Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho (Salmo 119:105).
O pintor alemão, Ludwig Richter (1803 – 1884) conta a história deste incidente em sua vida:
Houve uma batida na porta. Quando eu chamei, “Entre!” um homem entrou, cuja expressão facial sugeria diligência e honestidade. Ele me disse que era um marinheiro, o timoneiro de um navio holandês que tinha naufragado. Havia algo de atraente na maneira firme, contudo calma e modesta do homem; então eu dei-lhe algum dinheiro.
Ele agradeceu-me, olhando-me com um olhar agradecido, como se quisesse me demostrar alguma bondade, e disse: “Eu tenho uma longa jornada pela frente, mas eu tenho um bom companheiro!” – “Ah, isso é uma sorte”, eu respondi comovido, uma vez que eu não tinha ninguém. “Quem é?” – “Ele não é outro senão o meu Deus fiel. E aqui”, disse ele, puxando um pequeno livro de bolso, “eu tenho a Sua Palavra. Quando falo com Ele, Ele me responde nela. Então eu posso seguramente continuar, jovem senhor!”
Ele me agradeceu novamente e saiu. O que ele disse, no entanto, havia me atingido como uma flecha, e a ferida ficou no meu coração por um longo tempo. Eu não tinha pensado em Deus; para mim Ele era um poder distante e vago. E aquele pobre homem falou e olhou como se O conhecesse bem e tinha muito contato com Ele, o qual lhe dava coragem e confiança.
Seu minúsculo tesouro, o pequeno livro era desconhecido para mim. Eu nunca tinha lido a Bíblia. Este incidente breve, logo foi esquecido devido a novas impressões, embora não tenha sido sufocado completamente. Mais tarde a lembrança disso ressurgiu, e então eu reconheci o início de uma série de experiências em minha vida que tiveram um efeito significativo sobre o desenvolvimento da minha vida espiritual.