“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna nos céus” (II Corintios 5:1).
Há duas afirmativas neste versículo: a pessimista e a otimista. Aquela, expondo a
nudez de uma realidade que ninguém pode contestar: o corpo que se definha, se
deteriora e culmina com a morte – a casa terrestre e frágil. Em contrapartida, a otimista aponta para um edifício cujo arquiteto é Deus.
O nosso corpo é descrito nesta passagem como uma “tenda”, uma “choça de pastor”, (Isaias 38:12), ou na linguagem de hoje, “uma barraca de camping”. Como vemos, são expressões que indicam fragilidade e rapidez em sua montagem e desmontagem. Assim é nosso corpo, cujos anos podem se estender a setenta ou oitenta, e o que passar é enfado, de acordo com Moisés. Ou, ainda, anos que passam como um “breve pensamento”, ou um “conto ligeiro”.
Deus, na sua sabedoria e graça, sabendo que este tabernáculo teria um desfecho vergonhoso, e que seria derrotado pela morte, providenciou um edifício que não sofre as corrosões do tempo e que tampouco é limitado. É um edifício preparado por Deus, eterno nos céus.
“Na casa de meu Pai há muitas moradas”, foi a promessa feita por Jesus aos seus discípulos. Dentre eles, Tomé, o mais corajoso em declarar sua ignorância quanto ao caminho, desejou saber melhor os detalhes. E qual não foi a surpresa em descobrir que o próprio Jesus era e é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Hoje, graças à coragem de Tomé, sabemos o caminho às moradas, aos edifícios reservados por Deus e preparados por Jesus a todos quantos desejarem segui-lo e crerem nele como o Caminho, a Verdade e a Vida.
Entretanto, há necessidade de convicção. A mesma do Apóstolo Paulo: “sabemos”. Mais tarde seu corpo seria desfeito na “Via Ignatia”, literalmente, segundo a tradição, decapitado.
Mas ele sabia que havia um “edifício” da parte de Deus, nos céus, preparado para ele.
E você? Onde está sua convicção? Faça como o sábio construtor que edificou sua casa sobre a Rocha. Quando a tempestade e as chuvas vieram, ela permaneceu inabalável (Mateus 7:24-27). Creia em Jesus Cristo e construa sua vida nele mesmo, que é a Rocha inabalável.
Só assim você poderá dizer como Paulo: “Sei que se a minha casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, tenho da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna nos céus”.
por Orlando Arraz Maz