5. É preciso orar para que o irmão Bush tenha sabedoria vinda de Deus para tomar suas decisões.
Não é meu dever nem direito julgar a fé de alguém, seja ele o porteiro do meu prédio ou o presidente do império mundial Estados Unidos. Não sou eu quem tem que definir se o fulano é salvo ou não, se é sincero ou não é. Nem é este o ponto que interessa, se bem que Jesus ensinou que pelos frutos se conhece uma árvore.
O que fico me perguntando àqueles que dizem isso se o Bush está mesmo minimamente interessado em saber o que Deus pensa a seu respeito. Eles expulsaram Deus das escolas, dos currículos e até das igrejas, colocando o diabo no lugar que era do Senhor, será mesmo que eles querem saber o que Deus pensa sobre a vida deles? Tem tanta coisa clara, que eles sabem que é a vontade de Deus e não estão preocupados em cumprir! Se eles não respeitam nem as resoluções da ONU, vão aceitar as resoluções divinas?
E por que razão só precisamos orar pelo Bush? O Saddam e os árabes podem morrer todos queimados e ir para o inferno? Estranho este cristianismo dolarizado dos nossos dias.
6. Choramos pelas vítimas de 11 de setembro. As vítimas da guerra são uma conseqüência dos tiranos árabes.
Esta é apenas uma maneira de dizer que podem morrer muçulmanos, mas americanos e ingleses devem viver para sempre.
Como cristão, lamentei profundamente a perda de vidas preciosas naquela barbárie de 11 de setembro, a qual é por todos os aspectos totalmente condenável. Não há justificativas para o que aconteceu. Mas também como cristão, igualmente lamento profundamente as milhares de mortes e a condição deplorável de miséria sub-humana a que estão e estarão expostos os povos dos países atacados pelas bombas dos americanos.
Ambas as atitudes foram covardes, diabólicas, vis e desprezíveis. São ataques, de ambos os lados, promovidos por pessoas que personificam o mal em seu aspecto mais odioso. E ambas merecem o mesmo repúdio por parte daqueles que servem a Jesus.
7. Esta é uma guerra de Deus contra o diabo, do bem contra o mal. Não defender esta guerra significa defender os muçulmanos e seus regimes despóticos e cruéis.
Este foi o mesmo argumento usado pela Igreja Católica no tempo da Inquisição e das Cruzadas. Invadiram-se e saquearam-se terras, bens, propriedades, mataram-se milhares, produziu-se uma carnificina. Tudo em nome de Deus. Tudo à sombra da Cruz. A História mostrou que nem a Cruz nem Deus jamais tiveram qualquer coisa a ver com isso.
Talvez não exista nada que me irrite mais nesta discussão do que tentar colocar Deus no meio disso tudo para defender um lado. Se usassem o orgulho ferido dos americanos, embora continuasse a discordar, daria para entender. Agora, tentar fazer disso o cumprimento de profecias, a mão de Deus e coisas pelo estilo é profanar demais o nome de Deus. É exagerar no uso em vão de um nome tão sagrado.
Um alerta importante
Embora eu repudie veementemente a guerra e ainda mais as tentativas de justificá-la, é preciso alertar a todos que qualquer sentimento de ódio contra os americanos e ingleses não deve ser permitido no coração dos cristãos, que são ensinados a amar incondicionalmente, inclusive aqueles que nos odeiam e nos perseguem.
Há muito na história recente a se dizer contra o imperialismo americano, como a política de agiotagem internacional condenável do FMI, os boicotes e barreiras alfandegárias contra produtos dos países em desenvolvimento. Tudo isto é citado pelos políticos da esquerda brasileira desde os tempos da ditadura (embora muito do que se condenou todo este tempo esteja agora sendo usado pelo governo Lula, como o aumento da taxa de juros pela segunda vez em 3 meses de governo). Porém a influência mais nefasta desta nação imoral e distanciada de Deus é a produção em larga escala do pior tipo de lixo espiritual que se dissemina por todo o mundo, visto ser o berço do satanismo e de grande parte das seitas heréticas que invadiram o mundo no último século, incluindo os ensinadores “evangélicos”, na verdade ministros falsos a disseminar ensinos enganadores. Isto nunca é citado nestas análises, porque elas são feitas com base em motivações ideológicas, políticas e eleitoreiras. Cuidado, portanto, para não ir na onda de tudo o que se diz e do que se ensina na faculdade, sem ter o cuidado de conferir com o que se diz na Bíblia.
É preciso ter claro que muito do que a mídia manipulada e controlada pelo deus deste século vomita em nossas casas é fruto do ódio que a Serpente tem contra Israel, de quem os EUA são tradicionalmente aliados, o que, em última análise, acaba sendo uma maneira de rebelar-se contra Deus. Não cabe aqui um comentário longo sobre a situação de Israel na atualidade, nem é meu propósito defender as atitudes de um povo rebelde e longe de Deus, mas a promessa de “abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”, feita em relação aos judeus, continua valendo. E isto incomoda muita gente.
Mesmo com tudo isso sendo verdade, ainda assim devemos muito a homens e mulheres americanos e ingleses que trouxeram o Evangelho à nossa terra e nos ensinaram sobre Deus. Eles não chegaram aqui com a bandeira dos Estados Unidos ou da Inglaterra, mas com a bandeira do Evangelho de Cristo (pelo menos deveria ser assim). Isto seria motivo suficiente para não aninharmos em nossos corações sentimento de antipatia ou nojo contra o povo americano ou britânico – como um cristão se referiu aos americanos um dia destes.
O que esta situação toda tem a nos ensinar, na verdade, é a reafirmação do que a Palavra de Deus nos ensina desde muitos séculos:
- O mundo jaz no maligno.
- Os povos se enfurecem e imaginam coisas vãs contra o Ungido de Deus.
- Quando se semeiam ventos, colhem-se tempestades.
- A nação que teme ao Senhor é feliz. A que não teme (e não há hoje no mundo uma só que o faça) não tem como ser feliz.
- MARANATA! ORA VEM, SENHOR JESUS!!!
Pensando bem:
Não acredito em mal necessário. O mal é sempre mal.