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Homem é preso em Minas com 11 mil quilos de queijo

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Minas Gerais prendeu um homem com mais de 11 mil quilos de queijo roubados na BR-381, próximo da cidade de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. O produto foi roubado por três homens sem medo do trabalho pesado e sem alergia à lactose.

Brincadeiras à parte, a coisa no Brasil está cada vez pior – criminalidade, violência, corrupção, medo, insegurança, miséria, etc. Tudo pode ser roubado, de dia ou de noite. Não sabemos onde isso vai parar. Ou melhor, sabemos, sim. Vai parar no dia em que nosso Deus intervir definitivamente na história. “O dia da Vitória em que virá o salvador. O dia em que se tornará verdade tudo o que sempre sonhei. O dia em que tristezas eu não mais terei e toda lágrima do meu olhar Ele enxugará.” Mesmo que muitos não creiam, o grande Dia vai chegar.

Mas até que Ele venha, temos que expandir o Reino. Temos que ser a diferença e fazer diferença. O mundo deve ser melhor por causa dos cristãos. Não podemos ficar omissos. Não podemos ficar calados. O tempo é mais que oportuno para que se pregue que o meu próximo é quem Deus pôs no meu caminho, ao meu alcance.

Você pode dizer que não pode mudar o mundo, o que discordo. Até onde pode chegar a força de uma oração ao Deus vivo? Quanto um ato de amor pode mudar o destino de alguém? Quanto um investimento de amor pode conquistar? Quanto seria mudado se cada cristão fizesse a sua parte? Você já percebeu a força de um sorriso de carinho?

O caso de um ladrão de queijos já é caso humorístico. Mas temo que estejamos nos acostumando com as más notícias e que, como o calo nas mãos do trabalhador cria a tolerância à dor, a freqüência com que tomamos conhecimento das tragédias também faz com que doa cada vez menos. Temo pensar que as notícias não nos tocam mais. Vemos crianças sendo mortas e não sentimos mais como antes. Ouvimos de balas perdidas, de miséria, de injustiças, mas isso não nos move. Até choramos às vezes, mas isso está mais pra choro de carpideira do que outra coisa mais significativa. O choro dura pouco e logo nos esquecemos. Logo esquecemos que a fome não dá trégua e que a dor de uma mãe que perdeu um filho na guerra, não termina quando termina a guerra.

Como cristãos temos que chorar, sim. Mas não o choro avulso e passageiro que nada produz. Temos que chorar o choro que estende a mão, que põe a mão no bolso, que faz o joelho dobrar. O choro que não faz surgir o amor e que não traz a paz nas atitudes, é choro vazio. Não significa nada. É como o “sino que ressoa”.

Isso tudo porque, se não for assim, daqui a pouco a gente vai dar risada da tragédia real. E, se isso acontecer, o mundo nunca será melhor, nem num único lugar, nem num pequeno momento e, para nossa vergonha, nem perto de nós.

por Clóvis Jr.