Max Lucado

Quando Deus vê você

Quando o seu mundo toca o mundo de Deus, o resultado é um momento santo. Quando a maior esperança de Deus beija seu machucado terreno, esse momento é santo. Esse momento pode acontecer em um domingo durante a Comunhão ou em uma quinta-feira à noite na pista de patinação. Pode acontecer em uma catedral ou em um metrô, por um arbusto ardente ou por uma gamela. Quando e onde não importa. O que importa é que momentos santos acontecem. Diariamente. E eu gostaria de falar para você sobre o mais santo desses momentos – gostaria de falar para você sobre o momento mais santo de sua vida.

Não. Não é o seu nascimento. Não é o seu casamento. Não é o nascimento de um filho. Estou falando sobre o momento mais santo de sua vida. Esses outros momentos são especiais. Eles brilham com reverência. Mas comparados com esse momento, eles são mais ou menos tão santos quanto um soluço.

Estou falando sobre a hora sagrada.

Não, não é seu batismo ou sua profissão de fé. Não é sua primeira comunhão ou sua primeira confissão ou mesmo seu primeiro encontro. Eu sei que esses momentos são preciosos e certamente sacrossantos, mas eu tenho um momento diferente em mente.

Aconteceu esta manhã. Bem depois que você acordou. Bem ali na sua casa. Você o perdeu? Deixe-me recriar a cena.

O despertador toca. Sua esposa o cutuca ou seu marido a acotovela ou sua mãe ou pai o sacode. E você acorda.

Você já bateu no botão de soneca três vezes; bata de novo e você estará atrasado. Você já pediu mais cinco minutos… cinco vezes diferentes; peça de novo e terá água despejada em sua cabeça.

A hora chegou. O amanhecer rompeu. Então, com um gemido e um grunhido, você arremessa as cobertas para trás, e coloca um pé quente para fora em um mundo frio. Ele é seguido por um relutante companheiro.

Você se inclina para cima, senta na beirada da cama e olha fixamente para a parte de trás de suas pálpebras. Você fala para elas abrirem, mas elas se opõem. Você as separa com suas palmas e espia dentro do quarto.

(O momento ainda não é santo, mas está quase lá.)

Você fica em pé. Nesse momento, tudo o que vai doer durante o curso do dia dói. É como se a pequena pessoa dentro de seu cérebro que está encarregada da dor precisasse testar os circuitos antes de você chegar no banheiro.

“Dor nas costas?”

“Confere.”

“Pescoço duro?”

“Confere.”

“Machucado no joelho do futebol do colegial?”

“Ainda dói.”
“Couro cabeludo escamado?”

“Ainda coça.”

“Reação à febre de feno?”

“Atchim!”

Com o encanto de uma elefanta grávida, você caminha em direção ao banheiro. Você deseja que haja alguma maneira de acender a luz lentamente, mas não há. Então você dá um tapa no interruptor, pisca enquanto seus olhos se acostumam, e vai até a pia do banheiro.

Você está se aproximando do sagrado. Você pode não saber disso, mas você acabou de pisar em azulejo santo. Você está no interior do santuário. O arbusto ardente do seu mundo.

O momento mais santo da sua vida está prestes a acontecer. Ouça. Você ouvirá o agitar das asas dos anjos sinalizando sua chegada. Trombetas estão equilibradas nos lábios do céu. Uma nuvem de majestade rodeia seus pés descalços. Os anfitriões do céu suspendem todos os movimentos enquanto você levanta seus olhos e…

(Fique pronto. Está vindo. O momento santo está perto.)

Os pratos chocam. Trombetas ecoam na sala sagrada. As crianças do céu correm através do universo espalhando pétalas de flor. As estrelas dançam. O universo aplaude. Árvores se inclinam em adoração coreografada. E bem que eles devem, porque o filho do Rei acordou.

Olhe no espelho. Observe aquele que é santo. Não se vire. A imagem da perfeição está olhando de volta para você. O momento santo chegou.

Eu sei o que você está pensando. Você chama isso de “santo”? Você chama isso de “perfeito”? Você não sabe como eu fico às 6:30 da manhã.

Não, mas posso imaginar. O cabelo emaranhado. Pijamas ou camisola amassados. Os nacos de sono grudados nos cantos de seus olhos. Barriga inchada. Lábios secos. Olhos atarracados. Hálito que poderia manchar uma parede. Um rosto que poderia assustar um cachorro.

“Qualquer coisa menos santo,” você diz. “Me dê uma hora e eu vou parecer santo. Me dê um pouco de café, um pouco de maquiagem. Me dê uma pasta de dente e uma escova de cabelo, e deixarei este corpo apresentável. Um pouco de perfume… um espirro de colônia. Então me leve para dentro do Santo dos Santos. Então farei o céu sorrir.”

Ah, mas aqui é onde você se engana. Veja, o que faz o momento da manhã tão santo é sua honestidade. O que faz o espelho da manhã santificado é exatamente você estar vendo exatamente quem Deus vê.

E quem Deus ama.

Sem maquiagem. Sem camisas opressoras. Sem gravatas autoritárias. Sem sapatos combinando. Sem camadas de imagens. Sem o status de jóias. Apenas honestidade despenteada.

Apenas você.

Se as pessoas o amam às 6:30 da manhã, uma coisa é certa: elas amam você. Elas não amam o título que você tem. Elas não amam seu estilo. Elas não amam suas conquistas. Elas somente amam você.

“O amor”, escreveu uma alma perdoada, “cobre multidão de pecados.” 1

Soa como o amor de Deus.

“Aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados,” outro escreveu. 2

Sublinhe a palavra aperfeiçoou. Note que a palavra não é melhorou. Não é aumentou. Deus não melhora; ele aperfeiçoa. Ele não realça; ele completa. O que faz a pessoa perfeita cometer uma falta?

Agora percebo que há um sentido no qual somos imperfeitos. Nós ainda erramos. Nós ainda tropeçamos. Nós ainda fazemos exatamente o que não queremos fazer. E essa parte de nós, segundo o versículo, “sendo feitos santos.”

Mas quando se trata da nossa posição diante de Deus, somos perfeitos. Quando Ele vê cada um de nós, Ele vê aquele que foi aperfeiçoado através dAquele que é perfeito – Jesus Cristo.

“Todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.”3

Esta manhã eu “coloquei” roupas para esconder as imperfeições que eu não queria mostrar. Quando você me vê, totalmente vestido, você não pode ver minhas pintas, cicatrizes ou machucados. Eles estão escondidos.

Quando escolhemos ser batizados, por estilo de vida tanto quanto por símbolo, em Cristo, a mesma proteção acontece. Nossos pecados e falhas ficam perdidos abaixo do puro esplendor de Sua proteção. “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” 4 Por favor, não perca o impacto deste versículo. Quando Deus nos vê, Ele também vê Cristo. Ele vê perfeição! Não perfeição ganha por nós, tenha isso em mente, mas perfeição paga por Ele.

Reflita nestas palavras por um momento: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”5

Agora leia estas palavras em outra tradução: “Porque Deus fez Cristo, que não conhecia o pecado, realmente ser pecado por nós, para que em Cristo fôssemos feitos bons pela bondade de Deus.”

Note as últimas quatro palavras: “pela bondade de Deus.” A bondade de Deus é a sua bondade. Você é a absoluta perfeição. Impecável. Sem defeitos ou erros. Limpo. Sem igual. Inculpável. Primeira classe. Puro. Perfeição imerecida porém completa.

É sem surpresa que o céu aplaude quando você acorda. Uma obra-prima se mexeu.

“Shh,” sussurram as estrelas, “olhe a maravilha daquela criança.”

“Meu!” os anjos suspiram, “que prodígio Deus criou.”

O que você vê no espelho como um desastre da manhã é, na verdade, um milagre da manhã. A santidade em um roupão.

Vá adiante e se vista. Vá adiante e coloque os anéis, faça a barba, penteie o cabelo, e cubra as pintas. Faça isso por você. Faça isso pela sua imagem. Faça isso para manter seu trabalho. Faça isso pelo bem daqueles que precisam sentar ao seu lado. Mas não faça isso para Deus.

Ele já o viu como você realmente é. E em seu livro, você é perfeito.

1. 1 Pedro 4:8
2. Hebreus 10:14
3. Gálatas 3:27
4. Colossenses 3:3
5. 2 Coríntios 5:21

Guia de estudoVocê se surpreendeu pelo que era o “momento santo”? Por que ou por que não?

  • Quando você leu este capítulo, você ganhou um novo entendimento da relação entre honestidade e santidade, a diferença entre perfeição ganha e perfeição paga? (Veja também Colossenses 1:22 e 1 Coríntios 1:8). Explique sua resposta.
  • Você está pronto para olhar honestamente no espelho? Se estiver, o que você tem tentado para se fazer mais apresentável a Deus?

    Leia Hebreus 10:14. Como Deus o aperfeiçoou?

    Que efeito o amor dEle e a sua perfeição aos olhos dEle têm na maneira que você sente sobre você mesmo? Na maneira com que você se relaciona com outras pessoas? Em como você se relaciona com Ele?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • Preocupação inútil

    “Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” Salmos 37:25.

    Nós nos preocupamos. Preocupamo-nos com o imposto de renda, com o vestibular, com a segurança… Preocupamo-nos se não temos dinheiro suficiente, e quando o temos, preocupamo-nos por achar que não estamos lidando bem com ele. Preocupamo-nos com a possibilidade de o mundo acabar antes que expire o prazo que pagamos no estacionamento. Preocupamo-nos com o que o cachorro pensará se nos vir sair do chuveiro. Preocupamo-nos que algum dia venhamos a descobrir que o iogurte light engorda.

    Ora, francamente. Deus o salvou para que você se afligisse? Ele lhe ensinaria a andar só para vê-lo cair? Ele seria pregado na cruz por seus pecados, e então desprezaria suas orações? Ora, vamos. Estariam as escrituras caçoando de nós quando dizem: “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”? (Sl 91:11).

    Também acho que não.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Deus ouve

    “Ao Senhor ergo a minha voz e clamo, com a minha voz suplico ao Senhor” Salmos 142:1 (ARA).

    Você pode conversar com Deus porque Deus ouve. A sua voz tem importância no céu. Ele leva você muito a sério. Quando você entra em Sua presença, Ele se volta a fim de ouvir sua voz. Não tema ser ignorado. Ainda que você gagueje ou tropece, mesmo se o que você tem a dizer não impressiona ninguém, impressionará a Deus, e Ele ouvirá.

    Ele ouve o doloroso apelo do idoso na casa de repouso. Ele ouve a rude confissão do condenado no corredor da morte. Quando o alcoólatra implora misericórida, quando o cônjuge busca orientação, quando o homem de negócios desvia-se da rota para entrar na igreja, Deus ouve.

    Atentamente. Cuidadosamente.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    4 princípios para uma vida satisfeita (4)

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Termine a corrida

    ”Está consumado.” João 19:30

    Há muitos anos atrás, Paul Simon e Art Garfunkel encantaram todos nós com a música de um menino pobre que foi para Nova Iorque em um sonho e foi vítima da vida cruel da cidade. Sem dinheiro, somente com estranhos como amigos, ele passou seus dias “em uma situação humilde, procurando pelos bairros mais pobres aonde as pessoas esfarrapadas vão, procurando pelos lugares que apenas eles saberiam”.1

    É fácil imaginar este jovem rapaz, rosto sujo e roupas usadas, procurando por trabalho e não encontrando nenhum. Ele anda com dificuldade pelas calçadas e luta contar o frio, e sonha ir para algum lugar “onde os invernos de Nova Iorque não estão me fazendo sangrar, levando-me para casa.”

    Ele estuda pensamentos de ir embora. Ir para casa. Desistir – algo que ele nunca pensou que faria.

    Mas justamente quando ele pega a toalha para jogá-la no ringue, ele encontra um boxeador. Lembra-se destas palavras?

      Na clareira encontra-se um boxeador e um lutador por seu ofício, e ele leva uma lembrança de todos os golpes que o derrubaram ou o cortaram até que ele gritou em sua raiva e sua vergonha – “estou indo embora, estou indo embora!” mas o lutador ainda continua.2

    “O lutador ainda continua”. Há algo magnético nesta frase. Ela toca com uma verdade.

    Aqueles que podem continuar como o boxeador são uma raça rara. Eu não necessariamente quero dizer vencer, apenas quero dizer continuar. Pare aqui. Termine. Agüente nisso até que esteja acabado. Mas infelizmente, poucos de nós fazem isso. Nossa tendência humana é parar antes de cruzar a linha de chegada. Nossa incapacidade de terminar o que começamos é vista nas menores coisas:

    Um gramado cortado parcialmente.
    Um livro lido pela metade.
    Cartas começadas mas nunca concluídas.
    Uma dieta abandonada.
    Um carro perto de bloqueios.

    Ou, ela aparece nas áreas mais dolorosas da vida:

    Uma criança abandonada.
    Uma fé fria.
    De emprego em emprego.
    Um casamento arruinado.
    Um mundo não evangelizado.

    Estou tocando em algumas feridas dolorosas? Alguma chance de eu estar me dirigindo a alguém que esteja considerando desistir? Se estiver, quero encorajá-lo a continuar. Quero encorajá-lo a lembrar-se da determinação de Jesus na cruz.

    Jesus não desistiu. Mas não pense nem por um minuto que Ele não foi tentado a fazê-lo. Observe-o estremecer quando ouve Seus apóstolos difamarem e discutirem. Olhe-o chorar quando Ele senta na tumba de Lázaro ou ouça-o gemer enquanto Ele arranha o chão do Getsêmani.

    Ele alguma vez quis desistir? Pode apostar.

    Esse é o por quê de suas palavras serem tão esplêndidas.

    “Está consumado.”

    Pare e ouça. Você pode imaginar o grito da cruz? O céu está escuro. As outras duas vítimas estão gemendo. As bocas zombadoras estão silenciosas. Talvez haja trovão. Talvez haja choro. Talvez haja silêncio. Então Jesus puxa um fôlego profundo, empurra Seus pés para baixo naquele prego romano, e grita, “Está consumado!”

    O que está consumado?

    O plano de redenção do homem foi concluído. A mensagem de Deus para o homem foi concluída. Os trabalhos feitos por Jesus como um homem na Terra foram concluídos. As tarefas de seleção e treinamento de embaixadores foram concluídas. A música foi cantada. O sangue foi derramado. O sacrifício foi feito. O ferrão da morte foi retirado. Terminou.

    Um grito de derrota? Dificilmente. Suas mãos não foram seguradas para baixo? Ouso dizer que um punho triunfante teria batido no céu escuro. Não, este não é um grito de desespero. É um grito de finalização. Um grito de vitória. Um grito de cumprimento. Sim, até mesmo um grito de alívio.

    Um lutador que continuou. E graças a Deus que Ele continuou. Graças a Deus que ele resistiu.

    Você está perto de desistir? Por favor não o faça. Você está desencorajado como pai? Agüente firme. Você está cansado de fazer o bem? Faça apenas um pouco mais. Você está pessimista quanto ao seu emprego? Arregace as mangas e vá para ele de novo. Sem comunicação no seu casamento? Dê mais uma chance a ele. Não consegue resistir à tentação? Aceite o perdão de Deus e vá para mais um round. O seu dia está marcado por pena e desapontamento? Os seus amanhãs estão se tornando em nunca? Esperança é uma palavra esquecida?

    Lembre-se, uma pessoa que termina não é alguém sem feridas ou cansaço. Exatamente ao contrário, ele, como o boxeador, está com cicatriz e ensangüentado. A madre Teresa estava certa dizendo, “Deus não nos chamou para sermos bem sucedidos, apenas fiéis”. O lutador, como nosso Mestre, está perfurado e cheio de dor. Ele, como Paulo, pode até mesmo ser atado e golpeado. Mas ele continua.

    A Terra da Promessa, diz Jesus, espera por aqueles que perseverarem3. Não é só para aqueles que fazem a volta da vitória ou bebem champanhe. Não senhor. A Terra da Promessa é para aqueles que apenas perseverarem até o fim.

    Vamos perseverar.

    Escute estes coros de versículos feitos para nos dar força para ficar:

    Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. 4

    Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se desvie, antes, seja curado. 5

    E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. 6

    Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda. 7

    Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam. 8

    Obrigado, Paul Simon. Obrigado, apóstolo Paulo. Obrigado, apóstolo Tiago. Mas acima de tudo, obrigado, Senhor Jesus, por nos ensinar a perseverar, a resistir, e no fim, terminar.

    1 “The Boxer” por Paul Simon, © 1968.
    2 Ibid
    3 Mateus 10:22 – NVI
    4 Tiago 1:2-3 – NVI
    5 Hebreus 12:12-13 – NVI
    6 Gálatas 6 :9 – NVI
    7 2 Timóteo 4:7-8 – NVI
    8 Tiago 1:12 – NVI

    Guia de estudo

    Jesus não desistiu. Mas não pense nem por um minuto que Ele não foi tentado a fazê-lo.

    1. Você acha que Jesus considerou seriamente não morrer na cruz? Qual você acha que seria a tentação mais forte para não ir até o fim disso?
    2. Nas seguintes passagens, o que teria tentado Jesus a desistir: Marcos 10:32-45; Marcos 14:32-42; Marcos 9:33-41?
    3. O que Jesus fez para ganhar a força para continuar? Quais são nossas maiores fontes de força quando somos tentados a desistir?

    Deus não nos chamou para sermos bem sucedidos, Ele nos chamou para sermos fiéis.

    1. Você concorda com esta afirmação? Como você distinguiria entre ser bem sucedido e ser fiel? Você pode ser bem sucedido sem ser fiel? Você pode ser fiel sem ser bem sucedido? Explique.
    2. O que as seguintes passagens nos ensinam sobre fidelidade: Mateus 24:12-13; Romanos 2:6-7; Colossenses 1:22-23; Hebreus 12:1-12? O que irá caracterizar a pessoa que permanecer fiel? Por que a analogia do corredor é uma comparação oportuna com a vida cristã?
    3. Até que ponto nós valorizamos a fidelidade em nossa sociedade – fidelidade a nossa palavra, a nossos parceiros, a nossas responsabilidades, a nosso Deus? Até que ponto a nossa cultura dá valor ao sucesso? Como você pode ser um modelo de maior fidelidade para aqueles à sua volta?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • 4 princípios para uma vida satisfeita (3)

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Aceite o perdão

    Enquanto Jesus subia o monte do Calvário, Judas subia outro monte – o monte do remorso.

    Ele andou por ele sozinho. Seu caminho era cheio de vergonha e dor. Sua paisagem era tão árida como sua alma. Espinhos de remorso rasgavam seus tornozelos e peles. Os lábios que haviam beijado um Rei foram estalados com dor. E sobre seus ombros ele carregava um fardo que arcava suas costas – seu próprio fracasso.

    Por que Judas traiu seu Mestre realmente não é importante. Se foi motivado por raiva ou ganância, o resultado final foi o mesmo – remorso.

    Há poucos anos atrás visitei a Suprema Corte. Quando sentei na sala de visitas, observei o esplendor da cena. O chefe de justiça estava acompanhado por seus colegas. Vestido em honra, eles estavam no ápice da justiça. Eles representavam os esforços de incontáveis mentes através de milhares de décadas. Aqui estava o melhor esforço do homem para lidar com seus próprios fracassos.

    Que inútil seria, pensei comigo mesmo, se eu me aproximasse do banco e solicitasse perdão por meus erros. Perdão por responder para minha professora da quinta série. Perdão por ser desleal a meus amigos. Perdão por dizer “Não vou” domingo e “Vou” segunda. Perdão pelas incontáveis horas que eu passei perambulando nas sarjetas da sociedade.

    Seria inútil porque o juiz não poderia fazer nada. Talvez alguns dias na prisão para abrandar minha culpa, mas perdão? Não era dele para que desse. Talvez seja isso por que muitos de nós passamos tantas horas no monte do remorso. Não temos encontrado uma maneira de nos perdoarmos.

    Então nos arrastamos monte acima. Aborrecidos, com os corações feridos lutando com erros não resolvidos. Suspiros de ansiedade. Lágrimas de frustração. Palavras de reflexão. Gemidos de dúvida. Para alguns, a dor está na superfície. Para outros, a dor está submersa, enterrada no substrato raramente tocado das más lembranças. Pais, amantes, profissionais. Alguns tentando esquecer, outros tentando lembrar, todos tentando estar à altura. Andamos silenciosamente em fila única com pernas de ferro de culpa. Paulo foi o homem que colocou a questão que está em todos os nossos lábios, “Quem me livrará do corpo desta morte?”1

    No final do caminho há duas árvores.

    Uma está enrugada e sem folhas. Ela está morta mas ainda está robusta. Sua casca se foi, deixando madeira lisa branca alvejada pelos anos. Os gravetos e os brotos não germinam mais, apenas galhos descobertos bifurcam do tronco. No mais forte desses galhos está amarrada uma corda de forca. Foi ali que Judas lidou com seu fracasso.

    Se Judas apenas tivesse olhado para a árvore adjacente. Ela também está morta; sua madeira também está lisa. Mas não há nenhum laço amarrado ao seu galho. Sem mais morte nesta árvore. Uma vez foi o suficiente. Uma morte por todas.

    Aqueles de nós que também traímos Jesus sabemos fazer melhor do que ser muito duros com Judas por escolher a árvore que ele escolheu. Pensar que Jesus realmente tiraria o fardo dos nossos ombros e tiraria os grilhões de nossas pernas depois de tudo que fizemos para Ele não é fácil de acreditar. Na verdade, precisa exatamente de tanta fé para crer que Jesus pode esquecer minhas traições quanto para crer que Ele ressuscitou dentre os mortos. Ambos são somente miraculosos.

    Que par estas duas árvores! A apenas alguns centímetros da árvore do desespero fica a árvore da esperança. A vida tão paradoxalmente perto da morte. Deus com um braço ao alcance da escuridão. Uma corda de forca e o protetor da vida movendo-se na mesma sombra.

    Mas aqui eles estão.

    Um não pode fazer nada, apenas ser um pouco atordoado pela inconcebivilidade de tudo isso. Por que Jesus subiu no monte mais árido da vida e esperou por mim com as mãos estendidas perfuradas com pregos? Ela foi chamada de uma “graça santa e louca”2. Um tipo de graça que não se apóia na lógica. Mas então suponho que a graça não tem que ser lógica. Se tivesse que ser, não seria graça.

    1Romanos 7:24
    2Frederick Buechner, The Sacred Journey, p. 52, Harper and Row, 1982.

    Guia de estudo

    Enquanto Jesus subia o monte do Calvário, Judas subia outro monte – o monte do remorso.

    1. Como você vê o caráter de Judas? Como ele poderia passar todo aquele tempo com Jesus e depois traí-lo? Por que ele se arrependeu de sua decisão tão rapidamente?
    2. Leia os seguintes relatos de Judas em João 12:4-6; Mateus 26:14-16; João 13:2; Mateus 26:17-30 e João 13:18-30. Que idéias eles dão a respeito de Judas?
    3. De que maneira os traços de Judas são comuns a todos nós em um grau ou outro?

    Precisa exatamente de tanta fé para crer que Jesus pode esquecer minhas traições quanto para crer que Ele ressuscitou dentre os mortos. Ambos são somente miraculosos.

    1. Qual é exatamente a primeira coisa que vem à mente quando você pensa nos milagres de Jesus? Alguma coisa nas épocas Bíblicas ou alguma coisa no presente? Nós tendemos a ver algum acontecimento do dia presente como tendo a importância dos milagres de Jesus enquanto Ele esteve na Terra? Jesus é um participante ativo ou passivo na sua vida?
    2. Que garantias as passagens seguintes proporcionam sobre a prontidão de Deus de perdoar até aqueles que traíram Seu Filho: Atos 2:22-47; Tiago 4:7-10; 1 João 1:9? Que bênçãos acompanham o perdão de Deus?
    3. Como você aconselharia alguém lutando para se perdoar de seus pecados? Que versículos você indicaria para ele?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • 4 princípios para uma vida satisfeita (2)

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Conte suas bênçãos

    Ahhh… uma hora de contentamento. Um momento precioso de paz. Alguns poucos minutos de descanso. Cada um de nós tem um cenário em que o contentamento faz uma visita.

    De manhã cedo enquanto o café ainda está quente e todos estão dormindo.

    Tarde da noite quando você beija os olhos adormecidos do seu filho de seis anos.

    Em um barco em um lago quando as lembranças de uma vida bem vivida estão vivas.

    Nos braços de um cônjuge.

    Em um jantar de Ação de Graças ou sentado perto da árvore de Natal.

    Uma hora de contentamento. Uma hora quando os prazos finais são esquecidos e as batalhas cessaram. Uma hora quando o que nós temos ofusca o que queremos. Uma hora quando percebemos que o sangue suado de uma vida inteira não pode dar o que a cruz nos deu um dia – uma consciência limpa e um novo começo.

    Mas infelizmente, em nossas gaiolas de planos, disputas e olhares de relance para o lado, horas como estas são quase tão comuns quanto macacos de uma perna. Em nosso mundo, o contentamento é um estranho vendedor ambulante, perambulando, procurando por uma casa, mas raramente encontrando uma porta aberta. Este velho vendedor vai lentamente de casa em casa, dando batidas de leve nas janelas, batendo nas portas, oferecendo suas mercadorias: uma hora de paz, um sorriso de aprovação, um suspiro de alívio. Mas seus artigos raramente são pegos. Estamos muito ocupados para estarmos alegres. (o que é loucura, uma vez que a razão de nos matarmos hoje é porque pensamos que isso nos fará felizes amanhã).

    “Agora não, obrigado. Tenho muitas coisas para fazer”, nós dizemos. “Muitas marcas para serem feitas, muitas realizações para serem alcançadas, muitos dólares para serem poupados, muitas promoções para serem conseguidas. E, além disso, se estou feliz, alguém pode pensar que perdi minha ambição”.

    Então o vendedor ambulante que se chama Contentamento continua. Quando lhe perguntei por que tão poucos o acolheram em seus lares, sua resposta convenceu-me: “Eu cobro um alto preço, você sabe. Minha taxa é exorbitante. Peço para as pessoas negociarem em seus planos, frustrações e ansiedades. Exijo que elas coloquem uma tocha em seus dias de quatorze horas e noites sem dormir. Você pensaria que eu teria mais compradores.” Ele coçou sua barba, depois acrescentou pensativamente, “Mas as pessoas parecem estranhamente orgulhosas de suas úlceras e dores de cabeça.”

    Posso falar uma coisa um pouco pessoal? Gostaria de dar um testemunho. Eu vivi um. Estou aqui para contar que eu acolhi este amigo barbudo em minha sala de estar esta manhã.

    Não foi fácil.

    Minha lista de tarefas estava, a maior parte, inacabada. Minhas responsabilidades estavam tão pesadas como sempre. Telefonemas a serem feitos. Cartas a serem escritas. Livros de controle para fazer o balanço.

    Mas uma coisa engraçada aconteceu no caminho para a corrida de rato que fez com que eu cometesse um lapso. Bem quando eu enrolei minhas mangas, bem quando o velho motor estava começando a ronronar, bem quando eu estava levantando um bom vapor, minha filha que é bebê, Jenna, precisava ser pega no colo. Ela estava com dor de estômago. A Mamãe estava no banho, então sobrou para o Papai segurá-la.

    Ela tem três semanas de idade agora. Primeiro comecei tentando fazer coisas com uma mão e segurá-la com a outra. Você está rindo. Você tentou isso também? Bem quando percebi que aquilo era impossível, também percebi que não era nada daquilo que eu estava querendo fazer.

    Sentei e coloquei sua pequena barriga esticada contra meu peito. Ela começou a relaxar. Um grande suspiro escapou de seus pulmões. Seus soluços tornaram-se gorgolejos. Ela escorregou para baixo pelo meu peito até seu pequeno ouvido estar bem em cima do meu coração. Foi quando seus braços se afrouxaram e ela adormeceu.

    E foi quando o vendedor ambulante bateu em minha porta.

    Tchau, planos. Até mais tarde, rotina. Vote amanhã, prazos finais… Oi Contentamento, entre.

    Então aqui sentamos, Contentamento, minha filha e eu. Caneta na mão, bloco de notas nas costas de Jenna. Ela nunca se lembrará deste momento e eu nunca o esquecerei. O doce perfume de um momento capturado enche a sala. O sabor de uma oportunidade aproveitada adoça minha boca. A luz do sol de uma lição aprendida ilumina meu entendimento. Este é um momento que não vai embora.

    As tarefas? Elas serão feitas. Os telefonemas? Eles serão dados. As cartas? Elas serão escritas. E você sabe de uma coisa? Eles serão feitos com um sorriso.

    Não faço isto o suficiente, mas farei mais. Na verdade, estou pensando em dar uma chave da minha porta para esse vendedor ambulante. “A propósito, Contentamento, o que você fará esta tarde?”

    Guia de estudo

    Uma hora de contentamento. Uma hora quando os prazos finais são esquecidos e as batalhas cessaram. Uma hora quando o que nós temos ofusca o que queremos.

    1. Como você definiria contentamento? Como ela é diferente de alegria? O que é necessário para ser contente?
    2. Leia Filipenses 4:11-13 onde Paulo diz que encontrou o segredo para o contentamento. Qual era o segredo? Em que tipo de circunstâncias Paulo esteve, segundo 2 Coríntios 11:23-28?
    3. Quão raro é o contentamento? Que palavras melhor descreveriam a maioria de nós normalmente: preocupados, ocupados, frustrados, cansados, ansiosos, desencorajados – ou sossegados, serenos, contentes, alegres, relaxados? Que conselho Paulo nos daria para aumentar nosso contentamento?

    “Mas as pessoas parecem estranhamente orgulhosas de suas úlceras e dores de cabeça”.

    1. De que maneira essa é uma afirmação verdadeira para muitas pessoas? O que faz o estresse e a pressão uma marca virtual de sucesso?
    2. De acordo com Lucas 12:22-34, quais devem ser as marcas de nossas vidas em Cristo? A que Jesus nos compara? A que nós comparamos nossas vidas – uma corrida de rato, nado com os tubarões? Que contrastes são evidentes?
    3. O que sua saúde física lhe diz sobre sua sensação de paz e contentamento? O que ela diz sobre seu nível de preocupação? Até que ponto você está remendando às pressas os sintomas ao invés de ir direto ao problema?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • 4 princípios para uma vida satisfeita (1)

    Satisfeita. Que palavra! Quatro simples sílabas e ainda assim tão indefinível para nossos corações impacientes e cansados. Quem entre nós não ansiou por algo mesmo com uma fraca semelhança de realização em nosso mundo “o-que-você-tem-feito-por-mim-ultimamente”, exigente e frenético?

    Satisfeita é uma palavra formidável – o único problema é encontrá-la. Ah, podemos abrir um dicionário e “encontrar” é bem fácil, bem ali, entre “satirizar” e “saturabilidade”… mas a artimanha é ir além do dicionário e encontrá-la nas páginas de nossas vidas.

    A verdade é que uma vida satisfeita está bem dentro do alcance de alguém com fome o suficiente para devorar os quatro princípios deste estudo. Se você quer realização, se o seu coração implora por uma profunda satisfação, então tire alguns momentos sem pressa para ver os princípios que dão vida que se seguem. Seu coração o agradecerá por isso.

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Encontre alegria no que é usual

    Jogamos todos os jogos que conhecíamos. Corremos para cima e para baixo da sala. Brincamos de “esconde-esconde” atrás do sofá. Batemos a bola de praia nas cabeças dos outros. Brigamos, tocamos refrões e dançamos. Era uma noite importante para Mamãe, Papai e a pequena Jenna. Nos divertimos tanto que ignoramos a hora de dormir e de desligar a TV. E se não fizesse um temporal, quem sabe até que horas teríamos brincado.

    Mas fez um temporal. A chuva tamborilava, depois diminuía, depois batia contra as janelas. Os ventos rugiam vindos do Atlântico e jorravam através das montanhas que estavam próximas com tanta força que acabou toda a energia. O vale adjacente atuou como funil, esguichando vento para a cidade.

    Todos nós entramos no quarto e deitamos na cama. Na escuridão ouvimos a orquestra divina. A eletricidade dançava no céu como uma batuta do regente chamando os graves tambores do trovão.

    Eu senti isso quando estávamos deitados na cama. Ele passou por mim misturado com a doce fragrância da chuva fresca. Minha esposa estava deitada silenciosamente ao meu lado. Jenna estava usando minha barriga como seu travesseiro. Ela, também, estava quieta. Nossa segunda filha, faltando apenas um mês para nascer, descansava dentro do útero de sua mãe. Eles devem ter sentido isso, mas ninguém falou. Ele entrou em nossa presença como se fosse apresentado pelo próprio Deus. E ninguém ousou se mexer com medo de que ele fosse embora prematuramente.

    O que era isso? Um instante eterno.

    Um instante no tempo que não tinha tempo. Um retrato que congelou no meio da moldura, exigindo ser saboreado. Um minuto que recusava extinguir-se depois de sessenta segundos. Um momento que decolou da linha do tempo e foi amplificado para sempre a fim de que todos os anjos pudessem testemunhar sua majestade.

    Um instante eterno.

    Um momento que o lembra dos tesouros que estão à sua volta. Seu lar. Sua paz de espírito. Sua saúde. Um momento que delicadamente o repreende por passar tempo demais com preocupações temporárias como poupanças, casas e pontualidade. Um momento que pode trazer uma neblina para os olhos mais viris e perspectiva para a vida mais escura.

    Instantes eternos têm colocado um ponto na história.

    Foi um instante eterno quando o Criador sorriu e disse, “Está bom”. Foi um instante eterno quando Abraão suplicou por misericórdia ao Deus de misericórdia, “Mas se houver apenas dez justos”. Foi um instante sem tempo quando Noé abriu a escotilha ensopada de chuva e respirou o ar limpo. E foi um momento na “plenitude do tempo” quando um carpinteiro, alguns pastores malcheirosos e uma mãe jovem e exausta ficaram em silencioso temor respeitoso à vista do bebê na manjedoura.

    Instantes eternos. Você os teve. Todos nós temos.

    Dividir um balanço na varanda em uma noite de verão com seu neto.

    Ver o rosto dela no brilho da vela.

    Colocar sua mão na mão de seu marido enquanto vocês dão uma volta no meio de folhas douradas e respiram o ar vigoroso do outono.

    Ouvir seu filho de seis anos agradecer a Deus por tudo desde o peixe dourado até a Vovó.

    Tais momentos são necessários porque eles nos lembram que tudo está bem. O Rei ainda está no trono e a vida ainda vale a pena ser vivida. Instantes eternos nos lembram que o amor ainda é a maior posse e o futuro não é algo temível.

    Da próxima vez que um instante na sua vida começar a ser eterno, deixe que seja. Coloque sua cabeça no travesseiro e a descanse. Resista o impulso de encurtá-lo. Não interrompa o silêncio ou destrua a solenidade. Você está, de uma maneira muito especial, em terra santa.

    Guia de estudo

    Um instante eterno. Um momento que o lembra dos tesouros que estão a sua volta. Seu lar. Sua paz de espírito. Sua saúde.

    1. Descreva um “instante eterno” que você teve de experiência. Quais eram as circunstâncias? Qual foi o impacto?
    2. De acordo com as seguintes passagens, quais são alguns dos tesouros que nós temos na Terra: Salmos 127:3-5; Salmos 128:1-6; Provérbios 31:10-12; Provérbios 19:14?
    3. Segundo estes exemplos, enquanto Jesus estava na Terra, o que Ele fez para ficar focado no que era importante: Mateus 14:22-23; Marcos 1:35; Lucas 5:15-16; Lucas 9:18?
    4. De que maneira nosso estilo de vida age contra “instantes eternos”? O que poderíamos fazer para criar mais oportunidades para estes momentos especiais? O que você poderia fazer esta semana com sua família – terrena ou espiritual – que o lembraria o que é uma família abençoada?

    Instantes eternos nos lembram que o amor ainda é a maior posse e o futuro não é algo temível.

    1. O que faz o futuro parecer temível? Você espera que os próximos dez anos sejam mais difíceis do que os últimos dez? Você olha em direção à virada do século com esperança ou angústia?
    2. Leia Salmos 103; 2 Timóteo 2:11-13 e Hebreus 10:19-25. Quem pode encarar o futuro com confiança?
    3. De acordo com estas passagens, por que podemos nos sentir seguros quanto ao futuro: Salmos 27:1-5; Salmos 121; Isaías 54:10?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • As origens da raiva

    “O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e se sentiu rejeitado” (Gênesis 4:4-5 – tradução livre) (ênfase do Max).

    Interessante. Este é o primeiro aparecimento da raiva na Bíblia. Ela vai aparecer inesperadamente algumas quatrocentas vezes mais entre aqui e os mapas atrás, mas aqui é o primeiro momento. Ela pára no meio-fio e sai do carro, e olhe quem está no banco da frente com ela – a rejeição. Raiva e rejeição na mesma frase.

    Não é a única vez que o par tem lugar nas Escrituras. A raiva queima várias páginas. E mais de uma vez a rejeição é acusada do incêndio premeditado.

    Os filhos de Jacó foram rejeitados por seu pai. Ele mimou José e os negligenciou. O resultado? Os irmãos ficaram com raiva. “Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente” (Gênesis 37:4 – NVI).

    Saul foi rejeitado por seu povo. Em escolher heróis, eles escolheram o ruivo Davi ao invés do rei nomeado. O resultado? Saul foi censurado. “As mulheres dançavam e cantavam: Saul matou milhares, e Davi, dezenas de milhares. Saul ficou muito irritado” (1 Samuel 18:7-8 – NVI).

    O trabalho de Davi foi rejeitado por Deus. Seu plano de transportar a arca da aliança em carroça não agradou o Pai. E quando Uzá tocou o que não deveria ter tocado, “Deus o feriu, e ele morreu” (2 Samuel 6:7 – NVI). Antes de Davi ficar com medo, ele se irritou. “Davi ficou contrariado porque o Senhor, em sua ira, havia fulminado Uzá” (2 Samuel 6:8 – NVI).

    E Jonas. O camarada que teve um problema do tamanho de uma baleia por causa da raiva. (Desculpe, não pude resistir). Ele não achava que os ninivitas fossem merecedores de misericórdia, mas Deus achava. Por perdoá-los, Deus rejeitou a opinião de Jonas. E como a rejeição fez Jonas se sentir? “Jonas, porém, ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se” (Jonas 4:1 – NVI).

    Eu não quero simplificar demais uma emoção complexa. A raiva tem muitas causas: impaciência, expectativas que não se realizaram, estres, árbitros que não podem ver obstrução mesmo se você o retratasse nas portas de suas garagens – oops, desculpe, um flashback de um jogo de futebol americano do colégio. O fogo da raiva tem muitos troncos, mas segundo relatos bíblicos, o bloco de madeira mais quente e mais grosso é a rejeição.

    Se a rejeição causa a raiva, a aceitação não a curaria?

    Se a rejeição do céu faz você ficar bravo com os outros, a aceitação do céu não comoveria o seu amor por eles? Este é o princípio 7:47. Lembra o versículo? “Aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama” (Lucas 7:47). Podemos substituir a palavra perdoado por aceito e manter a integridade da passagem. “Aquele que é pouco aceito, pouco ama”. Se pensarmos que Deus é cruel e injusto, adivinhe como vamos tratar as pessoas. Cruel e injustamente. Mas se descobrirmos que Deus nos encharcou com amor incondicional, faria diferença?

    Podemos aprender uma lição com T. D. Terry. Há muitos anos atrás, um trabalho estressante o causava ataques de raiva diários. Sua filha, ao ouvir contá-los anos mais tarde, reagiu com surpresa. “Eu não me lembro de nenhuma raiva durante esses anos”.

    Ele perguntou se ela se lembrava da árvore – aquela que ficava perto da entrada mais ou menos metade do caminho entre o portão e a casa. “Lembra como ela era alta? Depois perdeu alguns galhos? E depois de algum tempo não havia nada mais que um toco?”

    Ela lembrava.

    “Era eu,” T. D. explicou. “Eu descontava minha raiva na árvore. Eu a chutava. Eu levava um machado até ela. Eu cortava os galhos. Eu não queria chegar em casa furioso, então deixava minha raiva na árvore.”

    Vamos fazer o mesmo. Na verdade, vamos um passo mais adiante. Melhor do que descontar nossa raiva em uma árvore no jardim, vamos descontar nossa raiva na árvore do monte. Deixe sua raiva no monte do Calvário. Quando outras pessoas o rejeitarem, deixe Deus aceitá-lo. Ele canta sobre você. Beba um grande gole do Seu amor ilimitado, e acalme-se.

    “O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e se sentiu rejeitado” (Gênesis 4:4-5)

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Um bom pai está “lá” para seus filhos

    “Quando chego em casa na volta do trabalho e vejo aqueles pequenos narizes apertados contra a vidraça, então sei que sou um sucesso.” Paul Faulkner –

    Hoje é Dia dos Pais. Um dia de água de colônia. Um dia de abraços, gravatas novas, telefonemas de longa distância e cartões Hallmark.

    Hoje é meu primeiro Dia dos Pais sem um pai. Por trinta e um anos eu tive um. Tive um dos melhores. Mas agora ele se foi. Ele está enterrado sob um carvalho em um cemitério no oeste do Texas. Mesmo que ele tenha ido, sua presença está muito próxima – especialmente hoje.

    Parece estranho ele não estar aqui. Acho que é porque ele nunca estava ausente. Ele sempre estava por perto. Sempre disponível. Sempre presente. Suas palavras não eram nada novo. Suas realizações, embora admiráveis, não eram nada extraordinárias.

    Mas sua presença era.

    Como uma fogueira quente em uma casa grande, ela era uma fonte de conforto. Como um balanço firme do pórtico ou uma árvore com galho grande no quintal, ele sempre podia ser achado… e deitar nele.

    Durante os turbulentos anos da minha adolescência, Papai foi uma parte da minha vida que era previsível. Namoradas vieram e namoradas foram, mas Papai estava lá.

    Temporada de futebol americano transformava-se em temporada de baseball e transformava-se novamente em temporada de futebol e Papai sempre estava lá. Férias de verão, dias de ir para casa, álgebra, primeiro carro, entrada para carro, basquete – todos eles tinham uma coisa em comum: a presença dele.

    E por ele estar lá, a vida passava suavemente. O carro sempre funcionava, as contas eram pagas, e o gramado estava cortado. Porque ele estava lá, a risada era nova e o futuro era seguro. Por ele estar lá, meu crescimento foi como Deus planejou que fosse um crescimento: uma corrida de livro de contos através da magia e mistério do mundo.

    E por ele estar lá, nós crianças nunca nos preocupamos com coisas como imposto de renda, poupanças, contas mensais ou hipotecas. Essas eram coisas na mesa do Papai.

    Temos muitas fotos de família sem ele. Não porque ele não estivesse lá, mas porque ele sempre estava atrás da câmera.

    Ele tomava as decisões, dissolvia as brigas, ria assistindo Archie Bunker, lia o jornal todas as noites e preparava o café da manhã aos domingos. Ele não fazia nada fora do comum. Ele apenas fazia o que implica que os pais façam: estar lá.

    Ele me ensinou como me barbear e como orar. Ele me ajudou a decorar versículos para a Escola Dominical e me ensinou que o errado devia ser punido e que o certo tem sua própria recompensa. Ele era exemplo da importância de acordar cedo e ficar sem dívidas. Sua vida expressou o equilíbrio indefinível entre ambição e auto-aceitação.

    Ele me vem à mente freqüentemente. Quando cheiro pós-barba “Old Spice”, penso nele. Quando vejo um barco de pesca, vejo seu rosto. E ocasionalmente, não muito freqüentemente, mas ocasionalmente, quando ouço uma boa piada (tipo o Red Skelton contaria), eu o ouço dar risada. Ele tinha uma risada registrada que sempre vinha com um enorme sorriso e sobrancelhas arqueadas.

    Papai nunca me disse nada sobre sexo nem me contou sua história de vida. Mas eu sabia que se alguma vez eu quisesse saber, ele me contaria. Tudo que eu precisaria fazer era perguntar. E eu sabia que se alguma vez eu precisasse dele, ele estaria lá.

    Como uma lareira quente.

    Talvez seja por isso que este Dia dos Pais está um pouco frio. O fogo foi embora. Os ventos da idade tragaram a última chama esplêndida, deixando apenas brasas douradas. Mas há algo estranho a respeito dessas brasas, movimente-as um pouco e uma chama dançará. Ela dançará só transitoriamente, mas dançará. E ela eliminará o frio suficiente do ar para me lembrar que ele ainda está, de um modo muito especial, muito presente.

    Guia de estudo

    1. Parece estranho ele não estar aqui. Acho que é porque ele nunca estava ausente. Ele sempre estava por perto. Sempre disponível.
      • Que imagens vêm à mente quando você pensa no seu pai? Que palavras você usaria para descrevê-lo como um pai?
      • Que papéis dados por Deus os pais devem representar nas vidas de seus filhos?
      • O que estas passagens revelam: Deuteronômio 6:4-9; Salmos 78:1-8; Provérbios 3:11-12; Provérbios 13:24; Efésios 6:4; 1 Timóteo 3:1-5; 1 Timóteo 5:8?
      • Para cumprir essas finalidades, quais os três fatores que seriam mais críticos?
      • Que influências positivas o seu pai teve em sua vida? Se ele ainda estiver vivo, como você pode expressar seu agradecimento a ele por essas coisas? Se ele não estiver vivo, para quem você pode passar essas bênçãos?

    2. Ele ainda está, de um modo muito especial, muito presente.
      • Se você perdeu pai ou mãe ou algum outro membro próximo da família, de que maneira essa pessoa ainda está muito presente com você?
      • O que a sua família faz para manter viva a memória do amado? O que faz essas lembranças mais alegres do que tristes?
      • Por que você acha que Deus Se descreve como nosso pai? Que características paternas você vê nestas passagens: Isaías 64:8; Mateus 7:11; Mateus 10:29-31; 2 Tessalonicenses 2:1-17?
      • Como sua fé afeta sua aceitação da morte de uma pessoa amada?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    O amor é paciente

    “O amor é paciente…” 1 Coríntios 13:4.

    A palavra grega usada aqui para paciente significa “levando um longo tempo para ferver.”

    Imagine uma panela de água fervente. A água ferve rapidamente quando a chama é alta. Ferve lentamente quando a chama é baixa. A paciência “mantém o bico de gás baixo.”

    A paciência não é ingenuidade. Não ignora mau comportamento. Ela somente mantém a chama baixa. E espera. Escuta.

    É assim que Deus nos trata. E, de acordo com Jesus, é assim que devemos tratar os outros.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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