VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ!

Senhor, escuta a minha voz! Sejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas (Salmo 130:2).

Quem de nós não conhece o sentimento de solidão? Você chega em casa, e a pessoa que você ama não está lá. Você vagueia pelas ruas de uma cidade grande e não encontra ninguém que realmente ama você e em quem possa confiar. Você fica diante de uma cova aberta e percebe que aquele cujos restos mortais tem sido baixado para ela nunca voltará.

O sofrimento pode ser muito grave, de modo que você pensa: será que a minha vida tem qualquer sentido? Por que estou sozinho aqui? Por que não consigo encontrar alguém que me ama, em quem posso confiar e a quem possa pedir ajuda?

Você está realmente sozinho? Pode parecer assim do seu ponto de vista; mas há Alguém que cuida de nós. É o nosso amoroso e poderoso Deus. Você O negligenciou ou ignorou até agora? Ele não está tão longe de nós como imaginamos. Antes desse terrível sentimento opressivo de solidão vir a você de novo, tente falar com o nosso onipotente Criador sobre suas circunstancias.

Agradeça-O por te amar. Diga a Ele exatamente qual é o seu problema. Peça a Ele para mostrar-lhe que, apesar de seu sofrimento, você tem muito a agradecer a Ele. Diga a Ele as coisas em sua vida, das quais você sabe que Ele não pode aprovar e peça o Seu perdão.

Então leia em sua Bíblia, sobretudo nos evangelhos, tudo o que você encontrar sobre o Senhor Jesus, e fale com Deus sobre isso. Então você vai descobrir que quem conhece a Deus nunca está sozinho.

MORTE SIGNIFICA SEPARAÇÃO

Porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado (Lucas 15:24).

Pode parecer estranho o fato do pai, nesta conhecida história do filho pródigo, dizer: “Meu filho estava morto”. Embora ele ainda vivesse, antes de seu retorno o filho estava morto, no que dizia respeito ao pai, pois estava separado dele.

Quando Deus criou o homem, Ele lhe deu uma única ordem: “Da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:17). O homem transgrediu a ordem; conseqüentemente a morte entrou no mundo e passou a todos os homens, porque todos pecaram (veja Romanos 5:12).

Naquele momento Adão estava morto para Deus, mesmo vivendo por séculos, ele estava separado dEle por causa do pecado. Portanto, todos estão “mortos em ofensas e pecados” para Deus, se não receberam uma nova vida pela fé em Jesus Cristo (veja Efésios 2:1-5).

Quando o último juízo sobrevier a todos os que morreram na incredulidade, os mortos, grandes e pequenos, estarão diante do trono (veja Apocalipse 20:11-15). Para Deus os mortos existem, e continuarão a existir na condenação eterna, separados dEle.

O homem recebeu “o fôlego da vida” de Deus e “foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7). Morrer sempre significa separação, mas não uma interrupção da existência. Não vamos acreditar naqueles que afirmam que tudo está acabado com a morte, nem naqueles que sustentam que a condenação significa simplesmente a aniquilação do pecador!

SENDO CONSOLADOS PELO PAI

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus (2 Coríntios 1:3-4).

Esta passagem da Escritura começa com uma doxologia, ou seja, uma expressão de louvor a Deus. O coração do apóstolo batia pelos amados do Senhor, os fiéis na igreja em Corinto. Em sua primeira epístola, ele teve de lhes admoestar, ensinar e alertar, e isso produziu frutos.

No entanto, esta expressão de louvor também tinha outra razão. Momentos de provação são valiosos pelo conforto que recebemos de nosso Deus e Pai. Esse consolo é uma bênção preciosa, pois assim sentimos o nosso relacionamento pessoal com o nosso Deus e Pai. Isso é um tesouro que devemos valorizar acima de todas as coisas.

Somente então estaremos na posição de confortar os outros. Poderemos falar por experiência própria, que é muito mais convincente. Uma consolação deste tipo não consiste simplesmente de palavras; ela se fundamenta sobre o que nós mesmos passamos, e isso é captado pelos outros. Além disso, se pudermos conhecer alguma coisa sobre os sofrimentos de Cristo, particularmente os sofrimentos por causa da justiça, Ele nos concederá consolação aceitável.

Uma criança que se machucou brincando chora amargamente. Seu pai, que viu tudo acontecer e ouviu o choro vem e pega seu filho. Poucas palavras são necessárias. A criança se aconchega e logo se aquieta, sentindo os fortes braços de seu pai. Sabendo que seu pai entende, ela se sente segura. Acontece algo parecido quando o nosso Deus e Pai nos concede Seu maravilhoso conforto.

“EU BUSCO PAZ”

Jesus respondeu e disse-lhe:… Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (João 14:23, 27).

O poeta italiano Dante, um homem de espírito inquieto, alcançou a fama com sua terrível descrição poética do inferno. Expulso de sua cidade natal, Florença, e neurótico devido ao derramamento de sangue e confusão na Itália do século 14, é dito que ele um dia buscou refúgio no portão de um mosteiro. Sua expressão facial parecia tão desnorteada que o homem no portão lhe perguntou: “O que você quer?” – “Eu busco paz”, foi sua resposta.

Quantas pessoas estão vivendo suas vidas em nossos dias com semelhantes sentimentos, porque elas se esforçam pela paz externamente! Agora quem lê na Bíblia o capítulo 3 da epístola aos Romanos, encontra ali o caráter típico da raça humana. A conclusão é: “Não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos” (vv. 17-18).

É por isso que a paz genuína não pode ser encontrada neste mundo. Alguns podem achar uma medida de conforto, mas o verdadeiro remédio está em Deus apenas. Na Pessoa de Jesus Cristo, Ele entrou neste mundo, de modo a dar a todos uma vida nova e feliz, para o presente e para a eternidade.

Na morte de Jesus Cristo na cruz, Deus condenou e julgou a nossa má e hostil natureza. Quem confessa a Ele que é um pecador, conhecerá a paz, o descanso e a confiança que o Salvador concede.

A PERFEITA OFERTA PELO PECADO

O sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR (Levítico 1:9).

De todas as ofertas do Antigo Testamento que eram um tipo do sacrifício de Cristo, o holocausto é o que aponta para adoração em seu mais alto grau.

Aqui vemos algo do que Deus apreciou na morte de Seu Filho amado, demonstrado no cheiro suave que subia da queima de todo o animal: na oferta de Cristo, tudo era precioso para Deus.

Nós vemos os sacerdotes, filhos de Arão, executando as instruções detalhadas (vv. 7 e 8) na preparação dos “pedaços” do sacrifício para Deus, pois o propósito desta oferta era que tudo deveria ser para Deus.

A pessoa que oferecia o sacrifício não vinha como um pecador precisando de perdão, mas trazia a oferta voluntariamente (veja v. 3).

A expiação é mostrada na medida da aceitação de Cristo diante de Deus, que excede em muito a medida de qualquer culpa (v. 4).

Quando aparecemos diante de Deus para a adoração, o que é particularmente o caso na Mesa do Senhor a cada Dia do Senhor, somos capazes de realizar o que está descrito aqui neste tipo? Será que a nossa adoração contém algo do cheiro suave da dedicação do Senhor Jesus ao Seu Deus e Pai? Será que sabemos como por “em ordem os pedaços” no altar, ou seja, testificando a aprovação do Pai acerca da Pessoa do Seu Filho em todos os aspectos? Vemos-nos como sacerdotes sacrificando na aceitação de Cristo diante de Deus, ou não temos ido além do perdão dos nossos pecados?

Deus quer que discernamos e adentremos no agrado e na aprovação que Ele tem acerca de Seu Filho e ver as coisas do Seu ponto de vista. Essa é a verdadeira adoração.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

E o SENHOR foi com Josafá, porque … buscou ao Deus de seu pai e andou nos seus mandamentos e não segundo as obras de Israel (2 Crônicas 17:3-4).

(Leia 2 Crônicas 17:1-19)

Agora retornamos a Josafá, o piedoso rei tão comentado no livro dos Reis. Lembremos que a partir da morte de Salomão, as Crônicas retratam a história dos reis de Judá, enquanto o livro dos Reis trata principalmente dos reis de Israel. Então por que a vida de Josafá mereceu tanto destaque? Infelizmente, por estar conectada a Acabe e Jeorão, reis de Israel. Contudo, o capítulo 17 descreve somente coisas boas acerca dele. Ele se fortaleceu (v. 1); andou “nos primeiros caminhos de Davi”; buscou ao Deus de seus pais e andou em Seus mandamentos; foi ousado em sua fé e removeu os ídolos (vv. 1-6). Não apenas se separou das coisas más como fizera seu pai Asa, mas estabeleceu coisas boas (vv. 7-11). Dois inseparáveis aspectos da vida cristã (Romanos 12:9; 1 Pedro 3:11)! Entre os principais capitães, Amazias “voluntariamente, se ofereceu ao serviço do Senhor”, como um verdadeiro nazireu (Números 6:2; 2 Coríntios 8:5). Como cristãos, devemos ser totalmente devotados ao Senhor até mesmo em nossas atividades cotidianas e profissionais.

JESUS CRISTO É O CAMINHO PARA DEUS

Pois não há homem que não peque (1 Reis 8:46).

Um homem e uma mulher se aproximaram de nós enquanto caminhávamos nas montanhas. Logo fomos envolvidos numa conversa sobre a beleza da criação de Deus. Perto de nós uma parede de rocha subia verticalmente várias dezenas de metros, e olhando para cima, perguntei-lhes como é que alguém poderia ir para céu.

“Eu cumpro os mandamentos de Deus”, disse a mulher. Essa é uma resposta que muitas vezes se ouve. Tentei explicar a ela: “Ninguém que já viveu tem sido capaz de guardar os dez mandamentos, exceto o Senhor Jesus Cristo. Ninguém pode ganhar por si mesmo um lugar no céu, sem falar em sobreviver ao último julgamento diante de Deus”. Mas a mulher insistiu que, guardando os mandamentos a salvação poderia ser obtida.

Então, perguntei a ela: “Supondo que o caminho para o céu fosse através desta muralha de rocha. Você aventuraría ir lá em cima?” Ela balançou a cabeça. Ela sabia que um único deslize poderia lhe custar a vida. Então acrescentei: “Se alguém quer guardar os mandamentos de Deus, mas transgride apenas um, torna-se ‘culpado de todos’. Isso é o que diz a Palavra de Deus” (Tiago 2:10).

A mulher ficou em silêncio e pensativa. De repente o homem que até então nada tinha dito, falou: “É a fé que salva”.

Como ele estava certo! Não é obra nossa, mas a fé no que Cristo fez! O que nos salva é crer no Filho de Deus, o Senhor crucificado e ressuscitado, Jesus Cristo. Através dEle, o Salvador, todos podem vir a Deus, se quiserem. Todos os outros caminhos levam à perdição. Mas Cristo nos conduz pelo camino de vida que termina na glória do céu. Jesus Cristo é o caminho.

O ETERNO PESO DE GLÓRIA

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus (Romanos 8:18-19).

O apóstolo Paulo e também os verdadeiros crentes veem os resultados do pecado em volta deles, incredulidade e rebelião contra Deus com as consequências que elas trazem. Eles sofrem como resultado de terem uma nova natureza, que ama a Deus e tudo o que é bom. Este sofrimento eles compartilham, pois Cristo também o experimentou em Sua jornada na terra.

No entanto, assim como o crente sofre com Ele, também será glorificado com Ele. E os muitos problemas pelos quais os cristãos têm que passar na terra não tem comparação com a sua glória futura. Em 2 Coríntios 4:17, Paulo escreve: “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”.

Esta glória será revelada e vista por toda a criação. De fato, “a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus”. Isso acontecerá quando os crentes, depois de serem levados para o céu (veja João 14:2-3; 1 Tessalonicenses 4:16-17), reaparecerão com Cristo na terra. Nesse meio tempo, as tribulações descritas no livro de Apocalipse sobrevirão à terra.

Cristo voltará; isto é certo! Primeiro, Ele tomará os salvos à Si para o céu. Então voltará e requererá Seus direitos sobre esta terra e estabelecerá Seu reino milenar de paz, nos quais os crentes serão revelados com Ele e reinarão com Ele para a bênção de toda a criação (veja Colossenses 3:4; Apocalipse 20:4).

QUE SALVE A SI MESMO!

E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus (Lucas 23:35).

Não muito tempo atrás, os jornais noticiaram a morte de um professor, assassinado por uma gangue de jovens sob a influência de drogas por proteger um aluno a quem uma horda de bandidos tinham severamente espancado. Podemos justificadamente admirar a coragem desse homem que, sem considerar sua própria segurança, resgatou o rapaz indefeso, desconsiderando os muitos espectadores que nada fizeram sobre isso.

Isso nos faz pensar automaticamente no Calvário, onde 2.000 anos atrás um homem completamente inocente, Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi crucificado entre dois criminosos. Lá também havia bastante espectadores. Havia mulheres que simpatizavam com Ele e choravam. Outros, no entanto, eram duros e cruéis, e zombavam do Crucificado, especialmente aqueles de classe dominante da nação, que O entregaram aos romanos para ser executado. “Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus”.

Não se podia negar que o Senhor Jesus salvou a muitas pessoas durante a Sua vida, expulsando demônios, curando os doentes graves, até mesmo ressuscitando mortos. Agora Ele estava numa situação aparentemente sem esperança. Que Ele salve a si mesmo!

Hoje sabemos que teria sido algo pequeno para Ele descer da cruz. Mas Ele não o fez: Ele quis resgatar seres perdidos como nós, do poder do “príncipe deste mundo”, o diabo. Ele sacrificou Sua vida vicariamente por aqueles que desejam ser livres do pecado e do poder de Satanás e que colocam sua fé em Sua obra de redenção na cruz.

O MARAVILHOSO ESPÍRITO SANTO

Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar (Atos 2:1).

O dia de Pentecostes correspondeu exatamente à festa da oferta dos pães movidos (Levítico 23:15-21), realizada anualmente e que apontava profeticamente para a vinda do Espírito Santo. Durante séculos o povo judeu celebrou essa festa; agora o seu verdadeiro significado seria revelado. Depois de Sua ressurreição, o Senhor Jesus disse a Seus discípulos para permanecerem em Jerusalém “até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24:49). Cinquenta dias após a ressurreição e dez dias após a ascensão do Senhor, a Sua promessa foi cumprida. O Espírito Santo estaria tanto com eles (ou seja, Ele agiria por meio deles na Terra) e neles (ou seja, Ele habitaria dentro deles e os guiaria). Desde então, todo verdadeiro crente desfruta deste privilégio. Então é de se admirar que Deus tenha apontado o momento em que isso deveria acontecer?

O Espírito Santo tem muitas tarefas diferentes na Terra: Ele guia os crentes em toda a verdade, Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; Ele não reivindica nenhuma honra para Si mesmo, embora seja uma Pessoa da trindade, mas glorifica o Filho, e em todas as provações recorda os cristãos de seu Exemplo no céu.

Como os discípulos devem ter se sentido desamparados quando o Senhor, a quem estavam tão ligados até então, de repente desapareceu de suas vistas! Mas que maravilhoso “Consolador” Deus já tinha em mente para eles em Seus sábios planos! E como rapidamente lhes enviou o Seu Espírito, que consola os filhos de Deus durante o tempo de ausência do seu Senhor!

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