Muito se fala das transformações da educação e os novos desafios para o professor. De fato, tenho lido e escrito bastante sobre isso. Entretanto, com a modificação do eixo em torno do qual o processo de ensino e aprendizagem gira, as competências dos alunos modificam-se também.
O foco unilateral na cognição é deslocado para considerações mais plurais, compreendendo também a volição e a afeição de todos os envolvidos em tal processo educativo. Ou seja, os esforços não são mais exclusivos pelo conhecimento, mas também pelas competências!
A preocupação com as competências sócioemocionais não é uma modinha passageira nas pesquisas pedagógicas. Trata-se do reconhecimento necessário de que alunos e professores não são sujeitos neutros, destituídos de vontade e sentimento enquanto estão em sala de aula. Tem uma antropologia da educação muito interessante por trás dessas preocupações sócioemocionais.
Por tudo isso, nossa postura enquanto estudantes assume uma renovada importância no cenário atual. Especificamente pensando na educação cristã, nosso alvo não pode ser apenas voltado aos conteúdos, mas também às virtudes e valores que são mais característicos da fé cristã.
Enquanto estudantes de nossa própria geração, precisamos, não apenas, de indicações de leituras e palestras, mas de exposições bíblicas cheias de poder, podcasts com conversas edificantes, e diversas partilhas comunitárias genuínas da fé cristã. Um estudante que busca apenas encher sua mente de informações está deslocado das necessidades de seu próprio tempo.
A preocupação pela formação integral dos estudantes será, com certeza, uma das tarefas teológicas mais urgentes na contemporaneidade. Todavia, estamos absolutamente convictos de que, se levada à sério, com temor e tremor, essa jornada de estudos teológicos tem condições de gerar uma forma de vida absolutamente diferente daquelas que são experimentadas hoje em dia.
O objetivo que temos não poderia ser outro, a não ser, contribuir no processo de torná-los mais parecidos com Cristo em seu pensar, sentir, querer e, consequentemente, edificar a Igreja de Cristo no mundo contemporâneo.