Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16).
As pessoas tiveram milhares de anos para provar que em sua alma interior elas são boas. Infelizmente, este “átomo de bondade”, o que daria a Deus um ponto de contato, é inexistente; nem mesmo os nobres pensamentos e ações dos homens são completamente livres da mancha do pecado. É por isso que encontramos esta conclusão chocante na epístola aos Romanos: “Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Romanos 3:12). Paulo, o escritor, sabia: como um fariseu, ele era bem versado na lei que Deus tinha dado ao povo de Israel. Também não havia nada em sua vida que as pessoas poderiam se opor (veja Filipenses 3:6).
No entanto, o seu zelo pelos mandamentos de Deus não o impediu de perseguir os discípulos do Senhor, e também Cristo, o Filho de Deus. E ele fez isso com a consciência perfeitamente livre! Ele imaginou que assim estava fazendo um grande serviço para Deus. Algo extraordinário tinha que acontecer para trazê-lo de volta a seus sentidos, uma vez que estava muito convencido de sua justiça própria. Isso aconteceu na estrada para Damasco, quando a gloriosa aparição do Senhor Jesus do céu o lançou ao chão.
Essa “lição de Damasco” mudou não só a sua vida, mas também a estimativa de seu caminho até aquele momento. Quando mais tarde ele escreveu que “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores,” acrescentou, “dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15).
Quem chegou a esse ponto não se envergonhará do evangelho, mas antes de sua antiga vida sem Deus. Ele está, então, interessado em que a boa nova da graça de Deus seja propagada, de modo que muitos outros possam experimentar a sua própria “lição de Damasco”.