NECESSÁRIO É NASCER DE NOVO

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo (João 3:6-7).

Nicodemos era um homem respeitado da classe dominante dos judeus. Embora houvesse procurado ter uma conversa com o Senhor Jesus à noite, de modo a não colocar em risco sua alta posição, ele não era um daqueles a quem o Senhor reprovou em outra ocasião, com as palavras: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!… Insensatos e cegos!” (Mateus 23:15 -17). Nicodemos ainda não sabia exatamente quem tinha diante de si, o Filho de Deus. Mas ele foi sincero.

Não nos choca o fato do Senhor ter falado sobre a necessidade do novo nascimento com um homem como ele? Poderíamos facilmente pensar que era gente má que precisava começar de novo. Mas Nicodemos teve de ouvir: “Necessário vos é nascer de novo”. Na verdade, até mesmo pessoas nobres e retas são e permanecem “carne” diante de Deus, pois são seres pecadores, desqualificados para a Sua presença.

Quanto às suas objeções, o Senhor Jesus deixou claro para Nicodemos que esta era uma obra do Espírito Santo. Assim como o nascimento natural traz um ser humano de carne e osso, o crente recebe a vida de Deus, a “vida eterna”, através do novo nascimento, também chamado de regeneração. Então, o Filho de Deus disse o versículo bem conhecido de todos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (v.16).

A Bíblia dá relatórios adicionais sobre Nicodemos. Ele experimentou a verdade de Mateus 7:8: “O que busca encontra”.

A RESSURREIÇÃO – NOSSA CERTEZA GLORIOSA!

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor (1 Coríntios 15:58).

O apóstolo Paulo tinha acabado de dar aos coríntios uma extensa descrição da ressurreição
dentre os mortos. Com Cristo, “as primícias dos que dormem” (v. 20), ele passou a mostrar que todos os que pertencem a Ele têm parte nesta ressurreição.

A idéia da ressurreição não era novidade para ele como judeu: ele tinha aprendido isso a partir do Antigo Testamento. O grande fato sobre este ensinamento que o Espírito de Deus desenvolve através dele é a estreita ligação deste evento com o Senhor ressuscitado. “Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o [Homem] celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do [Homem] celestial” (1 Coríntios 15:48-49).

Porque Cristo ressuscitou dos mortos, a ressurreição é uma certeza gloriosa para o crente. Cristo em glória é o objeto de nossa fé e esperança, uma fonte inesgotável de força. Ao contrário do mundo, o cristão está firmado no alicerce seguro da obra de Cristo e tem um futuro glorioso. Assim, o apóstolo termina seu ensino com a exortação para sermos abundantes na obra do Senhor.

Poderia haver algo melhor para o crente do que servir Aquele que morreu e ressuscitou? Quanto mais claramente nossa visão é direcionada para esse futuro, mais proveitoso será o nosso serviço. Não vamos medir esforços, pois sabemos que o nosso “trabalho não é vão no Senhor”.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniqüidade, e fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá (Ezequiel 18:24).

(Leia 2 Crônicas 16:1-14)

O versículo 11 faz distinção entre os atos de Asa, “tanto os primeiros”, que agradaram ao Senhor, quanto “os últimos” que infelizmente foram completamente diferentes.

Baasa, rei de Israel, ficou com inveja ao ver muitos de seus súditos mudando para a terra de Judá (15:9) e resolveu construir uma cidade para bloquear o fluxo de migração. Então Asa, em vez de buscar ao Senhor para saber o que fazer nessa situação, formou uma aliança com a ímpia Síria. Foi uma estratégia inteligente que produziu o efeito desejado! No entanto, Deus não viu as coisas da mesma maneira e repreendeu o rei por intermédio de um profeta. A falta de fé de Asa – e sua curta memória (v. 8) – iriam privá-lo de uma vitória contra os sírios. Contrariado por ter deixado escapar uma excelente oportunidade de conquista e com o orgulho ferido, Asa manda prender o homem de Deus e oprime alguns do povo. Deus o disciplinou com uma doença dolorosa, mas foi em vão. Ele continuou a confiar nos homens e não em Deus e morreu sem ter aprendido sua última lição. Durante trinta e cinco anos ele andou com Deus. Restavam-lhe apenas mais cinco anos para que sua vida acabasse bem. Peçamos a Deus que nos mantenha em Seus caminhos até o fim de nossa existência (2 Timóteo 1:12; 4:18).

UM NOVO DESTINO

Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados (Atos 3:19).

Arrependimento e conversão são dois conceitos que as pessoas não gostam de ouvir. A maioria mal sabe o que fazer com eles, e muitos riem da ideia.

O que exatamente é o arrependimento? Nós só podemos ir pelo que a Bíblia entende. Se alguém julga sua vida passada, o que faz e o que pensa, como Deus vê tudo, e então confessa e sinceramente condena o mal diante de Deus, isso é arrependimento. Quem se arrependeu tem uma opinião diferente de si mesmo a partir de então. Não é uma ação externa, mas um processo que ocorre na consciência de uma pessoa.

Agora eu não posso, é claro, saber o que Deus pensa da minha vida, se eu não souber nada dEle. Portanto, todos devem ouvir a mensagem da Bíblia, através da qual Deus chama as pessoas ao arrependimento. Deus nos permite saber que somos pecadores. A Bíblia nos mostra o padrão pelo qual devemos avaliar a nós mesmos, de modo a reconhecer como Deus julga a nossa vida. Mas ela também nos mostra o caminho da salvação para todos os que estão sujeitos ao veredicto de Deus: a fé em Jesus Cristo.

A conversão é então o próximo passo. Uma reviravolta deve seguir o arrependimento. Quem está do lado de Deus, depois de admitir sua condição, começa uma nova jornada para a sua vida. Confessar os seus pecados e dar as costas à vida vivida anteriormente, é conversão. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). A vida passa a ter outro sentido e um outro propósito. Como filho de Deus, o crente agora tem a glória do céu como seu destino.

ELE AINDA OBSERVA

Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta (Apocalipse 1:10).

O apóstolo João havia sido banido para a ilha de Patmos, cerca de 48 quilômetros do continente. Nada é conhecido sobre seu tempo ali, mas podemos ter certeza de que ele estava ocupado com a obra do Senhor. O desenvolvimento das igrejas da Ásia Menor, que causava preocupação, dificilmente pode ter passado incólume de seu discernimento espiritual, antes mesmo do Senhor declarar Seu próprio juízo sobre elas.

Os olhos de João estavam sobre o reino vindouro, cuja glória desejava, tendo em conta os primeiros sinais de decadência no testemunho de Jesus Cristo. Não foi a toa que ele escreveu sobre “aflição, e no Reino e paciência de Jesus Cristo “(v. 9).

O Senhor não tinha desistido de Seu testemunho. Quando o Senhor começou a falar com uma voz como de trombeta, João teve de olhar em volta e direcionar seu olhar do futuro para o presente. Sob a impressão da glória judicial do Senhor, a quem conhecia tão bem, ele registrou as sérias e pesadas mensagens para as igrejas às quais foi comissionado para escrever.

Nós consideramos o futuro com preocupação e não deveríamos também voltar ao Senhor com seriedade? Ele ainda está observando os que, com advertências e avisos, carregam a Sua luz. Se não nos arrependermos quando necessário, Ele irá remover a lâmpada de seu lugar. Assim, todos os que se reúnem no nome do Senhor devem prestar atenção às sete cartas (capítulos 2 e 3). Se fielmente mantivermos a “palavra de Sua paciência” e permanecermos fiéis a Ele, veremos que o Senhor reconhece mesmo uma força pequena (cap. 3:8).

O CORDEIRO DE DEUS

Cristo… levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro (1 Pedro 2:21, 24).

Este versículo é sobre Jesus Cristo e Sua morte expiatória na cruz. Ali, Ele de modo vicário levou “os nossos pecados”, os pecados de todos os que se voltam para Ele e O aceitam, mediante uma fé sincera, como seu Salvador. Esse é o ensinamento da Bíblia.

Sacrifícios substitutivos pela culpa de outras pessoas são raros neste mundo. Assim, as pessoas já não acreditam neles, nem mesmo quando se trata do único Substituto pela culpa diante de Deus, como é o caso aqui. Talvez alguém se considere demasiado progressista para poder acreditar nessa “idéia ultrapassada” de substituição e diz: “O que é toda essa conversa sobre sacrifício e derramamento de sangue?” Mas quem morre em seus pecados, um dia, será condenado por sua própria consciência e, quando o nosso santo Deus pronunciar o juízo, terá de dizer: “Rejeitar a salvação através de Cristo foi puro autoengano. Só posso me culpar por meu destino”.

Pensamos que é melhor tomar as medidas certas a tempo. Ninguém pode defender-se diante de Deus. Isso acontece com bastante frequência perante os juízes do mundo. Políticos de alto escalão tiveram que “tirar o seu chapéu”, porque as investigações revelaram coisas que ninguém conhecia e que a pessoa envolvida tinha suprimido.

Na desesperada situação deles, muitos buscam um bode expiatório para o qual eles podem passar a sua culpa. Diante de Deus, no entanto, apenas uma Pessoa pode nos substituir com nossas falhas e culpa: Jesus Cristo, Cordeiro santo de Deus. É por isso que temos de aceitá-Lo como nosso Salvador e Senhor nesta vida!

UM POLICIAL NIGERIANO NORMAL (2)

Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? (Marcos 8:36).

Certa manhã, durante minhas férias liguei o rádio. Uma pregação estava sendo transmitido. Dos milhares de versículos da Bíblia, o pregador tinha escolhido nenhum outro versículo que Marcos 8:36! Desliguei-o com raiva. Mas simplesmente não podia banir essas palavras da Bíblia da minha mente. Finalmente passei vários dias das férias lendo a Bíblia.

Um amigo percebeu meu novo interesse e me aconselhou a ler primeiro o evangelho de João, depois a epístola aos Romanos. Eu fiz isso. À medida que lia, parecia-me que a Bíblia tinha sido escrita especialmente para mim apenas.

Quando estava lendo o terceiro capítulo do Evangelho de João, certa manhã, senti-me obrigado a confessar os meus pecados a Deus e pedir pela fé salvadora em Jesus Cristo. Então de repente comecei a ver a vida de outro ponto de vista. Eu aprendi que a alma é muito mais importante do que todo o dinheiro do mundo.

Minhas férias terminaram e voltei a trabalhar. No começo tive a impressão de que teria que desistir do meu trabalho: viver de acordo com a Bíblia me parecia incompatível com a profissão de um policial nigeriano. Mas Deus me levou a um vizinho, que não era apenas um oficial de alfândega, mas também um cristão. Ele me mostrou que era possível, mesmo na minha profissão, seguir a Jesus Cristo como Senhor. E isso era o que eu queria fazer.

Como consequência, isso custou-me muitas lutas e muito escárnio. Eu fui confrontado com incompreensão e discriminação. Mas aprendi a tomar isso como parte da minha caminhada com Cristo. Como um policial cristão já não posso mais ser um “policial nigeriano normal”.

(Concluído)

UM POLICIAL NIGERIANO NORMAL (1)

Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? (Marcos 8:36).

Em 1978 entrei para a polícia nigeriana. Como todo policial na Nigéria, como um braço da lei eu desfrutava de um pouco de poder e tinha alguns privilégios sobre os meus compatriotas. É assim que a maioria de nós via a nossa profissão.

Em abril de 1983 aconteceu um acidente de trânsito fatal entre a capital Lagos e a cidade de Ibadan. Duas pessoas morreram e outras três ficaram gravemente feridas. Juntamente com um colega, eu tinha que investigar as circunstâncias do acidente. Eu pedi para que ele transportasse os feridos para o hospital mais próximo. A minha tarefa era encontrar coisas que ajudassem a identificar as vítimas. Então verifiquei o primeiro carro. Duas coisas me deixaram curioso: uma maleta com dinheiro no valor de cerca de 1.000 libras esterlinas e uma Bíblia nova, que não tinha qualquer nome. Como estava sozinho, embolsei os achados. Era assim que a polícia nigeriana geralmente lidava com os “petiscos”.

Em menos de três meses havia gastado o dinheiro, mas mantive a Bíblia em casa, onde a deixei sobre a mesa. Meses mais tarde já havia me esquecido do incidente até que um colega e amigo meu me visitou. Ele viu a Bíblia e começou a folheá-la. Por acaso ele se deparou com Marcos 8:36 (versículo de hoje). De repente me lembrei como tinha adquirido aquele livro. Mas tentei suprimir o assunto, e uma semana mais tarde começou meu feriado.

(continua)

A ÚNICA FIEL TESTEMUNHA

Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade (João 18:37).

Como Homem na Terra, o Senhor Jesus era a Fiel testemunha (Apocalipse 1:5). No curso da História humana, certamente Deus teve muitos servos fiéis que corajosamente defenderam Sua verdade e Seus direitos. No entanto, todos tiveram suas falhas e fraquezas, e, apesar de toda a dedicação, o testemunho deles foi imperfeito em vários aspectos.

Não foi assim com o Homem Cristo Jesus. Só Ele deu testemunho da verdade através de Sua vida, Suas obras e Suas palavras em inabalável fidelidade e perfeição. Ele próprio é a verdade, e através da Sua encarnação, isso se tornou evidente para toda a humanidade, tanto em relação à verdade sobre todas as coisas, como Deus as vê e as julga, quanto em relação à própria divindade (João 1:17.18).

Que alegria isso trouxe ao coração do Pai! Aqui na Terra existe um sistema mundial governado por Satanás e construído sobre mentiras. Como o “pai da mentira”, ele está sempre preocupado em apresentar Deus com uma imagem distorcida e falsa, mantendo as pessoas na escuridão. Dentro deste sistema veio o Enviado do céu, que deu testemunho da verdade. Seu principal objetivo era difundir a verdade sobre Deus. Com perfeição e incomparável devoção, o Senhor declarou a justiça, a fidelidade e a salvação de Deus, e não escondeu a Sua benignidade e verdade (Salmo 40:9-10).

Assim, embora os homens O tenham sentenciado à morte e crucificado “por mãos de iníquos” (Atos 2:23), Ele mantém por mérito Seu título de honra na eternidade: “a Fiel testemunha”!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

E entraram no concerto de buscarem o SENHOR, Deus de seus pais, com todo o seu coração e com toda a sua alma (2 Crônicas 15:12).

(Leia 2 Crônicas 15:1-19)

Asa continuou fiel. Deus iria encorajá-lo mais tarde por meio de Azarias. A Palavra de Deus era tão necessária depois da batalha quanto o era antes. Isso porque a tendência natural é baixar a guarda após a vitória. “Não desfaleçam as vossas mãos”, ordena o profeta, acrescentando a promessa: “porque a vossa obra terá recompensa” (v. 7). Tais palavras foram eficazes. Asa, cheio de disposição, eliminou os ídolos abomináveis da terra e restaurou o serviço do altar. Esse maravilhoso zelo não apenas levou o povo de Judá e Benjamim a segui-lo, mas também “muitos de Israel”, ou seja, de outras tribos, “desertaram para ele” (v. 9)! As mesmas coisas se aplicam à devoção que demonstramos para com o Senhor. Ela encorajará outros crentes, que talvez estejam intimidados a externar a fé que têm. Essa foi uma experiência pela qual muitos passaram, em particular durante o serviço militar. O escritor William Kelly declarou: Um coração sinceramente ligado ao Senhor é o que de fato fala à consciência dos demais. Asa compreendeu que não poderia exigir purificação absoluta do povo sem que ele mesmo a estabelecesse em sua própria casa. Ele não hesitou em tratar com Maaca, a rainha-mãe, tirando-a do trono e reduzindo a pó o ídolo que ela fizera.

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