ESDRAS E O CAMINHO SEGURO

Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos filhos e para todos os nossos bens (Esdras 8:21).

Esdras estava prestes a retornar a Jerusalém, vindo do cativeiro babilônico. Outros judeus tinham aceitado a oferta do rei Artaxerxes (cap. 7:13), e se juntaram a Esdras. Mas o que realmente importava para Esdras era que a atitude do coração de seus acompanhantes fosse correta diante de Deus. O cativeiro na Babilônia tinha sido o castigo de Deus para uma nação culpada. Então eles tinham boas razões para se humilharem diante de Deus por causa do passado deles.

Esdras direciona a atenção deles para a longa e perigosa jornada que os aguardava. Eles de fato precisavam seguir pelo “caminho seguro”, isto é, sob a proteção de Deus. O rei poderia ter mandado tropas para defendê-los, mas Esdras disse: “tive vergonha de pedir ao rei, exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho; porquanto tínhamos falado ao rei, dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a sua ira contra todos os que o deixam” (Esdras 8:22).

Esdras estava firmado profundamente em sua fé. E não minimizava o perigo; sabia que os inimigos estavam por todo lado. Mas ele vivia para Deus, e conhecia sua bondade (cap. 7:7-10). Quem leva a vida sob a boa mão de Deus se envergonhará de depositar sua confiança na proteção humana.

O “caminho seguro” para nós e nossos filhos é o caminho: Jesus Cristo. “Eu sou o caminho” (João 14:6). Os inimigos estão dentro (a carne) e fora (o diabo e seus anjos) de nós. Estamos cercados, mas Deus já providenciou uma vereda de segurança para os seus. O próprio Senhor Jesus afirmou: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20).