A despeito dos benefícios óbvios que a quarentena traz, existem também os ensinamentos mais sutis que o período de isolamento trouxe — sobre nós mesmos, nossos limites e o que realmente tem valor. E se nós observarmos aquilo que passou a ter muita importância recentemente, podemos aprender um pouco mais sobre o Reino de Deus.
Pense na expectativa que o mundo todo está de uma vacina para o coronavirus. Cientistas de todo o mundo estão empenhados para produzir o mais rápido possível um medicamento para uma pandemia. Empresários, governantes, civis. Todos nós sabemos que o período em que estamos só poderá ser amenizado com uma vacina. Portanto, estamos à espera dessa boa notícia. Será um dia de júbilo em todo o mundo.
Fiquei pensando como a estrutura dessa expectativa se aproxima da expectativa de todo cristão do retorno de Jesus. Sabemos que só a sua volta colocará fim a toda dor e sofrimento e instaurará, de uma vez por todas, o Reino da sua paz. Estamos a espera dessa boa notícia. Será um dia de júbilo para todo mundo.
Não vou terminar o texto acusando os cristãos que querem e oram mais pelo desenvolvimento da vacina do que pelo retorno do Rei. Seria clichê e soaria legalista. Eu quero ver o desenvolvimento dessa vacina. Sou um entusiasta da ciência e oro todos os dias pelos pesquisadores de todo mundo. Mas eu queria mesmo o retorno de Cristo. Passou a ficar mais nítido para mim nessa quarentena o quão frágeis são os impérios que construímos e quão pífias são as esperanças colocadas nessas obras das mãos humanas.
Passei a ansiar mais pela vinda Reino, pelo retorno do Rei e o governo de paz que está sobre os seus ombros. Esse dia poderia ser hoje! Maranata!