Uma notícia surpreendente corre solta pelas ruas de Jerusalém, capital de Judá. É assunto do momento e motivo de debate em todas as conversas: o rei Acaz vai participar do Cerimonial a Moloque, um deus amonita!
A comitiva real é recebida com festa. O cerimonial vai começar. Após um breve intervalo, um sumo sacerdote pagão apregoa a participação do rei, louvando-o por seu gesto e justificando ser extremamente necessário para o momento que o país vive.
Então, o rei, após repetir algumas palavras que o sacerdote lhe dirige, entrega seu próprio filho para ser oferecido como sacrifício a Moloque. Os tambores começam a rufar freneticamente…
O sumo sacerdote pagão recebe das mãos do próprio rei a suprema oferenda e caminha em direção ao fundo de um grande salão, onde se vê um grande ídolo oco, feito de bronze, de braços abertos e cheio de brasas incandescentes…
O sacerdote aproxima-se ainda mais e lança o menino nos braços de Moloque. Contorcendo-se de dores atrozes, o menino clama por socorro, mas ninguém o acode. Os tambores abafam-lhe os gritos de desespero e agonia…
Em poucos minutos, a criança exala a sua alma. O cerimonial acabou. A carruagem real retorna ao palácio, num silêncio que só é quebrado pelo trotar dos cavalos. O rei Acaz está triste, mas esperançoso…
Embora este fato tenha acontecido há milhares de anos, no país de Israel (II Cr 28), sabemos que, ainda hoje, no esplendor da era computadorizada, crianças são oferecidas e sacrificadas a Satanás, em ritual macabro.
O mais triste, porém, ainda é que, embora muitos pais não tenham coragem de entregar seus filhos a tais práticas, estão sacrificando-os entregando-os a Satanás, de um modo diferente, mais moderno e sutil, porém revoltante e destruidor. É verdadeiramente lamentável que pais evangélicos que, um dia, comprometeram-se diante da Igreja, diante dos anjos de Deus, em criar seus filhos para o louvor do Senhor, hoje permitam que seus filhos fiquem, horas sem fim, diante da televisão, sorvendo toda aquela programação moralmente suja, violenta, cheia de mentiras e de feitiçarias – um verdadeiro culto aos demônios. Tais programações vão sugestionando o modo de viver de nossas crianças, doutrinando-as e sedimentando em suas almas puras com eficiência tal que, mais rápido que esperamos, elas estão pensando da mesma forma, falando a mesma linguagem e agindo tal qual os seus medonhos “heróis” de TV.
A maioria das crianças evangélicas hodiernas sabem mais de Harry Potter (o menino bruxo), de Batman, de Homem Aranha, de Jaspion, do Mickey Mouse, dos Caça-Fantasmas e outros similares, do que das verdades eternas da Palavra de Deus. As programações da TV elas as têm “na ponta da língua”. Sabem os nomes dos personagens das novelas, dos filmes, dos cantores de rock e de todos os artistas famosos, mas nem sequer podem recitar corretamente os nomes dos livros da bíblia ou o salmo 23, o mais conhecido.
Talvez estes pais estejam escorando-se na clássica desculpa de não terem tempo para fazerem o culto doméstico ou se esqueceram da aliança que fizeram com Deus e, sem hesitar, entregam seus filhos aos “belos cuidados” da babá eletrônica, e, em breve estarão deixando a responsabilidade da educação espiritual e moral de seus filhos, que são herança do Senhor, a professorinhas tais como:Angélica, Xuxa, Eliana, Carla Perez e outras da mesma estirpe que, “pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”, vão solapando as sólidas bases do lar, quais sejam; as bases espirituais do temor e do amor a Deus, as bases morais da honra, do respeito e da obediência aos pais e as bases do bom relacionamento com o próximo, em bondade, compaixão, generosidade e perdão.
Permitir que, através da TV ou de outros meios, como as cartas de YU-GI-OH o império do mal seja instalado e, aos poucos, vá dominando o lar é oferecer sacrifício a Moloque, tal qual o rei Acaz o fez. O movimento da chamada Nova Era não é outro senão o próprio Satanás exigindo culto para si. Mas o mandamento de Deus para Israel ainda hoje vale para todos nós: “E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome do Senhor teu Deus” (Lv 18:21).
Notas:
* Fragmentos da Monografia de Pós-graduação de Marta Queiroz Pacheco Sabir, membro da 1ª Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora, Ministra de Crianças, baseado no texto de Natanael Cardoso Negrão, missionário da APEC (Aliança Pró-evangelização de Crianças) e membro da Igreja Evangélica do Marco em Belém (PA).
por Marta Queiroz Pacheco Sabir