Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era (Tiago 1:23-24).
Jean Cocteau (1889 – 1963), um famoso dramaturgo e poeta francês, certa vez expressou este lampejo de engenho num trocadilho:
“Os espelhos fariam bem em refletir um pouco antes de transmitir a nossa imagem”. Ele confirma o que cada um de nós é forçado a admitir, a saber: que dificilmente somos inclinados a nos reconhecer com algumas boas características e muitas faltas.
Queremos saber como nós somos? Perguntemos a Deus, que não julga pelas aparências, mas olha dentro de nosso coração (veja 1 Samuel 16:7). No nosso coração (a saber, o impulso de nossos pensamentos e ações) pode ser encontrado o segredo do nosso relacionamento com Ele: “Esquadrinha o SENHOR todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos” (1 Crônicas 28:9). “Os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens” (Salmo 11:4). O que Ele vê? Vaidade, ciúme, egoísmo, mentira, e Ele irá “trazer a juízo toda obra” (Eclesiastes 12:14).
Como podemos escapar de Seu julgamento? Deus, que é luz e em quem não há trevas, procura purificar o nosso coração. Ele nos enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, que carregou o fardo de nossos pecados na cruz. “O sangue de Jesus Cristo… nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7). Assim Deus pode nos ver, não em nossos pecados, mas em Cristo, purificados e sem pecado. Deus lançou para trás das Suas costas todos os pecados daqueles que colocam a sua fé no Senhor Jesus. Ele não se lembrará mais deles; Ele os apagou como uma nuvem (veja Isaías 38:17; 43:25; 44:22). 111