A BÍBLIA É CONFIÁVEL

E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro, e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais (João 19:35).

Ouvi recentemente de novo a velha pergunta feita por pessoas que são céticas quanto a Bíblia: como podemos saber que o meio que Deus usa para falar conosco é a Bíblia? Em outras palavras: a Bíblia é realmente a Palavra de Deus?

Nestas meditações temos constantemente mencionado as muitas indicações convincentes, por exemplo, muitas profecias da Bíblia que se cumpriram com precisão. Existem mais de 300 profecias sobre Jesus Cristo, a maioria das quais já foram cumpridas. As outras dizem respeito ao retorno do Senhor Jesus à terra, e não há nenhuma razão para não acreditar que estas igualmente virão acontecer.

Uma confirmação impressionante também está na verdade moral da Bíblia. A imagem que ela descreve do homem como um pecador, é absolutamente adequada; o caminho para a salvação em Jesus Cristo, que ela definitivamente indica, conduz ao seu propósito; e as promessas de Deus em tantos casos, verdadeiramente trazem força e conforto.

Uma frase frequente na Bíblia é: “Assim diz o Senhor”. Esta afirmação, como também a credibilidade de toda a Bíblia, pode ser rejeitada como sendo falsa ou reconhecida como adequada e correta – não pode haver posição neutra.

Fundamentos da fé cristã estão registrados na Bíblia como fatos testificados. Entre eles estão, por exemplo, a morte e ressurreição de Jesus Cristo. A fé cristã é baseada neles. Então, você se opõe: “esses ‘fatos’ dependem da credibilidade das testemunhas!” Em seguida, releia as palavras do apóstolo João citadas no cabeçalho. Ele sabia o que estava falando! E ele estava preparado para selar seu testemunho com a morte (veja Atos 4:8-21).

O PELOTÃO DE EXECUÇÃO

Ele [Deus] disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: o Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem (Hebreus 13:5-6).

Eduardo estava na prisão injustamente acusado de um crime que não cometera. Pior: sua sentença foi prisão perpétua. Ninguém acreditava na inocência dele. Todas as noites os soldados chegavam e chamavam alguns nomes. Depois se ouviam tiros. Era o pelotão de execução. Eduardo tinha apenas 21 anos, e não queria morrer. Certa noite ele percebeu que um pequeno livro intitulado “Novo Testamento e Salmos” caiu do bolso de seu colega de cela. Ao acaso ele abriu no salmo 23 e leu: “o Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (v. 1). Havia de fato um Deus que se importava com ele? Sua atenção foi capturada pelo livro, o qual passou a noite inteira lendo. Pela manhã, um rapaz confiante se ajoelhou para falar com Deus com toda a simplicidade. Ele compreendia que se tivesse de morrer, o Senhor Jesus estaria ao seu lado. “Meu Salvador era inocente quando morreu na cruz; ele pagou por meus pecados. Eu vou encontrá-Lo e vou me alegrar por toda a eternidade” – pensou.

Quando os guardas o chamaram, ele ficou em pé e recitou o Salmo 23 para criar coragem. “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum” (v. 4). No entanto, ele foi informado da prisão do verdadeiro autor dos crimes que lhe eram atribuídos. Eduardo estava livre! Maravilhado, se lembrou daquele fantástico livrinho. Deus o libertou tanto da prisão dos homens quanto do cárcere do pecado.

CONTRASTE ABSOLUTO

Porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento (Lucas 22:37).

Ele, o Santo Filho de Deus, foi contado com os transgressores? É inimaginável o contraste entre o justo Servo de Deus, que sempre fez coisas que agradavam ao Pai (João 8:29) e os que rejeitaram os mandamentos de Deus desde o princípio!

“Transgressores” são os que deliberadamente ignoram ou substituem a vontade declarada de Deus por sua própria vontade pecaminosa, ou seja, pelo próprio pecado: “pecado é iniquidade” (1 João 3:4). Você pode imaginar um julgamento humano mais errôneo que contar o Filho de Deus, que se tornou Homem, entre os pecadores? Diante de Pilatos, os judeus enfatizaram: “Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos” (João 18:30). Os romanos consentiram com o mesmo julgamento ao crucificá-Lo entre dois ladrões.

No entanto, as próprias palavras do Senhor Jesus demonstram que ele consciente e voluntariamente se submeteu aos procedimentos humanos, e que esta era a vontade de Deus. Ele era o Servo que compreendeu totalmente que tinha de restituir o que jamais havia roubado. Sabia que tinha de sofrer, ser rejeitado e morrer para nos redimir do pecado.

Porém, mesmo sabendo de antemão de todas essas coisas, Sua alma ficou tão atribulada a ponto de Seu corpo suar grandes gotas como de sangue. Mas também em meio a tamanha agonia, ouvimos o Senhor dizer em perfeita devoção: “É chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos” (Marcos 14:41-42).

QUEM CRÊ EM JESUS RECEBE VISÃO

Uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo (João 9:25).

Ele nunca tinha visto o rosto de sua mãe, nem o sol, nem uma flor. Ele nunca tinha sido capaz de lançar um olhar sobre si mesmo ou ver seu próprio rosto em um espelho, porque ele tinha sido cego desde o nascimento.

Ele ganhava a vida mendigando. Quando chegava em casa todas as noites, não podia ver o quão sujo ele havia ficado com a poeira das ruas de Jerusalém.

Lá estava ele novamente mendigando, quando o Senhor Jesus passou. O cego não percebeu o Salvador olhando para ele. Ele não percebeu que era o centro das atenções; então sentiu seus olhos sendo lambuzados de barro e ouve as palavras: “Vai, lava-te no tanque de Siloé” (João 9:7).

O que tudo isso significava? Ele tinha que ir ao tanque de Siloé e se lavar lá? Será que ele percebeu pelas palavras de Jesus que se manifestariam “nele as obras de Deus”? (v.3). Tudo o que sabemos é: Ele fez o que o Senhor lhe disse para fazer, e de repente podia ver a luz e as pessoas. Ele havia recebido a visão e tinha saído da escuridão para a luz. Logo se encontraria com Aquele que o tinha curado e O adoraria.

Esta é apenas uma antiga e bela história? Não, isso realmente aconteceu! E para nós tem um significado mais profundo. O cego é uma ilustração apropriada de cada pessoa que não recebeu “vista” através de Jesus Cristo. Por natureza ninguém tem qualquer inclinação de olhar para Deus ou para si mesmo para ver sua própria condição interior (veja Efésios 4:18). Por natureza, não conhecemos o amor de Deus e não temos real esperança para a eternidade. Mas quem crê na mensagem do Salvador Jesus Cristo recebe “vista”.

QUE LUGAR DAMOS A JESUS?

E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
O crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus
(Lucas 2:7; João 19:18; Marcos 16:19).

Quando o Criador do mundo veio à Terra como uma criança pequena, Ele não foi aceito aqui, embora tenha vindo para os Seus (João 1:11), ou seja, para o que era Seu por direito. Como Seu berço houve apenas uma manjedoura, uma calha de alimentação para animais.

Anos depois, conforme desenvolvia Seu ministério público, o Senhor Jesus explicou a um homem que desejava segui-Lo: “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20).

Após completar Seu ministério aqui, Lhe foi dado o último lugar reservado para Ele: a cruz. Que humilhação para o Filho de Deus! O mundo rejeitou o único Homem justo que colocou os pés aqui, e Lhe mostrou todo o mal ao qual a humanidade está propensa. Entre o céu e a terra, foi-Lhe dado um lugar de vergonha entre dois criminosos.

E o céu se fechou, pois Jesus Cristo estava sofrendo julgamento de Deus sobre o pecado no lugar dos pecadores perdidos. No entanto, quando o Senhor morreu e ressuscitou triunfante, Deus deu-Lhe o lugar de honra: “Assenta-te à minha mão direita” (Salmo 110:1).

A questão para nós é: Jesus ocupa o lugar de honra no meu coração, o lugar de Senhor e Salvador? Ou como os Seus contemporâneos, eu só Lhe reservo os lugares de vergonha?

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Não cria nas suas palavras, até que vim, e meus olhos o viram; e eis que me não disseram a metade da grandeza da tua sabedoria; sobrepujaste a fama que ouvi (2 Crônicas 9:6).

(Leia 2 Crônicas 9:1-12)

Além de seu significado profético, a visita da rainha de Sabá mostra a maneira pela qual o pecador vem ao Salvador. Aproveitamos a oportunidade para dizer uma palavra aos nossos leitores que ainda não tomaram o passo da fé em direção ao Senhor Jesus. Você já percebeu que nada do que ouviu sobre Ele se compara com o que você de fato pode vir a experimentar pessoalmente? Portanto, podemos apenas repetir as palavras de Filipe a Natanael: “Vem e vê” (compare o v. 6 com João 1:46).

E você que já conhece o Senhor Jesus, sabe qual é o mais poderoso testemunho que você pode dar acerca dEle? Demonstre que você é feliz! Muitos do que nos rodeiam anseiam pela verdadeira felicidade, embora não admitam isso. Eles podem ver que nós a possuímos? E que o segredo de tal felicidade é o nosso relacionamento pessoal com o Senhor? Nosso estilo de vida causa admiração aos outros, como causou à rainha quando ela viu os servos de Salomão? Se sempre estivermos tristes e descontentes, certamente levaremos as outras pessoas a pensar que Jesus não pode satisfazer nosso coração nem mudar nossa vida. E assim seremos obstáculos para que outros venham, vejam e creiam!

O HOMEM PROPÕE, DEUS DISPÕE

O coração do homem considera o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos (Provérbios 16:9).

Algum tempo atrás o caso de uma estudante de 23 anos de idade causou grande agitação. Ela havia sido infectada com a chamada febre de Lassa, numa viagem através da África Ocidental. Durante os últimos dias de sua jornada, ela não estava se sentindo bem e, portanto, voltou para casa mais cedo do que o planejado. Infelizmente, o tratamento intensivo durante vários dias não lhe valeu de nada: ela morreu logo depois de uma nova forma extremamente agressiva do vírus de Lassa.

Pode-se bem imaginar a antecipação e entusiasmo com que aquela jovem partiu em sua viagem para a África Ocidental para realizar pesquisas para seus estudos e depois desfrutar de umas férias. Ela não poderia nunca ter sonhado que essa seria sua última viagem.

No entanto, não precisa ser algo tão espetacular; um “comum” acidente de carro que é insignificante para a imprensa é o suficiente para nos lembrar de que não temos nosso destino em nossas próprias mãos.

Quão certa está a Palavra de Deus! O homem pode planejar o seu futuro, mas, em última instância, é Deus quem dirige cada passo com presciência. Nós não temos ideia se a aluna conhecia Jesus Cristo como seu Senhor. Mas todo aquele que O aceitou como Salvador pode seguir o seu caminho confiando nEle sabendo que Ele intenta só é bem para aqueles que são Seus.

Mesmo um crente não tem nenhuma garantia de que a sua vida será um mar de rosas. Ele, também, pode experimentar dificuldades, acidentes e doenças. Mas ele conhece seu Salvador e pode confiar nEle, porque Jesus Cristo deu a vida por ele na cruz do Calvário.

DEUS EXIGE O PRESENTE DE VOLTA?

Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida (João 5:24).

Muitas pessoas que vieram para o Senhor Jesus Cristo não conseguem se livrar de uma dúvida: será que podem se perder novamente? Elas não se atrevem a responder com um definitivo “Não!”, pois pensam na fraqueza de sua fé na vida cotidiana, em seus fracassos e nos erros cometidos; assim surgem dúvidas quanto à perda da vida eterna.

A Bíblia afirma em Romanos 11:29: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento”. Portanto, Deus jamais exigirá a devolução de um presente que Ele nos deu! E a vida eterna é um dom que Ele concede a cada pecador que muda seu pensamento e modo de vida voltando-se para Deus e coloca sua fé em Jesus Cristo.

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.” Cristo é a fonte dessa vida, e o crente a possui nEle, não em si mesmo. Portanto, ela não pode ser perdida; é absolutamente segura. Cristo é “o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5:11 e 20). Assim, Cristo e nossa nova vida estão inseparavelmente unidos.

Ele mesmo disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um” (João 10:27-30).

A MENSAGEM DO EVANGELHO, O PODER DE DEUS

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16).

A fim de esclarecer o significado do evangelho, a boa notícia, o apóstolo Paulo faz algumas significativas declarações sobre o assunto logo no início de sua epístola aos Romanos. Ele o chama de “o evangelho de Deus” (versículo 1), e salienta que o próprio Deus é o autor ou a fonte destas boas notícias. E já que é sobre a mensagem de Seu Filho, Jesus Cristo, é também chamado de “o evangelho de seu Filho” (v.9).

O tema principal e o ponto central do evangelho é o Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Quando o tempo indicado pelos profetas do Antigo Testamento foi cumprido, Ele veio do céu a esta terra para cumprir o plano de salvação de Deus. Porque Cristo sofreu e morreu pelos perdidos na cruz do Calvário, as justas exigências de Deus foram satisfeitas.

No versículo bíblico de hoje vemos a eficácia do evangelho. Ele “é o poder de Deus”, o que é demonstrado pelos pecadores sendo salvos pela fé.

Não há nenhuma restrição para esta maravilhosa mensagem de salvação. Deus se dirige a todos com a mensagem, e não apenas a uma nação, como fez no caso de Israel com a lei. Além disso, como ninguém tem justiça perfeita, a qual só Deus pode confessar possuir, Ele nos oferece a Sua própria justiça no evangelho. E nós precisamos aceitá-la! Temos que parar de justificar a nós mesmos e admitir que somos pecadores. Quem se volta para Deus desta forma, crendo em Cristo e em Sua obra redentora, recebe o perdão dos pecados e a justiça divina.

TIAN FUHSEN (2)

No dia em que eu temer, hei de confiar em ti. Em Deus louvarei a sua palavra; em Deus pus a minha confiança e não temerei (Salmo56:3-4).

“O importante não é você se recuperar ou não. O que importa é que você renda a sua vida a Deus e confie nEle. O que Ele faz é sempre bom”. Tian Fuhsen acabara de ouvir essas palavras de sua prima.

Por algum tempo eles conversaram. O temor que tinha se intalado sobre o chinês dia e noite teve que dar lugar a Cristo e à Sua luz. Havia muita coisa que Tian Fuhsen ainda não entendia, mas ele orou e colocou sua vida nas mãos do Senhor Jesus, dando assim o primeiro passo para a luz.

“Naquela noite”, disse Tian mais tarde, “eu fui capaz de dormir bem pela primeira vez. Aquele medo sufocante tinha ido”. A paz agora encheu o coração do paciente. Qualquer que fosse o resultado, este seria um caminho para a luz, e não para as trevas da falta de esperança. Mas Deus lhe restituiu a sua saúde. O dia chegou em que ele pode deixar o hospital curado.

A luz do Evangelho brilhou em todas as áreas escuras de sua vida, incluindo seu relacionamento com sua esposa, da qual ele havia se separado há muito tempo. Ele escreveu para ela, quem ele tinha expulsado de casa e proibido a menção do nome dela: “Volte. Eu me tornei um cristão, e Cristo vai nos ajudar a ter um novo começo para nosso casamento”. – “É o evangelho?” perguntou sua esposa, espantada com a mudança que ele tinha passado. “Então eu vou tomar o caminho do Senhor Jesus, juntamente com o meu marido”.

Outros 12 membros da família, incluindo a mãe de Tian, budista rigorosa, encontraram o Salvador. Tian terminou o relato de sua vida com as palavras: “A graça de Deus é indescritivelmente grande”.

(Concluído)

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