A INCREDULIDADE DO CAPITÃO DE JORÃO

Porém um capitão, em cuja mão o rei se encostava, respondeu ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás (2 Reis 7:2).

Um poderoso exército sírio sitiou Samaria, a capital do reino do norte de Israel. Foi durante o reinado de Jorão, menos de um século após a divisão do reino.

A fome atingiu dimensões incalculáveis. Então, de repente, Deus enviou uma mensagem através do profeta Eliseu: dentro de 24 horas o problema estaria resolvido. Alimento, para o qual dinheiro não era necessário, voltaria a estar disponível para todos. E, de fato, a Sua palavra provou ser verdadeira.

No entanto, havia uma pessoa que não obteve benefício dela. Ele ouviu a palavra e experimentou tudo de primeira mão, mas para ele era inútil; isso provou ser o seu fim. Ele era o capitão do exército do reino de Israel que se julgava muito inteligente para acreditar na palavra de Deus. Se ele pronunciou o Nome do Senhor, foi apenas para expressar seu ceticismo zombeteiro. Deus podia fazer “janelas no céu”, mas, mesmo assim, ele considerou o milagre impossível.

Mas Deus tinha um modo muito mais fácil: surpreendentemente, Ele colocou os sírios em fuga. Quando o povo saqueou o acampamento dos sírios no dia seguinte, o escarnecedor foi pisoteado até a morte pela multidão na porta da cidade.

Quando Deus tem a salvação pela fé em Jesus Cristo pregada para a humanidade de hoje em dia, estamos preparados para arriscar ser uma testemunha da salvação de outros, e nós mesmos nos perdermos para sempre?

A MORTE DE CRISTO MUDOU A CHAPA

O nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado (Romanos 6:6).

A epístola aos Romanos começa nos mostrando que por causa de nossos pecados não temos nenhuma condição de estarmos diante de Deus. Em seguida, descreve a maneira de Deus de nos justificar através de Jesus Cristo e de Sua morte expiatória.

Até o capítulo 5:11, o assunto são os pecados (no plural), ou seja, atos, palavras e pensamentos pecaminosos. Para todos os que se voltam para Deus, crendo em Cristo, a questão dos pecados está finalmente resolvida, e estão aptos para a glória de Deus.

Mas agora há outro problema. A pessoa descobre que o “pecado” (no singular) ainda está presente no homem, como uma raiz do mal que o leva a atos pecaminosos. Do capítulo 5:12 ao capítulo 8, vemos como Deus resolve essa dificuldade: a morte de Cristo. Ele não somente julgou os atos pecaminosos, mas também executou o juízo sobre o “velho homem”, origem desses atos pecaminosos. Assim, temos o remédio para ambos na morte de Cristo.

Vamos supor que você encontre um erro de impressão neste calendário. O erro está na tipografia e, portanto, é repetido em cada cópia. Para um texto correto, uma nova chapa tipográfica é necessária. Adão, o primeiro a cair no pecado, é como a chapa antiga: todos os seus descendentes se assemelham a ele moralmente. Todos têm o maligno princípio do pecado dentro deles.

Deus não melhora a natureza de Adão. Ele julgou o velho homem na morte de Cristo. E todos os crentes nasceram de novo, portanto, são novas criaturas em Cristo, e recebem a Sua vida e Seu caráter.

Quem se firma nesta verdade pela fé recebe o poder para viver uma vida realmente nova.

A HISTÓRIA CONTADA POR LUDWIG RICHTER

Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho (Salmo 119:105).

O pintor alemão, Ludwig Richter (1803 – 1884) conta a história deste incidente em sua vida:

Houve uma batida na porta. Quando eu chamei, “Entre!” um homem entrou, cuja expressão facial sugeria diligência e honestidade. Ele me disse que era um marinheiro, o timoneiro de um navio holandês que tinha naufragado. Havia algo de atraente na maneira firme, contudo calma e modesta do homem; então eu dei-lhe algum dinheiro.

Ele agradeceu-me, olhando-me com um olhar agradecido, como se quisesse me demostrar alguma bondade, e disse: “Eu tenho uma longa jornada pela frente, mas eu tenho um bom companheiro!” – “Ah, isso é uma sorte”, eu respondi comovido, uma vez que eu não tinha ninguém. “Quem é?” – “Ele não é outro senão o meu Deus fiel. E aqui”, disse ele, puxando um pequeno livro de bolso, “eu tenho a Sua Palavra. Quando falo com Ele, Ele me responde nela. Então eu posso seguramente continuar, jovem senhor!”

Ele me agradeceu novamente e saiu. O que ele disse, no entanto, havia me atingido como uma flecha, e a ferida ficou no meu coração por um longo tempo. Eu não tinha pensado em Deus; para mim Ele era um poder distante e vago. E aquele pobre homem falou e olhou como se O conhecesse bem e tinha muito contato com Ele, o qual lhe dava coragem e confiança.

Seu minúsculo tesouro, o pequeno livro era desconhecido para mim. Eu nunca tinha lido a Bíblia. Este incidente breve, logo foi esquecido devido a novas impressões, embora não tenha sido sufocado completamente. Mais tarde a lembrança disso ressurgiu, e então eu reconheci o início de uma série de experiências em minha vida que tiveram um efeito significativo sobre o desenvolvimento da minha vida espiritual.

QUEM É ESTE?

Quem é este, que até perdoa pecados? (Lucas 7:49).

Esta pessoa é Jesus Cristo, o Filho de Deus! O profeta João o Batista testemunhou a respeito dEle: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). Vindo como Homem à este mundo, Jesus Cristo trouxe a “redenção eterna” (Hebreus 9:12).

O problema do pecado só podia ser resolvido através da Sua morte expiatória. Ele mesmo sofreu como um sacrifício na cruz pelos pecados dos perdidos, para que pudéssemos ser salvos. “Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Isaías 53:5).

Muitos têm tentado – em vão – melhorar os seus caminhos, e assim serem aceitáveis a Deus. Isso não satisfaz as exigências santas de Deus (Isaías 64:5-6). Nós só podemos ir a Deus pelo caminho que Ele próprio estabeleceu. Jesus Cristo é o caminho: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Quem coloca sua fé nEle e em Seu sacrifício a nosso favor obtém o perdão de toda a sua culpa.

Então deixe o fardo de seu pecado com Ele, pois “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).

Devemos confiar no que Deus afirma em Sua palavra. Ele não mente! Ele demonstrou claramente o Seu amor ao dar Seu Filho como oferta. Ele não quer “que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9). Hoje é o momento certo para isso!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Que parte tem o fiel com o infiel? (2 Coríntios 6:15).

(Leia 2 Crônicas 11:1-23)

A divisão de Israel em dois reinos era um julgamento de Deus. Portanto, era perda de tempo preparar 180 mil guerreiros para tentar reverter a situação. Roboão, advertido pelo homem de Deus, desistiu da idéia. E usou essas forças para construir cidades de defesa a fim de assegurar proteção e suprimento de alimentos para seu, agora, pequeno reino.

Jeroboão, por sua vez, não se mostrou menos ativo, mas infelizmente também optou pelo caminho errado! Temendo perder sua influência ao permitir que seus servos fossem a Jerusalém para as festas, ele estabeleceu uma forma idólatra de adoração nacional, abominável aos olhos de Deus. Então os sacerdotes e levitas das dez tribos mostraram o amor que tinham pelo Senhor e Seus mandamentos. Deixando a terra maculada, estabeleceram-se em Judá, preferindo abrir mão de todas as posses a permanecer associados ao pecado. Quantos cristãos tiveram, e ainda têm, de fazer o mesmo por fidelidade ao Senhor.

Encorajados pelo exemplo dos levitas, outros súditos fiéis pertencentes às dez tribos, provavelmente sem abandonar suas cidades, iam a Jerusalém oferecer sacrifícios em obediência à Palavra.

DEUS OUVE O CLAMOR DO AFLITO

Os que me viam na rua fugiam de mim. Estou esquecido no coração deles, como um morto; sou como um vaso quebrado (Salmo 31:11-12).

Lendo estes versículos, eu não podia deixar de pensar em um querido amigo, que tinha sido um alcoólatra por muitos anos, mas agora com prazer testifica que o Senhor Jesus Cristo é o seu Salvador. Como muitos outros, ele tinha a esperança de encontrar reconhecimento e aumentar sua confiança entre amigos duvidosos com a ajuda do álcool. Em vez disso, um dia foi forçado a reconhecer que ele era viciado em álcool. O que causou sua total decadência na sociedade. Todos o evitavam. Nenhum de seus amigos, colegas e conhecidos queriam saber dele depois disso. Nem ele foi capaz de ajudar a si mesmo. Como todo alcoólatra, ele constantemente padecia de sua miséria e sabia que estava profundamente perdido, ao contrário da opinião comum.

Então o seu irmão o levou para um endereço para ouvir da Bíblia, apesar de sua violenta resistência. O pobre homem não contava com uma coisa: a Palavra de Deus que ele ouviu na capela o afetou. E a sinceridade com que todo mundo lá o acolheu o ajudou a ganhar confiança.

Finalmente ele declarou que estava pronto para passar algum tempo em uma casa de recuperação cristã, onde são feitos esforços para ajudar os alcoólatras fisica e espiritualmente. Ali descobriu que Jesus Cristo morreu na cruz por ele também. Ele tomou coragem e confessou a culpa de sua vida e pediu perdão. Com o Senhor, ele agora encontrou o amor e a atenção que tinha procurado por toda a vida.

Muitos ex-alcoólatras podem testemunhar: “Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu” (Salmo 22:24).

A PAZ COM DEUS

Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5:1).

Nos capítulos 3 e 4 de sua epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo estabelece o fato de que os pecadores só podem ser justificados diante de Deus pela fé, simples fé em Cristo e em Deus, Quem O ressuscitou dentre os mortos. Nos onze primeiros versículos do capítulo 5 Paulo mostra os resultados gloriosos que a justificação traz consigo para o crente. O primeiro a ser mencionado é a “paz com Deus”.

Colossenses 1:20 afirma que Jesus Cristo fez “a paz pelo sangue da sua cruz”. Sua obra de expiação é a base para aqueles que eram “estranhos” e “inimigos de Deus” serem de fato reconciliados com Deus (vv. 20-22). Obtemos uma parte pessoal nesta paz através da justificação pela fé.

A paz com Deus é de modo algum dependente da disposição de ânimo do crente; ela repousa sobre o que aconteceu fora do alcance do indivíduo: por meio de Sua morte Jesus Cristo fez propiciação por todos os pecados do crente, e com base nessa obra Deus justifica o pecador. Assim a paz com Deus é algo sólido.

O cristão sabe que ele foi aceito por Deus. Sua consciência já não mais o importuna. Nenhum outro pecado lhe é imputado, porque Cristo fez expiação por ele. De modo que reina permanente paz entre Deus e o cristão.

Esta “paz com Deus”, que foi estabelecida uma vez por todas e que o cristão possui, não deve ser confundida com “a paz de Deus”, de que fala a Bíblia em outro lugar. A paz de Deus traz alegria para o cristão e o fortalece à medida que lança todos os seus cuidados sobre Deus (veja Filipenses 4:6-7).

JUSTIFICAÇÃO

É Deus quem os justifica. Quem os condenará? (Romanos 8:33-34).

Toda pessoa tem pecado e é culpada diante de Deus. Ela deve, portanto, esperar o justo juízo de Deus, o qual traz em si a condenação. Mas se Deus, como a autoridade suprema, justifica alguém, isso então significa que esta pessoa é considerada livre de qualquer culpa e declarada justa. Quem quer que tenha sido justificado, não precisa mais temer o castigo.

Mas como Deus pode declarar pessoas culpadas, livres e, contudo, proferir uma justa sentença ao mesmo tempo? Porque Cristo levou sobre Si o castigo na cruz por todos os que nEle crêem. Seu sangue é a base eternamente válida de nossa justificação. Os crentes são “justificados pelo seu sangue” (Romanos 5:9).

Agora, como podemos ter certeza de que Cristo verdadeiramente sofreu vicariamente na cruz e que a Sua obra de redenção foi aceita por Deus? Porque Ele “ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4:25). A ressurreição do Senhor Jesus é a prova da justificação dos crentes.

O que motivou a Deus declarar as pessoas justas? Nenhum mérito nosso, mas unicamente a Sua graça é a fonte de nossa justificação. Somos “justificados gratuitamente pela sua graça” (Romanos 3:24).

Quem Deus declara justo? Todos que tem fé no Senhor Jesus Cristo e em Sua obra de expiação: “Por ele é justificado todo aquele que crê” (Atos 13:39). A fé é o caminho e a única base sobre a qual uma pessoa pode se tornar justa diante de Deus. “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo” (Gálatas 2:16).

SEM ARMAS!

E em toda a terra de Israel nem um ferreiro se achava (1 Samuel 13:19).

Nos dias do rei Saul, os filisteus, velhos inimigos do povo de Deus, atacaram o território de Israel. Três divisões foram enviadas por três direções diferentes. Então os israelitas foram forçados a entrar na batalha e se defender. O que eles descobriram? O povo não tinha armas! Como isso pôde acontecer? Vamos ler o texto bíblico:

“E em toda a terra de Israel nem um ferreiro se achava, porque os filisteus tinham dito: Para que os hebreus não façam espada nem lança. Pelo que todo o Israel tinha que descer aos filisteus para amolar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o seu machado, e o seu sacho… E sucedeu que, no dia da peleja, se não achou nem espada, nem lança na mão de todo o povo” (1 Samuel 13:19-22).

Como o inimigo tinha sido astuto em tornar os israelitas dependentes dele! Que impotência havia entre o povo de Deus! Os filisteus não se preocupavam com as diversas ferramentas que os hebreus afiavam, desde que não fossem espadas ou lanças. Portanto, o povo de Deus ficou desarmado na guerra.

Esse incidente nos ensina uma lição séria. Se sucumbirmos ao pensamento do mundo não teremos armas para o combate da fé. É perigoso para nós, filhos de Deus, enfrentarmos o inimigo sem a Palavra de Deus, a espada do Espírito, quando nossa fé está sob ataque.

O PAI DO FILHO PRÓDIGO

Quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou (Lucas 15:20).

Você provavelmente conhece a história do filho pródigo que o Senhor Jesus Cristo contou a seus ouvintes. O jovem havia exigido de seu pai a sua parte na herança. Em seguida, partiu para um país distante com o dinheiro e o desperdiçou com as más companhias. Quando tudo havia sido gasto e ele estava atormentado pela fome, caiu em si e, cheio de remorso, voltou para casa.

Como seu pai o recebeu? Ele não esperou até que seu filho entrasse na casa; nem o recebeu com uma severa repreensão. Ele não disse: “Então você está aí! Eu sabia que teria que retornar algum dia. As coisas simplesmente não podiam acabar bem para você. Bem, não vamos falar mais sobre isso. Comece a trabalhar!“.

Aquele pai correu para cumprimentar o que retornava para casa assim que o viu, lançou-se ao pescoço dele e o beijou. (Aqui o Senhor Jesus estava descrevendo os sentimentos de Deus). O jovem disse: “Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho” (v. 21). Ele tinha em mente pedir para ser feito pelo menos como um dos trabalhadores do pai, mas não teve oportunidade de fazê-lo. O pai perdoou-lhe tudo, mandou vesti-lo com roupas novas, mandou abater o novilho cevado, preparou uma festa, e disse em sua alegria: “Comamos e alegremo-nos”!

Com esta parábola o Senhor quis dizer que Deus no céu é um pai. Ele sai ao encontro do pecador que retorna apressadamente para Ele. Ele estende os braços para atraí-lo para o Seu coração, enquanto o filho ainda está hesitante.

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