UM FIRME PROPÓSITO

E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia (Daniel 1:8).

Seguindo as palavras de abertura deste livro profético, podemos imaginar Daniel como um jovem inteligente, de boa aparência, que, embora em cativeiro, estava em uma posição privilegiada. Não seria lógico que ele fizesse todo o possível para manter o favor que desfrutava, fosse qual fosse o preço? Mas Deus estava no controle dos acontecimentos. No versículo 2, lemos que o próprio Deus entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas mãos de Nabucodonosor. Como resultado do juízo de Deus sobre o povo apóstata, Jerusalém havia sido destruída, bem como seus muros e seu templo. Como cativo, Daniel colocaria sua vida em risco se se rebelasse contra a ordem do rei.

Mas tais considerações não impediram Daniel de permanecer fiel ao seu Deus. Lemos que ele “assentou no seu coração”.

Como é importante para nós tomarmos uma decisão consciente em nosso coração de nos abstermos de qualquer coisa que possa nos contaminar e atrapalhar nossa comunhão com Deus. Isso exige autodisciplina, e podemos pedir a Deus a força necessária para tal.

Daniel não estava sozinho. Entre os presos estavam três outros jovens, Ananias, Misael e Azarias, que também haviam decidido servir a Deus incondicionalmente. Parece que Daniel era o porta-voz deles, pois foi ele quem fez o pedido ao mestre dos eunucos de tal maneira que este o ouviu.

Buscamos servir ao Senhor em um ambiente hostil? É encorajador quando existem outros com o mesmo desejo. Porém, se não tivermos companhia, sigamos no mesmo propósito de amar e servir a Deus, ainda que sejamos os únicos na multidão.

O POVO BANTO

Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tito 3:3-5).

No século 19, o missionário pioneiro, Robert Moffat, viveu entre os negros bantos por cinco décadas às margens do rio Orange. Suas habilidades como agricultor, jardineiro, carpinteiro e ferreiro o ajudaram a fazer contato com os nativos. Seu desejo principal era, no entanto, transmitir-lhes a mensagem de Jesus Cristo. Para isso, ele também traduziu a Bíblia para a língua dos bantos.

Um dia um nativo veio a Moffat e disse: “Massa, eu tenho uma pergunta para lhe fazer. Será que as pessoas que escreveram o Novo Testamento sabiam o banto? Nós falamos sobre isso em nossas aldeias, e acho que eles devem ter nos conhecido”. – “Por que você está me perguntando isso?” Moffat perguntou. “Bem, veja você”, ele explicou, “nós achamos que eles devem ter nos conhecido, porque todas as coisas más que temos em nosso coração são mencionadas neste livro”.

Durante aquele tempo muitos bantos foram levados a reconhecer seus caminhos através da Palavra de Deus, mas também ao conhecimento de Deus como Salvador. Eles foram salvos pela fé em Cristo e experimentaram uma renovação completa de suas vidas.

“Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).

UMA ARMADILHA PARA OS COLOSSENSES

Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2:9).

Os cristãos de Colossos corriam um grave risco de serem enganados pela influência dos falsos mestres que tentaram desviá-los para longe do Senhor. Não era tanto uma questão de desistir de sua fé em Cristo, mas sim de colocar outras coisas ao lado dEle, como a filosofia (sabedoria humana), as tradições (mandamentos e doutrinas do homem) e outros elementos (culto dos anjos). A consequencia disso seria que os colossenses perdessem a visão de Cristo como o Cabeça.

Deus impediu o desenvolvimento desse processo, mostrando aos colossenses, por meio do apóstolo Paulo, a preeminência que o Senhor Jesus Cristo tem em todas as coisas. Em todas as esferas Ele tem o primeiro lugar, seja na criação, na Igreja ou na ressurreição.

Cristo é:

O Primogênito da criação (cap.1:15);
A Cabeça do corpo, a Igreja (cap.1:18);
O Primogênito dentre os mortos (cap.1:18);
A Cabeça de todo principado e potestade (cap. 2:10).

Os cristãos de Colossos não estavam ocupados com “sombras”, uma vez que tinham o corpo (2:17). O Espírito de Deus descreve para eles a glória de Cristo de uma forma maravilhosa e resume tudo nesta frase: “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Quanto aos crentes, eles também estavam completos nEle. Verdade gloriosa! Assim, não precisam se preocupar com fatores inúteis que, em qualquer caso, não poderiam lhes dar o que eles já possuíam em Cristo. Os colossenses necessitavam se manter firmemente asidos à Cristo, a Cabeça. Que Deus também nos dê a graça de assim procedermos!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 João 1:9).

(Leia 2 Crônicas 6:12-21, 40-42)

Já dissemos que a base de bronze sobre a qual o rei fala tem as mesmas dimensões do altar de bronze do deserto (v. 13; Êxodo 17:1). Este é um ponto belo e significativo: é sobre a base do sacrifício realizado por Cristo e aceito por Deus, que Ele toma Sua posição como sacerdote e intercessor dos Seus diante do Pai, e, por isso, para os que confessam seus pecados, Deus é fiel e justo para lhes perdoar. Fiel e justo porque, tendo Jesus expiado os pecados da humanidade na cruz (fato a respeito do qual o altar fala), Deus não pode – e nem deseja – cobrá-los pela segunda vez.

Note que não está escrito “se pedirmos perdão”, pois os filhos de Deus já estão perdoados, mas “se confessarmos”. A mesma passagem nos assegura: “Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados” (1 João 1:9; 2:1-2).

Depois dos versículos 22 a 39, que muito se assemelham a 1 Reis 8:31-53, Salomão termina sua oração usando as palavras do Salmo 132:8-10: “Levanta-te, SENHOR, entra no lugar do teu repouso, tu e a arca de tua fortaleza”. O que vem depois do perdão? A comunhão! O Senhor deseja ardentemente ter comunhão conosco. Ele nos purifica para que tenhamos acesso à Sua presença. “Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 João 1:3).

ESPELHOS DEVERIAM REFLETIR

Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era (Tiago 1:23-24).

Jean Cocteau (1889 – 1963), um famoso dramaturgo e poeta francês, certa vez expressou este lampejo de engenho num trocadilho:

“Os espelhos fariam bem em refletir um pouco antes de transmitir a nossa imagem”. Ele confirma o que cada um de nós é forçado a admitir, a saber: que dificilmente somos inclinados a nos reconhecer com algumas boas características e muitas faltas.

Queremos saber como nós somos? Perguntemos a Deus, que não julga pelas aparências, mas olha dentro de nosso coração (veja 1 Samuel 16:7). No nosso coração (a saber, o impulso de nossos pensamentos e ações) pode ser encontrado o segredo do nosso relacionamento com Ele: “Esquadrinha o SENHOR todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos” (1 Crônicas 28:9). “Os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens” (Salmo 11:4). O que Ele vê? Vaidade, ciúme, egoísmo, mentira, e Ele irá “trazer a juízo toda obra” (Eclesiastes 12:14).

Como podemos escapar de Seu julgamento? Deus, que é luz e em quem não há trevas, procura purificar o nosso coração. Ele nos enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, que carregou o fardo de nossos pecados na cruz. “O sangue de Jesus Cristo… nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7). Assim Deus pode nos ver, não em nossos pecados, mas em Cristo, purificados e sem pecado. Deus lançou para trás das Suas costas todos os pecados daqueles que colocam a sua fé no Senhor Jesus. Ele não se lembrará mais deles; Ele os apagou como uma nuvem (veja Isaías 38:17; 43:25; 44:22). 111

O DIABO EXISTE?

Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! (Isaías 14:12).

A pessoa com quem eu estava falando sabia mais sobre o cristianismo do que eu imaginava. Mas ela parecia ter descartado a Bíblia. Seu julgamento era conclusivo acerca dela: um livro falível e duvidoso, escrito por homens, e que não valia a pena se ocupar com ele. À medida que conversávamos, o gelo era quebrado e ele fazia uma pergunta atrás da outra. Uma delas foi: existe realmente o diabo, e o que ele pode fazer? A questão não podia simplesmente ser ignorada.

A Bíblia não deixa a menor dúvida sobre a existência de Satanás. Ela o menciona nas primeiras páginas. Você com certeza já ouviu ou leu da serpente no jardim do Éden. Não era um mero animal, mas o representante de um ser poderoso, cuja máscara é arrancada no último livro da Bíblia: “O dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás” (Apocalipse 20:2).

Meu inquiridor queria saber mais. Assim, lemos as profecias de Isaías. De maneira nenhuma cada pergunta é respondida ali, mas o texto lança luz sobre esta figura misteriosa.

Lúcifer é mencionado ali como uma estrela caída, um ser criado que se rebelou contra Deus e foi então lançado fora. Deus permite a esse outrora príncipe entre os anjos exercer uma influência sobre a humanidade, mas Ele também teve o cuidado de que possamos ser libertados do imenso e sinistro poder de Satanás. Jesus Cristo venceu o diabo. Quem se voltar para Jesus pela fé hoje será livre.

A NOTA DO MARECHAL

O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador (2 Samuel 22:2).

Era apenas uma curta nota e continha apenas algumas palavras em russo. Alguém poderia tê-la jogado fora e esquecido dela. Então, por que se tornou tão famosa?

Ela resumia uma vida inteira. As palavras diziam: “Tudo pelo que lutei em minha vida está sendo destruído”. A nota foi escrita pelo Marechal russo Akhromev em agosto de 1991, quando dentro de algumas semanas a União Soviética se desintegrou.

O osso duro do regime resistiu enquanto pôde, mas tudo em vão. Então o marechal escreveu naquele pedaço de papel aquela frase que expressou sua amarga decepção. Será que isso era tão importante que o levou posteriormente a tirar a própria vida? Akhromev tinha cometido um erro que é tão comum como fatal: ele construiu sua vida em algo instável e não confiável. No seu caso era o comunismo e a União Soviética, para outros, é a carreira, a empresa, o esporte, a música, a tecnologia, a ciência, etc… O que é em seu caso?

Construa a sua vida sobre um alicerce seguro que não vai quebrar quando a sua saúde ou a situação política ou econômica se deteriorar. Deus lhe dá este conselho: construa a casa de sua vida em uma rocha, e não sobre a areia. A rocha é o Senhor Jesus Cristo. Se você estiver unido a Ele mediante uma fé sincera, você nunca vai se decepcionar – em contraste com o Marechal Akhromev.

O FATOR DETERMINANTE

Davi se esforçou no SENHOR, seu Deus (1 Samuel 30:6).

Este versículo deixa muito claro qual foi o fator determinante da vida de Davi: a confiança em Deus, mesmo quando sua fé passava por um período de fraqueza considerável. Davi retrocedeu diante da constante perseguição de Saul e foi para o território dos filisteus, os inimigos do povo de Deus, e esta não foi a primeira vez. Para transmitir credibilidade, Davi achou que tinha de esconder seus verdadeiros sentimentos para com o povo de Deus e tomar uma atitude diante de Aquis, rei de Gate. Mas quando Aquis se convenceu o suficiente para tentar envolvê-lo em uma batalha decisiva contra Israel, sua situação se tornou insustentável.

No entanto, os filisteus estavam céticos e não permitiram que Davi participasse dessa guerra. Então ele retornou com seus guerreiros a Ziclague, cidade de refúgio. O que eles encontram lá? Ziclague havia sido destruída, incendiada por uma hoste de amalequitas. As mulheres e crianças foram levadas, e também seus pertences. Os próprios homens de Davi se voltaram contra ele e queriam apedrejá-lo, pois estavam amargurados em extremo.

Nesta situação Davi se fortaleceu no Senhor, seu Deus. Não estava com medo? Como pode ser visto mais tarde, ele reconheceu que Deus permitira esta situação para fazê-lo buscar força e ajuda no Todo-Poderoso. Através da graça de Deus, eles conseguiram libertar os cativos e recuperar suas posses.

Às vezes, por causa da nossa própria loucura, Deus tem de nos colocar em tribulação para que aprendamos a buscá-Lo. E em Seu amor nos concede a bênção que havíamos perdido por causa de nossa falta de comunhão com Ele.

A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE

Porque os vivos sabem que hão de morrer (Eclesiastes 9:5).

Não queremos nos referir a problemas circulatórios, de coração ou respiratórios, nem mesmo ao câncer ou a pressão arterial elevada, nem a acidentes ou suicídios. Quando comparados com a principal causa de morte, todos estes parecem ser meramente secundários.

A principal causa consiste em uma palavra muito mais curta do que qualquer terminologia médica, mas as pessoas não percebem: é o pecado. Sim, você leu corretamente! A Bíblia declara inequivocamente: “A morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12). Tome nota da palavra “todos”. Não há nenhuma medida preventiva para o pecado. Mesmo antes de perceber o que é o pecado, o aguilhão da morte já está em nós.

Deus deixa isso absolutamente claro quando diz: “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).

Então segue Seu julgamento. Isto significa que a morte é a consequência inevitável do pecado. Assim como, no mundo, não há causa sem efeito, também em nossa responsabilidade moral diante de Deus.

Não podemos simplesmente falar que o pecado não existe. A única maneira de se livrar dele é uma confissão franca e sincera diante de Deus. Portanto, não o negue, mas, antes, admita-o e se arrependa dele! Esta é a solução do problema. Então, podemos reivindicar a promessa de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). E não entraremos em juízo.

TÚMULOS FAMOSOS

Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram (Marcos 16:6).

As pirâmides egípcias são famosas por causa dos corpos mumificados dos faraós que lá estão. A Abadia de Westminster, em Londres, é famosa por causa dos restos mortais dos monarcas ingleses e de muitas outras pessoas respeitadas que lá descansam. O túmulo de Maomé é reverenciado por causa do caixão de pedra e dos ossos que lá estão. O conhecido local de sepultamento heróico, o cemitério Arlington, em Washington, é conhecido como o lugar de descanso de muitos norte-americanos proeminentes.

Entre todos esses lugares e o túmulo de Cristo existe uma grande diferença: o túmulo de Cristo está vazio! As mulheres que foram ao túmulo na manhã da ressurreição para ungir o corpo do Senhor ficaram espantadas ao encontrá-lo vazio. Um jovem, sem dúvida, um anjo, lhes deu uma mensagem surpreendente: “Jesus Cristo ressuscitou dos mortos!”.

É compreensível que as mulheres tenham ficado totalmente confusas e perplexas. Não devemos imaginar que elas acreditaram imediatamente nas palavras do estranho. E nem Pedro nem João, quando procuraram a confirmação deste evento inconcebível. No entanto, isso não deveria ter sido necessário para eles, pois Cristo havia falado de Sua morte e ressurreição com bastante frequência.

Os cristãos não reverenciam um túmulo vazio, mas sim o Senhor vivo, que saiu do túmulo em virtude do poder de Sua vida divina.

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