Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece (João 3:36).

Uma senhora estava distribuindo folhetos evangelísticos no convés de um navio. Ela deu um folheto a certo passageiro que olhou para o texto a fim de se certificar do que era, e depois o rasgou em pedacinhos. Com um sorriso de satisfação, ele percebeu como o vento os espalhava e os lançava ao mar.

Quando estava em sua cabine naquela noite, se preparando para dormir, um pedaço de papel caiu de suas roupas. Era do folheto que havia rasgado. Apenas duas palavras eram legíveis: “Deus” e “eternidade”.

Apenas duas palavras, mas de significado profundo.

o homem se deitou, porém não pôde dormir. Aquelas palavras martelavam em sua mente. Para ter um pouco de paz, ele bebeu uma taça de conhaque. Mas isso também não o ajudou.

Deus. Cada ser humano que nasce neste mundo estará diante dele, quer queria ou não, quer creia ou não.

Eternidade. Uma palavra ameaçadora. Não importa quanto tempo nossa vida dure aqui, comparada à eternidade, isso é nada.

Não sabemos quanto tempo essas palavras atribularam a consciência daquele homem. Porém, certo dia ele ouviu o evangelho do Filho de Deus, e creu. E encontrou paz para seu espírito e coração.

Deus nos mostra dois lugares onde habitar na eternidade: com ele mesmo, se ouvirmos sua Palavra e crermos em seu Filho, o Senhor Jesus Cristo; ou separado dEle, se o desprezarmos, no lugar “onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9:44).

E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração… E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas (Deuteronômio 6:6 e 9).

O desejo de Deus era que o povo de Israel tivesse suas palavras no coração e as transmitisse para as próximas gerações. Um amor sincero e fervoroso para com Deus deveria caracterizá-los, e eles sempre deveriam ter seus pensamentos em sua mente. Essas duas coisas eram pré-requisitos para que os pais fossem capazes de ensinar seus filhos acerca do Senhor Deus de Israel. Além do exemplo dos pais, marcado pela obediência às palavras de Deus, tais palavras tinham de estar escritas nos umbrais e nas portas da casa.

O que está inscrito nos umbrais e nas portas pode ser lido por todos os que passarem diante daquela residência. Assim, deixariam bem claro que tipo de povo eram e onde estavam as suas prioridades. Quais princípios regem sua família e a vida que você leva? Sobre qual base você toma decisões e responde questões? Que padrão de medida você usa para determinar seu comportamento em casa e fora dela?

Que privilégio é quando o Senhor Jesus e sua Palavra ocupam o posto principal na vida dos membros de uma família! Crer e obedecer é a única maneira de trazer benção, ordem e estabilidade para a vida familiar. Que os pais, as mães e os filhos estejam sujeitos às instruções da Palavra de Deus; dessa forma, elas estarão escritas nas portas daquela família!

Nossos vizinhos sabem que seguimos o Senhor Jesus? Nossas relações familiares demonstram claramente o governo de Deus sobre nós?

Escolhei hoje a quem sirvais… porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR (Josué 24:15).

A vida é cheia de escolhas e devemos aprender a fazer as corretas. Algumas são fáceis, mas outras são difíceis e a sabedoria de Deus é exigida para que se possam fazer as corretas. É muito importante para a família que o pai faça as escolhas mais sábias. Josué é um bom exemplo disso. Sua escolha não foi dependente das escolhas feitas por outros – servir a Deus foi uma escolha determinante para ele e sua família. Para ser decidido como ele foi, precisamos seguir as cinco coisas abaixo relacionadas:

1. Desejo. Precisamos desejar o que Deus quer. A falta deste desejo frequentemente mantem as famílias longe de fazer as escolhas importantes. Manter-se neutro pode parecer mais fácil que decidir, mas fazendo isso é sempre uma escolha e normalmente a errada.

2. Determinação. Até podemos querer fazer a escolha certa, mas se não estamos determinados a fazê-la, ela não ocorrerá.

3. Disciplina. Temos de pagar um preço ao fazer escolhas – só que fazer escolhas pode ser algo caro! Muitos têm o desejo e estão determinados, mas depois de verificar o custo, desanimam.

4. Direção. Precisamos ter um plano e só podemos obter direções confiáveis na Palavra de Deus. Frequentemente muito é desconhecido quando nossas escolhas são feitas, mas permitindo que a Palavra de Deus seja nossa luz teremos a segurança que precisamos para fazê-las.

5. Dinâmico. Somente na sabedoria e força de Deus é que temos o poder (no grego: dinamis) para fazer, com êxito, aquelas importantíssimas e duras escolhas.

Você e sua família estão enfrentando escolhas difíceis? Se sim, lembre-se de Josué. Sua determinação em fazer uma escolha difícil encorajou Israel a servir a Deus. Suas escolhas podem afetar outras famílias a fazer o mesmo também.

Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista (Salmo 51:4).

Hoje em dia, as pessoas consideram “pecado” somente o que prejudica outros. E mesmo assim depende do tipo de prejuízo. Tudo o mais elas aceitam como normal. Será que podemos afirmar que pecado é o contrário dos padrões que Deus estabeleceu para nós?

Se, por exemplo, um casal vive junto sem serem casados ou alguém tem um caso extraconjugal, hoje isso é tido como algo absolutamente normal, aceitável e ‘moderno’. “Pecado é não ser feliz.” Que argumento idiota!

Após o rei Davi ter cometido adultério, ele sabia muito bem que tinha agido impiamente. Então confessou a Deus: “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista”. Esse é o xis da questão. O pecado é contra Deus, não importa se e como outros são afetados. A partir dessa perspectiva, começamos a entender o que isso implica.

o próprio Deus é o padrão absoluto para tudo. O que não corresponde a seu caráter ou à sua vontade é pecado. Usando o exemplo acima, Deus desaprova a indecência e o adultério, portanto, transgredir dessa maneira significa zombar de sua Pessoa.

Além disso, os mandamentos de Deus são para que vivamos. Quando Deus fez o homem, ele compartilhou seu próprio coração, no qual amor, fidelidade e segurança são proeminentes. Por essa razão, quando desobedecemos e pecamos somos feridos em nossa alma e espírito, ainda que não haja nenhuma evidência exterior. Infidelidade é engano, e engano é sempre prejudicial.

Está chegando o momento em que mortos e vivos serão julgados de acordo com os padrões de Deus. Mas agora ele ainda oferece seu perdão a nós. Aproveite essa oportunidade, se arrependa e viva!

Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre (Apocalipse 5:13).

Essa magnífica declaração de adoração antecipa o dia no qual toda criatura nos céus, na terra e no inferno, prestará a devida honra ao Deus da glória eterna e ao Cordeiro. Até aqueles eternamente perdidos farão isso, embora não com o coração rendido.

A espantosa majestade dAquele que se assenta no trono transpassa até as profundezas de nossa alma. Seu trono de glória eterna e autoridade mostra que ele é absolutamente santo, como nem sequer podemos imaginar. Ele é o único cuja palavra é integralmente pura, verdadeira e perfeita.

No entanto, em completo e precioso contraste com isso está a humilhação do Cordeiro do sacrifício, o abençoado Senhor Jesus Cristo. Ele nos é mostrado de maneira significativa como Aquele que em graça maravilhosa Se deu para suportar a tremenda carga de nosso pecado e culpa, tomando o lugar mais baixo a fim de redimir pecadores para Deus através do derramamento de Seu precioso sangue.

Esses dois assuntos são o tema da adoração do universo. Ações de graças, honra, glória e poder são atribuídos a Deus e ao Senhor Jesus pelos séculos dos séculos. E agora mesmo, ainda neste mundo, os redimidos têm a alegria de antecipar esse futuro ao adorar genuinamente ao Pai e ao Seu amado Filho.

Servi ao SENHOR com alegria e apresentai-vos a ele com canto (Salmo 100:2).

(Leia 1 Crônicas 23:1-6, 24-32)

Davi faz Salomão sentar-se com ele no trono. Nenhuma menção é feita aqui sobre a conspiração de Adonias, nem sobre as circunstâncias que cercaram a coroação do novo rei. Conseqüentemente, aqui podemos ser elevados a maiores alturas que no primeiro livro dos Reis. Podemos ver, em tipo, o Filho sentado com o Pai em Seu trono (Apocalipse 3:21). Uma das atuais atividades de Jesus na glória nos é revelada em Efésios 4:8-12: “Quando ele subiu às alturas,… concedeu dons aos homens… concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”.

Aqui, e nos capítulos seguintes, testemunhamos a escolha de cada trabalhador: supervisores, oficiais, juízes, porteiros, cantores, divididos de acordo com as três famílias de levitas. A função deles era específica, especialmente no que se referia ao serviço fundamental da adoração e das ações de graças. Adorar e louvar a Deus cada dia e cada noite era um altíssimo privilégio… que está ao nosso alcance (v. 30)!

No capítulo seguinte temos os sacerdotes, filhos de Arão, divididos em vinte e quatro turnos.

Então irão com os seus rebanhos… para buscarem ao SENHOR, mas não o acharão; ele se retirou deles… Os príncipes de Judá são como os que mudam os limites; derramarei, pois, o meu furor sobre eles como água (Oséias 5:6, 10).

Deus Se dirige nesses termos aos sacerdotes de príncipes de Israel. Contudo, essa mesma repreensão demonstra o quanto Ele Se importa com Seu povo. Se Deus estivesse indiferente, por que os desafiaria sobre seu relacionamento com Ele?

Deus acusa os líderes de mudar os limites. E tal mudança do que é de Deus para o que é do homem foi a ruína de Israel. Os sacerdotes e líderes caíram em práticas corruptas que levaram a nação inteira à apostasia (v. 2). E não havia solução para isso, pois eles não queriam conhecer ao Senhor nem voltar para ele (v. 4). Eles desejavam que seus rebanhos voltassem para Deus, mas sem que tivessem de abandonar suas práticas, e, obviamente, fracassaram; Deus acabou se retirando deles. Deus prometeu um severo castigo para Seu povo até que retornassem para Ele com genuíno arrependimento (v. 15).

A história de Israel contém uma advertência absolutamente necessária para cada congregação cristã, pois a história do cristianismo não é muito diferente. Os líderes cristãos também mudam limites, apresentando suas próprias ideias, as quais o “rebanho” aceita cegamente por falta de conhecimento da mente de Deus. O Senhor suporta por um tempo tal declínio enquanto adverte que todos voltem para Ele, mas chega o momento no qual, por fim, Deus Se retira, e não mais permite que O encontrem, ainda que O busquem. E haverá o dia em que Ele os vomitará de Sua boca (Apocalipse 3:14-22).

Assim como essa passagem descreve claramente o fim de Israel como uma nação independente, assim a Palavra de Deus descreve o fim da cristandade professa. Como Efraim nos dias de Oséias – que foi buscar ajuda na Assíria -, hoje muitos que se dizem cristãos buscam iluminação espiritual não na Palavra de Deus, mas em religiões orientais, na filosofia, enfim, em doutrinas de homens e de demônios. Que eu e você não sejamos a causa de Deus Se retirar!

Porque qual será a esperança do hipócrita, havendo sido avaro, quando Deus lhe arrancar a sua alma? (Jó 27:8).

“Se eu não pudesse ter esperança, seria melhor o fim chegar logo”, disse uma pessoa que sofria de câncer.

“Oscilando entre o medo e a esperança.” Foi a descrição de um refém sobre o tempo que ficou em cativeiro. “Às vezes o estresse faz com que percamos a cabeça.”

Um escritor bem conhecido escreveu um livro sobre a profanação da natureza e como ela reage sem misericórdia com catástrofes jamais vistas. No entanto, o autor não nos dá qualquer esperança: ele confia na inteligência e no poder do homem.

Uma coisa é óbvia: ninguém pode viver sem esperança. Mas esperança quando vemos que as circunstâncias irão mudar não é esperança. Os cristãos possuem uma esperança absoluta: o próprio Senhor Jesus Cristo! Cristo não apenas morreu; Ele ressuscitou dos mortos e subiu aos céus. A Bíblia testifica esse fato. E Cristo está vindo novamente! Ele falou sobre isso antes de sua morte e após sua ressurreição.

Os que não têm um relacionamento vivo possuem uma esperança falsa, pois esperam naquilo que é transitório – dinheiro, bens materiais, falsos deuses, palavras de homens, etc. Mas quem pertence a Cristo deposita sua esperança no “Deus de esperança”, o qual nos enche “de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo” (Romanos 15:13).

E firmaram o altar sobre as suas bases (Esdras 3:3).

Entre o povo de Israel, o altar tinha seu lugar designado e inalterável. Cada israelita fiel sabia onde encontra-lo. No entanto, durante o cativeiro babilônico, que durou setenta anos, o altar não mais existia como um lugar de adoração, pois o templo fora arruinado.

Os que retornaram a Israel sob a ordem do rei Ciro da Pérsia sentiram a falta de um local de adoração; por isso uma das primeiras providências do povo foi restabelecer o altar. Mas onde encontrariam um lugar apropriado para ele? Será que deveriam encontrar outro local devido à situação de destruição do país?

Essa questão nem sequer foi cogitada. Havia somente um único ponto possível: onde suas bases estavam, ainda que o templo ao redor estivesse em ruínas. Ali era o local adequado, e ali deveria ser colocado.

Os cristãos de hoje têm de servir a Deus conforme as condições modernas? eles têm de ser maleáveis e fazer concessões ao mundo para que as pessoas se sintam atraídas? De jeito algum! Essa jamais foi nem será a vontade de Deus!

O Senhor Jesus confiou aos cristãos algo inédito e absolutamente maravilhoso: o local de adoração não é mais visível, não é “nem neste monte nem em Jerusalém” (João 4:21), ou seja, não é mais determinado por uma localização geográfica específica. “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens” (Atos 17:24). Jesus Cristo, por sua obra, nos tornou templos de seu Espírito Santo (1 Coríntios 3:16 e 6:19), onde o adoramos em espirito e em verdade (João 4:23). Que glória recebemos!

No versículo 2 lemos que os israelitas “edificaram o altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na lei de Moisés”. O versículo 4 diz que eles celebraram “como está escrito… por ordem”. Isso nos ensina que nem as concepções modernas nem as tradições humanas têm autoridade para mudar o que Deus determinou quanto à forma pelo qual temos de adorá-Lo e servi-Lo. A Palavra de Deus não pode ser ajustada aos miseráveis padrões humanos!

Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Que nas bordas das suas vestes façam franjas pelas suas gerações; e nas franjas das bordas ponham um cordão de azul (Números 15:38).

O filhos de Israel foram ordenados a usar um cordão azul nas franjas das bordas de suas vestes. Eles deviam olhar para o cordão como um lembrete dos mandamentos do Senhor e também para lembra-los que eles não deviam ser como as nações idólatras em volta deles, mas sim um povo santo. Nas Escrituras a cor azul fala do que é celestial. Isto é muito estimulante para o crente hoje em dia, pois devemos ser um povo santo porque somos um povo celestial. O apóstolo Paulo exorta os colossenses: “buscai “as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima” (Colossenses 3:1-2). Isto deveria encorajar o cristão a mortificar as obras da carne na terra e a ser diferente dos “filhos da desobediência” (vv. 5-6).

Sempre temos a nossa posição celestial apresentada primeiro, depois vem a exortação prática de santidade. Em Efésios, o cristão é primeiro visto como assentado “nos lugares celestiais” (Efésios 2:6), então temos as diferentes esferas terrenas nas quais somos responsáveis a andar de modo santo.

O cordão azul ficava na borda da veste, próxima ao chão. Vestes na Bíblia falam de nosso caráter e caminhos, e consequentemente devemos levar o poder do céu ao menor detalhe da vida diária. Contudo, não devemos ser como os fariseus, que alargavam “as franjas das suas vestes” (Mt 23:5) para serem vistos pelos homens. Antes, devia ser um lembrete de que “Eu sou o SENHOR vosso Deus” (Nm 15:41).