Bicho estranho

Amar é…
Deixar cair a última gota?
Deixar se esfolar pelo aguilhão do compromisso?
Sentir na ponta da língua o sal do suor?
Bater o pé enquanto o coração desfalece?
Bater palma, aplaudir a quem merece?
É o coração que lembra ou o que se esquece?
Mãos calosas que acariciam um rosto fino?
É ser homem ou menino?
É ser, ou não ser?
É ficar até mais tarde?
É sair mais cedo?
É pegar numa caneta ou no cabo da enxada?
É ficar ao lado de quem está chorando ou de quem está sorrindo?
É viver ou morrer?
É esperar? É se apressar? Partir? Ficar?
Amar seria envelhecer junto com alguém?
Ficar sozinho, a vida toda sem ninguém?
Vencer o mal fazendo o bem?
É filosofar, sonhar, pensar, ou simplesmente fazer?
Amar consiste basicamente, especificamente em quê?
Em matar? Em soltar? Em prender? Fazer viver?
Amar consiste em fazer perguntas ou dar respostas?

Para ruminar vida afora:

“Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele” 1 João 2:5.