7º MANDAMENTO: NÃO ADULTERARÁS

Não adulterarás.

O SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.

Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele

(Êxodo 20:14; Malaquias 2:14; João 14:21).

Chegara o grande dia! Em um casamento coletivo na França, os futuros esposos aguardavam o prefeito ler os artigos do Código Civil criado por Napoleão em 1804: “Artigo 212: Os esposos devem fidelidade um ao outro…”. Tal compromisso seria respeitado por cada casal que ali estava? Sabem que a fidelidade é um mandamento de Deus?

Em nossa sociedade permissiva, a fidelidade é considerada algo antiquado. As relações sexuais fora do casamento são a coisa mais normal hoje. Não se fala de adultério, e sim, de aventura, de diversão, de tirar o ‘casamento’ da rotina, etc. A busca pelo prazer obscurece a dimensão moral e o sentido bíblico da sexualidade. Ao dar este mandamento, Deus conhecia as necessidades de Sua criatura: de segurança, de se sentir amado tanto em bons quanto em maus momentos, de fazer o cônjuge feliz dando de si mesmo a ele. A infidelidade esmaga estas necessidades fundamentais, traz sofrimentos e, muitas vezes, ruptura da família. As primeiras vítimas são os filhos, que ficam marcados por toda a vida. A sociedade atual é prova disso. Esta lei de Deus não está defasada e nem é irreal em absoluto!

6º MANDAMENTO: RESPEITE A VIDA

Não matarás.

O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.

Estando em angústia, invoquei ao SENHOR e a meu Deus clamei; do seu templo ouviu ele a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos… Desde o alto enviou e me tomou; tirou-me das muitas águas

(Êxodo 20:13; 1 Samuel 2:6; 2 Samuel 22:7 e 17).

O sexto mandamento, “Não matarás”, aborda um tema fundamental: a vida. O Autor da vida é Deus (Gênesis 2:7). Somente a Ele cabe dar a vida ou tirá-la (1 Samuel 2:6). Por isso Deus nos proíbe de colocarmos fim à vida, seja a nossa ou a dos outros. Mediante este mandamento, Deus condena o assassinato e o suicídio.

O homem moderno acha que tem o direito de se assenhorear da vida e da morte. Acabar com a vida é cada vez mais uma tentadora solução para resolver os problemas humanos. O aborto é a destruição de uma vida considerada indesejada. A eutanásia é a antecipação do término natural da vida e dos sofrimentos e dificuldades que uma pessoa enfrenta, assim como o suicídio. Satanás, o pai da mentira e homicida desde o princípio (João 8:44), nos faz acreditar que não existe nenhuma outra solução para nós.

Deus tem exigências, porém também tem inesgotáveis reservas de misericórdia e graça para aqueles que confiam nEle.

5º MANDAMENTO: HONRAR AOS PAIS

Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá. Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando (Êxodo 20:12; Provérbios 23:22).

O quinto mandamento trata da relação entre pais e filhos. A família é a estrutura mais importante da sociedade; é o cenário no qual um pai e uma mãe transmitem a vida e oferecem a cada filho os cuidados afetivos e materiais que lhes permitirão crescer. Os valores morais e espirituais também são transmitidos neste círculo. Um filho amado aprende a amar, a viver com os demais e a compartilhar. Em troca de todos os cuidados que um filho recebe, Deus lhe manda honrar seus pais, ou seja, que os considere dignos de amor, de respeito e de atenções. Quanto mais harmoniosa tenha sido a relação entre pais e filhos, tanto mais fácil será para o filho honrar seus pais. Isso não significa que não haja certos desacordos entre as gerações, mas que, com respeito mútuo, tudo é superado.

Infelizmente, assistimos a uma decadência entre as relações familiares, consequência da degradação moral e espiritual. As crianças não são ensinadas a respeitar a autoridade paterna, os jovens não têm temor a nada, e os adultos não sabem honrar seus pais. Estes, por não terem conseguido ser um exemplo ou por não terem transmitido esse valor aos filhos, envelhecem e morrem na solidão e abandono. Em nossa sociedade, marcada pela perda de referências e pelo orgulho desmedido, o quinto mandamento, o único acompanhado de uma promessa, é de grande atualidade (Efésios 6:1-3).

O NOME DE JESUS

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.  

Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel

(Isaías 9:6; 7:14).

Maria “dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21).

“Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós… Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:10-12).

“Mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6:11).

Esses registros “foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:31).

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS

Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência
(1 João 2:16).

(Leia 2 Crônicas 26:16-23)

Cinco reis: Asa, Josafá, Joás, Amazias, Uzias! Cinco histórias com uma trágica semelhança! Cinco vezes a mesma seqüência: um bom começo seguido de uma armadilha que resulta em queda fatal.

Prestemos atenção ao nome de cada uma dessas armadilhas, pois o Inimigo não cessa de usá-las para fazer tropeçar os filhos de Deus. Com Asa foi o apoio do mundo; com Josafá, suas alianças e amizades. Joás caiu por causa da bajulação; Amazias, por causa dos ídolos. E, por fim, aqui vemos a “soberba da vida” (1 João 2:16) causando a destruição de Uzias.

O nome deste rei significa “força de Deus”; mas chegou o tempo em que ele achou que essa força provinha de si mesmo e essa foi a razão de sua queda (v. 16). Uzias teve a ousadia de tentar substituir os sacerdotes nos serviços sagrados, e foi exatamente diante deles que a mão do Senhor pesou sobre sua cabeça. O orgulho está no fundo do nosso coração muito antes de se manifestar como lepra em nossa fronte. E, se nos julgarmos antes que ele apareça exteriormente, evitaremos que Deus tenha de fazê-lo, até mesmo à custa de nossa humilhação pública.

4 º MANDAMENTO: O SÁBADO

Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra. Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso (Êxodo 20:8-10; Hebreus 4:3).

O sábado, dia do descanso, era o sétimo dia da semana, um dia em que o povo deixava as atividades habituais para se consagrar a Deus. Ele deu este mandamento a Seu povo Israel, reconhecendo assim que o descanso era necessário. Porém, Deus desejava que esse dia de descanso fosse também um dia de comemoração. O povo devia lembrar que havia sido liberado da escravidão do Egito (Deuteronômio 5:14-15).

O que significa isso para o cristão de hoje? Jesus Cristo morreu na cruz. No sétimo dia, o sábado, estava na tumba. Porém, no domingo, primeiro dia da semana, ressuscitou! Mediante Sua morte e ressurreição, inaugurou uma nova era: a da graça! No Novo Testamento, o cristão, libertado da lei de Moisés, é chamado para servir “em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Romanos 7:6), e não há uma ordem precisa quanto a separar um dia específico para isso (Colossenses 2:16-17). Contudo, como os primeiros crentes e como a Igreja em seu conjunto o têm feito ao longo dos séculos, os cristãos deveriam se alegrar, consagrando seu tempo a Deus no domingo, “dia do Senhor”, para render-Lhe culto, recordando com gratidão, na Ceia do Senhor, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, que nos libertou da escravidão do pecado e nos deu o poder de sermos feitos filhos de Deus (João 1:12) e templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19)!

3º MANDAMENTO: NÃO TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO

Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Santificado seja o teu nome (Êxodo 20:7; Mateus 6:9).

O que significa este mandamento através do qual Deus proíbe Seu povo e, por extensão, a cada um de nós, tomar Seu nome em vão?

Antes de responder a esta pergunta consideremos alguns atributos de Deus: Ele é Deus de eternidade (Isaías 40:28), de glória (Salmo 29:3) e o Deus que os céus não podem conter (1 Reis 8:27). Também é um Deus santo, separado do mal. Se neste mundo temos respeito por algumas personalidades importantes cujo nome não pronunciamos de forma desrespeitosa, quanto mais respeito e reverência devemos ter pelo nome do Deus Todo-poderoso, não utilizando-o em vão, ou seja, de modo blasfemo, pecaminoso ou profano!

Tomar o nome de Deus em vão é:

– Associar Seu nome a expressões de impaciência ou ira. Este tipo de linguagem infelizmente é muito comum hoje em dia.

– Pronunciar o nome de Deus em ritos religiosos ou orações recitadas de maneira mecânica, sem que haja da parte dos interessados uma fé verdadeira.

– Invocar o nome de Deus para dar suporte a um falso testemunho ou a uma mentira.

Certamente Deus não ignora a violação deste terceiro mandamento!

2º MANDAMENTO: NÃO TERÁS ÍDOLOS

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás (Êxodo 20:4-5).

O segundo mandamento é consequência do primeiro: “Não terás outros deuses diante de mim” (v. 3). Se se deve reconhecer a Deus como o único Deus, também só Ele tem de ser adorado. Deus, que é Espírito, poderia ser reduzido a uma representação material de qualquer espécie ou criatura, feita com madeira ou metal? A Bíblia nos diz o que um ídolo é: “Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem…” (Salmo 115:4-8). Adorar tais objetos é uma ofensa a Deus. O culto a imagens foi muito praticado no Egito, onde os hebreus permaneceram vários séculos; a idolatria também reinava em Canaã, para onde ia este mesmo povo, a quem Deus dirigia Sua lei.

O que dizer da popularidade de certos objetos aos quais se atribui o poder de proteger e dar boa sorte? Além disso, notamos uma espécie de “divinização” de certas celebridades. Muitas coisas podem se transformar em “ídolos”, às vezes sem que percebamos: prazeres, dinheiro (a busca ou o amor pelo dinheiro), entretenimento, reputação, etc.

“Fugi da idolatria” (1 Coríntios 10:14). Sim, Deus exige exclusividade, pois abomina toda forma de idolatria. Ele se revelou em Jesus Cristo como um Deus acessível. Todo aquele que se aproxima dEle com humildade e sinceridade pode falar com Ele e adorá-Lo sem a necessidade de intermediários.

1º MANDAMENTO: O ÚNICO DEUS

Não terás outros deuses diante de mim. E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora (Êxodo 20:3; Isaías 45:21-22).

A quem Deus dirige este mandamento? A Seu povo, os hebreus, que alguns séculos antes, se refugiaram no Egito para fugir da fome. Ali passaram a ser escravos e trabalharam duro construindo as cidades do vale do Nilo. Porém, Deus viu o sofrimento de Seu povo e o libertou de um modo espetacular (leia e confira isso no livro de Êxodo). Conduzido por Moisés, o povo empreendeu a jornada rumo à terra que Deus havia lhes prometido.

Deus lhes falou no início da viagem. Recordou todo o poder que havia empregado para libertá-los. O Deus Todo-poderoso amava Seu povo e desejava ter o primeiro lugar em cada coração. Ele, como o Deus vivo, queria estabelecer uma relação com Seu povo. Essa característica contrasta com a cultura politeísta egípcia, na qual os hebreus estiveram imersos por 400 anos.

Que aplicação podemos fazer hoje em dia? O povo de Deus agora é constituído pelo conjunto dos crentes no mundo inteiro. A morte e a ressurreição de Cristo, o Filho de Deus, foi a maravilhosa solução para libertar da escravidão do pecado todos os que colocam sua confiança nEle. Para nós, os crentes, há tantas coisas que podem se interpor entre Deus e nós, e que acabam por se tornar “deuses” em nosso coração. O Espírito Santo quer destruir todas elas para que tenhamos uma comunhão contínua com Deus.

OS DEZ MANDAMENTOS SÃO UMA LEI PARA NOSOS DIAS?

Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.

Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do SENHOR. Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei

(Romanos 7:12; Salmo 119:1 e 18).

O termo “lei” evoca um conjunto de regras estabelecidas para o bom funcionamento da vida em sociedade. As leis podem variar de um país para outro; e ignorar as leis do lugar onde se vive não as tornam inválidas. E o que acontece hoje com a lei de Deus? Os dez mandamentos que Deus ditou ao Seu servo Moisés há mais de três mil anos para o povo hebreu durante séculos têm servido de referência aos países cristianizados.

Os quatro primeiros mandamentos estabelecem a relação do homem com Deus; os seis restantes estabelecem a relação do homem com seu próximo. Em cada uma destas relações existe um principio de amor para com Deus e para com os demais. A Declaração Universal dos Direitos Humanos nunca se tornou realidade, pois a violência, a corrupção e a falta de respeito para com os outros marcam o curso da História da humanidade.

Será impossível praticar esses mandamentos, o que nos permitiria viver em um mundo a que todos aspiramos? Por que no terceiro milênio tais mandamentos são deixados de lado e negados? E para nós cristãos, será que também perderam o valor? Nas próximas semanas vamos analisá-los juntos.

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