Opondo-se a tudo que se chama Deus

Amigos, assistia eu a um jogo do campeonato paulista de futebol pela televisão, quando no intervalo vi pela primeira vez a nova propaganda de uma indústria de cerveja. Ela começa com a caricatura de um “profeta”, que chega a um bar anunciando que “o fim está próximo” e usando outras frases bíblicas. Cada uma delas é respondida com desprezo e as respostas aplaudidas pela multidão de jovens que se diverte naquele estabelecimento. A mensagem é clara: um profeta sempre é um estraga-prazer. Quem fala em nome de Deus tem mais é que ser ridicularizado. A palavra do momento é “curtição”. Que ninguém nos impeça de viver a vida em toda intensidade de diversões, festas, bebedeiras e orgias.

Estava um dia desses na ante-sala de um consultório dentário e, enquanto aguardava, peguei uma revista dentre as disponíveis. Como todas eram da mesma editora, comecei a folhear a primeira. Nada vendo de interessante, peguei a segunda. Nada vendo de interessante, peguei a terceira. E foi assim até folhear a última. Eram dessas revistas nas quais desfilam os ricos, famosos e desocupados da alta e hipócrita sociedade brasileira. Então uma coisa começou a chamar a minha atenção. Em quase todas as páginas da revista apareciam fotos de artistas, na faixa de 30 a 40 anos, muitos dos quais fotografados ao lado de seus filhos, entre 3 e 10 anos. Detalhe: nas legendas, a informação dada quase que como um troféu, um destaque, um exemplo a ser seguido: “Fulana brilha na festa de Cicrano, ao lado do namorado. Ela estava acompanhada de seu filho, o fulaninho, fruto de seu romance com o Beltrano, de quem está separada há 6 meses”. A mensagem é clara: os ricos e famosos estão levando uma boa vida, participando de festas e baladas e eles não estão nem aí para os conceitos “antiquados” de família e fidelidade.

E aí aparece a moça que se auto-intitulou “a amante oficial de Ronaldo, o Fenômeno”. Fez questão de expor a todo mundo seu caso, dando detalhes que, no dizer do apóstolo, “o só referir é vergonha”. E ainda ela está se sentindo muito pressionada por aquilo que considera “um julgamento apressado da opinião pública”. Segundo ela, “ninguém tem o direito de julgar ninguém”. Ela acha que não fez nada de errado, que não tem nada de mais dormir com um homem casado, na cama do casal, se a esposa não estiver lá ou se ela souber que isto está acontecendo. É um problema de cada um. Ainda existe quem a defenda.

Vivemos em um país que chama Faustão, Hebe Camargo, Luciana Gimenez, Gilberto Barros, Jô Soares e Gugu de “apresentadores de televisão”. Alguns vão além: eles são os “monstros sagrados da televisão brasileira”. Imaginem quando chegarem os monstros profanos. São eles que todos os dias despejam nas casas das pessoas todo tipo de conceito anti-Deus, os quais eles sabem muito bem embalar em papel de moderno, de atual, de “o que é que há de mal nisso?”.

Não é à toa que a Palavra de Deus nos adverte há muitos séculos que o espírito do anticristo já está no mundo. O anticristo, pelo que entendo, é uma pessoa, um líder mundial que se levantará depois do arrebatamento da igreja, mas a Bíblia é clara quando indica o anticristo também como sendo uma filosofia de vida, de pensar e de agir que “se levanta contra tudo o que se chama Deus ou objeto de culto”. Ou seja, é uma forma de pensar que procura se insurgir contra qualquer autoridade divina ou qualquer verdade absoluta. O humanismo, tão em moda no mundo atual e até na igreja, é o nervo mais exposto do anticristo. Tanto que o número da besta é “666”, ou seja, o homem, o homem e o homem. O ser humano no centro de tudo. Ninguém pode dizer ao homem o que fazer, o que pensar, como conduzir sua vida. Não há referenciais. Não há parâmetros. Cada um faça como julgar mais conveniente.

De forma sutil, nas revistas que você escolhe para ler, por trás das propagandas que lemos, ouvimos ou vemos, dos programas de entrevistas que prendem tanta gente madrugada adentro, vai-se preparando o coração humano para receber a personificação deste sentimento anti-Deus. Na sociedade dos nossos pais talvez ainda pudesse haver alguma resistência aos conceitos que ora são incutidos na cabeça das pessoas desde a infância. Agora, não há mais barreiras.

Nas últimas férias, caí na bobagem de assistir com minha filha o filme “Meu Irmão Urso”, da Walt Disney. Para evitar pensar pela cabeça dos outros, para não achar que estava sendo levado pelo desejo de “caça às bruxas” e do lema “tudo é demônio” de alguns apologetas mais radicais, fomos. Se você não o viu ainda, sugiro que não perca seu tempo. O filme é uma aula de ocultismo, reencarnação e feitiçaria, do começo ao fim. Não estou dizendo isso porque alguém me contou. Eu mesmo vi. Minha filha (que achava que ia assistir a um desenho do tipo “O Pequeno Urso”, que a TV Cultura transmitia até pouco tempo atrás), com seus 7 anos de idade, felizmente pode perceber o engano e as mentiras que ali se exibiam. Mas não deixou de ser o dinheiro e o tempo que pior gastamos nos últimos tempos. Na sala, porém, estavam centenas de pais e crianças que saíram dali achando tudo lindo e maravilhoso. Viram as filas dobrando quarteirão para assistir à estréia do último filme do Harry Potter?

Ninguém se iluda. Este mundo é isto aí mesmo. Ele jaz no maligno. Os que não são dele, que se cuidem para não serem enredados, capturados, envolvidos, amordaçados por este sistema. Porque esta foi uma das razões que levou Jesus Cristo à cruz. Segundo Gálatas 1, ele morreu para nos “desarraigar (isto é, arrancar pelas raízes) deste mundo perverso”.

Que Ele não tenha tido todo este trabalho para depois a gente, só para não ficar contra a correnteza, só para não ser rotulado na escola e no trabalho de “careta” e de “atrasado”, voltar por vontade própria a ser escravo do curso deste mundo.

Pensando bem:

“Rejeitar a verdade absoluta de Deus nos leva a idéias e pressupostos que podem ter tremendas repercussões” Frank Dietz, diretor da OM International