AS DUAS POSSIBILIDADES

Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus (Romanos 2:5).

É um estranho pensamento que, até onde diz respeito a Deus, o balanço da vida do homem tem entradas apenas no lado do débito. Que imensa dívida se amontoou no curso de nossa vida! Imagine recebermos um extrato da conta todas as noites!

Da mesma forma, o pensamento da responsabilidade que devemos a Deus não pode nos dar uma paz real. Todos nós temos uma consciência, a qual nenhum de nós pode silenciar completamente. Ela nos provoca inesperadamente, trazendo assuntos antigos para a luz novamente. Em momentos como estes, há apenas duas possibilidades: ou suprimir os pensamentos e continuar como antes, ou vir a Deus e colocar as coisas em ordem.

No Salmo 10, temos o caso de alguém que escolhe a primeira possibilidade. Ele tenta manter a calma ao exclamar: “Não há Deus”! ou pelo menos: “Ele não vai desenterrar o passado”, ou ainda: “Deus esqueceu-se… nunca verá isto” (Salmo 10:11).

O Salmo 32, por outro lado, é a oração de quem colocou as coisas em ordem. “Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” (v. 5). Isso o permitiu respirar com alívio.

Por que Deus pode cancelar nossa dívida quando confessamos nossos pecados? Porque outro pagou por ela: Jesus Cristo, o Seu próprio Filho. É por isso que Ele morreu na cruz e fez a expiação; Ele deu a Deus a plena satisfação para a culpa dos outros. Cristo suportou a ira de Deus sobre o pecado, de modo que o crente possa ser livre.