Amigos, estamos em pleno andamento da campanha eleitoral e com ela o tão sonhado horário eleitoral gratuito. Quando consegui almoçar em casa, para fazer uma boa digestão, resolvi assistir o programa da tarde. O certo era chorar, mas acabei aproveitando para rir um pouco. Cada figurinha carimbada, cada slogan ultrapassado, um horror. Será que eles acreditam que alguém vai votar neles por causa da propaganda eleitoral? Será que ainda tem alguém que confia em quem diz coisas do tipo:
“Vote no fulano de tal para ele continuar a luta pelo emprego”
“Vote no cicrano porque ele vai acabar com o pedágio”
“Se você confiar em mim, eu serei a sua voz na Assembléia”
(E por falar em assembléia…)
“Vote no beltrano, porque ele é um homem de fé!”
Sem citar nomes, porque não sou cabo eleitoral de ninguém, mas teve um que falou que era para votar no seu pupilo e se ele fosse mal, era para nunca mais votar nele. E ele aparece assim mesmo, e pede seu voto na cara-dura.
Tem ainda o “Vote em mim porque sou honesto e tenho um passado limpo”. Ora, pipocas. Grande vantagem. Primeiro, porque eu não sabia que ter um passado limpo era virtude. Achava que isso era obrigação. Segundo, porque só faltava aparecer na TV o Elias Maluco ou o Andinho dizendo “Você já me conhece. Quero seu voto”.
Tem também o “Vote em mim porque é preciso renovar”. E quem é que me garante que você vai renovar?
Tem o outro que vem citando João 17, porque esse é o seu número. E ainda tem coragem de dizer que é para votar nele para que todos saibam que “somos um”!!! É brincadeira ou é sério?
Tem até gente que se orgulhava de fazer uma campanha pobre que agora já pode contratar dupla sertaneja famosa para fazer “showmício”. Tem quem dizia que não ia contar com dinheiro de banqueiro para fazer campanha nem fazer aliança com certas pessoas, mas que agora diz até em debate que cansou de perder eleição e que o que interessa mesmo é ser eleito, custe o que custar.
No começo dos anos 80, os professores diziam aos alunos e os políticos diziam ao povo que a solução era a abertura democrática. Veio a abertura, inclusive com eleições diretas em todos os níveis. Aí eles começaram a dizer que a saída era a Constituinte. Veio, foi promulgada e aí começaram a dizer que era preciso fazer a reforma da Constituinte. Agora é a reforma do Código Penal. O que sobra mesmo é uma falta de perspectiva, um sentimento de desesperança, uma desconfiança generalizada.
Comecei a escrever este artigo na sexta-feira. Minha vontade era chutar o pau da barraca e quem sabe até deflagrar uma campanha pelo voto nulo. Só para eles perceberem que a gente está cheio disso.
Chego domingo de manhã na igreja e vamos estudar Romanos 13. (Aí, Zeca, valeu para alguma coisa, hein??). Fico sabendo que, como o cristão está sujeito às autoridades e às leis do país, votar é uma das obrigações do cristão-cidadão. Então, sendo assim, eu preciso votar. E mais do que isso, preciso votar com consciência. Preciso escolher com cuidado meus candidatos. Preciso exercer minha cidadania.
Sim, sou antes de tudo um cidadão dos céus. Mas por enquanto eu moro na terra, na amada terra chamada Brasil, um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza. Tenho compromissos, deveres e obrigações com esta nação. E como cristão, preciso cumpri-los da melhor maneira possível.
Estamos na semana da Pátria. Sábado que vem é o dia da Independência (já tem gente falando que com esse negócio da Alca, a gente vai mudar 7 de setembro para 4 de julho e chamar de Independence Day). Então, vou sugerir que a gente comece a fazer a primeira lição de casa que recebi no estudo de ontem: orar pelo país e pelas suas autoridades. Mesmo que elas sejam corruptas. Mesmo que elas só pensem em si mesmas e nos seus interesses. Mesmo assim, vou orar. Há outras coisas, creio eu, que podemos fazer também como cristãos. Se Deus permitir, falaremos de algumas delas durante este mês de setembro. Mas a principal, e contra a qual não pode haver contestação, é colocar esta nação diante do trono do Soberano do Universo e clamar por misericórdia.
Quem está disposto a fazer isso primeiro?
Pensando bem:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus…” Romanos 13:1