Amigos, parece que não somos o único país do mundo a produzir picaretas. Veja os escândalos recentes nos balanços de grandes companhias americanas. Se você tinha algum investido na Enrom ou na WorldCom ou na Xerox, dançou. Yes, eles mentem também e ainda dizem que o arriscado é investir no Brasil! Aí vão investigar os executivos e descobrem que o vice-presidente tem culpa no cartório. Na Alemanha, um maluco ataca uma nigeriana no metrô e a espanca até quase a morte, diante dos olhares impassíveis dos transeuntes. Ya, eles são racistas ainda, em pleno século 21. Na França, um maluco tenta matar o presidente. É, o Dia do Chacal se torna realidade. Na Coréia, o filho do presidente está atolado até o pescoço em escândalos de corrupção. De volta à terra do Tio Sam, yes, my friends, eles tem policiais tão violentos quanto a PM mineira. Os caras descem o pau na maior cara dura, como foi mostrado pelos canais de televisão pelo mundo inteiro.
Não que isso atenue a nossa situação, mas esse tipo de coisa deixa evidente que o ser humano é tão podre, corrompido e sujo no Brasil como nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia. O pecado não tem passaporte nem reconhece fronteiras. O homem é igual em todo lugar. A rigor, tudo o que não presta começa nesses países. De onde vêm o lixo intelectual, moral, filosófico e principalmente religioso (se preferir, teológico) que se consome no Terceiro Mundo? Para ficar apenas com o último, qual é o berço das heresias destruidoras como o mormonismo, o adventismo, o russelismo e a teologia da prosperidade? Onde é que templos cristãos estão se transformando em bares e boates? Onde é que as escolas estão sendo proibidas de qualquer menção a Deus ou à Bíblia?
Isto precisa servir de alerta à nossa geração. Somos hoje um país privilegiado pela disseminação do evangelho. Talvez nunca houve tantos cristãos nas ruas brasileiras como hoje. Às vezes isso é até preocupante, porque de certa maneira é “chique” ser cristão agora. Isso já aconteceu em muitas dessas nações. A Alemanha e a Suíça foram berços da Reforma. O Reino Unido já viveu reavivamentos extraordinários, a ponto de ver cadeias e tavernas fechadas, sem freqüentadores. Os Estados Unidos já foram uma nação que tinha Deus como prioridade. A Constituição americana, por exemplo, é calcada no que se convencionou denominar de “ética judaico-cristã”, quer dizer, no que a Bíblia ensina sobre as relações humanas. Por isso é praticamente a mesma desde a sua promulgação. O “Thanksgiving Day” era quase uma repetição das festas da colheita dos judeus. Era um reconhecimento de que o fruto da terra era o resultado das bênçãos de Deus.
Só que essas nações, uma vez enriquecidas e prósperas, colocaram Deus completamente de fora dos seus planos. O resultado está sendo colhido amargamente. Como isso aconteceu? Um artigo como este seria muito breve para discorrer sobre as causas principais.
Mas devemos destacar que se a Igreja nos países em desenvolvimento, que hoje tem uma oportunidade histórica de fazer diferença na sua sociedade, tanto nos números como pela influência, se esta Igreja não estabelecer nos seus membros uma mentalidade de Cristianismo autêntico, não caricaturado, não formatado pelos interesses humanos, não apegado à defesa de costumes regionais e descontextualizados, não religioso, corremos o risco de ver muito breve esta oportunidade sendo pulverizada para sempre.
É por isso que a gente não pode perder tempo nem oportunidades. Sempre que houver a chance de se implantar uma filosofia de ministério que priorize a relação íntima e pessoal com Deus acima do relacionamento meramente religioso (aquele que julga a espiritualidade pelos paradigmas humanos) e que busque eficiência e uma avaliação sincera dos resultados do nosso trabalho para Deus, devemos aproveitá-la. Sob pena de acontecer com o nosso cristianismo o que aconteceu com o da linha de cima do Equador.
Pensando bem:
A gente não pode perder tempo nem oportunidades.