UM REI JUSTO DE FATO

Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus. E será como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens (2 Samuel 23:3-4).

Davi era o governante de Israel designado por Deus. Se estudarmos a história nos livros bíblicos de Samuel, Reis e Crônicas, não podemos deixar de ter a impressão de que ele era um rei bom e justo com o seu povo. Especialmente no início de seu reinado, antes de seu reino ser devidamente estabelecido, seu senso de justiça é claramente perceptível.

Um homem veio até ele esperando uma recompensa afirmando que, como um ato de misericórdia, havia matado Saul, antecessor de Davi no trono. Mas um dos primeiros atos oficiais de Davi foi capturar o fanfarrão em sua própria palavra e puni-lo como assassino.

Joabe, sobrinho e general de Davi, com suas intrigas lhe causou uma série de problemas, de modo que certa vez Davi reclamou da dureza dos parentes de seu oficial. Isso era coerente com a mentalidade justa de Davi.

Houve, no entanto, algumas manchas sobre o reinado de Davi, erros que a Bíblia não encobre. Mas ela também relata que Davi sempre se voltava a Deus para confessar seus atos pecaminosos, e Deus o confortava, lhe apontando o Redentor que iria governar com justiça e bondade.

No reinado de Jesus Cristo, a bênção de Deus será derramada sobre toda a Terra. Todos os que se renderam ao senhorio dEle, o Justo, vão experimentar isso. Em Seu reinado de paz a perfeita justiça prevalecerá.

RETROCEDER OU CRER?

Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma (Hebreus 10:39).

Não nos fala a sabedoria humana para retroceder quando qualquer coisa parece arriscada, como uma parceria de negócios indo em direção à ruína ou uma amizade levando para um caminho errado? Não haverá consequências catastróficas se a pessoa se recusa a desistir de uma situação insustentável contra todos os argumentos razoáveis? Exércitos inteiros pereceram por uma teimosia como essa. Em tais casos, retroceder significava retroceder da ruína.

No versículo de hoje a frase: “dos que retrocedem para a perdição” (Almeida Revista e Atualizada) deve ser contrastada com a frase subseqüente: “daqueles que crêem para a conservação da alma”.

A humanidade não está destinada a buscar o seu próprio caminho, quer seja heroicamente ou em desespero por qualquer destino impessoal, desinteressado, mas ela pode recorrer à alternativa que Deus apresenta — Seu Filho Jesus Cristo.

Deus deu Seu Filho, Jesus Cristo, para salvar as pessoas da perdição eterna (isto é, uma eternidade no tormento do inferno), e conceder-lhes a vida eterna. A alternativa é rejeitar a mão estendida de Deus, imaginando que não precisa dEle, e, portanto, se retirar “para a perdição”.

Certa vez Jesus perguntou: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mateus 16:26).

Agora, pois, considere estas duas questões: retroceder para a perdição ou crer para conservação da alma.

SACOS CHEIOS DE VIDA

Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás. E, tendo anunciado o evangelho… voltaram…fortalecendo os discípulos e encorajando-os a permanecer na fé (Eclesiastes 11:1; Atos 14:21-22).

Levar bíblias para países hostis a Deus representa um problema. Há anos, alguns cristãos tiveram a ideia de jogar no mar sacos plásticos fechados com algumas páginas das Escrituras dentro. Desta forma, a Albânia recebeu o evangelho a partir das ilhas gregas. Cada um destes sacos continha um evangelho e um pouco de palha que os fazia flutuar. Depois de muita oração, foram jogados no mar de acordo com a corrente. As ondas os levaram para a outra margem. E Deus abençoou o trabalho.

Um albanês encontrou um evangelho na praia e se converteu ao lê-lo. Ao procurar na praia, ele encontrou mais sacos plásticos e os distribuiu. Ele foi descoberto e condenado a nove anos de prisão. Anos depois, quando o regime político albanês mudou, os cristãos lhe procuraram: “Você teve que ir para a prisão por nossa causa? Não está amargurado conosco?”. Ele respondeu: “Não, valeu a pena o sofrimento”.

Depois de nove anos de prisão, esse albanês pôde participar de uma reunião cristã pela primeira vez e receber uma Bíblia completa. Mas foi por meio de um único evangelho, sem qualquer outro livro cristão, que o Senhor alcançou sua alma, convencendo-o, posicionando-o em Sua obra e lhe preservando em meio a terríveis dificuldades.

ABANDONADO POR DEUS

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Marcos 15:34).

Durante horas Jesus esteve pendurado na cruz, uma vítima inocente. Ele foi alvo de desprezo de todos os grupos da sociedade humana. Desde os dignitários espirituais até os ladrões crucificados com Ele, todos zombaram e O injuriaram. O Crucificado sofreu com as duras palavras do povo, o qual Ele sempre tratou com amor e simpatia. No entanto, nenhuma palavra de reclamação veio de Seus lábios.

E de repente ao meio-dia houve trevas, em “toda a terra” (Marcos 15:33). Jesus Cristo é o santo e puro e Ente da Trindade, que não conheceu pecado, que não cometeu pecado e em Quem não há pecado. No entanto, durante este tempo, Deus fez cair sobre Ele a culpa dos pecadores, e Ele se tornou seu substituto. Desse modo suportou o juízo de Deus, que julga justamente e não pode tolerar o pecado.

Como Homem, Jesus tinha servido o Seu Deus e Pai com muita satisfação, e desfrutava perfeita e imaculada comunhão com Ele. E agora? No Salmo 37, v. 25 Davi diz: “Nunca vi desamparado o justo”. Contudo ressoa um grito na escuridão: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” O clamor se desvanece, aparentemente sem ser ouvido.

Abandonado por Deus, o Senhor Jesus levou o juízo que os outros mereciam por seus pecados. Deus executou severamente esse juízo nEle, Seu Filho amado. Por quê? A fim de que todos que nEle crêem e confessam seus pecados possam experimentar a misericórdia de Deus e não se percam, mas tenham a vida eterna.

Jesus Cristo foi abandonado por Deus, de modo que todos os que nEle confiam nunca experimentarão ser abandonados por Ele em tormento eterno. Aquele que nEle crê sabe que Deus é com ele e nunca o deixará.

JESUS, DEUS ENTRE OS HOMENS

Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores (João 20:31; 1 Timóteo 1:15).

Ao nascer, há mais de dois mil anos, o menino Jesus foi colocado em uma manjedoura (Lucas 2:7). Viveu e cresceu no anonimato, sem riquezas, e nem ao menos tinha uma casa própria (Lucas 9:58).

Ainda recém-nascido, fez um rei tremer (Mateus 2:3); como menino deixou os eruditos admirados (Lucas 2:46-47); e quando cresceu deu ordens às forças da natureza. Abriu os olhos dos cegos, ressuscitou mortos e fez muitos outros milagres, os quais foram reconhecidos inclusive por aqueles que desejavam matá-Lo (João 11:47).

Jamais escreveu um livro, contudo, que biblioteca poderia conter todos os livros que têm sido escritos sobre Ele? Nunca fundou uma escola, porém, os que escutaram Seus ensinos não caberiam nas cadeiras de todas as escolas do mundo.

Não comandou um exército, nem recrutou um só soldado, mas nenhum chefe reuniu tantos voluntários os quais, por sua vez, conduziram tantos rebeldes a depor suas armas.

Quando tinha cerca de trinta e três anos, mesmo tendo feito somente o bem, foi traído por um de Seus discípulos, negado por outro e abandonado por todos os demais (Marcos 14:41-68). Seu povo pediu Sua morte e o governador romano a concedeu, sabendo que Jesus era inocente (Mateus 27:22-26). Porém, Ele voluntariamente deu Sua vida pelos pecadores. A sepultura não foi capaz de retê-Lo; ressuscitou e o céu se abriu para receber o Juiz de vivos e mortos (Lucas 24:6, 51 e Hebreus 10:12).

Você conhece o Senhor Jesus, Deus entre os homens, Aquele que afirmou: “Eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre” (Apocalipse 1:17-18)?

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Depois da morte de Joiada, vieram os príncipes de Judá e prostraram-se perante o rei; e o rei os ouviu (2 Crônicas 24:17).

(Leia 2 Crônicas 24:1-3; 15-27)

Durante o tempo em que Joiada o guiou, tudo levava a crer que Joás seria um dos melhores reis. Infelizmente, a morte do sumo sacerdote foi um divisor de águas na vida de Joás. Como isso pode ser explicado? Em vez de descansar diretamente em Deus – um atributo da fé – Joás confiava em seu pai adotivo e, quando Joiada não estava mais disponível, a fidelidade do rei entrou em crise, pois ele jamais havia desenvolvido uma fé pessoal.

Jovens leitores cujos pais são crentes, não se enganem: educação, boas maneiras, as mais favoráveis circunstâncias, todas essas coisas não são fé. Além disso, a fé dos seus pais não é a sua fé. Quando eles se forem, será que o Senhor permanecerá com você?

Os líderes do povo vieram e bajularam Joás. “E o rei os ouviu” (v. 17). E o que ele fez sob a influência dos líderes? Tomou uma atitude que faria qualquer um estremecer: matou o filho de seu benfeitor. O Senhor lembrou os fariseus hipócritas da morte de Zacarias (cujo nome significa o Senhor se lembra), pois estavam prestes a cometer o mesmo crime terrível (Mateus 23:34-35; 21:35).

NINGUÉM ESTÁ EXCLUÍDO DA OFERTA DA GRAÇA

Converte-te, ó Israel, ao SENHOR, teu Deus; porque, pelos teus pecados, tens caído. Tomai convosco palavras e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Expulsa toda a iniquidade (Oséias 14:1-2).

Um jovem cristão obteve permissão para pregar as boas novas de Jesus Cristo numa prisão. Enquanto descia o corredor do meio para a plataforma, ele sentiu clara e inequivocamente a reserva e desconfiança entre os presos. De repente percebeu que as palavras introdutórias que tinha preparado seriam inadequadas para esse público.

Quando estava prestes a subir os poucos degraus até a plataforma e silenciosamente orava a Deus para lhe mostrar como começar, ele tropeçou e caiu. Risos encheram o salão. O pregador se levantou, foi até o microfone e disse: “Meus amigos, é apenas para isso que eu vim. Quero lhes dizer que é possível alguém cair e se levantar de novo”.

Isso é precisamente o que Deus deseja proporcionar em Sua graça, e na verdade a todo mundo, por maior que possa ser a sua condição particular de culpa. “Vinde, então, e argui-me, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (lsaias 1:18).

Ninguém está excluído desta oferta da graça: “Deus, nosso Salvador… quer que todos os homens se salvem” (1 Timóteo 2:3-4), e “o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).

Por mais fundo que uma pessoa tenha caído, Deus quer levantá-la. Ele espera apenas uma coisa: que ela francamente confesse seus pecados e deposite a sua fé no Salvador, Jesus Cristo, o Filho de Deus.

A GRAÇA DE DEUS NOS BASTA

A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza (2 Coríntios 12:9).

“Minha graça te basta.” Estas foram as palavras do próprio Senhor para o apóstolo Paulo em sua dificuldade. O próprio Senhor estabeleceu esse mais importante fato, e estas poucas palavras descrevem de forma concisa a abundância de Sua graça e o que ela gera. Ele nos assegura que a Sua graça irá satisfazer plenamente todas as nossas necessidades em qualquer circunstância. Além disso, Ele nos concede paz e alegria, mesmo no sofrimento, e derrama força e bênção para a nossa vida diária. Do que mais poderíamos precisar? É assim que o Senhor mostra a extensão de Sua graça.

Há, portanto, uma maravilhosa e consoladora promessa nestas palavras: “Minha graça te basta”. Porém, uma coisa é necessária: nos entregar totalmente a Ele, jamais perdendo de vista o fato de que já morremos com Cristo. Devemos confiar no Senhor, que é a fonte de nossa força. Seu poder penetra em nossa fraqueza.

Pode acontecer de nosso coração não estar contente com a ação do Senhor. Queremos às vezes até estabelecer algumas condições para o Senhor agir. Por isso, procuremos aceitar e aproveitar Sua graça mais e mais! Então saberemos por experiência que a força do Senhor se aperfeiçoa na fraqueza em qualquer situação que surja. A força de Cristo pode se desenvolver em nós tanto para o serviço quanto para o sofrimento e provações. Então, poderemos descansar felizes e satisfeitos em Sua liderança.

QUE TODOS SEJAM SALVOS

Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor Deus; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva?… convertei-vos, pois, e vivei (Ezequiel 18:23, 32).

Como Deus poderia ter prazer na morte de qualquer pessoa, mesmo que fosse a mais desprezível? Deus é amor, Ele ama suas criaturas e quer que todos sejam salvos. Ele não olha com indiferença quando alguém passa para a eternidade sem atender ao Seu chamado ao arrependimento. Isto pode ser deduzido do versículo de hoje.

Se as vezes Deus permite que as pessoas na terra colham as consequências de seus atos, então, num certo sentido, Ele acha isso repugnante também, e Ele não o faz sem demonstrar graça. Em Sua misericórdia, adverte o culpado antes de exercer juízo. Muitos exemplos na Bíblia salientam esse fato.

Nabucodonosor, aquele rei cruel e idólatra que eliminou muitas nações. Deus não o deixou ir simplesmente à ruína, mas advertiu-o através de sonhos que lhe foram interpretados. Só então Ele o deixou sentir o Seu poder.

Judas Iscariotes foi outro. Desde o começo o Senhor Jesus sabia que Judas iria entregá-Lo para seus inimigos. Mas Ele o avisou várias vezes e deu-lhe a chance de mudar seus caminhos. Que tristeza é expressada na palavra “amigo”, com a qual o Senhor se dirigiu a ele no jardim do Getsêmani.

É possível pensar que alguém é demasiado mau para esperar o perdão de Deus, ou mesmo muito orgulhoso, muito bruto ou muito consciente de sua inteligência. Mas Deus “quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4). Ele não exclui ninguém da salvação que oferece a todos os que crêem.

O PERIGO DA BUSCA DESENFREADA PELAS RIQUEZAS

Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? (Mateus 16:26).

A infelicidade que vem sobre aqueles que se esforçam por riquezas materiais também pode afetar aqueles que buscam a riqueza intelectual. Estes abandonam o abençoado caminho da fé, da mesma forma que aqueles que procuram riquezas na Terra.

Devido ao amor às riquezas terrenas, o crente se desvia completamente do caminho da vida cristã prática: ele perde de vista o temor de Deus e Sua presença. Ele não se opõe à vida ou à doutrina cristã, mas se perde no caminho. Os que se enlaçam no amor ao dinheiro “se desviaram da fé” (1 Timóteo 6:10). Eles não estão mais caminhando de verdade com Cristo. Bênçãos de Deus, particularmente as bênçãos celestiais, se tornaram insípidas e perderam sua força. O amor para com Cristo se esfria, e tal pessoa não tem nem tempo nem desejo de estar ocupada com as “coisas que são de cima”, porque a sua alma foi ressecada pelas coisas do mundo. E tampouco pode ser uma testemunha perante o mundo.

Vivamos em comunhão com o Senhor e desfrutemos de Sua pessoa. Que somente Ele seja o tesouro do nosso coração ao longo de toda a nossa vida. Só então a tentação de ser rico não terá qualquer influência sobre nós. Quer sejamos ricos ou pobres, não devemos colocar nosso coração nas riquezas nem na confiança da riqueza. “Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza” (Provérbios 13:7).

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