MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Reinou Abias sobre Israel. Três anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Micaía (2 Crônicas 13:1-2).

(Leia 2 Crônicas 13:1-12)

Contrariamente às instruções da Palavra (Deuteronômio 21:15-17), Roboão elegeu Abias como herdeiro e sucessor, pois este era filho de sua esposa predileta, Micaía (ou Maaca; 11:20-21), que também era uma adoradora de ídolos (15:16). De tal infidelidade só poderia resultar a decadência. No entanto, a curta história desse rei contém uma passagem boa. Ela não consta do livro dos Reis, mas em nosso livro cheio de graça não poderia passar em branco. O fato se refere à guerra entre Abias e Jeroboão. De acordo com Lucas 14:31, foi loucura da parte do rei de Judá ir à guerra com um contingente de menos da metade dos soldados inimigos. No entanto, Abias tinha trunfos escondidos na manga que, a seu ver, compensariam essa diferença. Ele os revela em seu discurso ao exército de Israel. Judá ainda pertencia à linhagem real de Davi, preservava a verdadeira forma de adoração ao Senhor e ainda contava com a presença dEle. Abias fingiu não ter abandonado o Senhor (v. 10), prova de que jamais O conheceu. Finalmente, havia uma arma secreta totalmente eficaz – e veremos depois o papel decisivo que ela desempenhou –: as trombetas dos sacerdotes (v. 12).

FATOS, NÃO TEORIA

Uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo (João 9:25).

Este capítulo do Evangelho de João realmente vale a pena ser lido! Você deve lê-lo. O homem que nasceu cego e a quem o Senhor Jesus Cristo curou não tentou explicar o seu caso. Ele não estava em posição de analisar o milagre, nem isso lhe interessava. Havia apenas um fato, e isso lhe bastava: “Uma coisa eu sei”, disse ele, “é que, havendo eu sido cego, agora vejo”. Isso não foi um processo de aprendizagem; era óbvio.

Quando ele foi chamado para prestar contas aos líderes do povo, permaneceu perfeitamente calmo e firme. Eles podiam dizer o que quisessem; o mundo inteiro poderia tentar convencê-lo de que tal cura era impossível. Ele simplesmente respondia: “Havendo eu sido cego, agora vejo”.

O homem havia vivido muitos anos antes de ser curado. Ele sabia o que era a cegueira. Até aquele momento não tinha visto nem o mundo à sua volta, nem Deus na Pessoa de Jesus Cristo. Mas um dia, seus olhos se abriram. Ele viu o sol brilhar e as pessoas andando ao redor dele. Ele até mesmo viu a Jesus, o Filho de Deus, diante dele. Algo tremendo havia acontecido em sua vida que não podia ser negado. E nisto temos uma ilustração da mudança que a verdade de Deus pode fazer na alma humana.

A fé cristã não deve ser fundamentalmente entendida; ela deve sim ser experimentada. Não é a conclusão tirada a partir de argumento lógico que só os inteligentes entre nós poderiam compreender. Ela deve ser aceita com toda a humildade.

O SANGUE DE CRISTO: BASE DO NOSSO PERDÃO

Sem derramamento de sangue não há remissão (Hebreus 9:22).

Uma das inúmeras bênçãos concedidas aos crentes através da obra do Senhor Jesus é o perdão de todos os seus pecados. Após a conversão, cada redimido tem o privilégio de experimentar alívio, pois Deus remove todo o peso de sua grande culpa, dos inúmeros pecados que esmagavam sua consciência e oprimiam sua alma. Que liberdade! Como seu coração pode se alegrar, sabendo que por mais terrível que tenha sido sua culpa, o próprio Deus concedeu alívio completo à sua alma. Ele nunca mais vai trazer o assunto da culpa à baila!

Essa bênção se torna ainda mais preciosa quando percebemos o preço que foi pago para que Deus seja capaz de perdoar nossos pecados. Isso tinha que acontecer sobre um fundamento justo, pois Deus, que é santo, não pode simplesmente ignorar o pecado, Ele tem de agir de acordo com Sua natureza.

A base é o sangue do Senhor Jesus. Seu sangue derramado no Calvário, Sua morte sob o julgamento de Deus sobre todos os nossos pecados é a única base, a qual é uma fundação eternamente segura.

Nossos corações são afetados quando lemos as palavras que o próprio Senhor falou aos Seus discípulos na noite em que foi traído? “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mateus 26:28). Seu sangue, “o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1:19) foi derramado para cumprir todos os tipos da antiga aliança. Somente Seu sangue pode expiar o pecado; sangue que é a base de todas as bênçãos que possuímos. É por isso que o cálice bebido na mesa do Senhor é chamado de “o cálice da bênção”.

SALVOS POR MEIO DA FÉ

Olhai para mim e sereis salvos. (Isaías 45:22; João 3:36).

“Ouvindo você, parece realmente simples de se obter a salvação da alma!” foi dito ao evangelista depois de ele ter pregado o evangelho. “Você disse que nós podemos ser salvos numa fração de tempo. Mas isso demorou 13 anos para mim, e me pergunto por que Deus me fez esperar tanto tempo para aquilo que Ele poderia ter me dado imediatamente”.

O homem disse ao pregador que ele tinha estado orando e indo para a confissão desde que tinha 16 anos de idade, e que levou muito a sério sua fé e tinha feito muitas obras de caridade para obter o favor de Deus.

Ele continuou: “Nada foi mais inútil. Isso não me trouxe paz interior. Finalmente, uma noite, em vez das habituais orações, eu disse: ‘Senhor, eu não sei o que fazer. Salve-me esta noite, caso contrário, estou perdido!’ Essa experiência me deu a certeza de que Jesus era o meu Salvador. Isto foi o cumprimento do que eu havia desejado por treze anos!”

“Sim”, confirmou o pregador, “Você foi salvo quando, desesperado, se refugiou em Cristo. Os 13 anos foram inúteis para isso. Cristo é o único caminho para Deus; boas obras vem mais tarde, a partir da força que vem dEle”.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:8-10).

QUAL É A DISTÂNCIA ATÉ O DESTINO? (2)

Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho. (2 Timóteo 1:10; Romanos 8:1).

Os anos, dias e minutos de nossa vida se escoam rapidamente diante de nossos olhos, e o tempo restante encolhe impiedosamente. Quanto tempo temos ainda? Nós não sabemos. Esta é a razão por que devemos ser instados a preparar-nos para a reunião solene com o juiz a quem temos de prestar contas. Ele mesmo nos adverte: “Prepara-te…para te encontrares com o teu Deus” (Amós 4:12).

Como isso pode ser feito? Confessando que somos pecadores e aceitando o Seu perdão. Essa é a salvação que Jesus Cristo conquistou para nós por meio de Sua obra na cruz, afastando assim o julgamento.

O crente não sabe quando sua vida na Terra vai acabar. Mas ele pode enfrentar a morte sem medo, pois está preparado. O julgamento que lhe aguardava no além-túmulo foi assumido por outro no lugar dele: por seu Redentor, Jesus Cristo. Como resultado a morte perdeu o seu terror para o crente. Para ele, não é uma grande calamidade, mas a entrada para um futuro maravilhoso. Para ele, não significa perder tudo o que lhe era precioso aqui, mas tomar posse de todas as bênçãos celestiais que Ele alegremente antecipa.

A morte é a porta através da qual o crente passa, de modo a entrar na glória eterna, descanso, paz e felicidade imperturbável.

(Concluído)

DESTINO DESCONHECIDO? (1)

E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo (Hebreus 9:27).

A vida do homem se assemelha a uma grande “contagem regressiva”. O processo de envelhecimento e morte, na verdade, começa e prossegue desde o nascimento. Tudo move-se em direção da “hora zero”, embora com duas incógnitas:

Qual é o destino final?

O quão distantes ainda estamos dele?

Permanecemos com a questão do destino por um momento: Será que é realmente desconhecido? Será que estamos tão certos sobre isto? Ou será que tendemos a recuar em pensar sobre isso? Esta atitude é inaceitável. É, aliás, insensato. Nenhum de nós embarcaria num trem sem saber para onde ele estaria indo. E abafar qualquer pensamento sobre ele não é um ato de coragem; é covardia!

Aliás, um pouco de apreensão é justificável. O que acontece depois da morte? A Bíblia nos dá uma palavra como resposta: juízo. Assim, no momento em que a terra engole nosso caixão, não está tudo acabado, pois quando nosso corpo retorna ao pó, o espírito volta a Deus que o deu (veja Eclesiastes 12:7), para Sua divina avaliação de nossa vida.

A nossa vida presente, mesmo que seja apenas um prelúdio para a história eterna de nossa alma, tem sérias consequências. É um teste de tempo! O que temos feito de nossa liberdade, nosso tempo, nossa saúde e nossas possibilidades? Acima de tudo, que lugar Jesus Cristo tomou nos dias e anos de nossa existência? Disso, tudo depende.

(Continua)

AMARGURA E ALEGRIA

Irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes… que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro

(1 CorÍntios 15:1-4; 1 Pedro 2:24).

O cordeiro pascal tinha de ser comido assado no fogo e com ervas amargas (Êxodo 12:8). Este ato solene é uma figura dos sofrimentos expiatórios de Cristo, que viria a se tornar o verdadeiro Cordeiro de Deus (João 1:36; 1 Pedro 1:19).

O Senhor Jesus teve de sofrer a ira de Deus contra o pecado, e os crentes dolorosamente sentem a sua responsabilidade por tudo o que o Senhor teve de suportar. Eles são humilhados pelo pensamento de que seus próprios pecados e seu estado perdido foram a causa da morte do Senhor na cruz por eles. Dessa forma, eles comem as ervas amargas.

Talvez alguém diga: “Mas profunda alegria enche os nossos corações porque nós fomos salvos pela obra de Cristo na cruz. Os nossos pecados foram perdoados; então nada além de louvor e ação de graças vêm de nossos lábios”. Sem dúvida, isso nos dá motivos de alegria e de ação de graças inesgotáveis.

Mas como podemos esquecer que Cristo teve que sofrer tanto por nossos pecados e abaixar a cabeça sob a carga das nossas transgressões? A reverência que sentimos observando os sofrimentos a que Cristo Se submeteu por nós e a alegria da salvação não se anulam; ao contrário, se complementam. Os dois aspectos nos permitem compreender o significado da cruz de forma muito mais profunda.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Serão seus servos, para que conheçam a diferença da minha servidão e da servidão dos reinos da terra (2 Crônicas 12:8).

(Leia 2 Crônicas12:1-16)

Três breves anos! Foi o quanto durou a fidelidade de Roboão e do povo. Agora, como no tempo dos juízes, Deus lhes fala suscitando inimigos contra eles. A ofensiva do faraó Sisaque permitiu que o rei e o povo comparassem o que é servir ao Senhor com a servidão ao rei do Egito (v. 8). Note bem: enquanto o Senhor enriquece os Seus servos, o Inimigo despoja aqueles a quem reduz à escravidão.

A palavra do profeta Semaías humilhou o coração dos príncipes e também do rei de Israel. Ela os obrigou a admitir: “O SENHOR é justo”. Reconhecer a justiça divina, mesmo quando ela nos atinge, é sempre um bom sinal (Lucas 23:41). Possibilita que Deus Se revele não apenas como Deus justo, mas como Deus misericordioso e Salvador. Veja como Ele enfatiza em graça as “boas coisas” que Ele ainda podia ver no reino de Judá. Apesar de tudo, Roboão fez “o que era mal” (v. 14). Esse mal tinha raízes antigas, pois a mãe dele, uma amonita, havia casado com Salomão antes da morte de Davi (9:30; 12:13).

INIMIZADE COM DEUS, OU A RECONCILIAÇÃO?

A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo, vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte (Colossenses 1:21-22).

Nos anos 361 – 363 dC, o imperador Juliano, comumente chamado o Apóstata, governou o Império Romano. Foi-lhe dado o apelido porque ele saiu do cristianismo de volta para o paganismo. Ele jogou a formação cristã ao mar e tentou re-introduzir a idolatria pagã. Ao fazer isso, ele publicamente declarou guerra à Deus. No ano de 363 ele foi fatalmente ferido em uma campanha. Ao morrer, ele cerrou o punho, ergueu-o ao céu e exclamou: “Você Nazareno! A vitória é sua, afinal!” Ele se rendeu na morte, apenas para levar o seu castigo por toda a eternidade.

Quantas pessoas hoje estão igualmente em guerra com Deus! Eles conhecem Seu princípio, que todos são pecadores perdidos diante dEle. Mas não se dobrarão diante dEle, nem se arrependerão e nem aceitarão o Salvador. Todos os que não desistirem de sua hostilidade para com Deus nesta vida, um dia se curvarão diante de Jesus Cristo e O reconhecerão como Senhor. Mas eles estarão eternamente perdidos.

Felizmente, Deus não só tem falado do estado de perdição do homem. Ele faz uma oferta da Sua graça para cada um de nós. Ele não quer que morramos irreconciliados com Ele, mas que nos convertamos e vivamos. Todo aquele que é convertido concorda com Deus. Deixa de lutar contra Ele e se entrega a Ele, sabendo que merecia julgamento. Para o tal, há o perdão da culpa, livramento da punição e paz com Deus.

DE PERSEGUIDOR A SEGUIDOR

Quem és, Senhor? (Atos 9:5).

Saulo de Tarso acreditava que estava fazendo um serviço para Deus, perseguindo os discípulos do Senhor Jesus. Quando ele estava a caminho de Damasco para este fim, uma luz do céu de repente o ofuscou, de modo que caiu no chão. Uma voz perguntou-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Então para a pergunta espantada de Saulo: “Quem és, Senhor?” ele recebeu uma resposta que iria mudar toda a sua vida: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. Saulo nunca imaginou, por um único momento, que o crucificado Jesus de Nazaré, que tinha morrido, estava vivo e que Ele era o Senhor elevado à glória de Deus no céu.

Saulo ficou cego por alguns dias, mas os olhos do seu coração tinham sido abertos, e ele orou a Jesus, o Filho de Deus. Então, foi capaz de ver novamente. Saulo foi batizado e pregava nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus. Mais tarde lhe foi dado o nome de Paulo.

As pessoas falam da mudança de Saulo para Paulo, que significa dar uma meia volta. O zeloso perseguidor do Nome de Jesus se transformou em um absoluto discípulo de Jesus Cristo. Vamos ouvir o seu sermão em Atenas:

“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (Atos 17:30-31).

Existe alguém que ainda não tem uma concepção clara de Jesus Cristo? Então ele também pode perguntar em oração: “Quem és, Senhor?” Deus abrirá seu coração para lhe mostrar que o Seu Filho, Jesus Cristo, é o Salvador.

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