BTCast 165: O Credo Niceno-Constantinopolitano

Muito bem (3x), o seu podcast semanal de teologia está no ar. Neste episódio Bibo e Milho recebem o professor Thiago Titillo para juntos invadirem o concílio Niceno-Constantinopolitano. O que levou a igreja a fazer um novo concílio? Por que a Pessoa do Espírito Santo ocupa lugar nessa discussão? O que é a cláusula filioque? Qual a importância de estudarmos a história da igreja?

O Credo Niceno-Constantinopolitano foi elaborado em 381 d.C. no Concílio ecumênico de Constantinopla. Ele tem esse nome, pois os teólogos presentes nessa reunião decidiram preservar o que já tinha sido firmado no Concílio de Niceia em 325 d.C (ouça aqui o podcast sobre o Concílio de Niceia). A diferença é que o credo niceno para na frase “e no Espírito Santo”, seguido por uma seção condenatória das ideias de Ário, um herege que negava a eternidade de Cristo entre outras coisas. Como depois de 325 a pessoa do Espírito Santo também ocupou lugar nas controvérsias teológicas, o Concílio de Constantinopla precisou ampliar as sentenças sobre a terceira pessoa da Trindade.

Apresentamos a vocês o Credo Niceno-Constantinopolitano:

“Cremos em um Deus, Pai todo poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós seres humanos e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne do Espírito Santo e da virgem Maria, e tornou-se humano, e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos, e padeceu e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras, e subiu aos céus e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim; e no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas; e na Igreja una, santa, católica e apostólica; confessamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro.”

Arte da capa: Guilherme Match (conheça o trabalho dele aqui!).

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