Ao contrário do que muitos pensam, submissão não é sinônimo de fraqueza, mas sim de força. Uma mulher submissa não é escrava. Pelo contrário, é livre! Literalmente milhares de casais enfrentam grandes problemas porque maridos e esposas não entendem este princípio. A submissão, na verdade, é o método de Deus para revelar o seu poder, poder este que pode transformar algo que contribuiria para o nosso mal em algo que irá cooperar para o nosso bem.
O marido não deve governar sobre a mulher, mas sim liderar o lar. E o que um líder faz? Direciona. Famílias estão perdidas e desestruturadas porque marido e mulher literalmente disputam por este papel. Mas a Palavra é muito clara, ela não nos deixa dúvidas: o papel de líder é do marido! A Bíblia troca a palavra “líder” por “cabeça”, mas o que é uma cabeça sem o restante do corpo? Mulher, você também possui um papel importantíssimo! E pensando nessa questão de liderança, quantas vezes por dia nos submetemos a ela? Pais, professores, chefes, governo, leis de trânsito, entre outros. Submissão é um fato da vida. Por que então é tão difícil para uma mulher se submeter a seu esposo?
Descobri algo muito valioso estudando esse tema. Leiam estes versículos com muita atenção:
“Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a conduta honesta e respeitosa de vocês. Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.” 1 Pedro 3:1, 2 e 7
Você quer que seu marido mude? A mudança começa em você. Quer que ele a trate com honra e amor? Então seja submissa a ele, como ato de fé e obediência à Palavra. Marido, quando você deixa de tratar sua esposa com amor, honra e como a parte mais frágil ou usa o seu “poder” para escravizá-la ou humilhá-la, suas orações serão interrompidas, diz o versículo. Ou seja, seu relacionamento com Deus enfraquecerá. O autor do livro Amor e Respeito, Emerson Eggerichs, conta que, quando um homem chegava em seu consultório dizendo que se sentia distante de Deus, a primeira pergunta que ele fazia era: “Como está o seu relacionamento com a sua esposa?” Depois de algumas desculpas, os maridos acabavam confessando: “Não está nada bem…”
Esposas, vocês percebem que quando não são submissas e não tratam seus maridos com o devido respeito, fazem com que eles não consigam demonstrar o amor que vocês merecem e, como consequência, as orações deles são interrompidas? Isso é muito sério! A submissão a seu marido demonstra a sua submissão a Deus. Não é mais uma questão entre você e seu cônjuge, mas sim entre você e Deus.
Vou contar uma história verídica, apenas alterando os nomes: Rebeca e seu esposo Luiz viviam em pé de guerra. Seu casamento estava por um fio. Rebeca, em seu desespero, se voltou a Deus clamando por sabedoria. Ela podia ver as falhas e defeitos de Luiz (que eram muitos), mas não sabia mais o que fazer para mudá-lo. Ela começou a procurar a resposta na Bíblia e, quando leu Efésios 5.33 e 1Pedro 3.1, descobriu que deveria respeitar e ser submissa a seu marido, independentemente das suas falhas. Em diversas ocasiões se sentiu humilhada, deprimida, frustrada e com raiva. Chegou ao ponto de quase desistir, mas mesmo assim perseverou. Depois de muita oração, uma transformação sobrenatural aconteceu nas atitudes, nos hábitos, nos pensamentos, nas palavras e no relacionamento de Rebeca com Luiz. Ela agiu com fé e Deus honrou sua obediência. É disso que estou falando!
A esposa tem uma grande responsabilidade, mas os maridos também têm:
“Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja… Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.” Efésios 5:22-33
Percebem que assim que Paulo termina de falar que as mulheres devem ser submissas, quase que no mesmo fôlego ele diz que os maridos devem amar suas esposas? Uma coisa leva à outra. O grande problema é que somos incrédulos. “Eu, ser submissa a ele? Nem pensar! Já tentei de tudo, ele não muda!” ou “Não consigo demonstrar amor à minha mulher com tanto desrespeito. São tantas palavras de crítica e cobrança que já não aguento mais… desisti!” Um casal que pensa desta maneira está caminhando para a destruição de seu casamento e, para que isso não aconteça, um dos dois precisará ser maduro o suficiente e dar o primeiro passo, um passo de fé. Outra coisa importante é: A autoridade espiritual do homem no lar só existe quando este promove o amor. Marido, quer que sua esposa seja submissa a você? Ame-a! Esposa, quer que seu marido a trate com amor? Respeite-o! É um verdadeiro ciclo.
Mas a submissão também não pode servir de desculpa para fugir das responsabilidades e nem de álibi para fraqueza. Muitas mulheres com a desculpa da submissão, fazem com que seus maridos vivam suas vidas por elas, tomando as suas decisões. Como já foi dito, a submissão não é um sinal de fraqueza, é uma demonstração de força. Um mulher madura espiritualmente pode se submeter mais facilmente, pois não se preocupa com os resultados de sua atitude submissa. Ela simplesmente faz o que é certo diante de Deus e crê plenamente que Ele irá cuidar dela, não importam as circunstâncias. Sua submissão revela sua sabedoria. Não existe desigualdade. O ato de gentileza e cuidado para com o seu cônjuge deve ser mútuo. Seja uma mulher sábia, que edifica o lar, auxiliando seu marido a ser um grande líder, através de palavras encorajadoras e atitudes de respeito.
Quer maior exemplo de submissão do que o de Jesus? Ele, sendo o próprio Deus, se submeteu a Deus Pai e, pela fé, foi capaz de entregar-se a meros homens, enfrentando de bom grado diversas circunstâncias difíceis e, além disso, nos ensinou a sermos humildes e “lavarmos os pés” uns dos outros. E este mesmo Jesus também nos ensinou o ponto em que não devemos nos submeter: quando a submissão exige que contrariemos nossa fé em Deus e, para isso, é importante conhecermos muito bem a Palavra. Como está escrito em Oséias 4.6: “O meu povo perece por falta de conhecimento!” Se qualquer autoridade nos mandar fazer algo contrário ao caráter de Deus, temos o direito e a obrigação de nos recusar a fazê-lo. Não podemos aceitar um abuso físico, sexual ou de maus tratos por conta de conceitos pervertidos de submissão.
Outro equívoco está relacionado a mulheres cujos maridos não servem ou não crêem em Deus. Isso não lhes dá o direito de não se submeterem, muito pelo contrário. A Bíblia ensina que, através da nossa submissão e pelo nosso exemplo, podemos levá-los a conhecer a Deus e terem suas vidas e atitudes transformadas. Quando discordarmos de uma autoridade, seja em que aspecto for, não devemos nos rebelar, mas sim confiar a situação a Deus. Primeiro nos submetemos a Deus e depois devemos conversar com nosso cônjuge sobre o ponto em discordância, mas com muita humildade, sem explosões emocionais e sem tentar manipular os resultados. Submeter-se aos outros quando estão errados é muito difícil, mas algumas vezes é a única forma da outra pessoa aprender o que Deus quer lhe ensinar. Iremos desenvolver a confiança em Deus a partir do momento que aprendemos a nos submeter aos outros. Não precisamos ter um líder ou um marido perfeito se temos uma perfeita confiança em Deus!
Quando algumas mulheres lêem o seguinte trecho de 1 Pedro 3: “… do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida…”, elas ficam furiosas: “Eu, a parte mais frágil? Que absurdo! Quanto machismo!” Pense em dois vasos, um de porcelana e outro de bronze. Qual é o mais frágil? E qual é o mais valioso? Somos frágeis e valiosas e, assim como os homens, também somos co-herdeiras do dom da graça da vida!
É maravilhoso sentir que meu esposo tem me tratado como um vaso de porcelana, com delicadeza no falar e cuidado ao me tocar. E, dessa forma, fica muito mais fácil de eu conseguir respeitá-lo. Sabe de um segredo? Se você não permitir que seu marido a trate como um vaso de porcelana, ou seja, como a parte mais frágil, estará impedindo-o de amá-la. Se seu esposo tem tratado você como vaso de bronze, faça a si mesma a seguinte pergunta: “Será que não estou agindo como tal?”