FALTAM DONS HOJE?

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor (Efésios 4:15-16).

Muitas de nossas reclamações sobre a falta de dons hoje seriam silenciadas se cada um de nós fielmente usasse o que o Senhor tem nos dado. Somos aconselhados a buscar com zelo os melhores dons (1 Coríntios 12:31). Mas não nos enganemos: quem não é fiel com as pequenas coisas não pode esperar receber mais. Na bem conhecida parábola dos talentos, o servo preguiçoso perdeu o único talento que tinha para o que possuía dez talentos (Mateus 25:28).

Timóteo foi advertido pelo apóstolo Paulo a despertar e colocar em uso o dom que já lhe fora dado (2 Timóteo 1:6). Hoje existem tantas necessidades quantas oportunidades de servir! E quem pode avaliar quantos talentos celestiais estão escondidos no solo, ou seja, sacrificados aos interesses mundanos e, portanto, inutilizados para o Reino de Deus! Que Deus batize seus filhos com a mesma sensibilidade que há em seu coração para atender às necessidades.

Talento é todo tipo de recurso dado por Deus para abençoar outras pessoas e promover o crescimento de seu Reino. Isso inclui dinheiro, tempo, habilidades, capacidades naturais, dons do Espírito Santo, etc. O Senhor logo voltará. Então seremos chamados para prestar contas da administração do que recebemos. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal… Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis” (2 Coríntios 5:10 e 9).

A VERDADEIRA ADORAÇÃO

Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou (Salmos 95:6).

Geralmente se ouve a ideia de que ouvir a um sermão é adoração, mas, no sentido mais estrito, nem ouvir a um sermão nem oração intercessória é adoração. Assim, três coisas comuns nos serviços da igreja deveriam ser consideradas como distintas: adoração, oração e ouvir a Palavra de Deus apresentada por alguém que tem um dom para isso.

Na adoração, nós apresentamos ao Pai e a seu Filho, o louvor, ações de graça, e gratidão de nosso coração por quem ele é e pelo que ele tem feito – buscamos dar alguma coisa a ele, em vez de receber alguma coisa dele. De modo inverso, na oração intercessória, vamos a Deus por socorro, apresentando diante dele as nossas necessidades ou as necessidades de outros. O ouvir a um sermão, buscamos receber dele uma mensagem de instrução, correção, encorajamento ou exortação – recebemos alguma coisa dele. É verdadeiro que a oração intercessória e as mensagens da Palavra de Deus podem nos conduzir à adoração, mas, no sentido exato, eles não são adoração!

Alguns cristãos associam adoração coletiva com a Ceia do Senhor, pois nela temos o memorial de sua morte e a manifestação de seu amor – e essas coisas nos impelem a adorá-Lo. Para estimular a adoração durante a Ceia, poderá haver a entrega de uma mensagem e se fazer oração, que são intencionadas a inspirar gratidão e louvor, mas essas coisas não são adoração.

Verdadeira adoração nos motiva a devoção a Cristo e, por essa razão, despertará o nosso interesse em tudo que diz respeito a ele e a sua obra. Isto, em contrapartida, nos conduz a orar e a interceder por seus interesses, inclina nosso coração a receber instrução dele, e assim, a verdadeira adoração nos conduz a servi-Lo.

O FEITO MAIS EXTRAORDINÁRIO

Toda a extremidade ele esquadrinha, a pedra da escuridão e a da sombra da morte… Porém onde se achará a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? o homem não conhece o seu valor, e nem ela se acha na terra dos viventes… Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência (Jó 28:3,12-13,28).

Com a inteligência que Deus concedeu ao homem, este consegue realizar extraordinários feitos. E os seres humanos gostam de se gabar de suas conquistas nas diversas áreas.

Contudo, existem algumas coisas que o homem jamais conseguiu nem conseguirá fazer, por exemplo, recomeçar um dia sequer de sua existência. Ele também não pode evitar que rugas apareçam em seu rosto, que seus cabelos caiam, ou que a morte se aproxime de sua casa.

Mais sério ainda: o homem não pode desfazer nem um de seus pecados. Por mais íntegro e honrado que seja, pelo menos à vista de seus pares, nada do seu passado pode ser alterado. As palavras frívolas e maldosas não podem ser recapturadas ou silenciadas. Nem seus atos vergonhosos. E o que dizer dos maus e secretos pensamentos? Deus conhece tudo isso!

o que fazer com tal fardo? Como podemos encarar o Deus vivo em sua santidade? Existe apenas um caminho. É o que leva à cruz do Calvário, onde o Senhor Jesus Cristo morreu para que nós pudéssemos ser salvos. Esse foi o feito mais extraordinário da História.

UMA BÊNÇÃO DISTINTIVA

Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado (Hebreus 10:1-2).

Nosso Pai se alegra em nos providenciar acesso à Sua presença. Ele anseia que tenhamos comunhão com ele em liberdade e que O sirvamos sem correntes. Somos filhos e filhas. Ele jamais Se agradou em qualquer sacrifício pelos pecados até o Supremo sacrifício que expiou os pecados definitivamente, e deu paz à consciência de seus adoradores.

O que pode ser mais maravilhoso que isso?! O verdadeiro tabernáculo está aberto para nós – tão aberto quanto estará quando estivermos em meio às suas glorias. Pertencemos à raça sacerdotal talhada para o céu, e adoramos com uma consciência pura na presença de nosso Pai, que procura por adoradores (João 4:23).

Será que valorizamos da forma adequada a benção de uma consciência limpa? Isso era inteiramente desconhecido pelos adoradores que estavam debaixo da lei. A consciência deles não podia ser purificada por ofertas incapazes de aproximá-los de Deus. A lei, bem como a religião, jamais trouxe a plena reconciliação e, portanto, não havia como a consciência ser purificada.

Uma consciência pura é uma benção característica dos santos desta dispensação. “Nunca mais ter consciência de pecado” é um dos tesouros dados a nós pelo nosso amado Sumo Sacerdote. Nosso Pai nos providenciou mediante Cristo a manutenção dela, pois se a purificação não for mantida, Deus sabe que não poderemos adorá-Lo em espírito e em verdade. A eficácia eterna do sangue do Senhor Jesus nos assegura isso. Tudo que precisamos para desfrutarmos dela constantemente e uma fé simples nesse sangue onipotente.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 CRÔNICAS

Requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel (1 Coríntios 4:2).

(Leia 1 Crônicas 27:1, 22-34)

O capítulo 27 nos ensina que ao lado dos oficiais, os soldados também são necessários. Para preservar nossos tesouros, talvez seja preciso lutar e devemos estar dispostos e prontos para isso.

Os versículos 25 a 31 nos dizem que há outros tesouros, menos nobres que os do santo lugar, que no entanto exigem o mesmo cuidado e proteção. Guardemos com zelo tudo o que o Senhor nos tem confiado. Assim como aquele senhor que confiou talentos aos seus servos e partiu em viagem, o Senhor Jesus dá a cada um de nós certos bens ou habilidades para serem usados em benefício de Seu reino (Mateus 25:14).

Aqui o assunto particular é o trabalho nos campos. Que os nossos leitores que moram na zona rural não subestimem a parte que o Senhor lhes tem concedido. O que lhes foi confiado é igualmente chamado de tesouros, ou “talentos”. É inútil comparar o que temos com o que os outros têm recebido; o que devemos fazer é ser fiéis no uso daquilo que possuímos. Que possamos agir de tal modo na posição que nos foi reservada que um dia o Mestre nos dirija essas graciosas palavras: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mateus 25:21).

EMETH VERSUS GNOSIS

O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente.

Sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica. E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.

(Salmo 19:9; 1 Coríntios 8:1-2)

A palavra “verdade”, como usada na Bíblia, emeth no hebraico, não se refere primariamente a uma proposição objetiva, externa, impessoal, como é em nossa língua. Ao invés disso, ela se refere a 1) estabilidade e confiabilidade; ou a 2) lealdade e fidelidade, pois o “único e verdadeiro Deus” é totalmente confiável, ao contrário dos falsos deuses; a 3) retidão e integridade, resultantes da justiça; e também a 4) “verdade oposta à falsidade” (‘falso’ significa algo indigno de confiança). Em resumo, “verdade” é a forma como você vive! Essas distinções são vitais.

Se usarmos a palavra “verdade” no sentido moderno, científico, de um conhecimento exato, ou seja, gnosis em grego, estaremos arrancando o conceito bíblico de uma perspectiva moral, ética, pessoal e relacional que esse termo possui. E em tal perspectiva está a essência da verdade bíblica, que não tem por objetivo nos dar informações acerca do mundo, mas de nos guiar na justiça e de estabelecer a base firme para uma vida de fidelidade a Deus. Moisés escreveu a Lei, não para que as pessoas pudessem “conhecer” o que ela continha, mas para que vivessem por ela (Deuteronômio 4:1) da mesma forma, a Escritura “é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Timóteo 3:16-17).

A RAIZ DOS PROBLEMAS

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração (Jeremias 17:9).

Ao contrário do que a maioria pensa, os principais problemas da humanidade não são políticos, econômicos, sociais ou ecológicos. São morais e espirituais.

Se nós não fôssemos egoístas e mentirosos, se amássemos nosso próximo, certamente a maioria dos problemas seria resolvida de maneira rápida e surpreendente. Isso curaria as famílias, daria fim às desigualdades sociais, traria paz às nações, e muito mais.

Mas o que tem de ser mudado não são as condições de vida, mas o próprio homem. A transformação necessária começa no nosso coração. É um erro achar que só os outros têm de mudar. Somos responsáveis por nossas próprias decisões, e se submeter à mudança é uma decisão pessoal e inegociável.

Outro erro fatal é crer que “apenas alguns consertos” podem produzir uma transformação real. Nosso ser inteiro – alma, corpo, espírito, vontade – está sob o domínio do pecado.

Portanto, “reparos” são inúteis. O que Deus nos propõe é um novo nascimento, que nos dará condições de recebermos um novo tipo de vida inteiramente diferente da que possuímos. Por isso ele enviou seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz do Calvário para que isso nos fosse possível. Quem crê no Filho de Deus e em sua obra de redenção recebe a vida eterna, a vida do próprio Deus e se torna seu filho também. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (João 1:12).

PODER É PARA SER MANIFESTO!

Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus (Romanos 8:14).

Se verdadeiramente nos conhecêssemos, iríamos perceber que em nós não há força para viver de acordo com nossa posição de “filhos de Deus”, no qual ele nos colocou por sua graça. Então, o que precisa ser feito?

O poder que precisamos, ou melhor, a fonte desse poder, de fato habita em nós: o Espírito Santo. Será que esse poder não é suficiente para vencer qualquer inimigo, tanto dentro quanto fora de nós? E sendo assim, eu posso levar uma vida vitoriosa pela qual Deus é glorificado. O Espírito Santo conhece os pensamentos e a vontade de Deus perfeitamente (1 Coríntios 2:10). E é o divino poder dentro de mim que pode realizar todas as coisas em minha vida pessoal e em meu serviço para Deus.

Mas de que serve um poder que não se desenvolve? De que serve o Espírito Santo dentro de mim, se eu não permito que ele atue no meu coração? O motor mais potente do mundo é inútil se não for colocado em atividade. E como o Espírito Santo pode desenvolver seu poder em nós sem obstáculos? Se estivermos conduzindo nossa própria vida segundo nossos pensamentos, inteligência, habilidades, pecados, ou seja, de acordo com nosso coração independente de Deus será impossível o Espírito Santo agir. Mas se estamos vivendo o que Paulo fala em Gálatas 2:20, “Já estou crucificado com Cristo”, nosso corpo, alma e espírito manifestarão o poder do Espírito de Deus.

PEDINDO EM NOME DE CRISTO

E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho (João 14:13).

O Senhor falou de oração em João 14 a 16, e em cada vez, ele mencionou a frase: “Em meu nome”. O que “em meu nome” significa? É algo como o que você escreve no final de uma carta, tal como “Atenciosamente”, “Respeitosamente”, ou alguma outra forma de encerramento? Muitas de nossas orações são encerradas com isso sendo apenas uma expressão? Estou certo que não temos a intenção de que isso seja apenas uma formalidade, mas às vezes isso se parece quase como um apêndice às orações. Não, pedir em seu nome significa antes orar tendo seus desejos fluindo através de nosso coração.

Sseu “nome” significa o que ele é, sua natureza, e por isso orar no nome de Cristo significa orar segundo a sua bendita vontade. O que eu oro deveria ser verdadeiramente uma expressão de sua natureza. Oração deveria ser o sopro do poder do Espírito Santo, a mente de Cristo e o seu desejo para nós. Uma oração não deveria ser encerrada com as palavras: “Em nome do bendito de nosso Senhor”, ou o seu equivalente, a não ser que ela seja infiltrada e permeada pelo seu caráter.

Devemos orar, não tanto por nós mesmos, mas “para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14:13).Quão poderosa motivação para guiar a nossa intercessão e súplica. Deixemos isso nos testar! Fazendo assim eliminaremos milhares de pedidos egoístas, carnais, superficiais… Observe que não há limites aqui, pois, se estamos orando em seu nome, estamos orando seus próprios pensamentos e desejos. Também, é verdadeiramente difícil fazer como precisa ser feito, isto é, voltarmos instintivamente, sem esforço, para Deus em oração por qualquer coisa.

“NÃO ENTENDO A BÍBLIA”

Os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas (João 3:19-20).

“Eu tentei ler a Bíblia, mas simplesmente não consigo entender nada.” Isso foi o que um homem disse quando seu vizinho lhe falou acerca do evangelho.

– Mas o que você não entende?

– Nada. É um livro incompreensível!

– Você acha? Então vejamos se conseguimos encontrar alguma passagem fácil de entender -, propôs o vizinho.

Ele folheou a Bíblia e apontou para Êxodo 20:14: “Não adulterarás”. O outro ficou em total silêncio, pois era bem conhecido pelos seus casos extraconjugais. Ele não fazia a menor questão de escondê-los.

A maioria das pessoas que alegam ter dificuldade de entender a Bíblia na verdade têm medo de serem confrontadas pela luz divina. A Bíblia é um livro esotérico, místico, nebuloso? Claro que não! As palavras de Deus são bastante simples, mas ninguém quer se sentir culpado. “Os homens amaram mais as trevas do que a luz.” Por quê? “Porque as suas obras eram más.” Isso é um fato desde o primeiro ser humano, Adão, e será até o último. Quando pecamos, fugimos de Deus e escondemos nossa nudez moral.

Se você levantar uma pedra do chão, verá uma série de insetos no lado onde estava apoiada, que geralmente é escuro. Quando a luz os atinge, logo eles correm para se esconder dela. Irão procurar outro local escuro. Esse é exatamente o mesmo comportamento de alguém com a consciência culpada. Só é possível suportar a luz mediante um sincero arrependimento e o desejo de voltar a Deus.

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