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Max Lucado

Graça abundante

“Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”. Romanos 5:20

Abundar é ter um excesso, uma fartura, uma porção exagerada. O peixe no Pacífico deve ficar preocupado com a falta de oceano? Não. Por quê? Porque o oceano tem abundância de água. A cotovia precisa ficar preocupada em encontrar espaço no céu para voar? Não. O céu tem abundância de espaço.

O Cristão deve ficar preocupado com a xícara de misericórdia vazia? Ele pode. Porque ele pode não estar ciente da graça abundante de Deus. Você está? Você está ciente de que a xícara que Deus dá a você transborda de misericórdia? Ou você está com receio de que sua xícara fique seca? Sua garantia irá acabar? Você tem receio de que seus erros sejam grandes demais para a graça de Deus?…

Deus não é mesquinho com sua graça. Sua xícara pode estar com pouco dinheiro ou poder, mas está transbordando de misericórdia.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Quando as expectativas não se realizam

“Pois no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão.” Salmo 27:5.

O que nós fazemos com nossas frustrações? Podemos fazer o que a Senhorita Haversham fez. Lembra-se dela em Charles Dickens’s Great Expectations? Por levar um fora de seu noivo justo antes do casamento… fechou todas as cortinas da casa, parou todos os relógios, deixou o bolo de casamento na mesa para juntar teias de aranha, e usou seu vestido de casamento até que ficasse amarelo em sua aparência enrugada. Seu coração ferido destruiu sua vida.

Nós podemos fazer o mesmo.

Ou podemos seguir o exemplo do apóstolo Paulo. Seu objetivo era ser um missionário na Espanha… entretanto, Deus o mandou para a prisão. Sentado em uma prisão romana, Paulo poderia ter feito a mesma escolha da Senhorita Haversham, mas ele não a fez. Ao invés disso ele disse, “Enquanto eu estiver aqui, posso escrever algumas cartas”. Por esta razão sua Bíblia tem as Epístolas a Filemom, aos Filipenses, aos Colossenses e aos Efésios.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Uma explicação

“Depois que eu ressurgir, irei adiante de vós para a Galiléia.” Mateus 26:32.

Lembra do medo dos seguidores de Cristo na crucificação? Eles correram. Assustados como gatos encurralados por cachorros…

Mas avance quarenta dias. Os traidores falidos tornaram-se uma força de mudança de vida impetuosa. Pedro prega no mesmo recinto onde Cristo foi detido. Os seguidores de Cristo desafiam os inimigos de Cristo. Chicoteie-os e eles adorarão. Prenda-os e eles começarão um ministério na cadeia. Ficaram tão arrojados depois da Ressurreição como eram covardes antes dela.

Explicação: Ganância? Eles não ganharam dinheiro. Poder? Eles deram todo o crédito a Cristo. Popularidade? A maioria foi assassinada por causa de suas crenças.

Resta apenas uma explicação – um Cristo ressurreto e seu Espírito Santo. A coragem destes homens e mulheres foi forjada no fogo do túmulo vazio.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Por que adorar?

O que o amor faz

“Eu estava nu, e me vestistes.” Mateus 25:36

E se fosse dado a você o privilégio de Maria? E se o próprio Deus fosse colocado em seus braços como um bebê nu? Você não faria o que ela fez? “Ela envolveu seu filho em faixas” (Lucas 2:7).

O bebê Jesus, ainda molhado do útero, estava frio e arrepiado. Então esta mãe fez o que qualquer mãe faria; ela fez o que o amor faz: Ela o enfaixou.

Você não apreciaria uma oportunidade para fazer o mesmo? Você tem uma. Tais oportunidades vêm ao seu encontro todos os dias. Jesus disse, “Eu estava nu, e me vestistes… em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mateus 25:36, 40).

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

A vereda da justiça

“Guia-me pela vereda da justiça” Salmo 23:3.

Aconteceu, certa vez, o momento mais horrível e mais bonito da história. Jesus parou no tribunal do céu. Passando a mão por toda a criação, ele declarou, “Puna a mim por seus erros. Vê o assassino? Dê a mim sua pena. A adúltera? Eu fico com a sua vergonha. O intolerante, o mentiroso, o ladrão? Faça a mim o que você faria a eles. Trate a mim como você trataria um pecador”.

E Deus o fez. “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (1 Pedro 3:18).

A vereda da justiça é uma trilha sinuosa e estreita para cima de um morro íngreme. No topo do morro há uma cruz. Na base da cruz há sacolas. Inúmeras sacolas cheias de inúmeros pecados. O Calvário é a pilha composta de pecados. Você gostaria de deixar os seus lá também?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Deus é suficiente

O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão. A minha alma ficará satisfeita como quando tem rico banquete; com lábios jubilosos a minha boca te louvará. Salmo 63:3, 5 NVI

Quando se trata de amor: Tenha cuidado.

Antes de navegar rio abaixo pela gôndola, tome um bom tempo olhar ao redor. Certifique-se de que este é o lugar que Deus destina para você. E, se você suspeita que não é, saia. Não force o que está errado para ser direito… Tenha cuidado.

E, até que o amor seja agitado, deixe o amor de Deus ser suficiente para você. Há épocas em que Deus nos permite sentir a fragilidade do amor humano para que nós apreciemos a força de seu amor. Será que ele não fez isso com Davi? Saul virou-se contra ele. Mical, sua esposa, ele traiu. Jônatas e Samuel eram amigos de Davi, mas eles não poderiam segui-lo na selva. Traição e circunstâncias deixaram Davi sozinho. Sozinho com Deus. E, com Davi descoberto, Deus foi suficiente. Davi escreveu estas palavras no deserto: O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão. A minha alma ficará satisfeita como quando tem rico banquete; com lábios jubilosos a minha boca te louvará.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Parábolas inestmáveis: A parábola do rio

Leia antes:

Parábolas inestimáveis: Introdução

O justo viverá da fé

Romanos 1:17

Havia quatro filhos que moravam em um castelo com seu pai. O mais velho era obediente, mas os três mais novos eram negligentes. O pai os advertiu quanto ao rio, mas eles não deram atenção. Ele disse para que ficassem fora de suas águas turbulentas, mas eles não obedeceram. Ele implorou para que eles ficassem longe para não serem levados rio abaixo, mas a tentação era muito forte.

A cada dia eles se aventuravam mais e mais perto do rio até que um deles ousou alcançá-lo e sentir a água. “Segure minha mão para eu não cair”, e os irmãos seguraram, mas quando ele encostou na água, a corrente atirou ele e os outros dois na correnteza e os levou rio abaixo.

Eles rolaram sobre pedras, eles gritaram através dos canais, eles foram levados pelas ondas. Seus gritos por socorro se perderam no barulho do rio. Eles lutaram para ter equilíbrio mas eram impotentes diante da correnteza. Depois de horas de resistência, eles perderam a esperança de escaparem e renderam-se a serem levados a qualquer lugar que o rio conduzisse. Finalmente a água os deixou em uma terra estranha, em um país distante, em um lugar ermo.

Pessoas selvagens habitavam na terra. Lá não era seguro como suas casas.

Ventos gelados esfriavam a terra. Lá não era quente como suas casas.

Montanhas rudes demarcavam a terra. Lá não era convidativo como suas casas. Apesar de eles não saberem onde estavam, de um fato eles tinham certeza: eles não foram feitos para este lugar.

Por um longo tempo os filhos ficaram deitados à margem do rio, atônitos com suas caídas, sem saberem para onde virar. Depois de algum tempo, eles reuniram forças e entraram novamente nas águas, esperando andar rio acima. A correnteza era muito forte. Eles se aventuraram a andar na beira do rio; o terreno era muito íngreme. Eles pensaram em escalar as montanhas, mas os picos eram muito altos. Além disso, eles não sabiam o caminho.

Finalmente, eles fizeram uma fogueira e sentaram. “Cometemos um erro”, eles admitiram, “e estamos muito longe de casa”, disseram.

Com o passar do tempo, os filhos aprenderam a sobreviver na terra estranha. Encontraram nozes para terem comida e mataram animais para terem peles. Eles decidiram não se esquecerem de sua pátria nem de abandonarem a esperança do retorno. Todos os dias eles definiam as tarefas para encontrar comida e construir abrigo. Todas as noites eles faziam uma fogueira e contavam histórias de seu pai e de seu irmão mais velho e almejavam vê-los novamente.

Então, certa noite, um dos irmãos não foi à fogueira. Seus irmãos o encontraram na manhã seguinte nas montanhas com os selvagens. Ele estava construindo uma cabana de grama e barro. “Fiquei cansado de nossas conversas”, ele disse. “Que bem faz relembrar? Além disso, esta terra não é tão má. Vou construir uma grande casa e vou estabelecer-me aqui”.

“Mas aqui não é nossa casa”, eles replicaram.

“Não, mas ela é se você não pensar na nossa verdadeira casa”.

“Mas e quanto ao Pai?”

“O que quanto a ele? Ele não está aqui. Ele não está perto. Eu vou ficar eternamente esperando sua chegada? Estou fazendo novos amigos, estou aprendendo novos caminhos. Se ele vier, ele vem, mas não estou prendendo minha respiração”.

E então os dois irmãos deixaram o irmão construtor de cabana e foram embora. Eles continuavam encontrando-se ao redor da fogueira para falar de casa e sonhar com o retorno.

Mas certa noite, um irmão não foi à reunião. Na manhã seguinte seu irmão encontrou o irmão desaparecido próximo ao rio empilhando pedras na água.

“É inútil”, ele explicou enquanto trabalhava. “O pai não virá. Eu preciso ir até ele. Eu o ofendi. Eu o insultei. Eu o desapontei. Fui eu que toquei primeiro na água. Fui eu que causei sua queda e a queda do nosso irmão. Há apenas uma opção. Vou construir um caminho através do rio e ir até a presença de nosso pai. Vou empilhar pedra por pedra até conseguir viajar rio acima até o lugar onde caímos. Quando ele vir o quão duro eu trabalhei e quão diligente eu tenho sido, ele não terá escolha mas abrir a porta e me deixar entrar em sua casa”.

O último irmão não sabia o que dizer.

Sozinho, ele voltou para a fogueira.

Certa noite, quando o irmão remanescente sentou-se perto da fogueira, ele ouviu uma voz familiar falar saindo das sombras.

“O pai me enviou para trazê-lo para casa”.

Ele levantou sua cabeça para ver os olhos de seu irmão mais velho. Por um longo tempo os dois se abraçaram.

“E seus irmãos?”, o mais velho finalmente perguntou.

“Um deles fez uma casa aqui. O outro está construindo um caminho para nosso pai”.

E então o primogênito partiu para encontrar seus irmãos. Ele encontrou um deles em uma cabana de palha em uma ladeira.

“Vá embora, forasteiro!”, o irmão gritou através da janela. “Você não é bem-vindo aqui!”

“Eu vim para levá-lo para casa”.

“Não veio. Você veio para pegar minha mansão”.

“Isto não é nenhuma mansão”, o filho mais velho contrariou. “Isto é uma cabana”.

“Isto é uma mansão! A melhor da planície. Eu a construí com minhas próprias mãos. Agora, vá embora, você não pode ficar com minha mansão”.

“Você não se lembra da casa de seu pai?”

“Eu não tenho pai”.

“Você nasceu em um castelo em uma terra distante onde o ar é quente e as frutas são abundantes. Você desobedeceu seu pai e acabou nesta terra estranha. Eu vim para levá-lo para casa”.

O irmão olhou através da janela para o Primogênito como se estivesse vendo um rosto que ele viu em um sonho. Mas a pausa foi breve, repentinamente os selvagens que estavam dentro da casa também foram para a janela.

“Vá embora, intruso!” eles ordenaram. “Esta não é sua casa”.

“Vocês estão certos,” respondeu o primogênito. “E nem é dele”.

Os olhos dos dois irmãos encontraram-se novamente e mais uma vez o irmão sentiu um aperto em seu coração, mas os selvagens tinham ganhado sua confiança. “Ele só quer sua mansão,” eles gritavam. “Mande-o embora!”

E assim ele fez.

O primogênito procurou o outro irmão. Ele o encontrou ajoelhado no rio, empilhando pedras. Ele lutava para manter seu equilíbrio contra a corrente.

“O pai me enviou para levá-lo para casa”.

O irmão não olhava para cima. “Não posso falar agora, meu amigo. Tenho que trabalhar”.

“O pai sabe que vocês caíram. Mas ele irá perdoá-los…”

“Pode ser”, o irmão interrompeu, “mas primeiro preciso chegar ao castelo. Preciso construir um caminho rio acima. Então pedirei sua misericórdia”.

“Ele já deu sua misericórdia. Eu o levarei rio acima. O rio é muito comprido. A água é muito rápida para suas pernas. A tarefa é muito grande para suas mãos. Ele me enviou. Eu sou mais forte”.

Pela primeira vez o irmão olhou para cima. “Como você ousa falar com tanta irreverência! O meu pai não irá simplesmente perdoar. Eu pequei. Eu pequei demasiadamente! Ele me disse para evitar o rio e eu desobedeci. Não só isso, eu puxei meus irmãos para a água comigo. Eu sou um grande pecador. Eu preciso de muito trabalho”.

“Não, meu irmão, você não precisa de muito trabalho. Você precisa de muita graça. A distância entre você e a casa de nosso pai é muito grande. Você não tem força nem pedras suficientes para construir o caminho. Este é o motivo do Pai ter me enviado. Eu o levarei para casa”.

“Você está dizendo que eu não consigo fazer isso? Você está dizendo que eu não sou forte o bastante? Olhe para o meu trabalho. Olhe para as minhas pedras. Até agora eu já viajei cinco passos!”

“Mas ainda faltam milhões para chegar!”

O irmão mais novo olhou para o Primogênito com raiva: “Eu sei quem você é. Você é a voz do mal. Você está tentando me seduzir para parar o meu trabalho santo. Afaste-se de mim, sua serpente!” Com a pedra que estava pronta para ser colocada no rio, ele atacou o Primogênito.

“Herege!” gritou o construtor do caminho. “Saia desta terra. Você não pode me deter! Eu construirei este caminho e ficarei diante de meu pai e ele terá que me perdoar. Eu ganharei seu favor. Eu merecerei sua misericórdia”.

O Primogênito balançou sua cabeça. “Favor ganho não é favor. Misericórdia merecida não é misericórdia. Você trata seu pai como uma prostituta tentando comprar seu amor”.

Desta vez a pedra acertou a mira. “Saia de perto de mim, forasteiro”, o irmão gritou.

O Primogênito tirou o sangue de sua testa. “Eu suplico, deixe-me levá-lo rio acima”.

A resposta foi outra pedra. Então o Primogênito virou e saiu.

O irmão mais novo estava esperando quando o Primogênito voltou.

“Os outros dois não vieram?”

“Não, um deles escolheu o prazer e o outro escolheu a culpa. Nenhum deles escolheu o pai”.

“Então eles vão ficar?”

O irmão mais velho abaixou a cabeça lentamente. “Pelo menos por enquanto”.

“E nós vamos voltar para o nosso pai?” perguntou o irmão.

“Sim”.

“Ele irá me perdoar?”

“Ele teria me enviado se no fosse perdoá-lo?”

E então o irmão mais novo subiu nas costas do Primogênito e começou a jornada para casa.

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A parábola das pedras

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Parábolas inestimáveis: A parábola das pedras

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Parábolas inestimáveis: Introdução

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A parábola do dono da água

Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas. Provérbios 31:10.

Eu preciso alertá-lo, leitor, antes que você comece. Estas palavras são jóias antigas minadas da pedreira da minha vida. Apenas as leia se você ousar valorizá-las. Seria melhor nunca saber do que saber e não obedecer.

As mãos que as escrevem agora estão velhas, enrugadas pelo sol e pelo trabalho. Mas a mente que as guia é sábia –

sábia pelos anos
sábia pelos fracassos
sábia pela tristeza.
Eu sou Asmara, comerciante de pedras finas.

Eu sou um vendedor de pedras. Viajo de uma cidade para outra. Compro jóias dos escavadores em uma terra e vendo aos compradores de outra. Resisti a noites de águas tempestuosas. Andei dias no calor de deserto. Jantei com reis. Bebi com miseráveis. Minhas mãos seguraram os rubis mais finos e afagaram os casacos de pele mais macios. Mas trocaria tudo isso por uma jóia que eu nunca conheci.

Não foi por falta de oportunidade que eu nunca a segurei. Houve uma vez em Madri quando eu era jovem. Não, não foi por falta de oportunidade. Foi por falta de sabedoria. A jóia estava em minha mão, mas eu a troquei por uma imitação. E agora temo que meus dias acabem sem que eu conheça a beleza da pedra preciosa.

Eu nunca conheci o verdadeiro amor.

Conheci abraços. Vi a beleza. Mas nunca conheci o amor.

Se eu tivesse aprendido a reconhecer o amor como aprendi a reconhecer pedras!

Meu pai me ensinou sobre pedras. Ele era um cortador de jóia. Ele me colocava sentado à mesa diante de uma dúzia de esmeraldas. “Uma é verdadeira”, ele me dizia. “As outras são falsas. Encontre a jóia verdadeira”.

Eu pensava – estudando uma após a outra. Finalmente eu escolhia. Eu sempre estava errado.

“O segredo”, ele dizia, “não está na superfície da pedra; está dentro dela. Uma jóia verdadeira tem um brilho. Bem dentro da pedra preciosa há um brilho. A superfície pode sempre ser polida para brilhar, mas com o tempo o brilho enfraquece. Entretanto, a pedra cujo brilho vem de dentro nunca desbotará”.

Com os anos, meus olhos aprenderam a apontar as pedras verdadeiras. Nunca sou enganado. As pedras que compro são autênticas. As pedras preciosas que vendo são verdadeiras. Aprendi a ver a luz que vem de dentro.

Se eu tivesse aprendido o mesmo sobre o amor.

Mas eu fui enganado, caro leitor, eu fui enganado.

Passei minha vida em lugares que não deveria ter ido, procurando por alguém com olhos brilhantes, cabelo bonito, um sorriso encantador, e roupas luxuosas. Procurei por uma mulher com beleza exterior, mas sem valor verdadeiro. E fui deixado com um vazio.

Uma vez eu quase a encontrei. Há muitos anos atrás em Madri, conheci a filha de um fazendeiro. Seu jeito era simples. Seu amor era puro. Seus olhos eram honestos. Mas seu aspecto era comum. Ela me amou. Ela ficou comigo em todas as situações. Dentro dela havia um brilho de devoção como eu nunca vi.

Mas eu continuei a procurar por alguém cuja beleza desse brilho ao resto.

Quantas vezes esperei pelo coração bondoso daquela fazendeira, seu sorriso doce, sua lealdade? Se eu soubesse que a beleza verdadeira é encontrada do lado de dentro, não do lado de fora. Se eu soubesse, quantas lágrimas eu teria economizado?

Eu teria trocado imediatamente mil pedras preciosas pelo coração verdadeiro de alguém que me amou.

Caro leitor, preste atenção ao meu aviso. Olhe bem de perto as pedras antes de abrir sua carteira. O brilho do amor verdadeiro vem de dentro e se fortalece com o passar do tempo.

Preste atenção à minha advertência. Procure a pedra preciosa mais pura. Olhe bem dentro do coração para achar a maior beleza de todas. E quando você encontrar esta jóia, segure-se a ela e nunca a deixe ir.

Porque nela você tem um tesouro que vale muito mais do que rubis.

Procure a beleza e perca o amor.

Mas procure o amor e encontre ambos.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Parábolas inestimáveis: A parábola do dono da água

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Eu sou a voz do que clama no deserto: “Endireitai o caminho do Senhor” João 1:23.

Há alguns anos atrás, havia uma vila no deserto. A água era escassa e as pessoas valorizavam muito o pouco que tinham. Raramente chovia, mas quando chovia, as pessoas apressavam-se para capturá-la em baldes e potes. Cada pingo era um tesouro. Cada xícara era preciosa.

Por essa razão, o descobrimento da caverna era uma notícia emocionante.

Um dia, um fazendeiro estava cavando buracos para colocar uma cerca. A uma pequena distância abaixo da superfície, ele encontrou uma caverna – não era grande, mas estava cheia de água.

Ele imediatamente desceu um balde, puxou para fora e provou, para seu deleite, água doce e fresca. Ele estava tão emocionado que encheu todos os seus baldes, colocou-os na parte de trás de sua caminhonete e correu para a vila.

“Eu tenho água! Eu tenho água!” ele gritava. As pessoas da vila saíram correndo de suas casas. Quando as pessoas se reuniram, o fazendeiro explicou como ele tinha descoberto o tesouro. Ele anunciou com alegria que tinha o suficiente para todos. “Bebam o quanto quiserem”, ele ofereceu. E então, para a admiração de todos, ele pegou um balde e encharcou um menininho.

“Há em abundância!” ele proclamou. “Aproveitem”. E com isso as pessoas começaram a rir e jogar água umas nas outras. Pela primeira vez pelo que alguém pudesse lembrar, havia água suficiente para todos.

Depois da celebração, o fazendeiro anunciou seu plano. “Eu trarei água todas as manhãs para que cada um de vocês possa ter o que precisar”.

E isso foi exatamente o que ele fez. O fazendeiro tornou-se o dono da água. Todas as manhãs ele carregava sua caminhonete com os baldes, dirigia até a cidade e dava água para as pessoas. Era um novo dia. A água era de graça. O fazendeiro estava entusiasmado, e as pessoas da vila estavam agradecidas.

Até uma noite quando o fazendeiro teve um sonho.

No sonho ele viu as pessoas pegando a água e não sendo agradecidas. Elas entravam na caminhonete, pegavam um balde e iam embora sem uma palavra de apreciação.

Quando ele acordou, estava preocupado. Enquanto dirigia para a cidade, ele resolveu dar água apenas para quem fosse agradecido.

Antes de permitir que as pessoas pegassem seus baldes, ele anunciou, “De agora em diante não darei água para os que não forem gratos”. As pessoas ficaram surpresas. Cada pessoa o agradeceu quando ele ou ela recebeu a água.

Tudo estava bem até o fazendeiro ter um outro sonho. Neste sonho, algumas pessoas que estavam bebendo a água eram cruéis com seus vizinhos e cruéis com seus animais. Na manhã seguinte ele estava chateado de novo. Ele decidiu dar água apenas para quem merecesse.

“Se vocês forem cruéis com seus animais ou com seus vizinhos, vocês não receberão água”, ele decretou.

As pessoas olharam umas para as outras e ficaram em silêncio. Elas sabiam quem eram as más pessoas entre eles. Quando o dono da água viu os olhares de desconfiança, teve uma idéia.

“Cada um de vocês vem e diz para mim quem não merece, então eu saberei quem é mesquinho e cruel”.

Então eles vieram um a um com seus nomes e ele fez uma lista. A lista ficava cada vez maior. Finalmente, depois que cada morador da vila falou, o fazendeiro leu os nomes. Ele estava chocado. Cada pessoa da cidade estava na lista, exceto uma.

O fazendeiro.

Então ele ficou em pé na caminhonete e anunciou que, como eram poucos os que eram gratos e ninguém era merecedor, ele não traria mais água à vila. Ele virou sua caminhonete com a água e foi para casa.

* * *

“Amai, porém a vossos inimigos, fazei bem e emprestai … e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus” (Lucas 6:35).

“Seja rápido para compartilhar a água da graça com seus inimigos – como um presente para eles, assim como foi um presente para você”.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Parábolas inestimáveis: A parábola do cartaz sanduíche

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Eu sou a voz do que clama no deserto: “Endireitai o caminho do Senhor”.
João 1:23

Os rostos dos três homens estavam sérios quando o prefeito os informou sobre a catástrofe. “As chuvas destruíram a ponte. Durante a noite muitos carros foram para o precipício e caíram no rio”.

“O que nós podemos fazer?” um deles perguntou.

“Vocês precisam ficar ao lado da estrada e avisar aos motoristas para não virarem à esquerda. Digam a eles para pegarem a estrada estreita que segue ao lado do rio”.

“Mas eles dirigem muito rápido! Como podemos avisá-los?”

“Vestindo esses cartazes sanduíches”, o prefeito explicou, pegando três cartazes duplos de madeira unidos de forma a ficarem pendurados nos ombros de uma pessoa. “Fiquem nos cruzamentos para que os motoristas possam ver estes cartazes até que eu consiga alguém para consertar a ponte”.

E então os homens foram rapidamente para a curva perigosa e colocaram os cartazes apoiados em seus ombros.

“Os motoristas deveriam ver a mim primeiro”, falou um deles. Os outros concordaram. O cartaz dele avisava “Ponte Quebrada!” Ele caminhou vários metros antes de virar e ficar em seu posto.

“Talvez eu devesse ser o segundo, para que os motoristas diminuam a velocidade,” falou o homem cujo cartaz dizia “Diminuam a Velocidade”.

“Boa idéia,” concordou o terceiro. “Eu ficarei aqui na curva para que as pessoas saiam da estrada larga e entrem na estreita”. Em seu cartaz estava apenas “Peguem a Estrada Certa” e tinha um dedo apontando na direção da estrada segura.

E então os três homens ficaram com seus três cartazes prontos para alertarem os viajantes sobre a ponte quebrada. Conforme os carros se aproximavam, o primeiro homem ficava em pé de modo que os motoristas pudessem ler, “Ponte Quebrada”.

Então o próximo sinalizava para seu cartaz, avisando os carros “Diminuam a Velocidade”.

E conforme os motoristas obedeciam, eles então veriam o terceiro cartaz, “Peguem a Estrada Certa”. E, apesar da estrada ser estreita, os carros obedeciam e ficavam seguros. Centenas de vidas foram salvas pelos três homens-sanduíches. Por eles terem feito seus trabalhos, muitas pessoas foram mantidas fora de perigo.

Mas depois de poucas horas eles relaxaram em suas tarefas.

O primeiro homem dormiu. “Ficarei sentado onde as pessoas possam ver meu cartaz enquanto eu durmo”, ele decidiu. Então ele tirou seu cartaz de seus ombros e o apoiou contra uma pedra. Ele se inclinou no cartaz e dormiu. Enquanto ele dormia, seu braço escorregou sobre o cartaz bloqueando uma das duas palavras. Então ao invés de se ler “Ponte Quebrada”, seu cartaz apenas dizia “Ponte”.

O segundo não ficou cansado, mas ficou orgulhoso. Quanto mais avisava as pessoas, mais importante se sentia. Alguns até paravam no acostamento para agradecê-lo pelo trabalho bem feito.

“Nós poderíamos ter morrido se você não nos tivesse dito para diminuirmos a velocidade”, eles aplaudiam.

“Você está muito certo”, ele pensava consigo mesmo. “Quantas pessoas estariam perdidas se não fosse por mim?”

Agora ele chegou a pensar que ele era tão importante quanto seu cartaz. Então tirou o cartaz, colocou no chão, e ficou ao lado dele. Quando fez isso, não percebeu que ele, também, estava bloqueando uma palavra de seu aviso. Ele estava na frente da palavra “Velocidade”. Tudo que os motoristas conseguiam ler era a palavra “Diminuam”. Muitos pensaram que ele estava fazendo propaganda de um plano de dieta.

O terceiro homem não estava cansado como o primeiro nem orgulhoso como o segundo. Mas ele estava preocupado com a mensagem de seu cartaz. “Peguem a Estrada Certa”, dizia.

Ele ficou inquieto por sua mensagem ser tão inflexível, tão rígida. “Deveria ser dada uma opção para as pessoas. Quem sou eu para dizer a elas qual é a estrada certa e qual é a estrada errada?”

Então ele decidiu mudar a frase do cartaz. Ele fez um traço na palavra “Peguem” e alterou para “Prefiram”.

“Humm”, ele pensou, “ainda está muito estridente. É melhor não moralizar. Então ele fez um traço na palavra “Prefiram” e escreveu “Sugiro”.

Ainda não parecia certo, “Pode ser que ofenda as pessoas se elas pensarem que eu esteja sugerindo que sei algo que elas não sabem”.

Então ele pensou e pensou e finalmente fez um traço na palavra “Sugiro” e a trocou por uma frase mais neutra.

“Ahh, agora está certo”, ele disse a si mesmo enquanto se afastava e lia as palavras:

“Estrada Certa – Uma de Duas Alternativas Igualmente Válidas”.

E então, enquanto o primeiro homem dormia, o segundo ficava parado e o terceiro alterava a mensagem, um carro após o outro mergulhava no rio.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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