Sim, esta é a análise do filme Meu Namorado é um Zumbi. Se você ainda não assistiu, pare e assista assim que puder e volte correndo para ler isso aqui! Ah! Tem no Netflix e é uma boa opção para assistir com os jovens e adolescentes da igreja e depois direcionar uma discussão.
Meu Namorado é um Zumbi é um filme adolescente, tem romance, tem menininha bonita, tem menininho bonito, tem final feliz… mas também tem assuntos interessantes para refletirmos. Duvida?
Já no início percebemos que existe a clara divisão entre os cadáveres e os vivos. R (nosso zumbi favorito) descreve sua condição e as diferenças assim:
Não importa o que nos levou a virar um cadáver, só sei que somos assim. Esse é um dia típico para nós. Esbarramos nas pessoas e não pedimos desculpas. Não nos comunicamos, fingimos que ninguém está ao nosso redor.
Os vivos aproveitam a companhia uns dos outros e expressam seus sentimentos. Se importam uns com os outros. Quando nós, os zumbis, desistimos de ter esperanças, nos tornamos os esqueléticos sem esperança de ter sentimentos novamente.
Cadáveres parecem humanos, mas não possuem sentimentos e são incapazes de sentir remorso.
Alguém aí identificou alguns vivos, zumbis ou esqueléticos em nosso mundo?
Os vivos queriam claramente exterminar os cadáveres pois eles tinham muita certeza de que essa era uma condição permanente. Logo no início do filme, R conhece Julie e, sem nenhuma explicação, mesmo ao ter matado seu namorado, ele resolve poupar a vida dela e, além de não exterminá-la, ainda a salva em meio ao caos que os zumbis estavam promovendo.
Julie passa, assim, a sobreviver no meio dos zumbis, morando dentro de um avião em um aeroporto tomado de mortos-vivos. Essa convivência faz Julie perceber que R não é apenas um comedor de cérebro (condição essa que faz R ter as memórias do namorado dela e se apaixonar pela Julie, blá blá… parte meiguinha, hehe). R tem sua vida, seus hobbies, seus gostos musicais e um senso protetor.
R e Julie entendem que o que determina a condição de cadáver ou vivo é a ausência dos sentimentos. Quando R começa a nutrir sentimentos por Julie, aos poucos seu coração volta a bater. E esse sentimento irradia por entre os mortos e mais deles vão se tornando vivos. Descobrindo, então, a “cura” para essa condição que todos acreditavam ser irreversível.
Após essa descoberta, o casal entra numa corrida desesperada para avisar os vivos que, ao invés de lutar para exterminar os mortos, devemos restaurá-los à vida, colocando, inclusive, a própria vida deles em prol disso. Quem aí identificou o evangelho nessa história?
Então, foi assim que um filme de zumbi adolescente me fez questionar o modo como me comporto ao estar com quem ainda não conheceu a mensagem de Cristo. Se quero exterminá-lo ou se demonstro sentimentos, empatia e falo da salvação que Jesus promove.