Olhar e ver às vezes são coisas distantes.
O perceber é o alvo de quem busca novos horizontes.
A visão nem sempre é clara, distinta.
Ver é não se deixar iludir pela maquiagem, pela tinta.
A janela da alma é a visão!
Que acolhe o mundo, separa sentimento de razão.
Interpretar é criar do mesmo um novo mundo!
Num piscar d`olhos, num momento, num segundo.
Ver desenhos nas nuvens do céu!
Poesias; ou borrões de tinta num papel?
Tudo depende de como se vê, daquilo que se sente.
Dependendo, se é: um gênio, um maluco, sr. Doutor, mendigo ou gente.
A visão pode distingüir entre dois homens.
A visão pode transformar uma multidão num povo!
Um santo colírio pra quem não compreende,
Será sempre olhar com mais cuidado e de novo, de novo, de novo…
Para ruminar vida afora:
“Surdos, ouvi, e vós, cegos, olhai, para que possais ver. Quem é cego, como o meu servo, ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? Quem é cego como o meu amigo, e cego, como o servo do Senhor? Tu vês muitas coisas, mas não as observas; ainda que tens ouvidos abertos, nada ouves” Isaías 42:18,19,20.
