Existe uma tarefa que nenhum discípulo de Jesus pode se furtar. Trata-se de aprender as dores de cada nova geração. Procurar ler e descobrir o significado das questões que tocam mais profundamente o espírito de uma época.
Onde dói na vida dos nossos amigos? O que eles estão sentido? Você tem clareza para identificar as questões de nosso tempo — antes de respondê-las com o Evangelho?
Francis Schaeffer, no seu livro A Morte da Razão, nos ensinou que cada nova geração de cristãos precisa aprender como falar à sua época de uma maneira comunicativa – como quem vai passar uma longa temporada no exterior e precisa aprender não só um idioma, mas as gírias e formas de pensamento em outra língua.
Com isso, ele estava nos chamando à responsabilidade de aprendemos as formas de pensamento das pessoas com quem falaremos e, sem dúvida, comunicaremos o Evangelho. Ou seja, não devemos apenas a professar as doutrinas bíblicas corretas, mas também a comunicar essas verdades a nossa geração.
É tarefa fundamental da Teologia colocar-se em um lugar de escuta generosa antes de sair respondendo apologeticamente os desafios intelectuais do presente século.
Você entende essa vocação? Você é pronto para ouvir, demorado para falar e demorado para ficar irritado?
Schaeffer é, uma vez mais, elucidativo. Em Dois Conteúdos, Duas Realidades ele declara: “o cristianismo exige que tenhamos compaixão suficiente para aprendermos as questões de nossa geração. O problema com muitos de nós é o desejo da capacidade de responder a essas perguntas de imediato; seria como pegar um funil e colocá-lo na orelha, despejar os fatos, e, em seguida, sair, regurgitá-los e vencer todas as discussões”.
A ânsia de responder os hereges e polemizar na internet pode esconder uma inquietude pecaminosa. A cada nova geração, precisamos nos envolver em sérios projetos de escuta. Precisamos ouvir as opiniões e reivindicações que nossos vizinhos têm se queixado.
Agindo assim, você ganhará tempo — deixando de dar as belas respostas das perguntas que ninguém está mais fazendo.