação? o que nos faz viver assim, presos nessa armadilha mortal?

Quando Deus criou o homem, lhe deu uma alma destinada à eternidade, cuja satisfação estava no relacionamento com ele. É por isso que a vida continua após a morte física e no coração humano está o desejo pelos valores eternos, duradouros. E é por isso também que existem tantas religiões; é uma tentativa fracassada de aplacar a sede da alma. Porém, isso só acontecerá quando nos relacionarmos com o Deus vivo. A partir desse momento, percebemos que “ganhar o mundo inteiro” é lixo se comparado à “excelência do conhecimento de Cristo Jesus” (Filipenses 3:8).

A CABEÇA E O CORPO

E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência (Colossenses 1:18).

Até o momento em que o Senhor Jesus subiu não havia nenhum outro no céu que pudesse ser a Cabeça do corpo. Quando o perfeito Homem, entrou pela morte na glória de Deus, ele foi colocado à destra de Deus, “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro”. E então o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de glória, “o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo” (Efésios 1:20-23). Aqui somos ensinados claramente que foi após a ascensão de Cristo que temos a primeira ideia da Cabeça do corpo; até aquele tempo não poderia haver nenhum membro na Terra.

Nem o corpo poderia ser formado até a vinda do Espírito Santo, que o Senhor Jesus enviou no Pentecostes, porque a Palavra de Deus declara que “todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo” (1 Coríntios 12:13). Portanto, não podemos falar de Cristo como Cabeça da Igreja nos dias de Sua carne, ou quando ele morreu, ou mesmo quando ressuscitou. Mas, após a descida do Espírito Santo, temos a nossa Cabeça no céu, e agora somos membros do Corpo de Cristo no mundo. Só nos resta adorarmos a Deus por tal graça!

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