Furacões

Amigos, o mundo vem sendo assolado por terríveis catástrofes naturais. Não bastasse a Tsunami, os furacões, incêndios e inundações tornam-se cada vez mais freqüentes. A princípio, fica a impressão de que é apenas porque a mídia consegue cobrir praticamente tudo o que acontece em qualquer lugar habitado do globo em tempo real, mas já se sabe que a incidência destes fenômenos é assustadoramente maior.

Nada que surpreenda aqueles que conhecem a palavra de Deus. Daqui para frente, a tendência é só piorar. Embora as mentes que se auto-entitulam “brilhantes” considerem esta análise simplista e irreal, todos sabemos que o pecado e o afastamento de Deus são a causa raiz de todos esses males e tragédias. E não vai parar por aí. A Bíblia fala de um tempo em que essas coisas vão se tornar tão intensas, que em razão delas a maioria da população mundial vai desaparecer. Estes são só os primeiros sinais do fim.

São muitas as reflexões possíveis, especialmente em relação ao Katrina. Pode-se ver nesses acontecimentos um nivelamento das nações. De repente, uma cidade norte-americana se vê comparada aos piores cenários de miséria, destruição e morte que costumam assolar outras partes do mundo. A invulnerabilidade pregada nos filmes de Hollywood parece não ser tão verdadeira quando checada por um evento natural.

Não bastasse a ação dos ventos e da água, a demora do governo para reagir é criticada por praticamente todos os meios de comunicação dentro do próprio país. Surgem acusações de que o descaso é em função de que os atingidos são negros e pobres. Os ricos já tinham saído. O orçamento da cidade foi cortado para ajudar a sustentar a guerra do Iraque. Tudo pode parecer fruto da maquinação da imprensa ou teorias conspiratórias, mas que essas teorias fazem sentido, fazem.

Mais impressionantes do que as cenas dos ventos rasgando a cidade, uma vez que isso acontece em outros lugares também, o que chamou a atenção mesmo foi a atitude das pessoas. Nova Orleans passou a ser uma cidade sem lei. Cheia de pessoas desesperadas, sedentas e famintas (experimentando pela primeira vez na vida o que milhões de pessoas passam todos os dias na América do Sul e na África), passou a valer a lei do mais forte. A regra era o vale-tudo. Quem poderia imaginar viver para ver um americano saqueando supermercado? Até policiais foram flagrados fazendo isso. Não se trata aqui daqueles que iam atrás de comida e água. Falo daqueles que entravam em fábrica de tênis, nos setores de eletrônicos de lojas de departamento. Certamente ninguém rouba 20 pares de tênis, DVD’s e aparelhos de som para comer. Sem contar os estupros, que não podem ter a mínima relação com o furacão.

Então os soldados do exército ianque, que tinham ido ensinar os afegães e iraquianos a se comportarem como bons mocinhos, precisaram voltar correndo para tentar conter a irracionalidade de alguns dos seus próprios conterrâneos. Se fosse no Brasil ou na África, os jornais do mundo inteiro mostrariam o nosso “terceiro-mundismo”. Mas como explicar esses fatos na maior e mais desenvolvida nação do planeta? Mais uma vez, fica a lição clara: o ser humano é o mesmo em qualquer lugar ou cultura do mundo. Decaído, mau, perverso. Sempre que uma chance aparecer de colocar para fora quem ele é, o resultado será o pior possível. As tragédias e as guerras têm em si a capacidade de expor quem o ser humano realmente é. Elas tiram as máscaras e revelam a verdade. Num dos maiores horrores das últimas décadas, as TV’s mostraram um abrigo de idosos, onde todos os 30 velhinhos foram abandonados para morrer, enquanto os funcionários salvaram a própria pele.

Note bem: o problema não são os Estados Unidos. O problema é o ser humano. A lição é que ninguém se considere melhor do que ninguém, porque no fundo é todo mundo a mesma coisa.

Pensando bem:

O que é pior: um Katrina ou meio Severino?