Educação
Amigos, hoje começo com um parêntese: como não recebi nenhuma informação sobre a pesquisa que “encomendei” junto aos meus leitores, concluo que não fui muito claro. Daria para você, meu querido leitor, fazer um levantamento na sua igreja de quantos são os universitários, profissionais formados ou quantos pretendem fazer sua faculdade? Só para a gente ter uma idéia de como anda o perfil da moçada de hoje e pensar nas possibilidades que Deus descortina para o nosso tempo. Quantos diplomas andam enfeitando paredes e enchendo contas bancárias, mas com nenhum benefício para o Reino!
Li certa vez uma história do início do que se tornou mundialmente conhecido como EBD (Escola Bíblica Dominical). Dizia a revista, editada por uma conceituada casa publicadora brasileira, que a princípio este “B” não existia. A EBD não era um programa que as igrejas mantinham para que os pais trouxessem seus filhos para ensinar o que deviam estar aprendendo em casa. Seu fundador, na verdade, não sentou-se e programou aquilo, mas simplesmente percebeu que ao redor da sua paróquia havia uma porção de meninos e meninas que não podiam ir à escola, e portanto não sabiam ler nem escrever. Ele passou então a reuni-los aos domingos de manhã em sua casa (era o dia em que ele tinha maior disponibilidade) para ensiná-los a ler e a escrever. Quando o bispo soube disso, ele interveio imediatamente, porque viu nesse programa uma “profanação ao dia do Senhor (?!)”. E passou a reunir os meninos na paróquia. Daí surgiu o “B”. Acho ótimo que o “B” aparecesse, porque já expus minha fé no fato de que a solução vem pela Palavra de Deus. Mas você pode imaginar o que poderia acontecer se tivéssemos este objetivo em nossas Escolas Dominicais? Poderíamos unir o útil ao agradável e erradicar o analfabetismo no Brasil. Com uma vantagem: além de ensinar a ler, ensinaríamos também o que ler.
É esta a estratégia de muitos movimentos revolucionários e religiosos. Muçulmanos ensinam suas crianças. Os líderes do MST ensinam suas crianças. Se começarmos hoje uma revolução silenciosa, a partir de nossas classes de Escola Dominical, formaremos uma geração não apenas mais culta e educada, mas calcada em valores e princípios bíblicos e eternos.
Vou além. Pensemos no fato de que nossos filhos são obrigados a aprender desde pequenos todo o lixo dos “educadores” e “intelectuais” que fazem a cabeça dos seus professores. Toda a filosofia de vida imoral e ímpia, desenvolvida por gente que ridiculariza as instituições divinas (como o casamento e a família), gente que defende e incentiva práticas perversas e condenadas por Deus (como o homossexualismo e a promiscuidade sexual); todas as fraudadas teorias científicas (como a da evolução) passadas como verdades inquestionáveis, sem nenhum espaço para “o outro lado”; toda a carga de feitiçaria e idolatria que vem embrulhada como “cultura, folclore e tradições populares”; é isto que está fazendo a cabeça de nossas crianças e jovens. Não admira que o país vai de mal a pior, e que a nossa geração de adolescentes (dentro das igrejas até) está enfrentando problemas seríssimos – esses dias ouvi de uma grande e famosa igreja em São Paulo na qual o filho de um diácono teve uma overdose de cocaína no banheiro da igreja.
E aí vem a pergunta: você acha que consegue mudar esta situação porque colocou no Congresso um deputado crente? Para brigar com deputados que representam e defendem exatamente isso que acabei de descrever? Ou você acha que dá certo você unir-se ao programa Alfabetização Solidária, que não vai permitir que você fale de Deus enquanto alfabetiza? Amigos, nossa luta é outra. Nossas armas são outras.
Talvez não sejam todas as igrejas locais que teriam o perfil e o chamado para investirem nesta área, mas afirmo: se o povo de Deus no Brasil fosse mobilizado nacionalmente e focasse sua atenção nisso, o analfabetismo seria erradicado de nosso país em uma década.
Seria mais importante do que um mero assistencialismo paternalista. Seria ensinar a pescar ao invés de passar a vida toda dando peixe para matar a fome do povo. Seria um exemplo de cidadania do céu.
Temos a opção de pensar no assunto. Quantos de nós (já acabou a pesquisa) são professores, pedagogos, diretores de escola? Por que não pensar em educação “secular” como parte do nosso ministério?
Ou vamos preferir deixar que os seguidores de Helen White a Alan Kardec continuem tomando conta disso sozinhos?
Pensando bem:
Se o povo de Deus no Brasil fosse mobilizado nacionalmente e focasse sua atenção nisso, o analfabetismo seria erradicado de nosso país em uma década.