ANFITRIÕES CRUÉIS

As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Lucas 9:58).

O fato de sermos recebidos de maneira desagradável na casa de alguém nos tira totalmente o desejo de nos relacionarmos com tal pessoa. E foi exatamente isso que a humanidade fez com o Filho de Deus.

Como Ele foi recebido? “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1:11). Maria “deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2:7).

Ao final da vida de Jesus Cristo neste mundo, Seu povo – o qual jamais quis saber dEle – pediu Sua morte com grandes brados. Preferiram libertar Barrabás, um assassino, e matar o Senhor Jesus. O mundo não O queria e o único lugar que Lhe ofereceram foi a cruz. Será que hoje teriam um melhor?

Quando O crucificaram, Jesus Cristo disse a Seu Pai: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). E ali, na cruz, levou em nosso lugar o castigo que merecíamos diante de Deus. Foi desta maneira que o Senhor Jesus respondeu à maldade dos homens. E é com este mesmo amor inigualável que Ele lhe trata hoje, caro leitor.

O Senhor Jesus oferece um lugar na casa do Pai a todos os que creem nEle: “Na casa de meu Pai há muitas moradas… vou preparar-vos lugar… virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (João 14:2-3).

E na sua vida, que lugar o Senhor Jesus ocupa de fato?

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera (Marcos 4:19).

(Leia 2 Crônicas 26:1-15)

O rei Uzias nos é apresentado como um homem de excepcional inteligência e discernimento. Seu reinado particularmente longo – cinqüenta e dois anos – é marcado por uma notável e febril atividade. O rei cuidou para que nada faltasse ao povo: poços, gado, terras férteis, vinhas e um eficiente sistema de proteção militar. Em resumo, Uzias garantiu tanto prosperidade quanto segurança para seu reinado. Todos os esforços dos homens não giram em torno desses dois objetivos? E onde eles geralmente os conseguem? E quando os alcançam, será que as pessoas agradecem a Deus? E será que usam seus bens para expandir a obra do Senhor? Infelizmente, os homens atribuem a si mesmos o crédito por suas obras, confiam em suas riquezas e as desfrutam de maneira egoísta! Esses perigos também existem para o crente que tem uma vida financeira confortável, pois ele corre um grande risco de colocar a confiança em seus próprios recursos e começa a pensar que é auto-suficiente. Ao mesmo tempo, pára de contar com a maravilhosa ajuda de Deus (v. 15) e, por conseqüência, perde todos os benefícios dela resultantes. Sob tais circunstâncias, a decadência não tarda a chegar.

Uzias tinha preparado tudo para se defender de um ataque vindo de fora. Mas negligenciou o ataque interno, em outras palavras, aquilo que provinha de seu próprio coração.

O QUE É PRIORITÁRIO?

E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada (Lucas 10:41-42).

Quando confrontadas com questões acerca daquilo que a Bíblia diz e quer ensinar, muitas pessoas salvas afirmam que não têm tempo para se ocupar tanto com isso. Para a maioria, é uma desculpa conveniente: eles realmente não acreditam que o estudo detalhado das Escrituras seja tão relevante, e isso será para perda espiritual deles. Há outros tantos tão envolvidos em suas tarefas diárias e circunstâncias que honestamente acreditam que não têm tempo para Deus e Sua Palavra.

Para tais, o Senhor Jesus Cristo tem algo a dizer. Assim como àquela mulher ocupada, Marta. Ele havia chegado à casa dela com Seus discípulos para uma visita. Isso causou bastante trabalho. Lendo o relato no Evangelho, muitos, erroneamente, julgam a repreensão do Senhor como sendo injusta.

Maria irmã de Marta preferiu ouvir o que o Senhor tinha a dizer. Isso causou a irritação de Marta, então ela exigiu que Ele mandasse ajudá-la. Mas o Senhor deixou claro que, à luz da eternidade, circunstâncias naturais têm um lugar secundário. Precisamos olhar além da atividade do dia.

O que conta para a eternidade não é o cumprimento do nosso dever, por mais necessário que possa ser, mas como estamos em relação a Palavra de Deus. Essa é a verdadeira questão: receber a Sua Palavra. Maria havia escolhido a boa parte. Isso era algo que ia além do tempo para ela.

Em último lugar, temos de decidir o que é prioritário para nós.

O SEGREDO DE MIQUÉIAS

Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá (Miquéias 7:7).

Miquéias foi um jovem contemporâneo de Isaías. Ele viveu e trabalhou em Judá, durante um período de declínio moral no governo do ímpio rei Acaz.

Uma vida marcada pelo mal se tornou algo comum em Judá na época. Miquéias afirmou acerca dos príncipes de seu povo que eles odiavam o bem e amavam o mal (capítulo 3:2), e que o melhor deles era como um espinho, e o mais reto era como um espinhal (7:4). Mas delitos e pecados abundavam entre a maioria das pessoas. Então Miquéias teve que anunciar o juízo de Deus: “Portanto, por causa de vós, Sião será lavrado como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa, em lugares altos de um bosque” (3:12).

No entanto, em meio a esse estado deplorável e a terrível perspectiva do juízo vindouro, Miquéias não se desesperou. Ele tinha um segredo que lhe permitiu permanecer alegre e confortado. Por isso exclama: “Eu esperarei no Senhor!”. Ele dirigiu seus olhos para cima, tirando o olhar dos seres humanos. Desviou os olhos de toda a grande decadência que o rodeava. Olhou para o Deus da sua salvação, o Único que poderia ser o seu refúgio. E então foi consolado, apesar de toda a sua necessidade. Ele diz: “Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.… ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o SENHOR será a minha luz” (vv. 7 e 8).

Miquéias olhou para o Senhor, e quão importante é seu exemplo para todos os que pertencem ao Senhor e confiam nEle. E nós também estamos vivendo em tempos sérios, mas o Senhor é a nossa luz!

QUAL É O CAMINHO CERTO?

Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14:5-6).

Um caminhante tinha se perdido nas montanhas. Ele tinha chegado a um ponto em que vários caminhos se cruzavam. Qual deles o levaria de volta para a aldeia onde ele passava seu feriado? Felizmente outro caminhante se aproximava, com o qual poderia se informar. Este homem gostava de conversar, e começou a dizer de onde ele veio, como amava as montanhas e como seria o tempo no dia seguinte. Qual o caminho que levava à aldeia que nosso amigo queria chegar – isso, ele lamentava, não sabia dizer. Poderia ser este ou outro.

De repente passou por ali uma camponesa. Será que ela conhecia a região? Certamente! Ela era da aldeia que nosso amigo procurava. Ela até conhecia a casa onde estava hospedado. “Siga-me”, disse ela. Neste caso, o caminho correto era uma pessoa.

É inútil saber sobre as diferentes religiões e comparar os vários caminhos pelos quais as pessoas tentam chegar ao céu. Filosofia e meditação tampouco ajudam. Também não ajuda considerar a Bíblia um livro interessante e acreditar que Deus existe. Para alguém que está perdido, só uma coisa importa: Qual é o caminho certo?

A resposta é tão curta quanto a pergunta: “Eu sou o caminho”, diz o Senhor Jesus. “Segue-me tu” (João 21:22). “E em nenhum outro há salvação” (Atos 4:12). Jesus Cristo é o único caminho.

CRENDO EM DEUS

Sem mim nada podereis fazer.

Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos.

Eu sei em quem tenho crido

(João 15;5; Tito 1:2; 2 Timóteo 1:12).

CRENDO EM DEUS

Um cristão não é alguém que simplesmente crê que Deus existe; ele crê no que Deus declarou. Ele acredita em Deus. Em primeiro lugar, reconhecemos que não é fácil aceitar este assunto. Devo chegar ao ponto de dizer: “Ó Deus, estás certo, eu estou errado. Tu és santo, eu sou um pecador. Tu és justo, eu sou injusto. Eu preciso da ajuda que só Tu podes me dar”.

Fé também é acreditar no que a Bíblia diz sobre Jesus Cristo. A Palavra de Deus declara que Ele é o único Salvador que Deus reconhece. Ele, e nenhum outro, morreu por nós.

Deus é tão rico que não vende a salvação; nós somos tão pobres que nunca poderíamos comprá-la. Ele nos salva apenas por meio da fé, tal como estamos e quem somos, quer sejamos religiosos ou não. Podemos nos aproximar dEle através da fé. O que é fé? É a total confiança em Jesus Cristo.

Estas palavras provêm da pena de um escritor cristão: “O Deus Todo-Poderoso sabe que eu não sou competente ou inteligente ou forte o suficiente para levar uma vida cristã bem sucedida. Mas através do Seu Espírito, o Salvador Jesus Cristo quer entrar na minha vida, pensar com meu cérebro, ver com meus olhos, ouvir com meus ouvidos, falar com meus lábios, andar com as minhas pernas, trabalhar com as minhas mãos e amar com o meu coração Essa é a vida cristã: nada além, nada mais e nada menos”.

A LUZ MAIS BRILHANTE QUE O SOL

Ai de mim, que vou perecendo!… e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! (Isaías 6:5).

Quando há um eclipse do sol, muitas pessoas compram óculos especiais de proteção, para serem capazes de assistir a este espetáculo. É bem sabido que nossos olhos precisam de proteção contra os fortes e prejudiciais raios do sol.

Agora, há uma luz que brilha muito mais intensamente que a do sol! Estamos falando da glória de Deus, o esplendor de Suas qualidades morais. Nenhum ser humano pode suportá-la sem proteção eficaz; como pecador, não pode permanecer diante de Deus. Os “raios” de Sua santidade significariam sua ruína.

A Bíblia fala de algumas pessoas que tiveram o privilégio de ver algo da glória de Deus, e ficaram cheias de temor e pavor. O profeta Isaías foi um reconhecido servo de Deus; no entanto, esta visão o tornou consciente de quão indigno ele era. Quando Moisés certa vez quis ver a glória de Deus, ele recebeu a seguinte resposta: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Êxodo 33:20).

Contudo, o momento virá quando todos se encontrarão com Deus. Então tais pessoas precisarão de proteção, mas não na forma de qualquer tipo de óculos, e certamente de nada proveniente de boas obras ou práticas religiosas.

Todos nós precisamos do Mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, o Filho de Deus, a quem Deus sacrificou por nos amar. Na cruz, Ele sofreu o golpe do juízo de Deus pelos pecados de todos os que vêm a Ele em fé. Quem conhece ao Senhor Jesus como seu Salvador pode esperar a presença e a glória de Deus, sem qualquer medo.

AMOR INEXPLICÁVEL

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida. (João 3:16; 1 João 5:11-12).

Ao dar Seu único e muito amado Filho, Deus oferece a vida eterna, pois Ele mesmo é a vida eterna.

E quem é o objeto de tal doação? O mundo, ou seja, qualquer pessoa: você, eu e cada um dos habitantes da Terra.

Por que Deus deu Seu Filho? Por amor! “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos” (1 João 4:9).

Quem é o beneficiário deste amor? “Todo aquele que crê.”

De que maneira Deus o dá? Com toda a liberalidade, de forma generosa e gratuita. “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça” (Romanos 3:24). “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2:8).

Ao dar Seu Filho, o presente supremo, Deus não nos “dará também com ele todas as coisas” (Romanos 8:32)? Como não colocar nossa confiança neste Deus, “que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos” (1 Timóteo 6:17)?

Para prosseguir no caminho, Deus nos dá também Sua Palavra, a verdade (João 17:14,17), à qual podemos recorrer todas as vezes que desejarmos para aprender e receber encorajamento. E para compreendê-la, “Deus… nos deu também o seu Espírito Santo” (1 Tessalonicenses 4:8).

Assim, em Seu infinito amor, Deus nos dá sua paz, alegria, e a esperança de Sua glória para que desfrutemos de tudo isso neste mundo mesmo, enquanto aguardamos o momento de estar na casa do Pai (João 14:2), onde experimentaremos a plenitude destas coisas pela eternidade.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

O que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos (Tiago 1:6-8).

Leia 2 Crônicas 25:1-13.

Amazias sucedeu a seu pai Joás. No conjunto, ele começou fazendo o que era correto aos olhos de Deus. “Não, porém, com inteireza de coração” (v. 2)! Um coração perfeito não significa que não existe pecado, mas que, apesar disso, há uma firme determinação de fazer uma única coisa: agradar a Deus ao obedecer-Lhe em tudo (Filipenses 3:15).

O primeiro erro: Amazias vai à guerra contra Edom e contrata cem mil mercenários de Israel para reforçar seu exército. Tendo sido reprovado por um homem de Deus, ele desiste da idéia e triunfa sobre seus inimigos. Mas então acontece a queda! Os ídolos edomitas encontram lugar no coração dividido de Amazias (v. 14). Porém, como é impossível servir a Deus e a Mamom (Mateus 6:24; Lucas 16:13), a partir desse momento o Senhor não tinha mais espaço em seus pensamentos. Amazias “deixou de seguir ao Senhor” (v. 27). Se o Senhor Jesus não preencher meu coração por inteiro, o Inimigo certamente achará algo para ocupá-lo.

Depois de uma vergonhosa derrota nas mãos do rei de Israel, o pobre Amazias viveu por mais quinze anos e finalmente foi morto sem demonstrar o menor sinal de arrependimento.

MEDO OU PAZ?

O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.

(1 João 1:7; Hebreus 10:17).

É o último dia de um festival religioso, e os habitantes de uma aldeia em Laos estão participando da cerimônia de encerramento. No decorrer dela, um pequeno barco levando uma vela será lançado no sinuoso rio perto dali. A frágil embarcação será levada pela corrente, levando consigo todas as más ações dos moradores para um lugar distante.

Este procedimento deve ser repetido a cada ano. Fazendo isso, não torna possível que a consciência de alguém seja liberada de seu fardo. Seja como for, poderiam as más ações serem expiadas desta forma? Deve permanecer um certo medo da punição e do futuro.

Quão diferente é o conteúdo e a linguagem do evangelho, como proclamado na Bíblia! Nela, constantemente, encontramos um claro testemunho de que Jesus Cristo, o imaculado Filho de Deus, era o único Substituto aceitável pelos culpados e que suportou o castigo de Deus no lugar deles na cruz. E porque Deus ressuscitou a Cristo dentre os mortos, declarou por meio disso que está totalmente satisfeito com o sacrifício expiatório.

Em relação ao valor e validade do sacrifício expiatório, a epístola aos Hebreus afirma:

 “Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados”, ou seja, “pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hebreus 10:14 e 10). O sacrifício expiatório de Jesus Cristo é perfeito, de modo que Deus pode perdoar os pecados e declarar que não é mais possível ou necessário sacrifício pelo pecado (veja v.18). Isso traz uma paz duradoura para todos os que depositam sua fé em Jesus Cristo.

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