MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

O SENHOR despedaçou as tuas obras (2 Crônicas 20:37).

(Leia 2 Crônicas 20:25-37)

Enquanto a canção de salvação ecoava pelos ares, os inimigos estavam destruindo uns aos outros! Restou ao povo somente testemunhar a aniquilação e depois recolher os abundantes despojos. Quantas vezes Deus tem removido do nosso caminho obstáculos que nos parecem intransponíveis!

Então o povo novamente se reúne para louvar ao Senhor no vale de Beraca – ou vale da bênção.

Consideremos o triunfo de Jesus na cruz, conquistado sem a menor ajuda dos crentes. O que foi deixado para eles fazerem? Nada, exceto desfrutar os despojos daquela vitória e celebrar com gratidão no vale deste mundo, antes de participar da festa na santa Cidade (v. 28).

O último parágrafo relata mais uma conseqüência das alianças erradas que Josafá fez. Após a desastrosa união militar com Acabe, o rei de Judá fez outra transação igualmente tola, desta vez comercial, com o filho de Acabe, Acazias. Deus permitiu que ele fosse até o fim e fracassasse, e nos ensina, por meio de Eliézer, o que Ele pensa desse tipo de associação com homens mundanos cujo objetivo é somente enriquecer.

PODE HAVER LIBERTAÇÃO DO MAL?

Eu sou carnal, vendido sob o pecado (Romanos 7:14).

“Nunca mais!” Quantas vezes essas duas palavras saem dos lábios das pessoas! Elas soam como um juramento ou uma promessa sagrada. Qualquer um que tenha sentido as consequências das injustiças praticadas contra si por sua própria culpa, pode muito bem expressá-las: “Nunca mais!”

“Gato escaldado tem medo de água fria!”, é um ditado bem conhecido. Mas não é igualmente verdade que o caminho para o inferno é pavimentado com boas intenções?

Um jovem resolveu nunca mais dar lugar à luxúria; outro a nunca andar em má companhia novamente; outro a abster-se de jogos de azar e, portanto, nunca tocar em cartas de baralho novamente. Um quarto prometeu parar de enganar seus pais e não xingá-los novamente.

Infelizmente, assim como uma árvore doente não pode produzir bons frutos, tampouco o homem pode fazer o bem por natureza. Neste contexto, o Senhor Jesus Cristo afirma que uma árvore só pode dar frutos segundo a sua própria espécie (Mateus 12:33). Esse é o cerne da questão: a “árvore” deve ser transformada, para que a fruta seja boa. Não há outro jeito!

Como isso pode acontecer com os seres humanos? Aquele que se voltar para Jesus Cristo, admitindo francamente seus pecados e colocando sua confiança inteiramente nEle, recebe o perdão e a vida nova. Ele é salvo e liberto do domínio do pecado. Então, ele é capaz de levar uma vida completamente nova, livre da compulsão de “servir ao pecado” (veja Romanos 6:3-6).

A RESSURREIÇÃO

Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas (Atos 2:32).

Os líderes de Israel tinham crucificado Jesus. Eles haviam selado Seu túmulo e puseram guardas. Agora estavam livres desse pregador problemático, como eles pensavam.

Mas Cristo ressuscitou; a morte não poderia retê-Lo, nem os guardas poderiam evitar isso. Eles tiveram que relatar aos sumos sacerdotes o que tinha acontecido (veja Mateus 27:66; 28:11).

Então, 50 dias depois, no dia de Pentecostes, em Jerusalém, os apóstolos começaram a falar da ressurreição do Senhor Jesus publicamente. Isso causou grande irritação entre os sumo sacerdotes e os anciãos, mas não podiam negar o fato. Afinal, havia mais de quinhentas testemunhas oculares, que poderiam testemunhar ter visto o Senhor ressuscitado (veja 1 Coríntios 15:6). Nem poderiam os anciãos negar a cura milagrosa do coxo em nome do Senhor Jesus (Atos 3). Eles só podiam ameaçar os discípulos e proibi-los de continuar a falar do Senhor Jesus e Sua ressurreição.

Os discípulos que tinham fugido com medo quando o Senhor Jesus foi preso, agora tomaram coragem por causa da Sua ressurreição. Eles insistiram que deviam obedecer a Deus e não aos homens, e não podiam ficar em silêncio quanto ao fato da ressurreição (veja Atos 4:6-20).

Por que a ressurreição do Senhor Jesus é tão importante? É o sinal de que Cristo não foi derrotado na cruz, mas que Ele obteve a vitória sobre Satanás e a morte. Ao mesmo tempo, é a prova de que Deus aceitou o sacrifício expiatório de Jesus. Porque Cristo levou a minha culpa, teve que sofrer a morte. O fato de que Ele ressuscitou prova para todos os que nEle creem que a sua culpa foi expiada e que têm parte em Sua vida.

CRISTO, A FORTALEZA SEGURA

Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus (1 Coríntios 1:18).

Eu estava subindo uma montanha nos Alpes, juntamente com um amigo. Nós fomos por um caminho errado, e quando foi a minha vez de liderar, eu me vi diante de um precipício. Era impossível prosseguir. Mas o caminho de volta também era perigoso. Mais de 300 metros abaixo de nós estava um resplandecente lago. Se tivéssemos caído significaria a morte.

Mas tivemos que prosseguir. Em lugar nenhum podíamos achar um local onde pudéssemos nos agarrar com segurança. Então descobrimos uma ligeira elevação na rocha, mas a abertura era muito grande para que se pudesse passar por cima. Nossa única chance era saltar. Parecia loucura; nenhum montanhista faria uma coisa dessas, mas tínhamos que aproveitar a chance. O salto foi bem sucedido, e eu segurei firmemente naquela pequena saliência de rocha. O perigo já havia passado; chegamos ao cume sãos e salvos.

A escalada se assemelhava a minha vida. Eu tinha tomado o caminho errado, até que descobri que não poderia prosseguir: estava perdido. Não poderia voltar e desfazer minha vida. Continuar teria me conduzido à perdição.

Então vi uma fortaleza segura: a cruz do Senhor Jesus Cristo. Só precisava arriscar o salto. Parecia idiotice num primeiro momento, como a Bíblia confirma. E você, vai fazer o que eu fiz – vai saltar? Deixe tudo de lado. Vá para Jesus Cristo, como tantos outros fizeram. Faça o que está registrado acerca do cego Bartimeu: “E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus” (Marcos 10:50).

UMA JOVEM EXTRAORDINÁRIA!

E saíram tropas da Síria e da terra de Israel levaram presa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra (2 Reis 5:2-3).

Essa jovem de Israel tinha sido arrancada de sua terra natal e de sua família durante a guerra e teve que trabalhar como escrava na casa de Naamã, entre os inimigos de seu povo. Sob tais circunstâncias, até poderíamos imaginar que ela tinha duvidado da fidelidade e da bondade de Deus, não é mesmo?

No entanto, todo o mal que os sírios tinham feito a ela e a seu povo não a impediram de sentir compaixão por seu mestre quando soube de sua doença incurável.

Corações que foram machucados são sensíveis às necessidades dos outros. Uma compaixão verdadeira fica evidente nas palavras desta jovem cativa. Além disso, mais do que a sugestão dada como o seu senhor poderia ser curado, ela revela uma notável fé: embora não pudesse basear sua palavra em qualquer exemplo de um leproso curado em Israel, tinha certeza que Eliseu era um homem de Deus no meio do seu povo e, portanto, seria capaz de curar Naamã. Também é possível que a lealdade demonstrada na maneira com a qual realizava suas tarefas contribuiu para a credibilidade do seu testemunho aos olhos da mulher de Naamã.

Que o exemplo dessa jovem nos encoraje a permanecermos fiéis ao Senhor onde Ele nos colocou. Ele pode abençoar até mesmo um simples testemunho, de modo que as pessoas recebam a salvação eterna.

AS INSONDÁVEIS ​​RIQUEZAS DE CRISTO

A mim… me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo (Efésios 3:8).

O grande número de navios que naufragou com uma carga valiosa nos séculos 16 e 17 inspira tanto aventureiros como arqueólogos a vasculhar o leito do mar ao largo das costas.

Em maio de 2007, tornou-se de conhecimento público que um tesouro de 17 toneladas de moedas de prata e centenas de moedas de ouro foram encontradas. A posição exata da descoberta foi mantida em segredo.

O valor total superou o recorde existente de tesouro achado, que é de 400 milhões de dólares. Isso foi realizado por Mel Fisher, que, depois de procurar por 16 anos, descobriu o navio do tesouro “Nuestra Señora de Atocha” ao longo da costa sul da Flórida em 1985. O navio havia sido destruído por um furacão em 1622. A carga que consistia em ouro, prata e jóias se dirigia para Espanha. Fisher teve uma longa luta judicial para se defender das alegações do Estado sobre o tesouro. Ainda mais grave é o fato de que a busca custou a vida de quatro pessoas, entre elas seu próprio filho Dirk e sua nora, Angel.

As “riquezas de Cristo” que o apóstolo Paulo pregou, excedem o valor de qualquer tesouro terreno. Este tesouro é “insondável” e imperscrutável. Seu imensurável valor está disponível a todos; não importa quantos reivindicam a sua parte nele, ele não diminui. Também não é um empreendimento arriscado para obtê-lo. Ele é pregado e oferecido gratuitamente no evangelho, só se precisa tomar posse dele pela fé.

São as “insondáveis riquezas de Cristo”. Através dEle, o Filho de Deus, obtemos a salvação eterna na glória de Deus. Ele é o “herdeiro de tudo” (Hebreus 1:2), e o crente desde agora está intimamente ligado a Ele e por toda a eternidade.

FAÇAMOS FESTAS…

Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa… com os asmos da sinceridade e da verdade (1 Coríntios 5:7-8).

Quando nos tempos bíblicos o cordeiro era morto para a festa da Páscoa, a qual Deus tinha ordenado para o Seu povo terreno, todo mundo sabia que era chegada a hora de remover quaisquer vestígios de fermento de suas casas. A carne do cordeiro era para ser comida apenas com pão ázimo. Imediatamente depois, seguia a festa dos pães ázimos, que durava sete dias, durante os quais nenhum vestígio de fermento devia ser encontrado em suas casas (Êxodo 12:15).

A intenção por trás deste tipo é mostrar a todos os que foram salvos pelo sangue do Senhor Jesus quão necessário é uma vida de santidade e pureza. Na cruz do Calvário o Senhor Jesus cumpriu tudo o que é ilustrado pela Páscoa e, assim, tornou-Se a “nossa Páscoa”. Não se pode descansar com segurança sob a proteção de Seu sangue e, ao mesmo tempo, continuar tolerando o “fermento”, ou seja, o pecado. Tal contradição é injustificável.

“Sairás pela manhã e irás às tuas tendas” (Deuteronômio 16:7). Lá a festa dos pães ázimos encontrou a sua expressão. Quando Deus olha para nossas casas e vê a sua vida e a minha, será que Ele vê uma “festa… da sinceridade e da verdade”?

Bem podemos entender por que o apóstolo Paulo disse: “Façamos…”, pois um alto grau de energia espiritual é necessário para atender a essa exigência. A nova vida dentro de nós tem essa energia. Que ela seja eficaz!

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor… não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR será convosco (2 Crônicas 20:17).

(Leia 2 Crônicas 20:14-24)

A oração fervorosa de Josafá recebeu uma reposta imediata e pública. No nome do Senhor, Jaaziel tranqüiliza o rei e o povo. Quantos crentes em situações delicadas têm sido beneficiados com a leitura de tais palavras encorajadoras! Comparemos o v. 17 com as palavras que Moisés falou a Israel por ocasião da travessia do Mar Vermelho. “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor” (Êxodo 14:13).

Sem esperar o agir do Senhor, Josafá e todo o povo adoraram e louvaram a Deus. A fé que, mesmo antes de um evento, pode não apenas descartar a preocupação, mas agradecer a Deus pela resposta que Ele já deu, é a fé que O glorifica! Agir assim é seguir o divino Exemplo. Antes de ressuscitar Lázaro, pela virtude do poder de Deus, Jesus começou dizendo: “Pai, graças te dou porque me ouviste” (João 11:41).

Que bela é essa adoração, celebrada na presença dos inimigos (Salmo 23:5)! Os que louvavam iam à frente das tropas. E o som de triunfo que de repente irrompeu foi o prenúncio de uma vitória espetacular na qual nenhum único golpe foi desferido.

A LIÇÃO DE DAMASCO

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16).

As pessoas tiveram milhares de anos para provar que em sua alma interior elas são boas. Infelizmente, este “átomo de bondade”, o que daria a Deus um ponto de contato, é inexistente; nem mesmo os nobres pensamentos e ações dos homens são completamente livres da mancha do pecado. É por isso que encontramos esta conclusão chocante na epístola aos Romanos: “Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Romanos 3:12). Paulo, o escritor, sabia: como um fariseu, ele era bem versado na lei que Deus tinha dado ao povo de Israel. Também não havia nada em sua vida que as pessoas poderiam se opor (veja Filipenses 3:6).

No entanto, o seu zelo pelos mandamentos de Deus não o impediu de perseguir os discípulos do Senhor, e também Cristo, o Filho de Deus. E ele fez isso com a consciência perfeitamente livre! Ele imaginou que assim estava fazendo um grande serviço para Deus. Algo extraordinário tinha que acontecer para trazê-lo de volta a seus sentidos, uma vez que estava muito convencido de sua justiça própria. Isso aconteceu na estrada para Damasco, quando a gloriosa aparição do Senhor Jesus do céu o lançou ao chão.

Essa “lição de Damasco” mudou não só a sua vida, mas também a estimativa de seu caminho até aquele momento. Quando mais tarde ele escreveu que “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores,” acrescentou, “dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15).

Quem chegou a esse ponto não se envergonhará do evangelho, mas antes de sua antiga vida sem Deus. Ele está, então, interessado em que a boa nova da graça de Deus seja propagada, de modo que muitos outros possam experimentar a sua própria “lição de Damasco”.

QUEM SÃO “OS VERDADEIROS ADORADORES”?

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem (João 4:23).

A ideia fundamental para a maioria das religiões é a de que as boas obras e ritos religiosos vão apaziguar e satisfazer o “Altíssimo”, quem quer que ele seja. Mesmo os povos pagãos com suas religiões primitivas sacrificam aos seus ídolos, a fim de obter o favor de seus deuses.

Agora, quando nós, como cristãos, adoramos a Deus o Pai e Seu Filho, Jesus Cristo, fazemos isso por um motivo completamente diferente. Nós não adoramos a fim de sermos salvos, guardados ou redimidos, mas porque já temos e conhecemos esses privilégios. Nós não podemos ter a salvação por nossos próprios esforços, nem amando, agradando ou obedecendo a Deus. Ele fez tudo por nós ao prover o Salvador.

O nosso ato de adoração é, portanto, simplesmente a expressão de nossa gratidão e a oportunidade de louvar a Sua grandeza. Precisamos manter firmemente em nossas mentes essa distinção entre o verdadeiro culto e a religião oriunda da imaginação do homem.

As pessoas religiosas têm em mente prestar culto a seus deuses. Elas acreditam que vão ser perdoadas e aceitas. O verdadeiro crente em Cristo, por outro lado, entende que Deus concedeu a todos por puro amor e que Ele precisa ser exaltado por aquilo que Ele é e tem feito a partir de um profundo sentimento de gratidão. O nosso amor, que encontra a sua expressão no louvor, é a resposta apropriada para o Seu amor. “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4:19).

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