Max Lucado

Horas extras

A pergunta seguinte é uma das 172 perguntas e respostas do novo livro, Max on Life.

Pergunta n° 121

O meu trabalho exige muitas horas extras, então não consigo estar presente em muitas atividades escolares dos meus filhos. Minha esposa fica muito preocupada com isto. Isto pode ter um efeito negativo em nossos filhos? Ou em meu relacionamento com eles?

Como um pai de três meninas, eu lutei com os mesmos problemas. Conforme Deus abençoava o meu ministério, mais e mais telefonemas chegavam de todo o mundo, querendo que eu falasse em igrejas, conferências e inaugurações de supermercados. No começo foi difícil dizer não. Eu sentia que cada oportunidade vinha de Deus.

Finalmente percebi que cada vez que eu dizia sim para alguma coisa, eu tinha que dizer não para outra. Chama-se a Lei da Dinâmica Inversa do Sim do Max. Consulte-a! Ela diz assim: para cada sim da sua agenda, há um não como reação igual e oposta. Quando dizia sim para outra palestra, dizia não para outro jantar em família. Quando dizia sim para outra reunião, dizia não para o jogo de voleibol das minhas filhas. Quando dizia sim para outra turnê de livro, dizia não para uma caminhada com a minha esposa.

Então como mostramos para as pessoas que as amamos e que acreditamos nelas? Há muitas maneiras de expressar esses sentimentos – afirmações verbais, cartas de amor, telefonemas, até uma rápida mensagem de texto dizendo, “estou pensando em você”. Todas elas são boas, mas há uma que é a melhor.

Falei dela em meu livro Um Amor que Vale a Pena:

Você acredita em seus filhos? Então apareça. Apareça em seus jogos. Apareça em suas peças. Apareça em seus recitais. Pode ser que não seja possível comparecer em cada um deles, mas é certo que o esforço vale a pena… Você quer trazer à tona o melhor de alguém? Então apareça.

Agora que todas as minhas filhas estão crescidas, acredite em mim, estou feliz por ter tomado essa decisão de aparecer antes que fosse tarde demais. Agora (deixa para “Cat’s in the Cradle” ao fundo) sinto falta daquelas Noites de Encontro com o Professor, de ver o vulcão delas feito de papel maché na feira de ciências e de sentar na arquibancada no grande encontro de voleibol, mesmo que elas estivessem no banco o tempo todo.

Quando se trata de filhos e de família, é muito mais fácil ganhar dinheiro do que compensar o tempo perdido.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Necessidades da vida

A pergunta seguinte é uma das 172 perguntas e respostas do novo livro, Max on Life.

Pergunta n°145:

Na maioria das minhas orações peço a Deus coisas que eu preciso todos os dias. Elas são necessidades legítimas. (Não estou pedindo a Deus para me tornar um milionário, apenas para me ajudar a pagar a hipoteca). Deus está realmente preocupado com as necessidades da minha vida?

“Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano” (Lucas 11:3).

O que é este pão cotidiano do qual Jesus fala, introduzido na Oração do Senhor? Uma fatia de pão italiano quente na minha porta todas as manhãs? Isso seria bom.

O pão é um alimento básico de toda cultura. De pães asmos a pães com fermento, o trigo tem sido misturado com água e com óleo e colocado sobre o fogo por todas as civilizações. O que é a primeira coisa que um restaurante leva antes da refeição? Pão. (Certo, talvez os restaurantes mexicanos não, mas aquelas tortilhas são feitas de trigo. Elas só estão fritas em óleo).

Mas que tal uma pequena mudança no cardápio diário: “Dá-nos hoje o nosso sorvete com lascas de chocolate moca cotidiano” ou “Dá-nos hoje o nosso caviar de baleia beluga cotidiano”?

Essas coisas são luxos, não necessidades. Desculpe, Deus não as promete.

O pão é uma necessidade valiosa, saborosa e bem-vinda, mas certamente não é extravagante.

Jesus nos diz para pedirmos pelas necessidades da vida, mas ele promete supri-las?

Logo depois deste apelo pelo pão diário, também encontrado em Mateus 6, Jesus apresenta sua famosa passagem “Não se preocupem”: “Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?” (versículo 25). Deus cuida das aves, das flores e da grama e fornece o básico que elas precisam para existir (versículos 26-30). Por que nós não? Nós não somos mais importantes do que uma andorinha que faz ninho em celeiros, uma petúnia multiflora e uma folha de capim da Bahia?

Pode apostar uma fatia de pão doce fermentado que somos.

Nessa afirmação vem uma promessa de Deus de fornecer comida, roupa e bebida (versículos 25-34) à sua mais importante criação na terra. Mais uma vez o necessário.

Jesus nos diz para pedirmos, em seguida promete dar-nos o básico que precisamos para sobreviver.

Então não se preocupe; ore. Deus tem algo maravilhoso para nós assando no forno. Você consegue sentir o cheiro?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Medo da calamidade global

“Cuidado, que ninguém os engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ´Eu sou o Cristo!´ e enganarão a muitos. Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores” (Mateus 24:4-8).

As coisas ficarão ruins, realmente ruins, antes de melhorarem. E quando as circunstânicas piorarem, “não tenham medo” (versículo 6). Jesus escolheu um termo forte para medo que ele não usou em nenhuma outra ocasião. Significa “gritar, chorar em voz alta”, como se Jesus aconselhasse os discípulos, “Não percam a cabeça quando coisas ruins acontecerem”.

Jesus equipou seus discípulos com uma coragem perspicaz. Ele listou os furacões da vida e então os apontou “para o fim”. A confiança na vitória definitiva proporciona coragem definitiva. O autor Jim Collins faz referência a esta perspectiva em seu livro Empresas Feitas para Vencer. Collins conta a história do Almirante James Stockdale, que foi um prisioneiro de guerra por oito anos durante a Guerra do Vietnã. Depois da libertação de Stockdale, Collins lhe perguntou como ele sobreviveu oito anos em um campo de prisioneiros de guerra.

Ele respondeu, “Eu nunca perdi a fé no final da história. Nunca duvidei não apenas que eu sairia, mas também de que eu prevaleceria no final e transformaria a experiência no acontecimento marcante da minha vida, o que, retrospectivamente, eu não negociaria”.

Collins então perguntou, “Quem não conseguiu sair?” O Almeirante Stockdale respondeu, “Ah, essa é fácil. Os otimistas… eles eram aqueles que falavam, ‘Nós sairemos até o Natal’. E o Natal chegava, e o Natal ia embora. Então eles falavam, ‘Nós sairemos até a Páscoa’. E a Páscoa chegava, e a Páscoa ia embora. E então Ação de Graças, e então seria Natal novamente. E eles morreram de coração partido”.

A verdadeira coragem inclui as realidades gêmeas da dificuldade atual e do triunfo final. Sim, a vida é uma droga. Mas não será assim para sempre. Como um dos meus amigos gosta de dizer, “Tudo dará certo no fim. Se não está dando certo, não é o fim”.

Apesar de a igreja estar sendo passada pelo crivo como o exército de Gideão, apesar de a terra de Deus estar sendo esbofeteada por mudanças climáticas e estar sangrando por desastres, apesar de a própria criação parecer encalhada nos mares árticos, não reaja exageradamente

“Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal” (Salmos 37:7).

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Quando nós os amamos, nós o amamos

“Quando vocês fizeram uma destas coisas a alguém negligenciado ou ignorado, era eu – vocês o fizeram a mim”. Mateus 25:40 (MSG)

Há muitas razões para ajudar os necessitados.

“A benevolência é um bem para o mundo”.

“Todos nós flutuamos no mesmo oceano. Quando a maré sobe, ela beneficia a todos”.

“Livrar alguém da pobreza é liberar o potencial dessa pessoa como um pesquisador, professor ou médico”.

“Quando diminuímos a pobreza e a doença, reduzimos a guerra e as atrocidades. Pessoas saudáveis e felizes não ferem umas às outras”.

A compaixão tem uma dúzia de defesas.

Mas para os cristãos, nenhuma é superior a esta: quando amamos os necessitados, estamos amando Jesus. É um mistério além da ciência, uma verdade além da estatística. Mas é uma mensagem que Jesus deixou clara como cristal: quando nós os amamos, nós o amamos.

Este é o tema do seu último sermão. A mensagem que ele deixou por último. Ele deve querer este ponto carimbado em nossa mente. Ele descreveu a cena do juízo final. O último dia, o grande Dia do Juízo. Nesse dia Jesus emitirá uma ordem irresistível. Todos virão. De navios naufragados e de cemitérios esquecidos, eles virão. De túmulos reais e de campos de batalha cobertos de grama, eles virão. De Abel, o primeiro a morrer, à pessoa sendo enterrada no momento em que Jesus chamar, todos os seres humanos da história estarão presentes.

Todos os anjos estarão presentes. Todo o universo celestial testemunhará o evento. O desfecho surpreendente. Em algum momento Jesus “separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes” (Mateus 25:32). Os pastores fazem isto. Eles andam pelo rebanho e, um a um, com o uso de uma vara conduzem os bodes em uma direção e as ovelhas em outra. Gráfico, este pensamento do Bom Pastor percorrendo o rebanho da humanidade. Você. Eu. Nossos pais e filhos. “Max, vá por aqui”. “Ronaldo, lá”. “Maria, deste lado”.

Como uma pessoa pode imaginar este momento sem o aparecimento repentino desta pergunta imprescindível: O que determina sua escolha? Como Jesus separa as pessoas?

Jesus dá a resposta. Aqueles à direita, as ovelhas, serão aqueles que o alimentaram quando ele estava com fome, que o trouxeram água quando ele estava com sede, que lhe deram hospedagem quando ele estava solitário, roupa quando ele estava nu e consolo quando ele estava doente ou preso. A marca do salvo é a sua preocupação com os necessitados. A compaixão não os salva – ou nós. A salvação é a obra de Cristo. A compaixão é consequência da salvação.

As ovelhas responderão com uma pergunta sincera: quando? Quando nós o alimentamos, visitamos, vestimos ou consolamos (versículos 34-39)?

Jesus relatará, um a um, todos os atos de bondade. Cada ação feita para melhorar a situação de outra pessoa. Mesmo as menores. Na verdade, todas elas parecem pequenas. Dar água. Oferecer comida. Compartilhar roupa. As obras de misericórdia são ações simples. E ainda assim, nestas simples ações nós servimos Jesus. Espantosa é esta verdade: nós sevimos Cristo servindo as pessoas necessitadas.

Algumas delas moram em nossa vizinhança; outras moram nas selvas onde você não consegue entrar e têm nomes que você não consegue pronunciar. Algumas delas brincam em favelas de papelão ou vendem sexo em uma rua movimentada. Algumas delas caminham por três horas para conseguir água ou esperam o dia inteiro por uma dose de penicilina. Algumas delas trouxeram suas aflições para si mesmas e outras herdaram a confusão dos seus pais.

Nenhum de nós pode ajudar todas as pessoas. Mas todos nós podemos ajudar alguém. E quando as ajudamos, nós servimos Jesus. Quem gostaria de perder uma chance de fazer isso?

“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar” (Mateus 25:34-36 NTLH).

Senhor, onde eu o vi ontem… e não o reconheci? Onde eu o encontrarei hoje… e falharei em o identificar adequadamente? Meu Pai, dê-me olhos para ver, um coração para responder e mãos e pés para servi-lo em qualquer lugar que o senhor me encontrar! Transforme-me, Senhor, pelo seu Espírito em um servo de Cristo, que se alegra em atender as necessidades dos que estão ao meu redor. Faça de mim um letreiro da sua graça, um anúncio vivo das riquezas da sua compaixão. Eu almejo ouvi-lo dizer para mim um dia, “Muito bem, servo bom e fiel”. E eu oro para que hoje eu seja esse servo fiel que faz bem ao fazer o bem. Em nome de Jesus eu oro, amém.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O medo de não proteger meus filhos

Pais, nós não podemos proteger os filhos de todos os perigos da vida, mas nós podemos levá-los à Fonte da vida. Nós podemos confiar os nossos filhos a Cristo. Mesmo assim, entretanto, nossos apelos podem ser seguidos por uma difícil escolha.

Quando Jairo e Jesus estavam indo para a casa de Jairo, “chegou alguém da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga, e disse: ‘Sua filha morreu. Não incomode mais o Mestre’. Ouvindo isso, Jesus disse a Jairo: ‘Não tenha medo; tão-somente creia, e ela será curada’” (Lucas 8:49-50).

Jairo ficou dividido entre as mensagens constrastantes. A primeira, dos empregados: “Sua filha morreu”. A segunda, de Jesus: “Não tenha medo”. O pavor chamava de um lado. A esperança compelia do outro. Tragédia, e então confiança. Jairo ouviu duas vozes e teve que escolher a qual delas daria atenção.

Nós também não fazemos isso?

A dura realidade da paternidade ensina algo como isto: você pode fazer o seu melhor e mesmo assim estar onde Jairo esteve. Você pode proteger, orar e manter todos os bichos-papões à distância e mesmo assim encontrar-se em um PS à meia-noite ou em uma clínica de reabilitação de drogados no domingo de visitas, escolhendo entre duas vozes: desespero e confiança. Jairo poderia ter escolhido o desespero. Quem o culparia por decidir “Já chega”? Ele não tinha garantia de que Jesus pudesse ajudar. Sua filha estava morta. Jairo poderia ter ido embora. Como pais, ficamos muito felizes por ele não o ter feito.

Alguns de vocês acham a história de Jairo difícil de ouvir. Você orou a mesma oração que ele, mas você se viu em um cemitério enfrentando a noite mais sombria de todos os pais: a morte do seu filho. Nenhuma dor se compara. Que esperança a história de Jairo oferece a você? Jesus ressuscitou a filha de Jairo. Por que ele não salvou o seu?

Deus entende a sua pergunta. Ele também enterrou um filho. Ele odeia a morte mais do que você. É este o motivo pelo qual ele a derrotou. Ele “destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade” (2 Timóteo 1:10). Para aqueles que confiam em Deus, a morte não é nada mais do que uma transição para o céu. O seu filho pode não estar nos seus braços, mas o seu filho está seguro nos dele.

Outros de vocês têm estado por um longo tempo onde Jairo esteve. Já faz tempo que a oração está sendo oferecida, mas ainda não chegaram ao lar da oração respondida. Você já chorou uma monção de lágrimas pelo seu filho, o suficiente para chamar a atenção de todos os anjos e seus vizinhos para a sua causa. Algumas vezes você sentiu que uma novidade estava se aproximando, que Cristo o estava seguindo para sua casa. Mas você não tem mais tanta certeza disso. Você se encontra sozinho no caminho, perguntando a si mesmo se Cristo se esqueceu de você e do seu filho.

Ele não se esqueceu. Ele nunca rejeita a oração de um pai. Continue entregando o seu filho a Deus, e no momento certo e do jeito certo, Deus entregará o seu filho de volta para você.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Trabalhem em equipe

Em 1976, tremores devastaram a região montanhosa da Guatemala. Milhares de pessoas foram mortas e dezenas de milhares ficaram desabrigadas. Um filantropo se ofereceu para patrocinar uma equipe de assistência da nossa faculdade. Este folheto foi afixado em nosso dormitório: “Necessário: estudantes que desejam utilizar suas férias de primavera para construir casas de blocos de concreto em Quetzaltenango”. Eu me inscrevi, fui aceito e comecei a frequentar as reuniões de orientação.

Havia doze de nós ao todo. A maioria alunos do seminário. Todo nós, parecia, amávamos discutir teologia. Nós éramos novos o bastante em nossa fé para acreditar que sabíamos todas as respostas. Isto proporcionou discussões acaloradas. Debatemos sobre um bando de polêmicas. Não consigo me lembrar da lista. Provavelmente incluíram os suspeitos de sempre como dons carismáticos, fim dos tempos, estilos de adoração e estratégia de igreja. Até chegarmos à Guatemala, nós abrangemos as polêmicas e revelamos nossas verdadeiras personalidades. Eu discerni os fiéis dos infiéis, os saudáveis dos hereges. Eu soube quem estava dentro e quem estava fora.

Mas tudo isso foi logo esquecido. A destruição causada pelo terremoto diminuiu as nossas diferenças. Aldeias inteiras foram niveladas. Crianças vagavam por entre os escombros. Longas filas de pessoas machucadas esperavam atendimento médico. As nossas opiniões repentinamente pareceram insignificantes. O desastre exigiu trabalho em equipe. O desafio criou uma equipe.

A tarefa transformou rivais em parceiros. Eu me lembro de um colega em particular. Ele e eu tínhamos opiniões claramente diferentes quanto aos estilos de música de louvor. Eu – o mente aberta, pensador relevante – favorecia a música contemporânea, movimentada. Ele – o enfadonho, homem das cavernas de mente fechada – preferia hinos e hinários. Porém quando estávamos empilhando os tijolos para as casas, adivinhe quem trabalhou ombro a ombro? Enquanto trabalhávamos, começamos a cantar juntos. Cantamos músicas antigas e novas, lentas e rápidas. Somente mais tarde eu percebi a ironia disso. Nosso interesse em comum nos deu uma canção em comum.

E se o ingrediente que falta para mudar o mundo for o trabalho em equipe? “Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mateus 18:19-20).

Esta é uma promessa impressionante. Quando os crentes concordam, Jesus toma conhecimento, aparece e ouve as nossas orações.

E quando os crentes discordam? Podemos voltar para a minha recordação guatemalteca por um momento?

Suponha que o nosso grupo tivesse se agrupado de acordo com as opiniões. Tivesse se dividido de acordo com as doutrinas. Se tivéssemos feito a unanimidade um pré-requisito para parceria, você consegue imaginar as consequências? Nós não teríamos terminado nada. Quando os trabalhadores se dividem, são os sofredores que mais sofrem.

Eles já haviam sofrido o bastante, você não acha? A igreja de Jerusalém encontrou uma maneira de trabalhar junto. Eles encontraram um denominador comum na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Porque eles trabalharam juntos, vidas foram mudadas.

E quando você e eu trabalharmos juntos, o mesmo acontecerá.

É melhor ter companhia do que estar sozinho,

porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas.

Se um cair,

o amigo pode ajudá-lo a levantar-se.

Mas pobre do homem que cai

e não tem quem o ajude a levantar-se!

(Eclesiastes 4:9-10)

Senhor, sempre que eu me dirijo ao senhor como “nosso Pai”, eu me lembro que fui chamado para ser parte de uma comunidade santa. O senhor não me chamou para continuar isolado, mas para colocar-me no corpo de Cristo, junto com todos os outros crentes em Jesus de todo o mundo de todas as épocas. Por favor, dê-me graça para agir de acordo com a verdade que o senhor nos criou para crescermos como uma equipe, para trabalharmos como uma equipe, para adorarmos como uma equipe e para chorarmos e rirmos como uma equipe. Conceda-me a sabedoria e a força para associar-me ao senhor e aos meus irmãos e irmãs em Cristo a fim de suprir as necessidades que o senhor coloca diante de nós. Por amor a Jesus e em seu nome eu oro, amém.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Ore primeiro, ore sempre

Um dos nossos líderes da igreja brasileira me ensinou algo sobre a importância da oração. Ele encontrou Cristo durante uma estadia de um ano em um centro de reabilitação de drogas. Sua terapia incluía três reuniões de oração de uma hora por dia. Não era necessário que os pacientes orassem, mas era necessário que eles frequentassem as reuniões de oração. Dúzias de viciados em drogas em recuperação passavam sessenta minutos ininterruptos ajoelhados.

Eu expressei surpresa e confessei que as minhas orações eram curtas e formais. Ele me convidou (desafiou?) a encontrá-lo para orar. Eu o fiz no dia seguinte. Nós nos ajoelhamos no chão de concreto do auditório da nossa pequena igreja e começamos a falar com Deus. Mude isso. Eu falei; ele gritou, chorou, implorou, elogiou e argumentou. Ele bateu com suas mãos fechadas no chão, balançou a mão fechada em direção ao céu, confessou e reconfessou cada pecado. Ele recitou cada promessa da Bíblia como se Deus precisasse de um lembrete. Ele orou como Moisés.

Quando Deus decidiu destruir os israelitas por causa do bezerro de ouro, “Moisés suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: ‘Ó Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão? Por que diriam os egípcios: ‘Foi com intenção maligna que ele os libertou’… Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo’” (Êxodo 32:11-13).

Moisés no Monte Sinai não está calmo e quieto, com as mãos unidas e uma expressão serena. Em um minuto ele está sobre seu rosto e no minuto seguinte está diante de Deus. Ele está ajoelhado, apontando seu dedo, levantando suas mãos. Derramando lágrimas. Rasgando seu manto. Lutando como Jacó em Jaboque pelas vidas do seu povo. E Deus o ouviu! “E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo” (Êxodo 32:14).

Nossas orações impetuosas mexem com o coração de Deus. “A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tiago 5:16). A oração não muda a natureza de Deus; quem ele é nunca será alterado. A oração, entretanto, impacta o correr da história. Deus conectou o mundo com força, mas ele nos convida a ligar o interruptor.

A maioria de nós luta com a oração. Nós nos esquecemos de orar e, quando lembramos, oramos com pressa e com palavras vazias. Nossas mentes se desviam; nossos pensamentos se dispersam como uma ninhada de codornizes. Por que isto? A oração requer um esforço mínimo. Nenhum local é determinado. Nenhuma roupa específica é necessária. Nenhum título ou cargo é estipulado. Mesmo assim você acharia que estamos lutando com um porco engraxado.

Falando em porcos, Satanás procura interromper as nossas orações. Nossa batalha com a oração não é inteiramente nossa culpa. O diabo conhece as histórias; ele testemunhou o anjo na cela de Pedro e a restauração em Jerusalém. Ele sabe o que acontece quando oramos. “As armas com as quais lutamos são poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2 Coríntios 10:4).

Satanás não fica preocupado quando o Max escreve livros ou prepara sermões, mas seus joelhos salientes tremem quando o Max ora. Satanás não gagueja ou tropeça quando você atravessa as portas da igreja ou participa das reuniões ministeriais. Os demônios não se agitam quando você lê este livro. Mas as paredes do inferno se abalam quando uma pessoa com um coração sincero e uma confissão fiel diz, “Ah, Deus, grandioso és tu”.

Satanás nos afasta da oração. Ele tenta se posicionar entre nós e Deus. Mas ele corre como um cachorro assustado quando nós avançamos. Então vamos.

Vamos orar, primeiro. Viajando para ajudar os famintos? Certifique-se de banhar a sua missão em oração. Trabalhando para desatar os nós da injustiça? Ore. Cansado de um mundo de racismo e divisão? Deus também. E ele amaria falar com você sobre isso.

Vamos orar, sempre. Deus nos chamou para pregar sem cessar? Ou ensinar sem cessar? Ou ter reuniões ministeriais sem cessar? Ou cantar sem cessar? Não, mas ele nos chamou para “orar sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17).

Jesus declarou: Minha casa será chamada casa de estudo? Comunhão? Música? Uma casa de exposição? Uma casa de atividades? Não, mas ele disse, “Minha casa será chamada casa de oração” (Marcos 11:17).

Nenhuma outra atividade espiritual garante tais resultados. “Se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus” (Mateus 18:19). Ele é movido pelo coração humilde e devoto.

“Continuem firmes na oração, sempre alertas ao orarem e dando graças a Deus. Orem também por nós a fim de que Deus nos dê uma boa oportunidade para anunciar a sua mensagem, que trata do segredo de Cristo” (Colossenses 4:2-3 NTLH).

Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o senhor criou tudo o que existe e mantém funcionando pela sua infinita sabedoria e poder ilimitado. Mesmo assim me convida a chegar até o senhor em oração, audaciosamente e com a expectativa de que o senhor me ouvirá e me responderá. Ensine-me, Senhor, a tirar o máximo proveito deste privilégio incrível, especialmente quanto a alcançar os outros com seu amor. Dê-me afeição por aqueles que ainda precisam experimentar a plenitude da sua graça e incite-me a orar por eles e por seu bem-estar, tanto neste mundo como na eternidade. Senhor, leve-me para a linha de frente desta batalha. Em nome de Jesus eu oro, amém.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Ajuda para os problemas predominantes

“As armas que usamos na nossa luta não são do mundo; são armas poderosas de Deus, capazes de destruir fortalezas”. 2 Coríntios 10:4 NTLH

Algum problema predominante suga a sua vida?

Alguns são inclinados a trapacear. Outros rápidos para duvidar. Talvez você se preocupe. Sim, todos se preocupam um pouco, mas você possui a distribuição nacional de ansiedade. Talvez você seja julgador. Claro, todos podem ser críticos, mas você faz mais julgamentos do que um juiz federal.

Qual é essa fraqueza, mau hábito, atitude desagradável? Onde Satanás possui uma fortaleza dentro de você? Ah, aí está a palavra adequada – fortaleza: um castelo, cidadela, muros espessos, portões altos. É como se o diabo reivindicasse uma fraqueza e construisse uma muralha ao redor dela.

Fortalezas: desafios antigos, difíceis e desencorajadores.

Isso foi o que Davi enfrentou quando olhou para Jerusalém…

Mas.

“Mas Davi conquistou a fortaleza…” (2 Samuel 5:9).

Verdade, a cidade era antiga. Os muros eram difíceis. As vozes eram desencorajadoras… Mas Davi conquistou a fortaleza.

Você não gostaria que Deus escrevesse um mas em sua biografia? Nascido para alcoólatra, mas ela levou uma vida sóbria. Nunca foi para a faculdade, mas ele foi dono de um comércio. Não leu a Bíblia até a idade de aposentar-se, mas ele chegou a uma fé profunda e duradoura.

Todos nós precisamos de um mas. E Deus tem muitos. Fortalezas não significam nada para ele. Você se lembra das palavras de Paulo? “As armas que usamos na nossa luta não são do mundo; são armas poderosas de Deus, capazes de destruir fortalezas” (2 Coríntios 10:4 NTLH).

Você e eu lutamos com palitos de dente; Deus vem com aríetes e canhões. O que ele fez por Davi, ele pode fazer por nós.

Pai santo, como o senhor ajudou Davi a vencer uma fortaleza assim o senhor pode ajudar-nos a vencermos as fortalezas das nossas vidas. O senhor prometeu liberdade e vitória. Pai, o senhor quebrará estas fortalezas com o seu grande poder? Dê-nos segurança com seu amor, amém.

“O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”. Salmos 121:2

“Clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará”. Salmos 50:15

“O seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem”. Mateus 6:8

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Destrua alguns muros

A cruz de Cristo cria um povo novo, um povo sem restrições de cor de pele ou contenda familiar. Uma cidadania nova baseada, não em geografia ou ancestrais comuns, mas em um Salvador comum.

Meu amigo Buckner Fanning experimentou isso em primeira mão. Ele era um fuzileiro naval na Segunda Guerra Mundial em Nagasaki três semanas após o lançamento da bomba atômica. Você consegue imaginar um jovem soldado americano no meio dos escombros e destroços da cidade demolida? Vítimas queimadas pela radiação vagando pelas ruas. Despejamento de precipitação atômica sobre a cidade. Corpos queimados em um caixão preto. Sobreviventes arrastando-se pelas ruas, procurando por famíla, comida e esperança. O soldado vitorioso sem sentir vitória mas aflição por causa do sofrimento a sua volta.

Ao invés de raiva e vingança, Buckner encontrou um oásis de graça. Enquanto patrulhava as ruas estreitas, ele se deparou com uma placa que tinha uma frase em inglês: Igreja Metodista. Ele anotou o endereço e decidiu voltar no domingo seguinte de manhã.

Quando voltou, ele entrou em um prédio parcialmente desmoronado. Janelas, estilhaçadas. muros, deformados. O jovem fuzileiro naval atravessou os escombros, sem saber como seria recebido. Por volta de quinze japoneses estavam arrumando as cadeiras e removendo os entulhos. Quando o americano uniformizado entrou no meio deles, eles pararam e se viraram.

Ele só sabia uma palavra em japonês. Ele a ouviu. Irmão. “Eles me receberam como um amigo”, Buckner relata, a força do momento ainda ressoa mais de sessenta anos depois dos eventos. Eles lhe ofereceram um assento. Ele abriu sua Bíblia e, sem entender o sermão, sentou e observou. Durante a comunhão os adoradores levaram os elementos a ele. Naquele momento tranquilo a inimizade de suas nações e a dor da guerra foram colocadas de lado enquanto um cristão servia a outro o corpo e o sangue de Cristo.

Outro muro caiu.

Quais os muros que estão no seu mundo?

Brian Overcast está derrubando muros em Morelia, México. Como diretor do centro NOÉ (Novas Oportunidades na Educação), Brian e sua equipe tratam o problema da imigração ilegal com uma abordagem única. Os membros do grupo me contaram recentemente, “Os mexicanos não querem cruzar a fronteira. Se eles pudessem ficar em casa, eles ficariam. Mas eles não podem porque não conseguem empregos. Então ensinamos inglês a eles. Com conhecimentos de inglês eles podem ser aceitos em uma das universidades de baixo custo do México e encontrar uma carreira em casa. Outras pessoas veem imigrantes ilegais; nós vemos oportunidades”.

Outro muro derrubado.

Nós não podemos viver nossas vidas se não conseguimos ir além dos nossos preconceitos. Quem são os seus samaritanos? Eunucos etíopes? De quem você foi ensinado a desconfiar e evitar?

É hora de eliminar alguns tijolos.

Bem-vindo ao dia que Deus o leva à sua Samaria – não tão distante em quilômetros, mas diferente em estilos, gostos, linguagens e tradições.

E se você encontrar um eunuco etíope, tão diferente mas também tão sincero, não recuse essa pessoa. Não deixe que classe, raça, sexo, opinião política, geografia ou cultura obstrua o trabalho de Deus.

“Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus” (Romanos 15:7).

Senhor, de quantas maneiras o meu coração tolo faz distinções erradas entre o seu povo? Revele-as a mim. Quantas vezes eu julgo alguém como indigno do senhor pela maneira como eu trato ele ou ela? Repreenda-me em seu amor. Onde eu posso destruir alguns muros ou eliminar uma barreira que mantém seus filhos separados uns dos outros? Dê-me algumas dinamites e habilidade e coragem para usá-las para a sua glória. O que eu posso fazer em minha esfera ou influência para levar o amor de Cristo a alguém que possa sentir-se banido ou afastado do senhor? Forneça-me discernimento divino e abençoe-me com a determinação de ser suas mãos e seus pés. Que eu possa ser uma ponte e não um muro. Em nome de Jesus eu oro, amém.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Mulheres do inverno

I

Os que lamentavam não o fizeram parar. Nem a grande multidão ou mesmo o corpo do homem morto na maca. Foi a mulher – a expressão em seu rosto e a vermelhidão em seus olhos. Ele soube imediatamente o que estava acontecendo. Era o filho dela que estava sendo carregado, seu único filho. E se alguém conhece a dor que vem de perder seu único filho, Deus conhece… (Lucas 7:11-17)

II

Sua intenção era tirar uma soneca enquanto os meninos iam para a cidade buscar comida. E que lugar melhor para descansar do que em um poço ao meio dia. Ninguém vem buscar água a esta hora. Então ele se sentou, se espreguiçou e se encostou no muro do poço. Mas seu cochilo foi logo interrompido. Ele abriu um olho apenas o suficiente para vê-la arrastando-se trilha acima com um jarro pesado em seu ombro. Atrás dela vinha meia dúzia de crianças, cada uma parecendo ser de um pai diferente… (João 4:1-42)

III

Quando ela chegou até Jesus, ela não tinha nada a perder. Os médicos haviam tirado seu último centavo. O diagnóstico havia furtado sua última esperança. E a hemorragia havia roubado seu último pingo de energia. Ela não tinha mais dinheiro, nem amigos e nem opções. Com a ponta de sua corda em uma mão e uma asa e uma oração em seu coração, ela abriu seu caminho através da multidão… (Lucas 8:43-47)

Três mulheres. Uma enlutada. Uma rejeitada. Uma morrendo. Todas sozinhas.

Sozinhas no inverno da vida.

Apesar de não sabermos como elas eram, seria justo supor que elas tinham passado do auge de serem desejadas. As únicas cabeças que se viravam enquanto elas andavam pela rua eram as cabeças balançando com pena. Uma das três era viúva e sem filhos, outra havia perdido sua inocência há seis quartos atrás e a terceira estava quebrada, desesperada e morrendo.

Se Jesus as tivesse ignorado, quem perceberia? Em uma cultura onde as mulheres estavam apenas um ou dois grau acima dos animais de fazenda, ninguém pensaria nada se ele tivesse passado silenciosamente pelo funeral, fechado seus olhos e se encostado no poço ou ignorado o puxão em seu manto. Afinal, elas eram apenas mulheres!

Esgotadas,

enrugadas,

exaustas.

Mulheres do inverno.

Deixe-as sozinhas, Jesus, alguém poderia argumentar. Encontre alguém com um pouco de primavera.

Pelos padrões do mundo, estas três não podiam dar nada em troca. Elas cumpriram seu propósito: tiveram seus filhos, alimentaram suas famílias, satisfizeram seus homens. Agora era hora de empurrá-las para o frio até morrerem, dando espaço para as jovens e impecáveis.

Foi lá que Jesus as encontrou. Tremendo no granizo gelado da inutilidade.

O frio inverno da vida.

Soa familiar? Claro que sim. Nós temos nossas próprias pessoas do inverno. Pessoas que pela falta de boa aparência ou de poder aquisitivo suficiente andam por aí como porcos-espinhos em um piquenique, indesejáveis e inacessíveis.

Difícil de acreditar?

Visite um colégio algum dia e procure os adolescentes que já sentem os ventos frios da rejeição.

Ou tente Miami Beach. Não me refiro à praia do norte onde os turistas pagam $150 por dia para ficarem bronzeados. Eu me refiro à praia do sul, uma cidade deliberadamente construída para os exaustos. Veja-os arrastando os velhos pés pela calçada. Eles vieram para o seu cemitério. Eles preenchem suas noites com sonhos da neta que talvez venha para o próximo Natal. E apesar da Gold Coast ser quente, em suas almas sopram os ventos do inverno.

Ou reflita sobre os não nascidos. A cada vinte segundos um é tirado do calor do útero e lançado no lago frio do egoísmo…

Os parágrafos poderiam continuar indefinidamente. Parágrafos sobre tetraplégicos, vítimas da AIDS ou doentes terminais. Pais solteiros. Alcoólatras. Divorciados. Cegos. Todos são marginalizados socialmente. Leprosos, mutantes. Todos, em um grau ou em outro, evitados pelo “mundo normal”.

A sociedade não sabe o que fazer com eles. E, infelizmente, nem mesmo a Igreja sabe o que fazer com eles. Muitas vezes eles encontrariam uma recepção mais calorosa no bar da esquina do que em uma classe da escola dominical.

Mas Jesus encontraria um lugar para eles. Ele encontraria um lugar para eles porque ele se importa. E ele se importa incondicionalmente.

Não, ninguém teria culpado Jesus por ignorar as três mulheres. Ter virado sua cabeça seria muito mais fácil, menos controverso e nem de longe arriscado. Mas Deus, que as fez, não poderia fazê-lo. E nós, que o seguimos, também não podemos.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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