Amigos, estamos sem saber para onde correr. A segurança pública está na privada. Não serve para mais nada. Até algum tempo atrás, se você estivesse andando em uma rua escura e percebesse que estava sendo seguido, encontrar uma viatura da polícia era um alívio. Hoje, se encontrar uma viatura em local ermo, corra, porque você pode ser alvejado pelo PCC. Algum tempo atrás, lembro-me ainda muito bem, uma delegacia era um lugar que representava a lei. Ali se estava a salvo da bandidagem. Hoje, morar perto e até passar em frente de uma delas é tarefa de altíssimo risco. Mais uma vez preciso citar o que já disse em algum artigo passado: banana anda comendo macaco neste país.
E aí vem a psicóloga (sempre eles…) para dizer que a culpa é minha. Foi a sociedade que falhou. Todos nós temos um pouco de culpa, porque nós não fizemos a nossa parte, diz a doutora no programa de entrevistas. Espera aí, de que parte ela está falando? Foram eles mesmos, os psicólogos, que formaram gerações de pais que não podiam impor limites aos filhos, que não podiam reprimir os instintos selvagens dos adolescentes, que não podiam dizer “não” porque o “não” traumatiza uma criança. Foram eles que ensinaram as pessoas (e tem até muito crente caindo nessa que nem patinho) a jogar a culpa sobre os outros, a transferir responsabilidades, a nunca assumir os erros. A psicologia, mesmo esta farsa chamada de “psicologia cristã”, nunca ofereceu solução para o caos. Pelo contrário, ela contribuiu para o caos.
E aí vem os educadores (sempre eles…) para dizer que a culpa é do ensino público falido. Foi o governo que falhou. Espera aí, de que ensino eles estão falando? Foram eles que ensinaram nossas crianças que este mundo é obra do acaso e da evolução, que Deus não existe, que não tem nada a ver com a nossa vida, que podemos ser felizes se tão somente tivermos bastante conhecimento científico. A educação nunca ofereceu solução para o caos.
E aí vem os defensores dos direitos humanos (sempre eles…) para dizer que a culpa é do sistema penitenciário. Foi a falta de iogurte de morango nos presídios que gerou esta revolta nos pobres assassinos. Espera aí, de que iogurte eles estão falando? Daquele que o trabalhador que sai 4 horas da manhã de casa carregando a marmita com arroz e ovo nunca viu na vida e cujos filhos só conhecem pela propaganda da televisão? Que direitos são esses que fazem o bandido ser tratado às custas do trabalhador e valer quatro vezes mais do que ele (um preso custa ao Estado de São Paulo cerca R$ 1.000,00. O salário mínimo é R$ 240,00)? Os direitos humanos nunca ofereceram solução para o caos.
E aí vem os políticos (sempre eles…) para dizer que a culpa é da oposição que não aprova as reformas. Engraçado. A primeira vez de que me lembro em que ouvi falar em “solução para o país” foi no começo dos anos 80. Era imperioso para transformar o Brasil que tivéssemos a abertura democrática, anistia e eleições diretas. Veio tudo isso. Então, agora era necessário ter uma nova constituição. Isso resolveria tudo. Veio a nova Constituição. Depois, a solução era acabar com os marajás. Veio o Collor. Mas como também veio o PC, era necessário agora o Impeachment. Veio o Impeachment. Então era preciso acabar com a inflação. Veio o Real. Agora é preciso a reforma da previdência. Gente, não deu para perceber ainda que a política nunca ofereceu solução para o caos?
E aí vêm os moralistas para dizer que a culpa é da camisinha, do aborto e da propaganda do cigarro na televisão. Dizem que o importante é a gente se apegar a alguma religião, não importa qual. Bons costumes, tradições saudáveis e tudo se resolve. Mas até em famílias tradicionais, como os alemães dos Jardins, acontecem parricídios. O moralismo, embora tenha lá seus benefícios, nunca ofereceu solução para o caos.
E aqui estamos nós, os cristãos. Habitando no meio de um povo impuro e de impuros lábios. No olho do furacão. Mesmo entre os que a si mesmos se professam cristãos, as propostas parecem, inexplicavelmente, divergir. Na TV se prega que a culpa toda é do diabo e que basta amarrá-lo com alguns comandos especiais que tudo se resolve. Mas a dura realidade das ruas tem demonstrado que não é tão simples assim. Tem também aqueles que afirmam que a culpa é do dízimo roubado. Outros afirmam que a solução é o óleo ungido, o sal abençoado, o manto consagrado, a corrente, o corredor da luz, o túnel do vento, o foguete sagrado, a oferta para o programa continuar no ar.
Já tivemos aqueles que achavam que dava para conquistar o Brasil no grito, organizando passeatas e shows pirotécnicos. Temos aqueles que acham que a saída é gravar CD ao vivo em estádio lotado. Tem aqueles, mais bobinhos, que acham que o que dá certo mesmo é organizar fã-clube de cantor evangélico. Tem aqueles, mais espertinhos, que acham que a solução é encher o Congresso Nacional de crente, não importa a que preço, para o Brasil e para a Igreja brasileira.
Cá no meu cantinho, da minha humilde tribuna cibernética, eu continuo achando que a solução ainda é, porque nunca deixou de ser, Jesus Cristo, pregado e vivido com coerência, poder e ousadia por cada um daqueles que é um cristão verdadeiro.
Simplista? Pouco articulado? OK. Então ache outra resposta.
De tudo o que conheço sobre as outras opções, mas especialmente, de tudo o que conheço por andar com Ele há 28 anos, estou convencido de que não conseguiremos saída enquanto Ele não for Senhor de nossas vidas, de nossas famílias, de nossas igrejas e de nosso querido país.
Pensando bem:
A solução ainda é Jesus Cristo.