Max Lucado

Os problemas têm um propósito

“Clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará”. Salmos 50:15

Deus usará o que ele quiser para mostrar sua glória. Os céus e as estrelas. A história e as nações. As pessoas e os problemas. O meu pai morrendo em West Texas.

Os últimos três anos de sua vida foram marcados por ELA. A doença o levou de um mecânico saudável a um paralítico confinado em uma cama. Ele perdeu sua voz e seus músculos, mas nunca perdeu sua fé. Os visitantes percebiam. Não tanto pelo que ele falava, mas mais pelo que ele não falava. Nunca externou raiva ou amargura, Jack Lucado sofreu majestosamente.

Sua fé levou um homem a buscar uma fé como essa. Depois do funeral este homem me procurou e me contou. Por causa do exemplo do meu pai, ele se tornou um discípulo de Jesus.

Deus orquestrou a doença do meu pai por esse motivo? Conhecendo o valor que ele atribui a uma alma, eu não ficaria surpreso. E imaginando o esplendor do céu, sei que meu pai não está reclamando.

Um período de sofrimento é um pequeno exercício quando comparado à recompensa.

Ao invés de censurar seu problema, explore-o. Reflita sobre ele. E acima de tudo, use-o. Use-o para a glória de Deus…

Seu sofrimento tem um propósito. Seus problemas, suas lutas, suas angústias e suas perturbações cooperam para um fim – a glória de Deus.

– de Isto Não É Para Mim

Pai celestial, quando os problemas e o sofrimento vierem em minha direção, ajude-me a lembrar que nada vem em minha vida sem a sua aprovação. Ao invés de reclamar e chorar por causa dos desafios que enfrento, ajude-me a considerá-los como oportunidades para glorificá-lo. Dê-me força e paciência para carregar as minhas cargas de maneira que o honre. Tirarei meus olhos das provações e os manterei fixados firmemente no senhor, amém.

“Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará”. Daniel 3:17

“De todas as boas promessas do Senhor à nação de Israel, nenhuma delas falhou; todas se cumpriram”. Josué 21:45

“O justo passa por muitas adversidades, mas o Senhor o livra de todas”. Salmos 34:19

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Em julgamento diante de Pilatos

O julgamento mais famoso da história está prestes a começar.

O juiz é baixinho e nobre com olhos ligeiros e roupas caras. Seus cabelos grisalhos são aparados e seu rosto sem barba. Ele está apreensivo, nervoso por estar sendo empurrado para uma decisão que ele não pode evitar. Dois soldados o conduzem para baixo pelas escadas de pedra da fortaleza até o pátio principal. Os raios da luz do sol da manhã se estendem pelo chão de pedra.

Quando ele entra, os soldados sírios vestindo togas curtas erguem-se, levantam suas lanças e olham para frente. O chão no qual eles estão é um moisaco de pedras lisas, marrons e largas. No chão estão esculpidos os jogos que os soldados jogam enquanto esperam a sentença do prisioneiro.

Mas na presença do procurador eles não jogam.

Uma cadeira real é colocada em um patamar cinco passos acima do chão. O magistrado sobe e toma assento. O acusado é trazido à sala e colocado abaixo dele. Um grupo de líderes religiosos paramentados acompanha, vai para um lado da sala e para.

Pilatos olha para a figura solitária…

“Você é o rei dos judeus?”

Pela primeira vez Jesus levanta seus olhos. Ele não levanta sua cabeça, mas levanta seus olhos. Ele examina o procurador por baixo de sua sobrancelha. Pilatos fica surpreso com o tom da voz de Jesus.

“Essas são suas palavras”.

Antes que Pilatos consiga responder, o grupo de líderes judeus zomba do acusado ao lado do tribunal.

“Veja, ele não tem respeito”.

“Ele agita o povo!”

“Ele afirma ser rei!”

Pilatos não os ouve. Essas são suas palavras. Sem defesa. Sem explicação. Sem pânico. O Galileu está olhando novamente para o chão.

Alguma coisa nesse rabino rústico agrada Pilatos. Ele é diferente dos sanguinários que se aglomeram do lado de fora. Ele não é como os líderes com as barbas na altura do peito que em um minuto se vangloriam de um Deus soberano e no minuto seguinte imploram por impostos mais baixos. Seus olhos não são os olhos furiosos dos zelotes que são uma aflição à Pax Romana que ele tenta manter. Ele é diferente, este Messias do interior.

Pilatos quer deixar Cristo ir. Apenas me dê um motivo, ele pensa, quase em voz alta. Eu o libertarei.

Seus pensamentos são interrompidos por um tapinha no ombro. Um mensageiro se inclina e sussurra. Estranho. A esposa de Pilatos enviou uma mensagem para ele não se envolver no caso. Alguma coisa sobre um sonho que ela teve.

Pilatos volta para sua cadeira, senta e olha para Jesus. “Até os deuses estão do seu lado?” ele declara sem explicação.

Ele sentou nesta cadeira antes. É um assento dos dignitários romanos: azul cobalto com pernas grossas e ornamentadas. O assento tradicional de decisão. Sentando-se nele Pilatos transforma qualquer sala ou rua em um tribunal. É daqui que ele apresenta as decisões.

Quantas vezes ele sentou ali? Quantas histórias ele ouviu? Quantos apelos ele recebeu? Quantos olhos atentos olharam para ele, apelando por misericórdia, implorando por absolvição?

Mas os olhos deste Nazareno estão calmos, quietos. Eles não gritam. Eles não se movem rapidamente. Pilatos procura ansiedade neles… raiva. Ele não encontra. O que ele encontra faz com que ele se mexa de novo.

Ele não está com raiva de mim. Ele não está com medo… ele parece entender.

Pilatos está certo quanto a sua observação. Jesus não está com medo. Ele não está com raiva. Ele não está à beira do pânico. Pois ele não está surpreso. Jesus conhece sua hora e a hora chegou.

Pilatos está certo quanto a sua curiosidade. Onde, se Jesus é um líder, estão seus seguidores? O que, se ele é o Messias, ele pretende fazer? Por que, se ele é um mestre, os líderes religiosos estão com tanta raiva dele?

Pilatos também está certo quanto a sua pergunta. “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?” (Mateus 27:22).

Talvez você, como Pilatos, esteja curioso sobre este chamado Jesus. Você, como Pilatos, esteja perplexo com suas afirmações e agitado com suas emoções.

O que você faz com um homem que se autodenomina o Salvador, mas condena os sistemas? O que você faz com um homem que sabe o lugar e a hora de sua morte, mas vai até lá assim mesmo?

A pergunta de Pilatos é a sua. “Que farei então com Jesus?”

Você tem duas escolhas.

Você pode rejeitá-lo. Essa é uma opção. Você pode, como muitos, chegar à conclusão de que a ideia de Deus tornar-se um carpinteiro é muito estranha – e sair.

Ou você pode aceitá-lo. Você pode fazer a jornada com ele. Você pode ouvir sua voz no meio de centenas de vozes e segui-lo.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O amor é paciente

“O amor é paciente” (1 Coríntios 13:4)

A paciência é o tapete vermelho através do qual a graça de Deus se aproxima de nós.

A palavra grega usada aqui para paciente é descritiva. Ela figurativamente significa “levando um longo tempo para ferver”. Imagine uma panela de água fervente. Quais são os fatores que determinam a velocidade na qual ela ferve? O tamanho do fogão? Não. A panela? O utensílio pode ter influência, mas o fator principal é a intensidade da chama. A água ferve rapidamente quando a chama está alta. Ela ferve lentamente quando a chama está baixa. A paciência “mantém o bico de gás baixo”.

Esclarecimento útil, você não acha? A paciência não é ingênua. Ela não ignora o mau comportamento. Ela somente mantém a chama baixa. Ela espera. Ela escuta. Ela demora para ferver. É assim que Deus nos trata. E, de acordo com Jesus, é assim que devemos tratar os outros.

Certa vez ele contou uma parábola sobre um rei que decide acertar suas contas com seus devedores. Seu contador traz à tona um rapaz que não deve milhares ou centenas de milhares, mas milhões de dólares. O rei sumariamente declara que o homem, sua esposa e seus filhos sejam vendidos para pagar a dívida. Devido à sua impossibilidade de pagar, o homem está a ponto de perder tudo e todos estimados por ele. Não é de se admirar que “o servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’” (Mateus 18:26-27).

A palavra paciência aparece de forma surpreendente aqui. O devedor não implora por misericórdia ou por perdão; ele implora por paciência. Igualmente curioso é este aparecimento singular da palavra. Jesus a usa duas vezes nesta história e nunca mais. Jesus reserva a palavra para uma ocasião com um objetivo. A paciência é mais do que uma virtude para filas longas e garçons lentos. A paciência é o tapete vermeho através do qual a graça de Deus se aproxima de nós.

Se não houvesse paciência, não haveria misericórdia. Mas o rei foi paciente, e o homem com a dívida de milhões de dólares foi perdoado. Mas então a história dá uma guinada à esquerda. O rapaz recém perdoado vai direto do tribunal para o subúrbio. Lá ele procura por um sujeito que deve algum dinheiro a ele.

“Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida (versículos 28-30).

O rei fica atordoado. Como o homem pôde ser tão impaciente? Como ele ousou ser tão impaciente! A tinta do carimbo CANCELADO ainda está úmida nas contas do homem. Você não esperaria um pouco de Madre Teresa dele? Você acharia que uma pessoa que foi perdoada muito amaria muito. Mas ele não amou. E sua falta de amor levou a um erro caro. O servo rancoroso é chamado de volta ao castelo. “Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia” (Mateus 18:34).

Ufa! Nós suspiramos. Que bom que a história é uma parábola. É uma coisa boa Deus não aprisionar o impaciente na vida real. Não tenha tanta certeza de que ele não aprisiona. Egocentrismo e ingratidão criam paredes grossas e prisões solitárias.

A impaciência ainda aprisiona a alma. Por essa razão, o nosso Deus é rápido em ajudar-nos a evitá-la. Ele faz mais do que exigir paciência de nós; ele a oferece a nós. A paciência é um fruto do seu Espírito. Ela está pendurada na árvore de Gálatas 5:22: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência”. Você pediu a Deus para ele lhe dar algum fruto? Bem, eu pedi uma vez, mas… Mas o quê? Você, hum, ficou impaciente? Peça a ele de novo e de novo. Ele não ficará impaciente com sua súplica, e você receberá paciência em sua oração.

E enquanto você estiver orando, peça entendimento. “O homem paciente dá prova de grande entendimento” (Provérbios 14:29). Por quê? Porque a paciência sempre pega carona com o entendimento. O sábio diz, “O que tem entendimento refreia a língua” (Provérbios 11:12). Ele também diz “Quem tem entendimento é de espírito sereno” (Provérbios 17:27). Não perca a conexão entre entendimento e paciência. Antes de você explodir, escute. Antes de atacar, sintonize.

“O Senhor é paciente com vocês” (2 Pedro 3:9). E se Deus é paciente com você, você não pode transmitir um pouco de paciência aos outros?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Tirando o “eu” do seu olho

“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Filipenses 2:3-4).

O amor constrói relacionamentos; o egoísmo corrói relacionamentos. Não é de se admirar que Paulo seja tão insistente em seu apelo: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade” (Filipenses 2:3).

Mas nós não nascemos egoístas? E se nascemos, podemos fazer alguma coisa a respeito disso? Podemos tirar nossos olhos de nós mesmos? Ou, perguntando melhor, podemos tirar o pequeno nós mesmos dos nossos olhos? De acordo com as Escrituras, podemos.

“Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar” (Filipenses 2:1-2).

O sarcasmo de Paulo é velado. Há alguma motivação? Alguma exortação? Alguma comunhão? Então sorria!

Qual é a cura para o egoísmo?

Tire-se do seu olho tirando seu olho de si mesmo. Pare de olhar para esse pequeno eu e foque em seu grande Salvador.

Um amigo que é um ministro da Igreja Anglicana explica a razão pela qual ele termina suas orações com o sinal da cruz. “O toque da minha testa e do meu peito faz um ‘I’ maiúsculo (eu, em inglês). O gesto de tocar primeiro em um ombro e depois no outro corta o ‘I’ (eu) ao meio”.

Esse não é um trabalho da Cruz? Um “eu” menor e um Cristo maior? Não foque em si mesmo; foque em tudo o que você tem em Cristo. Foque na motivação em Cristo, na exortação de Cristo, na comunhão do Espírito, na afeição e compaixão do céu.

Se Cristo se tornar o nosso foco, não seremos como o médico em Arkansas. Ele diagnosticou mal a paciente. Ele declarou que a mulher estava morta. A família foi informada e o marido estava angustiado. Imagine a surpresa da enfermeira quando ela descobriu que a mulher estava viva! “É melhor você contar à família”, ela apressou o médico.

O médico embaraçado telefonou para o marido e disse, “Preciso conversar com você sobre o estado da sua esposa”.

“O estado da minha esposa?”, ele perguntou. “Ela está morta”.

O orgulho do doutor apenas permitiu que ele admitisse, “Bem, ela teve uma ligeira melhora”.

Ligeira melhora? Fale sobre um eufemismo! Lázaro está saindo do túmulo e ele chama isso de uma “ligeira melhora”?

Ele estava tão preocupado com sua imagem que perdeu uma oportunidade de celebrar. Nós rimos, mas não fazemos o mesmo? Nós vamos da cremação para a celebração. Nós merecemos um banho de lava, mas nos foi dada uma piscina de graça.

Contudo, ao olhar para os nossos rostos, você acharia que nossas circunstâncias tiveram apenas uma “ligeira melhora”. “Como está a vida?”, alguém pergunta. E nós que fomos ressuscitados da morte dizemos, “Bem, as coisas poderiam estar melhores”. Ou “Não consegui uma vaga para estacionar”. Ou “Meus pais não me deixarão mudar para o Havaí”. Ou “As pessoas não me deixam em paz para que eu consiga terminar meu sermão sobre egoísmo”.

Honestamente. Nós nos preocupamos com chuva ácida em revestimentos de prata. Você acha que Paulo gostaria de ter uma palavra conosco? Você está tão focado no que você não tem que está cego para o que você tem? Você recebeu alguma motivação? Alguma comunhão? Alguma exortação? Então você não tem motivo para alegria?

Venha. Venha sedento. Beba abundantemente da bondade de Deus.

Você possui um ingresso para o céu que nenhum ladrão pode levar,

um lar eterno que nenhum divórcio pode destruir.

Cada pecado da sua vida foi lançado ao mar.

Cada erro que você cometeu está pregado no madeiro.

Você foi comprado com sangue e feito para o céu.

Um filho de Deus – salvo para sempre.

Então seja agradecido, alegre – pois não é verdade?

O que você não tem é muito menos do que o que você tem.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Hoje eu farei diferença

Hoje eu farei diferença. Começarei controlando meus pensamentos. Uma pessoa é produto de seus pensamentos. Quero ser feliz e esperançoso. Portanto, terei pensamentos felizes e esperançosos. Eu me recuso a ser vítima das minhas circunstâncias. Não deixarei que pequenos inconvenientes, tais como semáforos, longas filas e congestionamento sejam meus senhores. Evitarei negativismo e fofoca. O otimismo será meu companheiro e a vitória será minha marca. Hoje eu farei diferença.

Serei agradecido pelas vinte e quatro horas diante de mim. O tempo é uma mercadoria preciosa. Eu me recuso a permitir que o pouco tempo que tenho seja contaminado por autopiedade, ansiedade ou aborrecimento. Enfrentarei este dia com a alegria de uma criança e a coragem de um gigante. Beberei cada minuto como se fosse o meu último. Quando o amanhã chegar, o dia de hoje terá ido embora para sempre. Enquanto ele estiver aqui, eu o usarei para amar e dar. Hoje eu farei diferença.

Não deixarei que falhas passadas me assombrem. Mesmo que minha vida seja marcada por erros, eu me recuso a remexer meu lixo empilhado de falhas. Irei admiti-los. Irei corrigi-los. Seguirei em frente. Vitoriosamente. Nenhuma falha é fatal. Tudo bem tropeçar… eu me levantarei. Tudo bem falhar… eu me erguerei novamente. Hoje eu farei diferença.

Passarei tempo com aqueles que amo. Meu cônjuge, meus filhos, minha família. Um homem pode possuir o mundo, mas ser pobre por falta de amor. Um homem pode não possuir nada, mas mesmo assim ser rico em relacionamentos. Hoje eu passarei pelo menos cinco minutos com as pessoas importantes do meu mundo. Cinco minutos de qualidade de conversa, abraço, agradecimento ou escuta. Cinco minutos não diluídos com meu cônjuge, filhos e amigos. Hoje eu farei diferença.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Golpe, Golpe

Quando um oleiro endurece um vaso, ele verifica sua firmeza tirando-o do forno e golpeando-o. Se ele fizer um “assobio”, está pronto. Se ele fizer um “ruído surdo”, é colocado de volta no forno.

O caráter de uma pessoa também é verificado por meio de golpes. Você tem sido golpeado ultimamente?

Telefonemas tarde da noite. Professor aborrecido. Mães irritadas. Refeições queimadas. Pneus furados. Prazos você-deve-estar-brincando. Esses são golpes. Golpes são inconveniências irritantes que disparam o pior em nós. Eles nos pegam desprevenidos. De surpresa. Não são grandes o suficiente para serem crises, mas se você tiver o bastante deles, cuidado! Congestionamentos. Longas filas. Caixas postais vazias. Roupas sujas no chão. Até enquanto escrevo isto, estou sendo golpeado. Por causa de interrupções demorou quase duas horas para eu escrever estes dois parágrafos. Golpe. Golpe. Golpe.

Como eu reajo? Eu faço um assobio? Ou eu faço um ruído surdo?

Jesus disse que a boca do homem fala do que está cheio o coração (Lucas 6:45). Não há nada como um bom golpe para revelar a natureza do coração. O verdadeiro caráter de uma pessoa não é visto em atos heróicos momentâneos, mas no cotidiano lotado de golpes do dia a dia.

Se você tem mais tendência a fazer um ruído surdo do que a fazer um assobio, anime-se.

O verdadeiro caráter de uma pessoa não é visto em atos heróicos momentâneos, mas no cotidiano lotado de golpes do dia a dia.

Há esperança para nós os “ruídos surdos”:

  1. Comece agradecendo a Deus pelos golpes. Não digo um agradecimento de meio-coração. Digo um agradecimento com grande gozo, pulando de alegria do fundo do seu coração (Tiago 1:2). As chances são de que Deus esteja dando os golpes. E ele está fazendo isso para o seu próprio bem. Portanto, cada golpe é uma lembrança de que Deus o está moldando (Hebreus 12:5-8).
  2. Aprenda com cada golpe. Encare o fato de que você não é “à prova de golpe”. Você será testado de agora em diante. Você também pode aprender com os golpes – você não pode evitá-los. Olhe para cada inconveniência como uma oportunidade para desenvolver paciência e persistência. Cada golpe o ajudará ou o ferirá, depende de como você usá-lo.
  3. Esteja ciente dos momentos de “atolamento de golpes”. Conheça os seus períodos de pressão. Para mim as segundas-feiras são infames por causar atolamentos de golpes. As sextas-feiras também podem ser igualmente ruins. Para todos nós há momentos durante a semana quando podemos antecipar uma quantidade incomum de golpes. A melhor maneira de lidar com os momentos de atolamento de golpes? Antecipando-nos. Apóie-se em oração extra e não desista.

Lembre-se, nenhum golpe é desastroso. Todos os golpes trabalham para o bem se estivermos amando e obedecendo a Deus.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Amado por um Deus digno de confiança

“Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim”. Mateus 24:6

A natureza é uma criação grávida, está no terceiro trimestre. Quando um tornado rasga uma cidade do Kansas ou um terremoto nivela uma região do Paquistão, há mais do que mudanças barométricas ou alterações de antigas falhas geológicas. O universo está passando pelas últimas horas antes do parto. A previsão é de contrações dolorosas.

Assim como os conflitos: “guerras e rumores de guerras”. Uma nação invadindo outra. Uma superpotência desafiando outra. As fronteiras sempre precisarão de postos de controle. Os correspondentes de guerra sempre terão emprego. A população mundial nunca verá paz deste lado do céu.

Os cristãos sempre sofrerão mais. “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa” (Mateus 24:9).

Mas lembre-se: “Tudo isso [tempos difíceis] será o início das dores” (Mateus 24:8), e dores de parto não são de todo ruim. (Para mim é fácil falar). As dores de parto sinalizam o início do último empurrão. O obstetra garante à futura mamãe, “Vai doer por um tempo, mas vai ficar melhor”. Jesus nos garante o mesmo. Os conflitos globais indicam o nosso dia no calendário da maternidade. Estamos nas últimas horas, apenas a alguns empurrões do parto, a poucos tiquetaques do relógio da eternidade da grande coroação da criação. Um mundo inteiramente novo está chegando!…

Todas as coisas, grandes e pequenas, fluem do propósito de Deus e servem à sua boa vontade. Quando o mundo parece estar fora de controle, ele não está. Quando fomentadores de guerra parecem estar no controle, eles não estão. Quando catástrofes ecológicas dominam o dia, não deixe que elas o dominem.

Vamos confiar em nosso Pai celestial.

– Sem medo

Glorioso Deus, todas as coisas fluem dos seus propósitos. O senhor está no controle mesmo quando as catástrofes dominam o dia. Quando os conflitos globais aumentam, que nós possamos lembrar que eles são dores de parto preparando o caminho para um mundo inteiramente novo e maravilhoso. Que possamos deixar de lado toda ansiedade e medo e ver estes eventos singulares como sinais para alegria e antecipação do seu reino de paz, amém.

“Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante”. Salmos 27:3

“Fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder”. Efésios 6:10

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Amado por um Deus fiel

“Perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo…” Filipenses 3:8.

Observe atentamente através da pequena janela na parede da prisão romana. Você vê o homem acorrentado? O sujeito envelhecido com os ombros curvados e o nariz aquilino? Esse é Paulo, o apóstolo encarcerado. Suas correntes nunca são soltas. Os vigias nunca se retiram. E provavelmente ele esteja se perguntando se algum dia ele sairá…

No momento em que encontramos Paulo em sua cela, ele já tinha sido açoitado, caluniado, agitado por uma tempestade, rejeitado e negligenciado.

Ah, mas pelo menos ele tem a igreja. Pelo menos ele pode se confortar pensando na congregação romana unificada que ele ajudou a fortalecer, certo? Dificilmente. A igreja romana está em apuros… Pregadores com fome de poder ocupam o presbitério. Você espera tais excentricidades de incrédulos, mas cristãos pregando para ganho pessoal? Paulo está enfrentando problemas dignos de Prozac…

E quem sabe o que o imperador Nero fará? Ele alimenta os leões do Coliseu com os discípulos no almoço. Paulo tem alguma garantia de que o mesmo não acontecerá com ele?… Paulo não é ingênuo. Ele sabe que a única coisa entre ele e a morte é um gesto do Nero mal-humorado.

Paulo tem todos os motivos para estar estressado…

Mas ele não está. Ao invés de contar os tijolos da sua prisão, ele planta um jardim dentro dela. Ele faz uma lista, não dos maus tratos das pessoas, mas da fidelidade de Deus.

“Quero que saibam, irmãos,” (Filipenses 1:12) “que aquilo que me aconteceu tem, ao contrário, servido para o progresso do evangelho” (1:12 NVI). Pode parecer que ele foi jogado para fora da trilha, mas na verdade ele está seguindo bem para o alvo. Por quê? Por uma razão. Cristo é pregado. A missão está sendo cumprida.

– Cada Dia Merece uma Chance

Pai, o estresse terreno e as lutas nos recordam da sua fidelidade. Ajude-nos, Senhor, a servi-lo sem murmúrio. Que nós possamos, como o apóstolo Paulo, escolher plantar um jardim nos tijolos de nossa “prisão”. Ajude a plantarmos nossos pensamentos firmemente em sua fidelidade. Toda esperança vem do senhor, amém.

“Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”. 2 Timóteo 1:7

“Mas vocês, tenham coração íntegro para com o Senhor, o nosso Deus, para viverem por seus decretos e obedecerem aos seus mandamentos, como acontece hoje”. 1 Reis 8:61

“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”. Mateus 6:33

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Oração para cura

A pergunta seguinte é uma das 172 perguntas e respostas do novo livro, Max on Life.

Pergunta n° 67

Nas minhas aulas da escola de medicina nós discutimos o lugar da oração no hospital. Como você pode imaginar, ouvimos fortes opiniões de ambos os lados. Quais são as suas considerações? Qual é o propósito da oração para cura?

Nós tendemos a um dos dois extremos deste assunto: fanatismo ou ceticismo. Os fanáticos veem a cura do corpo como o objetivo de Deus e a medida da fé. Os céticos consideram qualquer ligação entre a oração e a cura como coincidência no melhor caso e enganoso no pior. Um fanático pode procurar a oração excluindo a medicina; um cético pode procurar a medicina excluindo a oração.

Um equilíbrio saudável pode ser encontrado. O médico é amigo de Deus. A oração é amiga do médico.

O exemplo de Jesus é importante.

“E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou. De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel” (Mateus 15:30-31).

O que as pessoas faziam com os doentes? Elas os colocavam aos pés de Jesus. Este é o propósito de orar pelos enfermos. Colocamos o doente aos pés do Médico e pedimos seu toque. Esta passagem também nos mostra o resultado da oração para cura. “Glorificava o Deus de Israel”. O objetivo final da cura não é apenas um corpo saudável, mas um reino maior. Se o objetivo de Deus for conceder uma saúde perfeita para todos os seus filhos, ele falhou, porque ninguém goza de uma saúde perfeita e todos morrem. Mas se o objetivo de Deus for expandir as fronteiras do seu reino, então ele teve sucesso. Pois cada vez que ele cura, mil sermões são pregados.

Falando em sermões, você percebeu o que está faltando neste texto? Pregação. Jesus ficou com estas quatro mil pessoas por três dias e, até onde sabemos, nunca pregou um sermão. Nenhuma vez ele disse, “Posso ter a atenção de vocês?” Mas milhares de vezes ele perguntou “Posso ajudá-lo?” Que compaixão ele tinha por elas. Você pode imaginar a fila de pessoas? De muletas, usando tapa olhos, carregadas por amigos, embalada pelos pais. Por setenta e duas horas Jesus fitou rosto após rosto ferido, e então disse, “Tenho compaixão da multidão” (versículo 32). A inesgotável compaixão de Jesus. Marque isto. Dor na terra causa dor no céu. E ele se levantará e receberá o doente desde que o doente vá com fé até ele.

E ele fará o que for certo todas as vezes. “Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar?” (Lucas 18:7).

A oração para cura suplica para que Deus faça o que for certo. O meu amigo Dennis, um capelão, oferece esta oração aos pacientes: “Deus, o senhor colocaria as luvas cirúrgicas primeiro?”

Eu gosto disso.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

“Pai, perdoa-lhes”

O diálogo daquela manhã de sexta-feira foi amargo.

Dos espectadores, “Desça da cruz se você é o Filho de Deus!”

Dos líderes religiosos, “Salvou outros, mas não pode salvar a si mesmo”.

Dos soldados, “Se você é o rei dos judeus, salve-se a si mesmo”.

Palavras amargas. Cheias de sarcasmo. Odiosas. Irreverentes. Já não era suficiente ele estar sendo crucificado? Já não era suficiente ele estar sendo envergonhado como um criminoso? Os pregos não eram suficientes? A coroa de espinhos era muito suave? A surra foi muito breve?

Para alguns, parece que sim…

De todas as cenas ao redor da cruz, esta é a que mais me irrita. Que tipo de pessoa, eu me pergunto, zombaria de um homem que está morrendo? Quem seria tão baixo a ponto de despejar o sal do desprezo em feridas abertas? Como é baixo e pervertido zombar de alguém atormentado pela dor…

As palavras lançadas naquele dia tinham a intenção de ferir. E não há nada mais doloroso do que palavras que têm a intenção de ferir…

Se você sofreu ou está sofrendo por causa das palavras de alguém, você ficará feliz em saber que há um bálsamo para esta laceração. Medite nestas palavras de 1 Pedro 2:23:

“Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça”.

Você percebeu o que Jesus não fez? Ele não revidou. Ele não reagiu com raiva. Ele não disse, “Eu vou te pegar!” “Venha aqui e fale isso na minha cara!” “Espere até depois da ressurreição, camarada!” Não, estas declarações não foram encontradas nos lábio de Cristo.

Você percebeu o que Jesus fez? Ele “entregava-se àquele que julga com justiça”. Ou dizendo de um jeito mais simples, ele deixou o julgamento para Deus. Ele não assumiu a tarefa de procurar a vingança. Ele não exigiu um pedido de desculpas. Ele não contratou caçadores de recompensas e não enviou um bando armado. Ele, espantosamente ao contrário, falou em defesa deles. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34)…

“não sabem o que estão fazendo”.

E quando você pensa sobre nisso, eles não sabiam. Eles não tinham a menor ideia do que estavam fazendo. Eles eram uma multidão louca e agitada, bravos com alguma coisa que não conseguiam ver eles descontaram, de todas as pessoas, em Deus. Mas eles não sabiam o que estavam fazendo.

Sim, o diálogo daquela manhã de sexta-feira foi amargo. As pedras verbais tinham a intenção de ferroar. Como Jesus, com um corpo destruído pela dor, olhos encobertos pelo seu próprio sangue e pulmões ansiando por ar, pôde falar em favor de alguns bandidos cruéis vai além da minha compreensão. Nunca, nunca vi tamanho amor. Se alguém já mereceu vingança, foi Jesus. Mas ele não se vingou. Ao invés disso morreu por eles. Como ele pôde fazer isso? Eu não sei. Mas sei que de repente minhas feridas parecem menos doloridas. Meus rancores e ressentimentos são repentinamente infantis.

Às vezes eu me pergunto se não vemos o amor de Cristo tanto nas pessoas que ele tolerou como na dor que ele suportou.

Maravilhosa graça.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

TEXTOS MAIS RECENTES

grayscale photo of man and girl using inline skates near railings

Um Senhor para guiá-lo

person holding iphone 6 with case

Um GPS divino

red fire digital wallpaper

Um fogo refinador

Pular para a barra de ferramentas